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As pulsações da 5ª MITsp

", Dirigida pelo polonês Krystian Lupa a peça Árvores abatidas é inspirada no romance de Thomas Bernhard. Foto: Natalia Kabanow / Divulgação

Dirigida pelo polonês Krystian Lupa, a peça Árvores Abatidas é inspirada no romance de Thomas Bernhard. Foto: Natalia Kabanow / Divulgação

Desde a primeira edição, a MITsp assumiu impotentes papéis de conectar o Brasil com o teatro contemporâneo do mundo, incentivar o exercício do pensamento no borramento de fronteiras artísticas e de levar para o centro da cena questões urgentes sobre humanidade e a luta contra desumanidades. Neste ano, na sua quinta versão, a Mostra Internacional de Teatro de São Paulo além da vocação inicial também investe na projeção internacional de produções brasileiras, com o eixo da MITbr.

A MITsp começa nesta quinta-feira, no Auditório do Ibirapuera, com a apresentação para convidados do espetáculo Suíte n°2, do diretor francês Joris Lacoste, artista em foco dessa temporada. O espetáculo integra o projeto Enciclopédia da Palavra, iniciado em 2007. A dramaturgia é costurada a partir de uma série de textos, que vão de pesquisas médicas a cartas de amor, passando por discursos de políticos, coletados pelo autor nos últimos 11 anos.

São dez montagens com a participação de artistas de diversos países como Alemanha, Argentina, França, Polônia, Reino Unido, Suíça e Uruguai. A programação prossegue até o dia 11, que fecha com a performance A gente se vê por aqui, do brasileiro Nuno Ramos, com duração de 24 horas no Teatro Galpão do Folias

As peças são inéditas no país; todas com a ideia de chacoalhar as certezas sobre arte e vida.

O festival, que tem como diretor artístico Antônio Araújo e diretor de produção Guilherme Marques, conta neste ano com o menor orçamento desde a primeira edição. Em 2018 a MITsp foi erguida com R$ 2,1 milhões — foram R$ 2,9 milhões em 2017, R$ 3,4 milhões em 2016, e R$ 3,2 milhões em 2015.

Campo Minado. Foto Tristam Kenton / Divulgação

Campo Minado. Foto Tristam Kenton / Divulgação

A guerra das Malvinas (1982) deixou suas marcas insuperáveis. E é isso que a dramaturga argentina Lola Arias investiga no espetáculo Campo Minado, ao contrapor posições e lembranças de ex-combatentes argentinos e ingleses. Outra encenação que também investe nas relações entre arte, política e história é País Clandestino, que junta autores-atores-diretores de cinco países diferentes – Florencia Lindner (Uruguai), Jorge Eiro (Argentina), Lucía Miranda (Espanha), Maëlle Poesy (França) e Pedro Granato (Brasil).

A cidade síria de Palmira, saqueada e destruída pelo Estado Islâmico em 2015, é inspiração de Palmira, que embaralha realidade e ficção no espetáculo do francês Bertrand Lesca e do grego Nasi Voutsas, para discutir vingança e barbárie.

O solo Sal, da atriz e dramaturgo inglesa Selina Thompson prossegue com o debate sobre sobre racismo, colonialismo e pós-colonialismo, presente em outras edições da MITsp. A intérprete reconstrói no espetáculo a viagem que fez em um navio cargueiro em 2016, por uma das antigas rotas de comercialização de escravos, que passava por Inglaterra, Gana e Jamaica, para questionar: “Como a história e as relações coloniais permanecem em nosso cotidiano?”.

O Hamlet do dramaturgo e diretor suíço Boris Nikitin está revoltado com a plateia e com o mundo. E para traduzir sua indignação, ele conta com o suporte de um quarteto barroco para transitar entre a performance, os teatros documentário e musical.

King size, a montagem do suíço Christoph Marthaler envereda por novas possibilidades criativas do gênero musical. Com um repertório eclético, que vai desde composições de Schumann até músicas do Jackson 5, a encenação aposta na comicidade de experimentos vocais e corporais inusitados.

Árvores Abatidas, do veterano diretor polonês Krystian Lupa, é uma peças das mais aguardadas. A violência com que a realidade se imiscui no teatro ganha potência em suas obras, salientando a falta de sintonia entre o mundo da arte e o da política, com a crescente intolerância da parte mais poderosa para impor suas decisões.

Inspirada no romance homônimo do austríaco Thomas Bernhard, Árvores Abatidas ressalta a dificuldade de diálogo, o jogo de força, a precarização das condições de trabalho para o artista, e que função é essa que a arte desenvolve no século 21. Na peça, 13 atores interpretam artistas que outrora quiseram fazer a revolução do mundo. Mas as pessoas da sala de jantar, os velhos amigos, domesticaram seus ímpetos utópicos em troca de conforto, contratos e poder. Ah, o capitalismo! é muito convincente.

Para além dos espetáculos da Mostra principal e da MITbr, outros dois eixos reforçam a robustez da MITsp. São as Ações Pedagógicas, com curadoria de Maria Fernanda Vomero, com workshops e oficinas. E os Olhares Críticos, com curadoria de Luciana Romagnolli e Daniele Ávila Small, trazem potentes debates sobre censura, violência e arte no Brasil e muitas outras questões..

O Satisfeita, Yolanda? acompanha essa jornada da MITsp. Mais sobre a MITsp no blog: 

http://www.satisfeitayolanda.com.br/blog/2018/03/01/o-brasil-na-mitsp/

PROGRAMAÇÃO

1º de Março

CAMPO MINADO (da Argentina, com direção de Lola Arias)
20h – Teatro Sesi SP

Cerimônia de Abertura MITsp
20h30 – Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer
* para convidados

SUÍTE Nº2 (da França, com direção de Joris Lacoste)
21h – Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer
*para convidados

2 de Março

Pensamento-em-Processo: AUDIOREFLEX
11h-12h – Museu da Imigração

AUDIOREFLEX (com texto e direção de José Fernando de Azevedo (Brasil), Alejandro Ahmed (Brasil), Ariel Efraiam Ashbel (Israel), Rita Natálio (Portugal) e Claudia Bosse Alemanha).
12h-14h – Museu da Imigração

PONTOS DE VISTA – Performance Pública
14h30-18h – Praça da República

ÁRVORES ABATIDAS (da Polônia, com direção de Krystian Lupa)
18h – Sesc Pinheiros

CAMPO MINADO (da Argentina, com direção de Lola Arias)
20h – Teatro Sesi SP
*Pensamento-em-Processo

SUÍTE Nº2 (da França, com direção de Joris Lacoste)
21h – Auditório Ibirapuera- Oscar Niemeyer
*Diálogos Transversais com Luz Ribeiro

3 de Março

PONTOS DE VISTA – Performance Pública
10h-13h – Praça da Sé

Pensamento-em-Processo: SUÍTE Nº2
11h – Itaú Cultural

Roda de Conversa – Des-normatividade: Possibilidades Criativas de Expressão
13h-15h – Oficina Cultural Oswald de Andrade

ÁRVORES ABATIDAS (da Polônia, com direção de Krystian Lupa)
18h – Sesc Pinheiros

CAMPO MINADO (da Argentina, com direção de Lola Arias)
20h – Teatro Sesi SP
*Diálogos Transversais com Márcio Seligmann-Silva

KING SIZE (da Suíça, com direção de Christoph Marthaler)
21h – Sesc Vila Mariana

SUÍTE Nº2 (da França, com direção de Joris Lacoste)
21h – Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer

4 de Março

VOCÊ TEM UM MINUTO PARA OUVIR A PALAVRA? – Performance Pública
10h-15h30 – Av. Paulista (esquina com a Rua Teixeira da Silva) /se estiver chovendo, a atividade será realizada na Casa das Rosas

Apresentação de Experimento Cênico, resultado da Residência Textos Cotidianos em Cena, realizada por Susanne Kennedy
11h-11h30 – Goethe-Institut São Paulo

Intervenção e Mediação no Espaço Público – Conversa com Nayse López e Ana Luisa Santos
15h30-16h30 – Avenida Paulista (esquina com a Rua Teixeira da Silva) /se estiver chovendo, a atividade será realizada na Casa das Rosas

ÁRVORES ABATIDAS (da Polônia, com direção de Krystian Lupa)
17h – Sesc Pinheiros

CAMPO MINADO (da Argentina, com direção de Lola Arias)
18h – Teatro Sesi SP

KING SIZE (da Suíça, com direção de Christoph Marthaler)
18h – Sesc Vila Mariana
*Diálogos Transversais com Charles Gavin

5 de Março

Abertura Comemorativa: Daqui a 10 anos…
Prática da Crítica
14h-16h – Goethe-Institut SP

Conversa entre Joris Lacoste e Nuno Ramos
19h-21h – Itaú Cultural

PALMIRA (com texto, direção e performance de Bertrand Lesca (França) e Nasi Voutsas (Grécia)
21h – Teatro Sérgio Cardoso – Sala Paschoal Carlos Magno

6 de Março

AUDIOREFLEX (com texto e direção de José Fernando de Azevedo (Brasil), Alejandro Ahmed (Brasil), Ariel Efraiam Ashbel (Israel), Rita Natálio (Portugal) e Claudia Bosse Alemanha).
9h-17h – Museu da Imigração

Pensamento-em-Processo: KING SIZE
11h – Itaú Cultural

Masterclass com Victoria Pérez Royo
14h-16h – Itaú Cultural

CARANGUEJO OVERDRIVE – MITbr (do Brasil, Rio de Janeiro, com Aquela Cia. de Teatro. Direção: Marco André Nunes)
16h e 18h30 – Teatro Sesi SP

LEITE DERRAMADO – MITbr (do Brasil, São Paulo, com Cia. Club Noir. Direção: Roberto Alvim)
18h – Teatro João Caetano

NÓS, OS OUTROS ILESOS – MITbr (do Brasil, Direção: Carolina Mendonça)
19h e 21h – Casa do Povo

VAGA CARNE – MITbr (do Brasil. Concepção, atuação e texto: Grace Passô)
21h e 23h – Galpão do Folias

HAMLET (da Suíça, com direção de Boris Nikitin e performance de Julian Meding)
21h – Teatro FAAP

PALMIRA (com texto, direção e performance de Bertrand Lesca (França) e Nasi Voutsas (Grécia)
21h – Teatro Sérgio Cardoso – Sala Paschoal Carlos Magno
*Diálogos Transversais com Christian Dunker

KING SIZE (da Suíça, com direção de Christoph Marthaler)
21h – Sesc Vila Mariana

7 de Março

AUDIOREFLEX (com texto e direção de José Fernando de Azevedo (Brasil), Alejandro Ahmed (Brasil), Ariel Efraiam Ashbel (Israel), Rita Natálio (Portugal) e Claudia Bosse Alemanha).
9h-17h – Museu da Imigração

Pensamento-em-Processo: HAMLET
10h – Itaú Cultural

Pensamento-em-Processo: PALMIRA
11h – Itaú Cultural

Debate + Lançamento de Livros
14h-16h30 – Itaú Cultural

Mesa Redonda – O Devir Negro do Mundo + Lançamentos N-1
16h30-18h30 – Itaú Cultural

LEITE DERRAMADO – MITbr (do Brasil, São Paulo, com Cia. Club Noir. Direção: Roberto Alvim
18h – Teatro João Caetano

A EMPAREDADA DA RUA NOVA – MITbr (do Brasil, E² Cia de Teatro e Dança. Direção Geral e interpretação: Eliana de Santana)
20h e 22h – Sesc Ipiranga

HOTEL MARIANA – MITbr (do Brasil. Idealização e pesquisa: Muniz Pedrosa. Direção: Herbert Bianchi
20h – Complexo Cultural Funarte SP

HAMLET (da Suíça, com direção de Boris Nikitin e performance de Julian Meding)
21h – Teatro FAAP
*Diálogos Transversais com Marcelo Caetano

PALMIRA (com texto, direção e performance de Bertrand Lesca (França) e Nasi Voutsas (Grécia)
21h – Teatro Sérgio Cardoso – Sala Paschoal Carlos Magno

sal. (do Reino Unido, com direção de Dawn Walton e texto e performance de Selina Thompson)
21h30 – Itaú Cultural

