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Farofa do Processo
Algumas anotações
Primeira parte

Intensa movimentação na Oswald durante os dias da Forafa do Processo. foto: Ivana Moura

Gabs Ambròzia, da Corpo Rastreado. Foto: Ivana Moura

Muitas possibilidades de encontro

“Farofa, farofa, farofa’, esse anúncio feito ao megafone por Gabs Ambròzia, uma das figuras da Corpo Rastreado, projeta a natureza lúdica e inclusiva do evento e vai continuar ecoando na Oficina Cultural Oswald de Andrade, em São Paulo, e na cabeça de muita gente. De 2 a 10 de março, foram muitos gestos políticos de grupos, spoilers do bem de espetáculos em andamento, conversas, armações para insurgências. Momentos de pura festa e a lembrança que estamos em guerra por existir… a luta continua. Muitas vezes o clima era tão festivo que senti a vibração do carnaval de Olinda de finais das manhãs. Esses processos, sonhos em construção, todos legítimos cada qual do seu jeito, repercutem e seguem. Ficam imagens ricas e vibrantes.

No Teatro de Contêiner Mungunzá, um ponto da Farofa do Processo desse ano (o outro era a Casa do Povo), vi uma correnteza de gente a se deslocar do lado de fora empurrada pela chuva, enquanto lá dentro do teatro os atores buscavam motivos para expressar a vida e entender até onde vai a arte… Aporia.

Nessa atmosfera de engajamento crítico e criativo, aliades para a rebelião, bandos em manifestação, corpos em combate refletem um espírito de resistência e a busca por transformações sociais. Lindo ver o fluxo desses dias na Oswald, das salas cheias e sessões esgotadas para um batimento suave. Celebração do gesto artístico, da reflexão crítica e da ação coletiva. Encantamento especial na Farofada, almoço preparado e distribuído pela equipe da Corpo Rastreado para alimentar estômagos e ideias, refeição compartilhada para aprontar para outros combates. Uma dramaturgia especial esses almoços de conversas ao pé do ouvido e gargalhadas soltas.

Esse território de encontros, espaço tão rico de diálogo onde a fricção de linguagens da cena acontece com força em aberturas meios e conclusões de processos, espetáculos revisitados. Eita danou-se, como diz Marcelino Freire, escritor que foi prestigiar um dos processos, o da turma do Carrossel.

O domingo de programação intensa já chega com gostinho de quero mais. “Farofa, Farofa, Farofa!”. Último dia dessa edição.

Um salve para o Boteco Crítico, do projeto Arquipélago, que em três encontros botou na prática a experiência de pensar/repesar/ fazer/refazer a crítica em outros patamares, mais democráticos, numa discussão honesta que também está buscando seus caminhos, de reimaginar o papel da crítica cultural na contemporaneidade. Desde o nome, a tentativa é desmitificar a crítica, aproximando-a de quem chegou junto.

Compartilhar, uma palavra quase mantra da Farofa do Processo tem poder.  

Acompanhei algumas ações da Farofa do Processo e faço alguns comentários a partir dos que acompanhei.

Equipe do espetáculo Magnólia, em processo de construção. Foto: Ivana Moura

Marina Esteves e sua equipe (idealização e atuação @vimvermarina, direção musical @daninega, texto: @lucasmouradr, dramaturgia @vimvermarina e @lucasmouradr , Banda da Zé Pretinha: @vinisampaioofficial @djkmina @larioliveiratp @gisahspreta )
apresentaram o processo criativo do espetáculo Magnólia, uma peça que enfrenta as opressões na conjugação de raça, gênero, e identidade com narrativa afro-futurista.

A inspiração na música Magnólia e no álbum A Tábua de Esmeralda de Jorge Benjor adiciona camadas intertextuais da canção que tematiza alquimia, espiritualidade e transformação. Foi com esse álbum lançado em 1974 que Benjor consolidou sua posição como um dos músicos mais febris do Brasil.

A personagem central, Magnólia, vivida por Marina, simboliza a resistência, luta e avanços frente às opressões sistêmicas. O sonho como recurso narrativo funciona como estratégia estilística e como uma poderosa ferramenta de exploração e manifestação da subjetividade da personagem.

Para apresentar a jornada de Magnólia, que a leva além dos limites terrestres, a atriz apresentou o roteiro cantado com uma banda ao vivo. Forte e poética essa demonstração do processo, repleta do impacto da diáspora africana e da posição de que as grandes e pequenas transformações são protagonizadas pelas mulheres negras.