8 de Março

AUDIOREFLEX (com texto e direção de José Fernando de Azevedo (Brasil), Alejandro Ahmed (Brasil), Ariel Efraiam Ashbel (Israel), Rita Natálio (Portugal) e Claudia Bosse Alemanha).
9h-17h – Museu da Imigração

Seminário Artes Cênicas: Desafios para Internacionalização
9h-12h – Itaú Cultural

Assembleia Geral – Democracia e Representação no Mundo Contemporâneo
10h-12h – Goethe-Institut São Paulo

Mesa-Redonda – O Mal-Estar das Mediações e o Isolamento da Arte
14h-17h – Itaú Cultural

Estreia do Filme Tribunal Congo
20h-22h – Espaço Itaú de Cinema Anexo

IMPREVISÍVEL – Ensaio aberto – MITbr (do Brasil, São Paulo, com o Núcleo de Improvisação. Concepção, Direção Artística e Preparação Corporal: Zélia Monteiro)
14h – Sede do Teatro da Vertigem

RISO – Ensaio aberto – MITbr (do Brasil, São Paulo, com o núcleo de dança key zetta e cia. Direção: Key Sawao e Ricardo Iazzetta.
15h – Sede do Teatro da Vertigem

CANTO PARA RINOCERONTES E HOMENS – MITbr (do Brasil, São Paulo. Com o Teatro do Osso. Direção de Rogério Tarifa (Cia do Tijolo e Cia São Jorge de Variedades)
17h – Galpão do Folias

HOTEL MARIANA – MITbr (do Brasil. Idealização e pesquisa: Muniz Pedrosa. Direção: Herbert Bianchi
20h – Complexo Cultural Funarte SP

DINAMARCA – MITbr (do Brasil, Pernambuco, com o Grupo Magiluth. Direção: Pedro Wagner)
21h – Centro Compartilhado de Criação

HAMLET (da Suíça, com direção de Boris Nikitin e performance de Julian Meding)
21h – Teatro FAAP

sal. (do Reino Unido, com direção de Dawn Walton e texto e performance de Selina Thompson)
21h30 – Itaú Cultural

9 de Março

AUDIOREFLEX (com texto e direção de José Fernando de Azevedo (Brasil), Alejandro Ahmed (Brasil), Ariel Efraiam Ashbel (Israel), Rita Natálio (Portugal) e Claudia Bosse Alemanha).
9h-17h – Museu da Imigração

Seminário Artes Cênicas: Desafios para Internacionalização
9h-12h – Itaú Cultural

Pensamento-em-Processo: sal.
11h – Itaú Cultural

Roda de Conversa – Intersecções entre Poéticas Não Verbais
12h30-14h – Memorial da Resistência

Mesa-Redonda – Crítica Não é Censura: De Quem é a Arte que Pode Tudo?
13h30-18h – Itaú Cultural

PROCEDIMENTO 2 PARA LUGAR NENHUM – MITbr (do Brasil, São Paulo. Concepção e direção geral: Vera Sala)
15h – Oficina Cultural Oswald de Andrade

CANTO PARA RINOCERONTES E HOMENS – MITbr (do Brasil, São Paulo. Com o Teatro do Osso. Direção de Rogério Tarifa (Cia do Tijolo e Cia São Jorge de Variedades)
17h – Galpão do Folias

DE CARNE E CONCRETO Uma Instalação Coreográfica – MITbr (do Brasil, Brasília [DF], com Anti Status Quo Companhia de Dança. Direção Artística, Dramaturgia e Conceito: Luciana Lara)
20h – Tendal da Lapa

sal. (do Reino Unido, com direção de Dawn Walton e texto e performance de Selina Thompson)
20h – Itaú Cultural

PAÍS CLANDESTINO (com direção, texto e performance de Maëlle Poesy (França), Jorge Eiro (Argentina), Lucía Miranda (Espanha), Pedro Granato (Brasil) e Florencia Lindner (Uruguai)
21h – Teatro Cacilda Becker

DNA DE DAN – MITbr (do Brasil, Curitiba. Concepção e Performance: Maikon K)
21h – Sesc Ipiranga

DINAMARCA – MITbr (do Brasil, Pernambuco, com o Grupo Magiluth. Direção: Pedro Wagner)
21h – Centro Compartilhado de Criação

10 de Março

AUDIOREFLEX (com texto e direção de José Fernando de Azevedo (Brasil), Alejandro Ahmed (Brasil), Ariel Efraiam Ashbel (Israel), Rita Natálio (Portugal) e Claudia Bosse Alemanha).
9h-17h – Museu da Imigração

Pensamento-em-Processo: PAÍS CLANDESTINO
11h – Itaú Cultural

Cena Contemporânea: Panoramas Críticos
14h-18h – Itaú Cultural

PROCEDIMENTO 2 PARA LUGAR NENHUM – MITbr (do Brasil, São Paulo. Concepção e direção geral: Vera Sala)
15h – Oficina Cultural Oswald de Andrade

DNA DE DAN – MITbr (do Brasil, Curitiba. Concepção e Performance: Maikon K)
18h – Galeria Vermelho

DE CARNE E CONCRETO Uma Instalação Coreográfica – MITbr (do Brasil, Brasília [DF], com Anti Status Quo Companhia de Dança. Direção Artística, Dramaturgia e Conceito: Luciana Lara)
20h – Tendal da Lapa

Entrevista Pública com Krystian Lupa
20h-22h – Sesc Pinheiros

sal. (do Reino Unido, com direção de Dawn Walton e texto e performance de Selina Thompson)
20h – Itaú Cultural
*Diálogos Transversais com Ana Maria Gonçalves

PAÍS CLANDESTINO (com direção, texto e performance de Maëlle Poesy (França), Jorge Eiro (Argentina), Lucía Miranda (Espanha), Pedro Granato (Brasil) e Florencia Lindner (Uruguai)
21h – Teatro Cacilda Becker

11 de Março

AUDIOREFLEX (com texto e direção de José Fernando de Azevedo (Brasil), Alejandro Ahmed (Brasil), Ariel Efraiam Ashbel (Israel), Rita Natálio (Portugal) e Claudia Bosse Alemanha).
10h-17h – Museu da Imigração

Roda de Conversa – Através das Fronteiras: Imigração, Refúgio e Arte
11h-13h30 – Oficina Cultural Oswald de Andrade

Mesa-Redonda – Amor e Ódio ao Corpo no Brasil
14h-16h30 – Avenida Paulista (esquina com a Rua Teixeira da Silva)/se chover, a atividade será realizada na Sede do Teatro da Vertigem

PAÍS CLANDESTINO (com direção, texto e performance de Maëlle Poesy (França), Jorge Eiro (Argentina), Lucía Miranda (Espanha), Pedro Granato (Brasil) e Florencia Lindner (Uruguai)
18h – Teatro Cacilda Becker
*Diálogos Transversais com André Dahmer

A GENTE SE VÊ POR AQUI (do Brasil, com direção de Nuno Ramos)
de 21h do dia 11/3 às 21h do dia 12/3 – Galpão do Folias

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Janeiro em tempos de crise

La Tristura, da Espanha, apresenta dois espetáculos no Janeiro, inclusive Materia Prima. Foto: Mario Zamora

La Tristura, da Espanha, apresenta dois espetáculos no Janeiro, inclusive Materia Prima. Foto: Mario Zamora

O Janeiro de Grandes Espetáculos 2015 é uma prova da resistência da classe artística pernambucana. Sem dinheiro suficiente para compor a sua programação, o festival – que está na sua 21ª edição e ano passado teve um público de cerca de 40 mil pessoas (30% a mais do que em 2013) – contou com o apoio massivo dos artistas para que seja realizado no período de 15 de janeiro a 1 de fevereiro. São poucos os grupos pernambucanos que estão recebendo cachê para se apresentar, apenas aqueles que participaram de uma seleção prévia (13 montagens no total); os outros decidiram entrar no Janeiro recebendo apenas um percentual da bilheteria.

O orçamento ideal seria de R$1,4 milhão; mas, se essa meta nunca foi alcançada, este ano ela ficou ainda mais difícil. De cara, o festival não obteve os R$ 200 mil da Caixa Cultural (pois não foi aprovado no edital) e os R$ 200 mil da Funarte. A verba no ano anterior proveniente do Governo do Estado foi de R$ 280 mil, este ano, através do Funcultura, será de R$ 200 mil. O apoio do Sesc é dimensionado em R$ 200 mil (que inclui despesas como passagens de grupos do interior e hospedagem)). Somente na Prefeitura do Recife – que ano passado não realizou o Festival Recife do Teatro Nacional alegando falta de verba – o aporte aumentou em R$ 50 mil: passou de R$ 250 para R$ 300 mil. “Ainda estamos fazendo algumas tentativas, negociando com algumas instituições e com o Governo do Estado, por exemplo”, revela Paula de Renor, produtora do Janeiro ao lado de Paulo de Castro e Carla Valença.

Os números do festival são sempre de encher os olhos. Este ano, no entanto, 147 apresentações e 90 atrações diferentes não necessariamente revelam a realidade do Janeiro. Mesmo que a mostra sempre tenha servido ao propósito de fazer uma retrospectiva da produção pernambucana, as montagens nacionais geralmente são uma parcela significativa do festival, além dos espetáculos internacionais, cuja qualidade da programação vem aumentando com a repercussão do Janeiro no cenário nacional e internacional e a consequente possibilidade de circulação dos curadores, que assistem aos espetáculos nos diversos festivais pelo mundo todo.

Maldito coração, me alegra que tu sofras é uma das cinco produções nacionais.  Foto:  Luciana Corso Galiotto

Maldito coração, me alegra que tu sofras é uma das cinco produções nacionais. Foto: Luciana Corso Galiotto

Em 2015, dessas 90 atrações diferentes do Janeiro, apenas cinco são montagens nacionais: Maldito coração, me alegra que tu sofras (Artworks Produções/ Porto Alegre), Noctiluzes (Cia. Plágio de Teatro e Guinada Produções/ Brasília), A caixa não é de Pandora (Andrea Elia/ Salvador), Retina (Camaleão Grupo de Dança/ Belo Horizonte) e No Pirex (Grupo de Teatro Armatrux/ Belo Horizonte). “Por falta de verba, a nossa opção foi cortar a programação nacional. Trouxemos os nacionais que conseguimos parcerias e que valiam a pena. Não prejudicaríamos a qualidade do festival”, explica Paula. “Priorizamos também a continuidade da parceria de intercâmbio com Porto Alegre e Brasília. Continuidade, em todos os sentidos, é muito importante para o Janeiro”, complementa.

A programação internacional não sofreu mais porque compromissos já haviam sido estabelecidos previamente. Graças à antecedência exigida pelas produções de fora, o festival manteve a sua principal atração: o grupo La Tristura, da Espanha, que apresenta dois espetáculos Materia Prima, encenado por quatro intérpretes nascidos depois dos anos 2000 e que trata de questões como consciência histórica e política (a montagem já passou pelos principais festivais do país), e El Sur de Europa – Dias de amor dificiles. “Há dois anos queremos trazer o La Tristura. Apesar de ser um grupo jovem, representa bastante para o teatro espanhol contemporâneo e conseguiu muita visibilidade de público e crítica pela qualidade dos espetáculos”, comenta Paula.

Entre as ações que foram cortadas está o diálogo crítico sobre os espetáculos, que discutia os espetáculos pernambucanos – de teatro adulto, para infância e juventude e dança – a partir do olhar de dois convidados. O júri do Prêmio Apacepe de Teatro e Dança, que contava geralmente com cinco participantes em cada categoria, caiu para três integrantes.

Augusta Ferraz é a homenageada deste ano do festival.  Foto Alcides Ferraz

Augusta Ferraz é a homenageada deste ano do festival. Foto Alcides Ferraz

Na programação pernambucana, há alguns destaques, como a mostra especial no Teatro Arraial Augusta Ferraz: 40 anos de resistência, com espetáculos e leituras do repertório da atriz e encenadora Augusta Ferraz, homenageada do festival; a mostra de Teatro em Casa, que traz vários espetáculos ou exercícios cênicos encenados ao longo do ano em várias residências e espaços artísticos da cidade; algumas estreias, como Breguétu, do Grupo Experimental, e Obscena, com a atriz Fabiana Pirro e direção e dramaturgia de Luciana Lyra, inspirada na obra de Hilda Hilst; além de montagens significativas do ano anterior, como Rei Lear, As travessuras de Mané Gostoso e Trueque, essas duas últimas, para infância e juventude.

Graças à parceria com o Sesc, o Janeiro acontece também em Goiana, Caruaru e Arcoverde. “Mais uma vez é a classe artística quem sustenta esse festival, que chega junto. Isso não quer dizer que queremos atuar nessas condições. Os artistas precisam de respeito, com políticas públicas para o setor. O festival conseguiu o público que tem ao longo de 20 anos e está honrando a responsabilidade que tem”, afirmou.

Serviço:
Os ingressos para os espetáculos no Recife podem ser adquiridos antecipadamente na Central de Vendas, que funciona na bilheteria do Teatro de Santa Isabel (3355-3322), das 9h às 16h, diariamente (sem intervalo para almoço) ou pelo site www.compreingressos.com. Nas cidades do interior, a compra pode ser feita 2 horas antes de cada sessão, nas bilheterias dos teatros.

[dropdown_box expand_text=”CLIQUE AQUI PARA CONFERIR A PROGRAMAÇÃO COMPLETA DO JANEIRO DE GRANDES ESPETÁCULOS 2015″ show_more=”” show_less=”” start=”hide”]

21º JANEIRO DE GRANDES ESPETÁCULOS

PROGRAMAÇÃO NO RECIFE:

Foto: Luciana Corso Galiotto

Maldito coração, me alegra que tu sofras. Foto: Luciana Corso Galiotto

Maldito Coração, Me Alegra Que Tu Sofras / Artworks Produções (Porto Alegre/RS)

15 e 16 de janeiro (quinta e sexta), 19h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro)
A atriz Ida Celina interpreta uma mulher de meia idade que conta o cotidiano de sua vida amorosa às pessoas que supostamente estão circulando no mesmo espaço onde se encontra.

Foto: Renata Pires

Gaiola de Moscas. Foto: Renata Pires

Gaiola de Moscas / Grupo Peleja (Recife/PE)
15 de janeiro (quinta), 21h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Hermilo Borba Filho
Adaptado do conto homônimo do escritor moçambicano Mia Couto, o espetáculo é inspirado na brincadeira popular pernambucana do Cavalo-Marinho.

As Bodas de Fígaro / Companhia de Ópera de Recife – CORE (Recife/PE)
15 de janeiro (quinta), 20h, R$ 30 e R$ 15
Teatro de Santa Isabel
Versão compactada da ópera cômica em quatro atos de Mozart, composta em 1786 a partir do libreto de Lorenzo da Ponte. A obra satiriza hábitos da nobreza no século XVIII e conta a divertida história de confusão durante os preparativos do casamento entre Susanna e Fígaro, servos do Conde e da Condessa Almaviva.

Foto: Nilton Leal /Divulgação

Karynna Spinelli. Foto: Nilton Leal /Divulgação

Negona / Karynna Spinelli (Recife/PE)
15 de janeiro (quinta), 20h30, R$ 30 e R$ 15
Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)
A cantora e compositora Karynna Spinelli imerge em melodias e batuques da cultura popular afro-indígena neste show que traz o samba com a cara de Pernambuco e passeia também entre macumbas, toadas e a gafieira, num balanço doce e forte, assim como sua voz.

Luzes / Pedro Souda (Recife/PE)
16 de janeiro (sexta), 20h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Capiba (Sesc Casa Amarela)
Um show de música instrumental e experimentalista integrado à linguagem audiovisual. Com uma proposta sensitiva e intimista, o espetáculo conduz a uma experiência extra musical única, provocando sensações e emoções através de sons, timbres, luzes e imagens, incorporando ainda outras linguagens artísticas que complementam e dão significados às composições.

Vivência / Alisson Lima (PE/SP)
16 e 17 de janeiro (sexta e sábado), 20h, R$ 20 e R$ 10
Espaço Experimental (Rua Tomazina, s/n, 1º andar, Bairro do Recife. Tel. 3224 1482)
Uma aula-espetáculo em formato de contação de história que relata particularmente como começou sua trajetória artística na música e na dança e para onde tudo está caminhando.

Foto: Renata Pires

Peba. Foto: Renata Pires

PEBA /Iara Sales e Tonlin Cheng (Olinda/PE)
16 de janeiro (sexta), 21h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Hermilo Borba Filho
Proposta cênica entre dança, performance e arquitetura sonora. A pesquisa investe numa corporalidade “peba”, que, sorrateiramente, transita entre brincadores, folguedos, ruas e festas dos estados de Pernambuco e Bahia.

Foto: Mariana Cepeda

Elza Soares. Foto: Mariana Cepeda

Elza Soares & Banda / Kaeru Produções e Eventos (Recife/PE)
16 e 17 de janeiro (sexta e sábado), 21h, R$ 60 e R$ 30
Teatro de Santa Isabel
Neste show, acompanhada de piano, bateria, guitarra e contrabaixo, a carioca Elza Soares, dona da Voz do Milênio (título dado pela BBC de Londres), “brinca” com arranjos musicais de Chico Buarque, Cazuza, Tom Jobim e Vinícius de Moraes, entre outros grandes compositores.

A Energia de Um Polegar / Cia. do Sol (Recife/PE)
Dia 17 e 18 (sábado e domingo), 16h30, R$ 40 e R$ 20
Teatro Valdemar de Oliveira
Nessa mistura de teatro, TV, cinema e show, Polegar é um garoto órfão que parte em busca de reencontrar sua família e descobrir seu nome verdadeiro.

Pangéia / Limiar Teatro e Grupo Acaso (Espanha/Portugal e Recife/PE)
17 e 18 de janeiro (sábado e domingo), 19h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Hermilo Borba Filho
A montagem busca se aprofundar nos caminhos que unem a Galícia, o Brasil e Portugal, tendo o caminho como ponto de encontro do humor e do poético.

Foto; Vládia Lima

Frevo em prelúdio Foto: Vládia Lima

Frevo Em Prelúdio / Cássio Sette (Recife/PE)
17 de janeiro (sábado), 20h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Capiba (SESC Casa Amarela)
Neste show, o cantor Cássio Sette apresenta o frevo como um estilo de música atemporal e universal, longe dos limites do ritmo carnavalesco.

Foto: Diego Bresani

Noctiluzes. Foto: Diego Bresani

Noctiluzes / Cia. Plágio de Teatro e Guinada Produções (Brasília/DF)
17 e 18 de janeiro (sábado e domingo), 20h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Apolo
Em uma madrugada qualquer, três desconhecidos se encontram em um píer que será palco de transformações únicas nas vidas destes homens, três enigmáticas personagens que não imaginam o rumo que suas trajetórias irão tomar depois deste encontro inesperado e cheio de revelações.

Noite Mística
17 de janeiro (sábado), 22h. Ingresso: Contribuição espontânea
Espaço Vila (Rua Radialista Amarílio Nicéas, 76, Santo Amaro. Tel. 3048 6066)
Encontro artístico em que o misticismo conduz os movimentos de dança, circo e teatro. Na programação que insinua mistérios e rituais, destaque para as performances Dos Ritos, com Patrícia Pina Cruz e Januária Finizola; “Caleidoscópio”, com direção de Carlla do Amaral; e o La Gitana, na entrada do espaço, com comes, bebes e vestes.

Foto: Ju Brainer

As travessuras de Mané Gostoso. Foto: Ju Brainer

As Travessuras de Mané Gostoso / Cia. Meias Palavras (Recife/PE)
18 de janeiro (domingo), 10h30 e 16h30 (duas sessões), R$ 20 e R$ 10 (cada sessão)
Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro)
Uma brincadeira inspirada na oralidade e nos contos populares que mistura música ao vivo, bonecos e atores para contar as estripulias de um dos brinquedos da nossa herança cultural: Mané Gostoso.

Maria dapaz exalta a arte de Amalia Rodrigues. Foto: Sergio Massa

Maria dapaz. Foto: Sergio Massa

A Arte de Amália Rodrigues Por Maria Dapaz e Mahatma Costa / Produção: Jocelyne Aymon (Recife/PE)
18 de janeiro (domingo), 19h, R$ 40 e R$ 20
Teatro de Santa Isabel
A violonista e cantora Maria Dapaz, junto ao acordeonista olindense Mahatma Costa, homenageia Amália Rodrigues, que completaria 95 anos em 2015, grande artista portuguesa. Maria Dapaz tem quinze discos gravados, sendo três na Europa.

Foto: Hans von Manteuffel

A Deus, Todomundo. Foto: Hans von Manteuffel

A Deus, Todomundo – Uma Imoralidade do Nosso Tempo / Curso de Interpretação Para Teatro do SESC Piedade (Jaboatão dos Guararapes/PE)
18 de janeiro (domingo), 19h, R$ 10 e R$ 5
Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu), com número limitado de espectadores: 150 pessoas.
Alicerçada em conceitos oriundos do Barroco, a encenação recria e reescreve uma Moralidade do século XV. Na peça, Deus convoca Todomundo a prestar contas de todos os atos de sua existência.

Sangue, Som e Frevo / Romero Ferro (Recife/PE)
18 de janeiro (domingo), 20h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Capiba (SESC Casa Amarela)
O cantor Romero Ferro interpreta, além de frevos, uma diversidade de ritmos e compositores pernambucanos com uma roupagem diferente, utilizando uma pegada moderna e pop.

Projeto Segunda Com Teatro de Primeira
Alcatéia (Leitura Dramatizada)
Casa Outrora (Recife/PE)
19 de janeiro (segunda), 18h. Ingresso: contribuição espontânea
Espaço Cênicas (Rua Vigário Tenório, 2º andar, 199, Bairro do Recife. Tel. 9609 3838)
Uma tragédia urbana acontece enquanto cães uivam. O cenário: um parque da cidade, onde dois homens envolvidos em um crime buscam uma saída para seus destinos na companhia de um cadáver e à luz do luar.

Antes de Esquecer (Leitura Dramatizada)
Companhia de Teatro & Dança Pós-Contemporânea d´Improvizzo Gang – DIG (Jaboatão dos Guararapes/PE)
19 de janeiro (segunda), 20h. Ingresso: contribuição espontânea
Espaço Cênicas (Rua Vigário Tenório, 2º andar, 199, Bairro do Recife. Tel. 9609 3838)
No enredo, durante um ensaio de teatro, um homem mergulha em suas memórias, misturando vida real e representação. Sua infância se mescla com filmes, experiências traumáticas e encontros amorosos com beijos furtivos.

Stupro (Leitura Dramatizada) / Grupo Pharkas Serthanejaz (Recife/PE)
19 e 20 de janeiro (segunda e terça), 19h, R$ 5 (preço único promocional)
Teatro Arraial Ariano Suassuna
A atriz Augusta Ferraz descreve o abuso sexual real que viveu a dramaturga Franca Rame por militares italianos na época do fascismo. A obra é, ao mesmo tempo, um desabafo e uma luta da autora para criminalizar a violação que inúmeras mulheres, além dela, sofreram ao longo da história da sociedade.

Foto: Ricardo Maciel

Acontece enquanto você não quer ver. Foto: Ricardo Maciel

Acontece Enquanto Você Não Quer Ver (Mostra de Teatro Em Casa) / Cena OFF e Três de Copas (Recife/PE)
19 de janeiro (segunda), 20h e 21h (duas sessões), R$ 20 e R$ 10 (cada sessão)
No Espaço Caramiolas (Av. Dantas Barreto, 324, Edif. Pernambuco, 7º andar, Bairro de Santo Antônio). Capacidade: 50 espectadores por sessão.
Temas como vexame pessoal, morte violenta, matricídio, moral e inocência são desnudados por dois atores neste espetáculo que mistura as linguagens cênicas com o vídeo e a internet.

A Dona da História / Duas Companhias – Teatro de Celebração, de Encantamento e Diversão (Recife/PE)
20 de janeiro (terça), 20h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Apolo
Uma deliciosa comédia que fala do universo feminino em meio ao realismo fantástico, já que mostra uma mulher de meia idade conversando com seu passado, ela própria 20 anos mais jovem e reinventando sua trajetória.