Éden, direção de Tarina Quelho . Foto: Ivana Moura

A peça Éden, apresentada na Farofa do Processo, bateu como uma obra provocadora para explorar assuntos como a crise climática, o esgotamento de recursos materiais e subjetivos, e a busca por significado em um mundo cada vez mais desencantado. A menção de que a peça  é uma obra de cli-fi (ficção climática) sugere uma intenção de engajar o público em uma reflexão sobre as consequências ambientais de nossas ações e escolhas.

A produção disse que o processo de montagem está na sua etapa final e na cena vai utilizar mais de 10 mil sacos plásticos no cenário, o que me pareceu uma tentativa de chamar atenção para o consumo excessivo e a poluição e criar uma atmosfera visualmente impactante que serve como pano de fundo para a narrativa distópica. Na sessão da Farofa, com apenas uma amostra desse cenário, as montanhas de sacos plásticos foram apenas imaginadas pela plateia.

O deboche e a descrença são manipulados pelo elenco, fazendo com que a peça circule entre o cinismo e um humor corrosivo. Essas escolhas podem desafiar a plateia, gerando desconforto em algumas pessoas. A minha percepção viajou do Éden ao inferno.  

A diretora Tarina Quelho ao mencionar que a obra transita entre teatro, dança e performance, e que busca borrar os limites entre teoria, (auto)ficção e cena, destaca que ela está sempre arriscando novas possibilidades na cena.

Éden pula de um assunto ao outro sem parcimônia, ensaia práticas sexuais e conecta com conceitos do teatro e da performance, fala de relações, pensa em identidade, dá pitaco sobre o que é pertencimento em um mundo em crise.

A ideia de que a arte não pode alcançar todos os públicos é pertinente, e isso fica mais evidente em algumas obras. Éden, que parece projetada para atrair um público mais jovem, talvez mais alinhado com as plataformas digitais como o TikTok, por sua agilidade, leveza e abordagem irreverente. Isso confere um valor artístico e  impacto de sua mensagem. Só não é para todos; como nada, aliás.

Serra Pelada. Foto: Ligia Jardim / Divulgação

O teatro de Dal Farra procura questionar a ética do poder, testando limites humanos e apontando novas possibilidade de olhar fatos, eventos, ideias, pensamentos. O trabalho em processo Serra Pelada – Boca de Ouro – Xingu, ainda em estágio inicial, se posiciona – evidentemente – contra a lógica extrativista tanto em seu tema quanto em sua metodologia. Investiga a natureza da arte, do consumo e do olhar. Em um primeiro momento essa obra em andamento chega friccionando as imagens emblemáticas de Sebastião Salgado, a peça/filme Boca de Ouro de Nelson Rodrigues, carrega o Googlemaps para levar para uns lugares de difícil acesso e diz que está cansado de alegoria.

A obra critica o capitalismo em todas as estruturas e examina os sistemas de dominação colonial presentes em Nelson Rodrigues e se arrisca a reinterpretar a obra do autor de Boca de Ouro à luz de perspectivas contemporâneas,. Vamos ver no que vai dar. O processo ainda está no seu estágio inicial de produção da @tablado_sp, (nesse trabalho tem financiamento da Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo), que compartilhou na Farofa do Processo as motivações e inquietações que impulsionam a peça.

Os atores @flowkountouriotis e @silva_monalisa_ fizeram uma leitura interpretativa da peça em andamento, que tem previsão de estreia para janeiro de 2025.

Figueiredo, espetáculo com Pedro Vilela. Foto: Divulgação

O espetáculo Figueiredo se propõe a mergulhar nas complexas camadas da história brasileira, especialmente no que concerne às violências cometidas contra os povos indígenas. A peça, apresentada por Pedro Vilela, com um texto poderoso em mãos e o auxílio de imagens projetadas, associa teatro com ato de memória e resistência.

A dramaturgia fez opção pela leitura direta dos fatos, com projeção de vídeos de arquivo e a utilização de pedaços de madeira no palco. No decorrer do espetáculo os espaços de ocupação são reduzidos como metáfora para a restrição e a asfixia cultural e física vivenciadas pelos povos originários ao longo da história.