Cenas Belas! (Mostra de Teatro Em Casa) / Casa Outrora (Recife/PE)
20 de janeiro (terça), 20h, R$ 20 e R$ 10
Casa Outrora (Rua da Glória, 300, Boa Vista)
As atrizes Hilda Torres e Luciana Pontual interpretam duas mulheres no limite do absurdo com o mundo que lhes cerca, enfrentando posições machistas ou a extrema violência pela perda de um filho.

(In)Cômodos (Mostra de Teatro Em Casa) / Casa Outrora (Recife/PE)
20 de janeiro (terça), 22h, R$ 20 e R$ 10
Casa Outrora (Rua da Glória, 300, Boa Vista)
Um retrato de três personagens, aparentemente sem unidade, mas que se vinculam nas histórias de frustrações e solidão.

Combo: SoloDiva + Complexo de Cumbuca (Mostra de Teatro Em Casa) / Teatro de Fronteira (Recife/PE)
21 de janeiro (quarta), 20h, R$ 20 e R$ 10
No Espaço Maré (Av. Manoel Borba, 786-A, 1º andar, Boa Vista). Capacidade: 35 espectadores.
Dois biodramas, duas autobiografias (des)viadas. Apaixonado pelas divas do teatro e do cinema, Nelson Lafayette interpreta, em SoloDiva, a “estrela que não foi”. Rodrigo Cavalcanti apresenta Complexo de Cumbuca, as vivências de um jovem gay: encontros fortuitos, decepções amorosas, aplicativos de “pegação”, aventuras sexuais bizarras.

Rio de Contas / Cia. de Dança do SESC Petrolina (Petrolina/PE)
21 de janeiro (quarta), 20h, R$ 20 e R$ 10
Teatro de Santa Isabel
O trabalho coreográfico lança um olhar poético sobre o rio, suas contenções, transbordamentos e mistérios. Inspirado no conto Nas Águas do Tempo, do escritor moçambicano Mia Couto, o espetáculo traz na sua concepção a metáfora “a água e o tempo são irmãos gêmeos nascidos do mesmo ventre”.

Foto: Andreea Magnoni

A caixa não é de Pandora. Foto: Andreea Magnoni

A Caixa Não é de Pandora / Andrea Elia (Salvador/BA)
21 e 22 de janeiro (quarta e quinta), 20h, R$ 30 e R$ 15
Teatro Hermilo Borba Filho
Primeiro monólogo da atriz baiana com 30 anos de carreira, Andrea Elia, o espetáculo apresenta a personagem Pandora Lobo, escritora de sucesso internacional que, ao ser convidada para proferir uma palestra para acadêmicos, liberta todas as mulheres que existem dentro dela.

A Mandrágora / Galharufas Produções (Olinda/PE)
21 e 22 de janeiro (quarta e quinta), 20h30, R$ 20 e R$ 10
Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)
A trama é ambientada no sertão nordestino e trata das artimanhas em torno de uma conquista amorosa quase impossível. A comicidade do texto, um verdadeiro tratado sobre a arte de enganar, aborda ainda a degradação civil e religiosa, corrupção e perda de valores morais.

Cara da Mãe / Coletivo Cênico Tenda Vermelha (Recife/PE)
22 e 23 de janeiro (quinta e sexta), 19h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro)
Numa experiência poética em dança, o espetáculo é inspirado em jornadas do feminino, especificamente na compreensão do universo da maternidade, com suas inquietudes e conquistas no mundo contemporâneo.

Pernambucanto – A Cappella / Pernambucanto (Camaragibe/PE)
22 de janeiro (quinta), 20h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Capiba (SESC Casa Amarela)
O grupo vocal Pernambucanto, com formação em seis vozes, desenvolve um trabalho musical diferenciado e voltado aos amantes da boa música, com repertório de grandes sucessos da música popular brasileira no gênero a cappella, sua especialidade.

Bon @pp! / Companhia Maravilhas e Projeto Teatro de Quinta da CASA.17 (Recife/PE)
22 de janeiro (quinta), 20h, R$ 20 e R$ 10
Numa residência no Centro Histórico de Olinda (No intuito de preservar a privacidade do morador, o endereço só será repassado pelo e-mail: ciamaravilhas@gmail.com)
Com humor sagaz feminino, o espetáculo propõe uma degustação da cidade, sua gente, seus comportamentos. Oito textos são servidos. O público é convidado a entrar na intimidade de uma residência e experimentar os sabores e dissabores que permeiam as relações humanas.

Divulgação

Henrique Annes. Foto: Divulgação

Henrique Annes Em Concerto / Produção: Pedro Castro (Recife/PE)
23 de janeiro (sexta), 20h, R$ 30 e R$ 15
Teatro Capiba (Sesc Casa Amarela)
O virtuoso instrumentista e compositor Henrique Annes, um dos maiores nomes do violão no país, resgatando canções dos vários CDs já lançados por ele, apresentará sua série Caribianas, além de choros e valsas no melhor do seu repertório popular, incluindo canções de compositores como Heitor Villa-Lobos e Mario Parodi.

Acontece Enquanto Você Não Quer Ver (Mostra de Teatro Em Casa) / Cena OFF e Três de Copas (Recife/PE)
23 de janeiro (sexta), 20h e 21h (duas sessões), R$ 20 e R$ 10 (cada sessão)
No Espaço Caramiolas (Av. Dantas Barreto, 324, Edif. Pernambuco, 7º andar, Bairro de Santo Antônio). Capacidade: 50 espectadores por sessão.

Afar / Sete&Oito Companhia de Dança (Recife/PE)
23, 24 e 25 de janeiro (sexta, sábado e domingo), 20h, R$ 20 e R$ 10
Espaço Vila (Rua Radialista Amarílio Nicéas, 76, Santo Amaro. Tel. 3048 6066)
O espetáculo se apoia na eterna busca do ser humano pelo sentido de sua trajetória, tendo o barro como esse canal ideal para expressar as dúvidas, anseios e conflitos causados pela fome de criação do homem.

Elégùn, Um Corpo Em Trânsito / Jorge Kildery e Giorrdani de Souza, Kiran (Recife/PE)
23 e 24 de janeiro (sexta e sábado), 20h, R$ 20 e R$ 10
Espaço Experimental (Rua Tomazina, s/n, 1º andar, Bairro do Recife. Tel. 3224 1482)
A trajetória de um ser que se deixa atravessar e contaminar pelo seu próprio fazer-dizer, e narra tais atravessamentos colocando-se em estados corporais distintos, é a metáfora desta dramaturgia, resultado de um projeto de pesquisa em dança que transita pelos conceitos de corporeidade e performatividade.

Frei Molambo / Naldo Venâncio Produções (Caruaru/PE)
23 de janeiro (sexta), 21h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Hermilo Borba Filho
O ator Naldo Venâncio interpreta Frei Molambo, um cavaleiro bíblico e mítico que decide sair mundo afora pregando e ensinando aos povos as profecias bíblicas.

Foto: Sílvia Machado

Cordões Umbilicais. Foto: Sílvia Machado

Cordões Umbilicais / Flaira Ferro (São Paulo/SP)
23 de janeiro (sexta), 21h, R$ 30 e R$ 15
Teatro de Santa Isabel
Primeiro projeto de música autoral de Flaira Ferro. No repertório, frevo, batuque paulista, caboclinho perré, cavalo-marinho e maracatu rural.

Mané Gostoso / Centro de Criação Galpão das Artes (Limoeiro/PE)
24 de janeiro (sábado), 16h30, R$ 20 e R$ 10
Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro)
A história gira em torno de um dono de circo chamado seu Neco, que ao lado de sua esposa, dona Lucrécia, promovia a alegria da criançada. Até que um homem de aparência bizarra rouba a maior atração do circo: o Mané Gostoso.

COMBO: SoloDiva + Complexo de Cumbuca (Mostra de Teatro Em Casa) / Teatro de Fronteira (Recife/PE)
24 de janeiro (sábado), 20h, R$ 20 e R$ 10
No Espaço Maré (Av. Manoel Borba, 786-A, 1º andar, Boa Vista). Capacidade: 35 espectadores.

Um Sábado Em 30 / Teatro de Amadores de Pernambuco – TAP (Recife/PE)
Dia 24 e 25 (sábado e domingo), 20h, R$ 40 e R$ 20
Teatro Valdemar de Oliveira
O texto clássico de Luiz Marinho, com linguagem apreendida do povo, mostra a trajetória de uma família de tipos curiosos no lugarejo Timbaúba dos Mocós, durante a Revolução de 1930. O cenário é a copa de uma casa de engenho em que os empregados participam de encontros e desencontros, tramas de amores e conquistas, inclusive, referentes às jornadas de pastoril que movimentam a cidade.

Cartas Brasileiras / Produção: Sérgio Gusmmão (Recife/PE)
24 de janeiro (sábado), 20h, R$ 30 e R$ 15
25 de janeiro (domingo), 19h, R$ 30 e R$ 15
Teatro Capiba (SESC Casa Amarela)
Um sarau lítero-musical que propõe uma viagem para entender o Brasil através da leitura de cartas históricas e de clássicos da Mpb que estejam associados ao período em que as cartas foram escritas.

Frevo Para Ouvir Deitado / Mônica Feijó e Terno de Areia (Recife/PE)
24 de janeiro (sábado), 21h, R$ 30 e R$ 15
Teatro Hermilo Borba Filho
O frevo executado apenas com cordas e voz é a proposta deste show, que visita clássicos de Carlos Fernando, Capiba, Aldemar Paiva, Getúlio Cavalcanti, J. Michillis e Caetano Veloso, mas também obras de novos compositores do frevo, como China, Juliano Holanda e Zé Manoel, entre outros.

Foto: Lesley Willis

Let me stay de Julie McNamara. Foto: Lesley Willis

Let Me Stay de Julie McNamara (Deixe-me Ficar de Julie McNamara) / Vital Xposure Production/Julie McNamara (Inglaterra/Reino Unido)
24 e 25 de janeiro (sábado e domingo), 20h, R$ 30 e R$ 15
Teatro Apolo
*Em inglês, com tradução para o português em legendas
*Audiodescrição e libras
Let Me Stay é uma celebração à vida e ao amor vistos pelos olhos de Shirley McNamara. É uma abordagem delicada e sensível do impacto causado pelo Alzheimer no relacionamento entre mãe e filha.

Retina / Camaleão Grupo de Dança (Belo Horizonte/MG)
24 de janeiro (sábado), 21h, R$ 20 e R$ 10
25 de janeiro (domingo), 20h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)
Com movimentos da dança de rua e contemporânea, cinco bailarinos abordam o excesso de informações retido pelo olhar humano.

No Grau / Silvério Pessoa (Recife/PE)
24 de janeiro (sábado), 20h30, R$ 40 e R$ 20
Teatro de Santa Isabel
Este show é uma síntese dos CDs de Silvério Pessoa com ênfase nas canções que promovem um diálogo entre os ritmos da zona da mata, sua terra de origem, e a música urbana, como o pop e o rock.

Frevo de Casa / Flaira Ferro, Valéria Vicente, Spok e Lucas dos Prazeres (Recife/PE)
25 de janeiro (domingo), 16h, R$ 6 e R$ 3 (entrada no local. Professores da rede pública não pagam)
Paço do Frevo (Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Bairro do Recife. Tel. 3355 9500)
Trabalho de dança e música que investiga, através da improvisação, a relação entre o indivíduo e a tradição em seu viés dinâmico, vivo e criativo.

Trueque / Cia. Animée/As Levianas (Recife/PE)
25 de janeiro (domingo), 16h30, R$ 20 e R$ 10
Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro)
No divertido enredo, quando as palhaças Tan Tan (Tâmara Floriano) e Mary En (Enne Marx) chegam para o “Trueque” (palavra em espanhol que significa “troca”), muita coisa acontece.

Vozes & Cordas Brasileiras / Produção: Pedro Castro (Recife/PE)
25 de janeiro (domingo), 20h, R$ 60 e R$ 30
Teatro de Santa Isabel
Um show que propõe um intenso passeio pela música popular brasileira através de diversas vozes e cordas pernambucanas de inegável qualidade.

Deixa Ser Eu (Mostra de Teatro Em Casa) / Hazzô (Recife/PE)
25, 26 e 27 de janeiro (domingo, segunda e terça), 20h, R$ 20 e R$ 10
Casa Outrora (Rua da Glória, 300, Boa Vista)
Três histórias em cena. Um homem que mora só e vive a matar formigas, mas sua casa não é doce. Uma travesti que sonha em virar atriz de Hollywood porque sabe interpretar orgasmos. E uma mulher que ensina aos noivos da Igreja da Soledade a cuidar de flores, porque flores murcham.

Projeto Segunda Com Teatro de Primeira

Severinos, Virgulinos e Vitalinos (Leitura Dramatizada) / Dispersos Cia. de Teatro (Recife/PE)
26 de janeiro (segunda), 18h. Ingresso: contribuição espontânea
Espaço Cênicas (Rua Vigário Tenório, 2º andar, 199, Bairro do Recife. Tel. 9609 3838)
A saga de dois filhos de artistas. Um, é filho de palhaço, e o outro, de uma atriz mambembe.

Talvez Sim, Talvez Não (Leitura Dramatizada)
Coletivo Grão Comum e Gota Serena Produções (Recife/PE)
26 de janeiro (segunda), 20h. Ingresso: contribuição espontânea
Espaço Cênicas (Rua Vigário Tenório, 2º andar, 199, Bairro do Recife. Tel. 9609 3838)
O texto aborda o universo homoerótico na “solidão do falo”, dos desencontros do amor estrangeiro.

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Recriando as Raízes do Brasil / Grupo de Dança Fulôres de Palco e Escola de Referência do Ensino Médio de Beberibe (Recife/PE)
27 de janeiro (terça), 19h, gratuito
Teatro Apolo
O espetáculo descortina para o público, de forma poética, cênica e corporal, como nossa identidade foi constituída, com as três etnias misturando-se no povo brasileiro. Traz como referência o Projeto Dissertando as Raízes do Brasil.

Foto: FAcebook

Obscena. Foto: Facebook

Obscena / Duas Companhias, Unaluna e Coletivo Lugar Comum (Recife/PE)
27 e 28 de janeiro (terça e quarta), 19h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro)
Com a atriz Fabiana Pirro em solo poético livremente inspirado no encontro com a obra de Hilda Hilst.

Dorival Obá / Cia. Vias da Dança (Recife/PE)
27 de janeiro (terça), 20h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Hermilo Borba Filho
Um ritual de oferenda e celebração da cultura negra, de suas origens, do povo baiano e suas baianas.

Na Beira (Mostra de Teatro Em Casa) / Teatro de Fronteira (Recife/PE)
28 de janeiro (quarta), 19h, R$ 20 e R$ 10
Em uma residência no Bairro da Boa Vista (No intuito de preservar a privacidade do morador, o endereço só será repassado pelo e-mail: teatrodefronteirape@gmail.com). Capacidade: 20 espectadores.
Divertido solo autobiográfico construído pelo ator, aderecista, artesão e bonequeiro Plínio Maciel. Um mergulho na memória do menino que nasceu em Surubim, veio para o Recife fazer teatro e se enamorou da contação de “causos”.

Revivendo No Meio do Mundo – Som da Terra / J&R Produções (Recife/PE)
28 de janeiro (quarta), 20h, R$ 30 e R$ 15
Teatro de Santa Isabel
O show reverencia o tempo em que os integrantes da banda Som da Terra passaram juntos numa casa de shows do Recife, e celebra os 40 anos de carreira da equipe.

Tapioca / Cia. Brincantes de Circo (Recife/PE)
28 de janeiro (quarta), 20h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Apolo
É no espaço lúdico do circo que o espetáculo narra a trajetória do palhaço interpretado por Bóris Trindade Jr. (Borica), que, já ao nascer, descobre o prazer e as desventuras mambembes.

Materia Prima / La Tristura (Madrid/Espanha)
28 e 29 de janeiro (quarta e quinta), 20h30, R$ 30 e R$ 15
Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)
*Em espanhol, com tradução para o português em legendas
O espetáculo encerra a Trilogia da Educação Sentimental, iniciada em 2004 como um longo estudo da herança, da educação e do futuro. Na obra, as cenas, textos e ações se entrecruzam e são contaminados e transformados por quatro pequenos intérpretes que nasceram depois do ano 2000.

Foto: Chico Ludermir

Anticorpo. Foto: Chico Ludermir

Anticorpo / Saulo Uchôa (Recife/PE)
29 de janeiro (quinta), 19h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro)
Neste solo, o bailarino Saulo Uchôa manifesta sua relação com o real, que, sempre travestido com subjetividade, jamais se mostra o mesmo para todos. Uma realidade que se veste de veias, sangue, dor e, principalmente, de uma memória emocional que só o corpo é capaz de revelar.

Bon @pp! / Companhia Maravilhas e Projeto Teatro de Quinta da CASA.17 (Recife/PE)
29 de janeiro (quinta), 20h, R$ 20 e R$ 10
Numa residência no Centro Histórico de Olinda (No intuito de preservar a privacidade do morador, o endereço só será repassado pelo e-mail: ciamaravilhas@gmail.com)

Foto: Rogerio Alves

Três mulheres e um bordado de sol. Foto: Rogerio Alves

Três Mulheres e Um Bordado de Sol / Compassos Cia. de Danças (Recife/PE)
29 e 30 de janeiro (quinta e sexta), 19h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Hermilo Borba Filho
Espetáculo de dança-teatro concebido durante três anos de pesquisas literárias, visuais e corporais a partir das obras e biografias de Clarice Lispector, Edith Piaf e Frida Kahlo.

Arruados (Projeto Social) / Anexo Bando de Teatro, Movimento Cultural Fazendo Arte e Projeto Fábrica (Recife/PE)
29 de janeiro (quinta), 20h, gratuito
Teatro Capiba (SESC Casa Amarela)
Uma série de acontecimentos ocorridos em um dia, numa rua ou praça qualquer, com personagens que são meninos de rua, loucos, prostitutas, usuários de drogas e pedintes que convivem num espaço comum, dividem o abandono, a fome, a solidão, as alegrias e as tristezas.

O Circo de Lampezão e Maria Botina / Caravana Tapioca (Recife/PE)
30 de janeiro (sexta), 17h, gratuito
Shopping RioMar (Av. República do Líbano, 251, Pina. Tel. 3878 0000)
Os palhaços Cavaco e Nina contam a história de um casal anônimo do sertão: Maria Botina, que sonhava em ser levada por um cangaceiro; e Lampezão, que fingia ser valente para impressioná-la.

Kalabazi / Companhia Tita8lou (Genebra/Suíça)
30 de janeiro (sexta), 19h, gratuito
Shopping RioMar (Av. República do Líbano, 251, Pina. Tel. 3878 0000)
Através da poesia do humor, eis a história de uma jovem mulher quer se casar, mas não com qualquer João ninguém! Ela, então, organiza um concurso de amor para encontrar, no público, a pessoa perfeita.

Foto: Thais Lima

Ombela. Foto: Thais Lima

Ombela / O Poste Soluções Luminosas (Recife/PE)
30 de janeiro (sexta), 19h, R$ 20 e R$ 10
Espaço O Poste (Rua da Aurora, 529, Boa Vista. Tel. 8768 5804 / 9505 4201)
Neste texto/poema épico do escritor africano Manuel Rui, Ombela, a chuva, após cair, resolve deixar duas gotas que se transformam em entidades que tomam formas variadas absorvidas pelo processo de humanização.

MEDEAponto / Grupo Pharkas Serthanejaz (Recife/PE)
30 de janeiro (sexta), 20h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Arraial Ariano Suassuna
A tragédia atemporal de Eurípides é reconstruída através de uma ótica lusitana que se faz presente através da relação com o mar e do canto ao vivo de fados: elementos que acentuam o drama e a loucura desta supracitada mulher traída e filicida, na construção da atriz Augusta Ferraz.

Gracinha do Samba Aprendiz / Produção: Gracinha do Samba (Recife/PE)
30 de janeiro (sexta), 20h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Capiba (SESC Casa Amarela)
Esbanjando simpatia e poderosa voz, Gracinha do Samba, filha de Budé do Cavaco, nasceu no bairro de Casa Amarela e desde os 14 anos seu pai a inseria nas serestas que realizava em sua própria residência.

Acontece Enquanto Você Não Quer Ver (Mostra de Teatro Em Casa) / Cena OFF e Três de Copas (Recife/PE)
30 de janeiro (sexta), 20h e 21h (duas sessões), R$ 20 e R$ 10 (cada sessão)
No Espaço Caramiolas (Av. Dantas Barreto, 324, Edif. Pernambuco, 7º andar, Bairro de Santo Antônio). Capacidade: 50 espectadores por sessão.

Breguétu / Grupo Experimental (Recife/PE)
30 e 31 de janeiro (sexta e sábado), 20h, R$ 20 e R$ 10
Espaço Experimental (Rua Tomazina, s/n, 1º andar, Bairro do Recife. Tel. 3224 1482)
Espetáculo de dança que mergulha no universo brega, pois ele é ritmo, um dançar, estilo de se vestir, aquilo que faz sorrir, o feio que bonito lhe parece, e até o amor é brega!

Foto: Laryssa Moura

Doroteia. Foto: Laryssa Moura

Dorotéia / Antonio Cadengue e Companhia Teatro de Seraphim (Recife/PE)
30 de janeiro (sexta), 21h, R$ 20 e R$ 10
Teatro de Santa Isabel
Numa casa sem quartos (para que não se possa dormir, sequer sonhar), chega Doroteia, bela e ex-prostituta, parente distante da família, que é levada por um impulso de redenção a transformar-se numa mulher aceita por suas familiares, três primas viúvas que cultivam a feiura: D. Flávia, Carmelita e Maura.

El Sur de Europa – Días de Amor Difíciles / La Tristura (Madrid/Espanha)
30 e 31 de janeiro (sexta e sábado), 21h, R$ 30 e R$ 15
Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)
*Excepcionalmente com capacidade da plateia: 335 pessoas utilizando fones de ouvido
*Em espanhol, com tradução para o português em legendas
Três histórias de amor e raiva que acontecem, talvez ao mesmo tempo, em alguma bela e dolorosa cidade do sul da Europa. Com este espetáculo, o grupo sai de um período em que os integrantes haviam desaparecido da cena, ficando do lado de fora como dramaturgos ou diretores. Nesta peça, que coincide com o momento de crise social e econômica mais radical que já viveram em seu país, quiseram mostrar suas caras outra vez como a geração mais preparada na breve história democrática da Espanha, revelando que nada do que se prometeu está sendo cumprido; e que já não é possível desconectar a vida íntima de cada um com o que acontece no mundo.

 Foto: Laryssa Moura

Como a Lua. Foto: Laryssa Moura

Como a Lua / Mambembe Produções Artísticas (Recife/PE)
31 de janeiro (sábado), 16h30, R$ 20 e R$ 10
Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro)
Oito atores em cena interpretam, cantam e tocam ao vivo nesta obra que, em meio a brincadeiras de crianças, trata de temas delicados como o amor não correspondido entre o índio Payá, que não é bravo guerreiro nem bom caçador, e a índia Colón (já que o Deus do Amor, Rudá, quis brincar com o coração do indiozinho), abordando ainda a descoberta da sexualidade, a perda e a morte, mas também a capacidade de mudar.

As Levianinhas em Pocket Show Para Crianças / Cia. Animée (Recife/PE)
31 de janeiro (sábado), 17h, gratuito
Shopping RioMar (Av. República do Líbano, 251, Pina. Tel. 3878 0000)
A banda de palhaças As Levianas canta e toca ao vivo um repertório especialmente para as crianças. Com canções como La Vaca Lola, O Sapo Não Lava o Pé e o repertório de Alvin e os Esquilos, as quatro palhaças constroem o show a partir do humor leve e irreverente.

Foto: Ju Brainer

Frevo de casa. Foto: Ju Brainer

Frevo de Casa / Flaira Ferro, Valéria Vicente, Spok e Lucas dos Prazeres (Recife/PE)
31 de janeiro (sábado), 19h, gratuito
Shopping RioMar (Av. República do Líbano, 251, Pina. Tel. 3878 0000)

Sexo, a Arte de Ser Censurado / Grupo Pharkas Serthanejaz (Recife/PE)
31 de janeiro (sábado), 19h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Arraial Ariano Suassuna
A partir da investigação da obra da italiana Franca Rame, o espetáculo traz como tema central a liberdade de expressão, destrinchada por textos que abordam, com humor, temas tabus como aborto, orgasmo feminino e as relações sociais com o sexo oposto.

foto: Bruno Magalhaes

No Pirex. Foto: Bruno Magalhaes

No Pirex / Grupo de Teatro Armatrux (Belo Horizonte/MG)
31 de janeiro e 01 de fevereiro (sábado e domingo), 19h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Hermilo Borba Filho
Um espetáculo com ingredientes surrealistas, que dispensa a palavra para narrar o encontro de cinco personagens grotescos em torno da mesa de um restaurante.

Gonzaga Leal Canta Alceu Valença No Show Eu Já Escuto os Teus Sinais / Paó Produção & Comunicação (Recife/PE)
31 de janeiro (sábado), 20h, R$ 30 e R$ 15
Teatro Capiba (SESC Casa Amarela)
O intérprete Gonzaga Leal reconhece e homenageia neste show o valor plural de Alceu Valença, um dos mais febris, dionisíacos, imprevisíveis, titânicos e vulcânicos artistas brasileiros.

Noite Mágica / Produção: Christianne Galdino e Rapha Santacruz (Recife/PE)
31 de janeiro (sábado), 20h. Ingresso: contribuição espontânea
Espaço Vila (Rua Radialista Amarílio Nicéas, 76, Santo Amaro. Tel. 3048 6066)
No Dia Internacional do Mágico, veteranos e jovens mágicos de Pernambuco em apresentação especial que propõe a todos pôr os seus sentidos a postos para o encantamento.

Foto: Guga Melgar

Rei Lear. Foto: Guga Melgar

Rei Lear / Remo Produções Artísticas e Centro de Diversidade Cultural Teatro Armazém (Recife/PE)
31 de janeiro (sábado), 21h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Apolo
O texto de Shakespeare é encenado apenas com três atrizes vivendo dezenas de personagens em diálogo com trilha sonora ao vivo. A trama discorre sobre o monarca da Bretanha que, ao chegar à velhice, se vê obrigado a dividir o reino entre as três filhas para garantir a sua sucessão.

Nações Africanas – Bacnaré 30 Anos / Balé de Cultura Negra do Recife – Bacnaré (Recife/PE)
31 de janeiro (sábado), 21h, R$ 40 e R$ 20
Teatro de Santa Isabel
Com danças e trilha sonora ao vivo, o espetáculo mostra a grande variedade cultural que há no continente africano, com cada uma das seis nações numa história de identidade e herança.

Kalabazi / Companhia Tita8lou (Genebra/Suíça)
01 de fevereiro (domingo), 16h, gratuito
Pátio do Parque Dona Lindu

Haru – A Primavera do Aprendiz / Rapha Santacruz Produções Artísticas (Recife/PE)
1º de fevereiro (domingo), 16h30, R$ 20 e R$ 10
Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro)
Em uma barraca de feira livre, um jovem mágico busca orientação de um mestre. Descortinando um universo de mistérios e sem que ele perceba, cada ação que se desenrola é uma lição e um teste de magia ao mesmo tempo.

Os Três Porquinhos / Pedro Portugal e Paulo de Castro Produções Artísticas (Recife/PE)
01 de fevereiro (domingo), 17h, R$ 40 e R$ 20
Teatro de Santa Isabel
Em cartaz desde 1992 ininterruptamente, este divertido musical infantil mostra as aventuras de três porquinhos, Prático, Cícera (sim, há uma porquinha!) e Heitor, às voltas com um terrível e faminto Lobo Mau, mestre em disfarces.

A Receita / O Poste Soluções Luminosas (Recife/PE)
01 de fevereiro (domingo), 19h, R$ 20 e R$ 10
Espaço O Poste (Rua da Aurora, 529, Boa Vista. Tel. 8768 5804 / 9505 4201)
Nesta obra tragicômica que descreve um universo feminino e particular, a atriz Naná Sodré vive uma mulher anônima e invisível de aproximadamente 48 anos, em situação de total dependência emocional, casada e com filhos, que passa a maior parte do tempo na cozinha tentando temperar suas ilusões com sal, alho e coentro com cebolinha, até mesmo em momentos desatinados.

Foto: Divulgação

Guiomar, a Filha da Mãe. Foto: Divulgação

Guiomar, a Filha da Mãe / Grupo Pharkas Serthanejaz (Recife/PE)
01 de fevereiro (domingo), 19h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Arraial Ariano Suassuna
Augusta Ferraz interpreta Guiomar, louca professora de História, personagem-espelho da realidade de um povo que ainda vive em busca de si, explorado. Ela carrega consigo uma carroça que se transmuta em nau, trono e carruagem.

Não Me Abuse (Projeto Social) / Bando de Teatro A Gente Já Disse Tudo e Projeto Fábrica de Criação (Recife/PE)
01 de fevereiro (domingo), 19h, gratuito
Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)
Colagem das mais diversas situações de abuso e exploração sexual relatadas por um grupo de jovens que se reúne para pensar numa vivência melhor em comunidade, mas se depara com a situação de quatro deles que revelam toda a dor de serem vítimas destas violências na família e na escola, entre outros espaços.

Foto: Divulgação

Cláudia Beija. Foto: Divulgação

A.M.A.R.T.E / Cláudia Beija (Recife/PE)
01 de fevereiro (domingo), 19h, R$ 30 e R$ 15
Teatro Capiba (SESC Casa Amarela)
De Noel Rosa a China, de Henry Mancini a Lula Queiroga, Cláudia Beija revela toda sua maturidade musical neste show de lançamento do seu primeiro CD solo, de refinado bom gosto e repleto de graça e sutileza.

Atividades Extras

Oficina: Cavalo-Marinho e o Corpo na Cena
16, 17 e 18 de janeiro (sexta, sábado e domingo), das 15 às 18h, gratuita
Paço do Frevo (Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Bairro do Recife. Tel. 3355 9500)
Com Tainá Barreto
Público alvo: Atores, dançarinos, diretores e coreógrafos maiores de 14 anos.
Nº de vagas: 25. Inscrições: contato@grupopeleja.com.br
A oficina aborda aspectos da pesquisa corporal que utiliza elementos do cavalo-marinho na construção de uma prática cotidiana para o ator-dançarino, com o objetivo de abrir caminhos para uma relação subjetiva e pessoal com os princípios técnico-expressivos das brincadeiras populares. A partir da corporeidade e dos passos da dança do cavalo marinho, serão trabalhados jogo, presença cênica, pulso, intenção, manipulação de energia e dinâmica corporal.

Sarau das Artes – Um Encontro da Guerrilha Cultural
17, 24 e 31 de janeiro (sábados), 20h, gratuito
Bar Kibe Lanches (Av. Herculano Bandeira, 241, Pina, bem próximo ao Teatro Barreto Júnior). Informações: 4141 5125 ou 8897 1513.
O evento faz parte do Projeto Guerrilha Cultural do Grupo de Teatro João Teimoso e já acontece desde outubro de 2009, sempre a cada 15 dias.

Roda de Diálogo: O Teatro & a Cidade
24 de janeiro (sábado), 15h, gratuito
Mamam – Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Rua da Aurora, 265, Boa Vista. Tel. 3355 6870)
A ideia lançada pela Mostra de Teatro Em Casa é promover um espaço de reflexão sobre o trabalho de investigação estética de alguns grupos do Recife (Teatro de Fronteira, Hazzô, Cia. Maravilhas, Cena OFF e Casa Outrora) que, ao logo de 2014, desenvolveram projetos de teatro em ambiente domiciliar. Partindo de uma apresentação da experiência de cada grupo, pretende-se lançar olhares externos sobre as reverberações desta prática nas relações entre teatro e a cidade.
Debatedores: Elton Bruno Siqueira (UFPE) e Luiz Felipe Botelho (Fundaj). Mediação: Leidson Ferraz.

Workshop: Danças Urbanas Com o Grupo Camaleão (Jam Session)
24 de janeiro (sábado), das 16 às 18h, gratuito
Parque Dona Lindu (Av. Boa Viagem, s/n, Boa Viagem. Tel. 3355 9821 / 9822)
Público alvo: Estudantes de dança e pessoas da comunidade interessados na modalidade.
Nº de vagas: 30. Mais informações pelo site: www.janeirodegrandesespetaculos.com

Workshop: Direto da Fonte – Narrativa Teatral Através das Histórias de Nossos Mais Velhos
25 de janeiro (domingo), das 10 às 14h
Centro Apolo-Hermilo
Com Julie McNamara
Público alvo: atores, diretores de teatro ou audiovisual, dramaturgos ou interessados a partir de 16 anos.
Nº de vagas: 20. Mais informações pelo site: www.janeirodegrandesespetaculos.com
*Este workshop é uma ação do Unlimited: Arte Sem Limites, programa do British Council.

Festa: Cola Que Eu Sou Tendência
31 de janeiro (sábado), 22h, R$ 15 (preço único promocional)
Espaço Experimental (Rua Tomazina, 199, 1º andar, Recife Antigo. Inf. 3224 1482 / 8812 1036 / contato@grupoexperimental.com.br)

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Programação Caruaru
Teatro Rui Limeira Rosal – SESC Caruaru
(Av. Rui Limeira Rosal, s/n, Petrópolis. Tel. 3721 3967)

Sexo, a Arte de Ser Censurado / Grupo Pharkas Serthanejaz (Recife/PE)
16 de janeiro (sexta), 20h, R$ 10 e R$ 5
A partir da investigação da obra da italiana Franca Rame, o espetáculo traz como tema central a liberdade de expressão, destrinchada por textos que abordam, com humor, temas tabus como aborto, orgasmo feminino e as relações sociais com o sexo oposto.

Tu Sois de Onde? / Grupo Peleja (Recife/PE)
17 e 18 de janeiro (sábado e domingo), 20h, R$ 10 e R$ 5
Partindo de memórias pessoais do intérprete-criador Lineu Gabriel, paulistano radicado em Pernambuco, o espetáculo traz para a cena ferramentas corporais diversas, tendo como fio condutor o mergulho na pesquisa sobre a dança do maracatu rural, manifestação da Zona da Mata Norte de Pernambuco, buscando seu potencial técnico e expressivo.

Pangéia / Limiar Teatro e Grupo Acaso (Espanha/Portugal e Recife/PE)
21 de janeiro (quarta), 20h, R$ 10 e R$ 5
A montagem busca se aprofundar nos caminhos que unem a Galícia, o Brasil e Portugal, tendo o caminho como ponto de encontro do humor e do poético.

Noctiluzes / Cia. Plágio de Teatro e Guinada Produções (Brasília/DF)
23 de janeiro (sexta), 20h, R$ 10 e R$ 5
Em uma madrugada qualquer, três desconhecidos se encontram em um píer que será palco de transformações únicas nas vidas destes homens, três enigmáticas personagens que não imaginam o rumo que suas trajetórias irão tomar depois deste encontro inesperado e cheio de revelações. 1h25. Indicação: a partir de 16 anos.

Kalabazi / Companhia Tita8lou (Genebra/Suíça)
24 de janeiro (sábado), 20h, gratuito
*Excepcionalmente na Praça da Conceição, Marco Zero da cidade.
Através da poesia do humor, eis a história de uma jovem mulher quer se casar, mas não com qualquer João Ninguém!

Como a Lua / Mambembe Produções Artísticas (Recife/PE)
25 de janeiro (domingo), 16h30, R$ 10 e R$ 5
Oito atores em cena interpretam, cantam e tocam ao vivo nesta obra que, em meio a brincadeiras de crianças, trata de temas delicados como o amor não correspondido entre o índio Payá, que não é bravo guerreiro nem bom caçador, e a índia Colón (já que o Deus do Amor, Rudá, quis brincar com o coração do indiozinho), abordando ainda a descoberta da sexualidade, a perda e a morte, mas também a capacidade de mudar.

Foto: Ed Felix

Retina. Foto: Ed Felix

Retina / Camaleão Grupo de Dança (Belo Horizonte/MG)
28 de janeiro (quarta), 20h, R$ 10 e R$ 5
Com movimentos da dança de rua e contemporânea, cinco bailarinos abordam o excesso de informações retido pelo olhar humano.

Let Me Stay de Julie McNamara (Deixe-me Ficar de Julie McNamara)
/ Vital Xposure Production/Julie McNamara (Inglaterra/Reino Unido)
30 de janeiro (sexta), 20h, R$ 10 e R$ 5
*Em inglês, com tradução para o português em legendas
*Audiodescrição e libras
Let Me Stay é uma celebração à vida e ao amor vistos pelos olhos de Shirley McNamara. É uma abordagem delicada e sensível do impacto causado pelo Alzheimer no relacionamento entre mãe e filha.

Aquelas Coisas / Teatro de Retalhos (Arcoverde/PE)
31 de janeiro (sábado), 20h, R$ 10 e R$ 5
Três palhaços jogam com situações cotidianas de descobertas, trabalho, morte e renascimento neste espetáculo que, sem estar fundamentado em um texto dramático, aborda de maneira lúdica as experiências humanas.

As Bodas de Fígaro / Companhia de Ópera de Recife – CORE (Recife/PE)
01 de fevereiro (domingo), 20h, gratuito
Versão compactada da ópera cômica em quatro atos de Mozart, composta em 1786 a partir do libreto de Lorenzo da Ponte. A obra satiriza hábitos da nobreza no século XVIII e conta a divertida história de confusão durante os preparativos do casamento entre Susanna e Fígaro, servos do Conde e da Condessa Almaviva.

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Programação Arcoverde
Teatro Geraldo Barros – SESC Arcoverde
(Rua Capitão Arlindo Pacheco, 364, Centro. Tel. 87 3821 0864)

A Dama da Noite / Cia. de Teatro Popular de Garanhuns (Garanhuns/PE)
16 de janeiro (sexta), 20h, R$ 10 e R$ 5
A montagem é uma livre adaptação de conto homônimo do livro Os Dragões Não Conhecem o Paraíso, de Caio Fernando Abreu.

Sexo, a Arte de Ser Censurado / Grupo Pharkas Serthanejaz (Recife/PE)
17 de janeiro (sábado), 20h, R$ 10 e R$ 5
A partir da investigação da obra da italiana Franca Rame, o espetáculo traz como tema central a liberdade de expressão, destrinchada por textos que abordam, com humor, temas tabus como aborto, orgasmo feminino e as relações sociais com o sexo oposto.

O Espelho da Lua / Tropa do Balaco Baco (Arcoverde/PE)
18 de janeiro (domingo), 20h, R$ 10 e R$ 5
A história da Vitória Régia, tradicional lenda amazônica, é narrada por atores e bonecos através da trajetória de Naiá, uma índia que, desde criança, nutre um forte amor por Araúna, a Lua.

Pangéia /Limiar Teatro e Grupo Acaso (Espanha/Portugal e Recife/PE)
23 de janeiro (sexta), 20h, R$ 10 e R$ 5
A montagem busca se aprofundar nos caminhos que unem a Galícia, o Brasil e Portugal, tendo o caminho como ponto de encontro do humor e do poético.

Kalabazi / Companhia Tita8lou (Genebra/Suíça)
25 de janeiro (domingo), 20h, gratuito
*Excepcionalmente na Praça Winston Siqueira, Centro da cidade.
Através da poesia do humor, eis a história de uma jovem mulher quer se casar, mas não com qualquer João Ninguém! Ela, então, organiza um concurso de amor para encontrar, no público, a pessoa perfeita.

Foto: Jan Ribeiro /Divulgação

As bodas de Fígaro. Foto: Jan Ribeiro /Divulgação

As Bodas de Fígaro / Companhia de Ópera de Recife – CORE (Recife/PE)
29 de janeiro (quinta), 20h, gratuito
Versão compactada da ópera cômica em quatro atos de Mozart, composta em 1786 a partir do libreto de Lorenzo da Ponte. A obra satiriza hábitos da nobreza no século XVIII e conta a divertida história de confusão durante os preparativos do casamento entre Susanna e Fígaro, servos do Conde e da Condessa Almaviva.

Atrás da Porta / Núcleo de Pesquisa Em Dança Contemporânea do SESC Arcoverde (Arcoverde/PE)
31 de janeiro (sábado), 20h, R$ 10 e R$ 5
Sem maniqueísmos, numa construção coreográfica de símbolos, a obra propõe um olhar questionador e lírico sobre as relações que culminam em violência e opressão de gênero, quase sempre escondidas debaixo do tapete, atrás das portas.

Foto: Adriano Galvão

Aquelas coisas. Foto: Adriano Galvão

Aquelas Coisas / Teatro de Retalhos (Arcoverde/PE)
01 de fevereiro (domingo), 20h, R$ 10 e R$ 5
Três palhaços jogam com situações cotidianas de descobertas, trabalho, morte e renascimento neste espetáculo que, sem estar fundamentado em um texto dramático, aborda de maneira lúdica as experiências humanas.

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Programação Goiana
Teatro do Centro Cultural Historiador Antônio Corrêa de Oliveira – SESC Goiana
(Rua do Arame, s/n, Centro. Tel. 3626 5961)

Pangéia
Limiar Teatro e Grupo Acaso (Espanha/Portugal e Recife/PE)
16 de janeiro (sexta), 20h, R$ 10 e R$ 5
A montagem busca se aprofundar nos caminhos que unem a Galícia, o Brasil e Portugal, tendo o caminho como ponto de encontro do humor e do poético.

Noctiluzes / Cia. Plágio de Teatro e Guinada Produções (Brasília/DF)
21 de janeiro (quarta), 20h, R$ 10 e R$ 5
Em uma madrugada qualquer, três desconhecidos se encontram em um píer que será palco de transformações únicas nas vidas destes homens, três enigmáticas personagens que não imaginam o rumo que suas trajetórias irão tomar depois deste encontro inesperado e cheio de revelações.

Sexo, a Arte de Ser Censurado / Grupo Pharkas Serthanejaz (Recife/PE)
22 de janeiro (quinta), 20h, R$ 10 e R$ 5
A partir da investigação da obra da italiana Franca Rame, o espetáculo traz como tema central a liberdade de expressão, destrinchada por textos que abordam, com humor, temas tabus como aborto, orgasmo feminino e as relações sociais com o sexo oposto.

As Bodas de Fígaro / Companhia de Ópera de Recife – CORE (Recife/PE)
23 de janeiro (sexta), 20h, gratuito
Versão compactada da ópera cômica em quatro atos de Mozart, composta em 1786 a partir do libreto de Lorenzo da Ponte. A obra satiriza hábitos da nobreza no século XVIII e conta a divertida história de confusão durante os preparativos do casamento entre Susanna e Fígaro, servos do Conde e da Condessa Almaviva.

A Caixa Não é de Pandora / Andrea Elia (Salvador/BA)
24 de janeiro (sábado), 20h, R$ 10 e R$ 5
Primeiro monólogo da atriz baiana com 30 anos de carreira, Andrea Elia, o espetáculo apresenta a personagem Pandora Lobo, escritora de sucesso internacional que, ao ser convidada para proferir uma palestra para acadêmicos, liberta todas as mulheres que existem dentro dela.

Let Me Stay de Julie McNamara (Deixe-me Ficar de Julie McNamara) / Vital Xposure Production/Julie McNamara (Inglaterra/Reino Unido)
28 de janeiro (quarta), 20h, R$ 10 e R$ 5
*Em inglês, com tradução para o português em legendas
*Audiodescrição e libras
Let Me Stay é uma celebração à vida e ao amor vistos pelos olhos de Shirley McNamara. É uma abordagem delicada e sensível do impacto causado pelo Alzheimer no relacionamento entre mãe e filha.

Retina / Camaleão Grupo de Dança (Belo Horizonte/MG)
30 de janeiro (sexta), 20h, R$ 10 e R$ 5
Com movimentos da dança de rua e contemporânea, cinco bailarinos abordam o excesso de informações retido pelo olhar humano.

Kalabazi / Companhia Tita8lou (Genebra/Suíça)
31 de janeiro (sábado), 20h, gratuito
*Excepcionalmente no Pátio de Eventos do SESC Ler Goiana.
Através da poesia do humor, eis a história de uma jovem mulher quer se casar, mas não com qualquer João Ninguém! Ela, então, organiza um concurso de amor para encontrar, no público, a pessoa perfeita.

Frei Molambo / Naldo Venâncio Produções (Caruaru/PE)
01 de fevereiro (domingo), 20h, R$ 10 e R$ 5
O ator Naldo Venâncio interpreta Frei Molambo, um cavaleiro bíblico e mítico que decide sair mundo afora pregando e ensinando aos povos as profecias bíblicas.

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Janeiro de Grandes Espetáculos divulga internacionais

Montagem realizada em parceria entre Portugal e Pernambuco abre Janeiro de Grandes Espetáculo. Foto: Rui Pitaes/divulgação

Foi divulgada hoje a grade completa dos espetáculos internacionais do Janeiro de Grandes Espetáculos. O Satisfeita, Yolanda? é parceiro do festival – a comemoração de dois anos do blog, inclusive, será dentro da programação paralela do festival, como foi ano passado.

Serão sete atrações internacionais, entre elas a montagem que abre o Janeiro: O desejado – Rei D. Sebastião anunciada por Paulo de Castro com um ano de antecedência, na festa de premiação da Apacepe. É uma co-produção entre Pernambuco e Portugal. (Confira aqui a matéria que fizemos sobre o espetáculo)

Da programação, o blog já viu o espetáculo Las tribulaciones de Virgínia, no Cena Contemporânea, em Brasília. É uma peça dos irmãos Oligor, da Espanha, que nasceu na oficina de casa – são várias traquitanas, bonecos, cordas, rodas, e um enredo bem delicado.

A lista de espetáculos locais que participam do Janeiro já foi anunciada. Confira aqui.

Programação Internacional do 19º Janeiro de Grandes Espetáculos

Dias 08 e 09 de janeiro, às 20h30, no Teatro de Santa Isabel, R$ 20 e R$ 10
Dias 11 e 12 de janeiro, às 20h, no Sesc Caruaru (Teatro Rui Limeira Rosal), R$ 20 e R$ 10
Dia 17 de janeiro, às 20h, no Sesc Arcoverde (Teatro Geraldo Barros), R$ 10 e R$ 5

O Desejado – Rei D. Sebastião (Centro de Criatividade Póvoa de Lanhoso e Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco/Apacepe – Póvoa de Lanhoso/Portugal e Recife/PE/Brasil)

A montagem reúne atores pernambucanos e portugueses. No enredo, um grupo de cômicos ambulantes, comediantes de feiras antigas, conta esta fabulosa história sobre o sebastianismo luso-brasileiro. Nela, misturam-se imaginários de um Rei encantado, que vive adormecido, presente e vivo, como se de verdade fosse, e no seu castelo se guardasse à espera de um novo alvorecer. Desencantado, voltará para redimir o seu povo e um mar bravo se levantará e tudo e todos serão arrastados para a Ilha do Fim do Mundo… Pícara e burlesca, a montagem brinca com a poética do imaginário de dois povos. Indicação: a partir dos 12 anos.

Texto, encenação, figurinos, cenografia e iluminação: Moncho Rodriguez. Música: Narciso Fernandes e Pedro Gracindo. Elenco: Pedro Giestas, Júnior Sampaio, Marta Carvalho, Eunice Correia, Catarina Rodriguez, Gilberto Brito, Márcio Fecher, Mário Miranda, Rafael Amâncio e Júnior Aguiar. Contato: ccriatividade.com

Las Tribulaciones de Virgínia, da Espanha. Foto: Leonardo Moreira/Cena Contemporânea

Dias 10, 11 e 12 de janeiro, às 21h, no Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu), R$ 20 e R$ 10 – Espetáculo com capacidade para 55 pessoas por sessão.

Las Tribulaciones de Virginia (Hnos. Oligor – Espanha)

Por mais de três anos e meio os irmãos Oligor estiveram fechados em um porão inventando traquitanas, máquinas, bonecos, brinquedos mecânicos e automatas animados por roldanas e pedais, envolvendo sua cidade na aventura desta criação. Só depois de muito tempo e graças a um curador do Festival de Barcelona, que se maravilhou com eles, os irmãos começaram a rodar o mundo com grande sucesso, contando a história de Virginia e Valentin. Também no seu porão, este casal nos confidencia uma história pessoal e verdadeira, de amor e desamor.

1h30 Indicação: a partir dos 12 anos. Idioma: não verbal. Uma verdadeira instalação vai ser montada no palco do Teatro Luiz Mendonça.

Ator e diretor: Jomi Oligor. Apresentador e técnico: Pepe Oligor. Produção: Lucia Erceg. Contato: oligor.org

Dia 12 de janeiro, às 17h, no Teatro Marco Camarotti. R$ 20 e R$ 10
Dia 24 de janeiro, às 20h, no Sesc Arcoverde (Teatro Geraldo Barros), R$ 10 e R$ 5

Tranquilli!!! (Teatro C’art – Itália)

Direcionado a todas as idades, o espetáculo parte do conceito universal de tranquilidade para fazer rir e refletir sobre o ser humano que vive em função de uma sociedade estressante. Através de um personagem cômico, a obra rompe com o cotidiano frenético revelando seus momentos românticos e poéticos, extraídos do amor pela vida. Paulistano radicado na Itália desde 1995, e com estudos sobre a comicidade não verbal, André Casaca já foi levou este trabalho solo para vários países.

Indicação: livre. Idioma: não verbal

Direção e atuação: André Casaca. Assistente de direção: Fabrizio Neri e Teresa Bruno. Efeitos de vídeo: Julio Frediani. Equipamento cênico: Silvano Costagli. Contato: teatrocart.com

Dia 10 de janeiro, às 20h, no Sesc Caruaru (Teatro Rui Limeira Rosal), R$ 20 e R$ 10
Dias 12 e 13 de janeiro, respectivamente às 21h e 19h, no Teatro Barreto Júnior, R$ 20 e R$ 10

Bambolenat (Compañía Sombras de Arena – Buenos Aires/Argentina)

Espetáculo de teatro de sombras que apresenta desenho ao vivo e mistura dança com música eletrônica e étnica. Narrando o nascimento do homem e o surgimento de novos mundos tangíveis e intangíveis, a montagem convida o espectador a acompanhar o protagonista em uma viagem repleta de mistério, cor e sensações, onde o conflito primordial é entre o criador e o destruidor ou as tensões entre o homem e a natureza ou entre o humano e o divino. Com artistas de distintas áreas, o grupo investiga esta fusão híbrida como linguagem.

Indicação: a partir dos 6 anos. Idioma: não verbal.

Direção: Juan Pablo Sierra. Ator: Matías Haberfeld. Bonecos: Natalia Gregório. Desenhos: Ale Bustos. Música: Germán Cantero e Gabi Landolfi. Músico convidado: Douglas Felis. Técnica: Ale Naviliat. Voz: Nayma Garcia. Figurino: Lidia Benitez. Contato: sombrasdearena@yahoo.com.ar

Branca como o jasmim, com Iben Nagel. Foto: Francesco Galli

Dias 19 e 20 de janeiro, às 19h, no Teatro Apolo, R$ 20 e R$ 10

Branca Como o Jasmin (Odin Teatret – Dinamarca)

Indicação: a partir dos 12 anos. Idioma: concerto vocal espanhol/português.

A atriz dinamarquesa Iben Nagel Rasmussen evoca os espetáculos feitos pelo Odin Teatret de 1966 até os dias de hoje. Ela recorda e experimenta as várias mudanças vividas por sua voz, desde a “sala fechada” (que deixa os atores expressarem seu mundo interior) e os espetáculos de rua (o encontro com o mundo exterior), até o espaço criado pelas palavras através de seus significados e sonoridades. Na sua trajetória, constam 29 espetáculos do Odin Teatret Nordisk Teaterlaboratorium, além da direção de 14 outras montagens.

Direção: Eugenio Barba. Atuação: Iben Nagel Rasmussen. Contato: odinteatret.dk

Dias 22 e 23 de janeiro, às 20h30, no Teatro de Santa Isabel, R$ 20 e R$ 10
Dia 25 de janeiro, às 20h, no Sesc Caruaru (Teatro Rui Limeira Rosal), R$ 20 e R$ 10

Darkness Poomba e Awake (Modern Table – Seul/Coreia do Sul)
*São duas coreografias num só espetáculo.

Criações do coreógrafo, compositor e ex-rapper Kim Jae-duk, de apenas 23 anos, são duas obras em um só espetáculo, que trabalham com reinterpretações de melodias tradicionais, como o Poomba sul-coreano, ligadas a movimentos e sonoridades contemporâneas. O resultado combina dança e música interpretada ao vivo, com guitarra, base e drum set em tom geralmente melancólico. As performances são cativantes, passionais e até agressivas, transformando o teatro ora em estádio de rock, ora em festival de música e dança.

Indicação: a partir dos 12 anos.

Darkness Poomba (23 min.)
Coreografia, direção, letra e composição: Kim Jae-duk. Bailarinos: Kim Jae-duk, Lee Pil-seung, Jeon Hwan-sung, Lee Jung-in, Choi Jung-sik, Kim Mi-young, Kim Mi-kyoung. Músicos: Yoon Suk-gui (voz/Pansori), Heo Sung-eun (percussão), Hong Seung-yun (baixo) e Jeon Cha-in (guitarra). Iluminação: Shin Hyun-sun. Áudio: Park Sun-tae

Darkness Poomba, do Modern Table. Foto: Park Sang Yun

Awake (30 min.)
Coreografia, direção, letras e composição: Kim Jae-duk. Bailarinos: Kim Jae-duk e Lee Jung-in.Iluminação: Shin Hyun-sun. Contato: blog.naver.com/moderntable

Dia 19 de janeiro, às 20h, no Sesc Arcoverde (Teatro Geraldo Barros), R$ 10 e R$ 5
Dia 27 de janeiro, às 20h, no Sesc Caruaru (Teatro Rui Limeira Rosal), R$ 20 e R$ 10

Labirinto de Amor e Morte (Centro de Criatividade Póvoa de Lanhoso – Portugal)

O universo feminino desvendado como num sonho. A mulher numa história sem história de um amor morto. Do universo denso e úmido, profundo e cálido do amor feminino. A exposição crua da alma de uma mulher e da grandeza do seu amor… O desvendar da alma, o sacrifício e a purificação. A poética oculta do amor, da morte e ressurreição, das águas e das luas… Uma mulher só, diante do abismo do ser mulher.

Indicação: a partir dos 12 anos

Texto: Nomar D’Alcantara. Encenação e design de luz, figurinos e cenografia: Moncho Rodriguez. Música e design de som: Narciso Fernandes. Voz e canto: Ana Farias. Execução de figurinos: Marília Martins. Contrarregra: Vítor Cruz. Iluminação: Francisco Briz. Imagens: Rui Pitães. Interpretação: Marta Carvalho. Contato: ccriatividade.com

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Teatro de remissão

Texto de autor chileno é inédito. Foto: Fábio Furtado

Encontrei Luciano Chirolli e Maria Alice Vergueiro na manhã de ontem, no saguão do hotel em que eles (e todos os artistas que vem ao Recife participar do Janeiro de Grandes Espetáculos) estão hospedados, no Pina. Batom vermelho, óculos escuros, cadeira de rodas. Maria Alice disse que me acompanhava tomando café – sem açúcar; Luciano pediu um suco de melancia – bem gelado. (Já comecei a conversa feliz, quando Luciano disse que acompanhava o Satisfeita, Yolanda? e inclusive já tinha lido o blog para Maria Alice; sim, às vezes a gente perde a noção de que as pessoas estão lendo o que escrevemos nesse espaço virtual! 😉

Passamos quase uma hora conversando sobre As três velhas, sobre teatro e amor – redundância? Lá pelas tantas: “Conhecemos a plenitude do teatro, que é superior a do amor”, disse Chirolli; “Para mim, é a mesma coisa”, arremata Maria Alice. Os dois trabalharam juntos pela primeira vez na década de 1990; fizeram, por exemplo, O amor de Dom Perlimplim com Belisa em seu jardim, de Federico Garcia Lorca. “Foi um sucesso, fizemos turnê pela Europa, mais de dez festivais”. O carinho entre os dois transparece.

As três velhas estreou em Agosto de 210 e levou os prêmios Shell 2010 de teatro (melhor ator com Luciano Chirolli) e Cooperativa Paulista de Teatro 2010 (CPTA) de melhor elenco. O texto é inédito: foi escrito pelo chileno Alejandro Jodorowsky em 2003. “Pelo que nos disseram, foi a pedido da ex-mulher do autor, uma atriz mexicana, mas que não chegou a montá-lo”, conta Chirolli. Os atores avisam que a peça é uma fábula e que, por isso, vários recursos teatrais podem ser utilizados. “Nós saímos do realismo, do linear, a voz pode ser diferente, como quando você vai contar uma história a uma criança, ou alguém pode cair no alçapão de repente”, complementa o ator. Apesar do lúdico, adianta Maria Alice, há também muito horror. Até por conta da fome.

Maria Alice Vergueiro interpreta uma centenária. Foto: Fábio Furtado

Sim, porque essas velhas vivem na ilusão de um tempo em que a fartura abundava; mas agora não têm nem o que comer; caçam ratos em casa e olham umas para outras como se estivessem prestes a se atacar. A peça começa com um baile, em que só uma pode ir, porque só há um vestido, uma dentadura, uma peruca. “Estou tendo uma compaixão muito grande por essas mulheres, violentadas, esquecidas, por uma sociedade patriarcal. E eu que, vou confessar, era um pouco misógino, machista”, diz Luciano baixinho em tom confessional. “Se o autor dá uma solução até para essas mulheres, porque ele dá, você sai com a impressão de que há uma solução para você também”, complementa. “Não é uma questão de salvação, porque essa é uma palavra muito cristã, mas é remissão”, conta Maria Alice, que é também a diretora do espetáculo. Apesar disso, não espere nenhum espetáculo de autoajuda: “o autor tira sarro”. Aliás, não espere nada. É o que pede Maria Alice. “Dê uma tapa na pantera e vá ver o espetáculo, tranquilo, tranquilo”.

Ficha Técnica:

Realização e Produção: Luciano Chirolli Produções Artísticas
Texto: Alejandro Jodorowsky
Idealização: Teatro Pândega
Direção: Maria Alice Vergueiro
Elenco: Maria Alice Vergueiro, Luciano Chirolli, Danilo Grangheia e Lui Seixas
Assistência de Direção: Carolina Splendore
Tradução: Fábio Furtado
Direção de Arte: Simone Mina e Carol Bertier
Desenho de Luz: Alessandra Domingues
Operação de Luz: Carolina Splendore
Trilha Sonora Original: Otavio Ortega
Operação de Som: Monique Salustiano
Design Gráfico: Natália Zapella
Fotógrafo: Fábio Furtado
Produção Executiva: Elisete Jeremias
Direção de Palco: Tiago Miranda

No vídeo, o elenco ainda contava com Pascoal da Conceição, que foi substituído quando foi fazer a minissérie O astro:

As três velhas
Quando: hoje e amanhã, às 20h
Onde: Teatro de Santa Isabel
Quanto: R$ 10 (preço único promocional)
Indicação: 18 anos

Aviso!Os ingressos para o Janeiro de Grandes Espetáculos, para todos os teatros, podem ser comprados antecipadamente na bilheteria do Teatro de Santa Isabel, das 10h às 16h. No dia do espetáculo, você pode comprar no próprio teatro onde será o espetáculo, duas horas antes.

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Baixa no Janeiro

O espetáculo Metaformose Leminski – Reflexões de um herói que não quer virar pedra, do Grupo Delírio Cia de Teatro, não vai mais participar do Janeiro de Grandes Espetáculos. As apresentações estavam previstas para os dias 16 e 17, no Teatro Hermilo Borba Filho, mas o grupo não conseguiu apoio para as passagens. Sim, porque como o orçamento do Janeiro é super reduzido, muitos grupos só vem quando eles mesmos conseguem as passagem. Apesar disso, a produtora Paula de Renor até disse que teria conseguido contornar a situação se isso tivesse sido visto com mais antecedência. Uma pena. Ano passado, o grupo Delírio, que é de Curitiba, participou do Palco Giratório. Eles apresentaram aqui O evangelho segundo São Mateus, no Teatro Apolo. Segundo a produção do Janeiro, o espetáculo não será substituído por nenhum outro.

Grupo Delírio não vai mais participar do Janeiro de Grandes Espetáculos. Foto: Chico Nogueira

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