A montagem é baseada no Relatório Figueiredo, de aproximadamente 7.000 páginas, que detalha uma série de atrocidades cometidas contra os povos indígenas do Brasil durante o período da ditadura militar (1964-1985). Esse documento leva o nome de Jader Figueiredo Correia de Oliveira, o procurador que foi encarregado de investigar as denúncias de violências e injustiças contra os indígenas.

A política de desenvolvimento nacional implementada na época priorizava a expansão econômica a qualquer custo. A qualquer custo. Então, os projetos de infraestrutura, como a construção de rodovias e represas, expansão da fronteira agrícola, passaram por cima dos povos indígenas, que tiveram territórios frequentemente invadidos e expropriados. E forçaram a barra com a “política  integracionista” para os indígenas, com violações dos direitos e apagamentos de identidades. Um verdadeiro horror.

O Documento Figueiredo foi fruto de uma investigação que durou cerca de três anos, iniciada em 1963, e revelou uma série de crimes contra os indígenas, incluindo genocídios (muitos de autoria de funcionários do governo ou fazendeiros e garimpeiros acobertados pelo governo), casos de tortura, violência física e sexual , escravidão, deslocamento forçado.

Esse documento ficou desaparecido por décadas, sendo redescoberto apenas em 2013, durante o governo de Dilma Rousseff, no contexto marcado pela atuação da Comissão Nacional da Verdade, instituída em 2012. A CNV reacendeu o debate sobre as violações dos direitos dos povos indígenas durante a ditadura e reforçou a necessidade de políticas de reparação e justiça.

Levar para a cena esse documento é importante para o debate público, lembrando que a memória pode ser uma ferramenta viva de conscientização e transformação social.

A reação emotiva por parte do plateia, muitos aos prantos ao final da apresentação, atesta a capacidade do espetáculo de tocar em feridas abertas da sociedade brasileira. A força do texto e da dramaturgia, aliada às imagens e a simbologia do cenário, criam uma experiência que pode contribuir com o debate para mudanças.

O espetáculo é um documento importante para falar do Brasil, de seu passado, presente e futuro, mas ainda há espaço para um tratamento de encenação, para que Figueiredo evolua, podendo criar novas formas de interação com o plateia, utilizar elementos multimídia adicionais, ou procedimentos cênicas que aprofundem ainda mais o impacto da obra.

Há muito mais para falar sobre essa experiência da Farofa do Processo. Vamos tentar nos próximos posts.

Este texto integra o projeto arquipélago de fomento à crítica, com apoio da Corpo Rastreado.

 

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Farofa do Processo reúne trabalhos em andamento
e espetáculos em constantes movimentações

 

Espetáculos e Processos da Farofa 2024. Fotos: Divulgação

A transformação da FarOFFa para Farofa representa mais do que uma alteração no nome, mas indica um desenvolvimento no conceito, na identidade e na missão do evento. Ao remover os dois “Fs” de seu nome, o evento sinaliza uma transição para uma fase mais abrangente e inclusiva, onde o foco se amplia para abraçar o processo criativo em suas múltiplas facetas e para destacar as mais recentes realizações no panorama das artes cênicas. Na 8ª edição, em 2024, a produção continua sendo o principal foco da Farofa, com o objetivo de expandir as discussões sobre distribuição, circulação e mediação das artes vivas.

A Farofa do Processo de 2024 se destaca como uma plataforma singular para a apresentação de trabalhos artísticos em diferentes estágios de desenvolvimento, englobando uma gama de artistas provenientes de São Paulo, Baixada Santista, Espírito Santo e Piauí. A programação ocorre entre os dias 2 e 10 de março de 2024 e promete muitas possibilidades de encontro, na Oficina Cultural Oswald de Andrade, na Casa do Povo e no Teatro de Contêiner, que são locais que oferecem um ambiente propício para a experimentação e o diálogo entre artistas e público. A programação vasta e diversificada, estendendo-se por mais de 100 horas de apresentações, expressa um compromisso com a acessibilidade e a inclusão, garantindo que haja algo de interesse para todos, em diferentes momentos do dia.

 Início, expansão, filosofias

A origem da Farofa, em 2020, como uma plataforma alternativa para o encontro de artistas, produtores e curadores, tanto do Brasil quanto do exterior, revela um desejo de desbravar territórios inexplorados da cena cultural “off”. Comparando-se a um ultrassom cultural, a Farofa busca capturar e projetar em tempo real os processos criativos, oferecendo uma visão íntima e detalhada das engrenagens que movem a arte. Na edição de 2024, essa meta se expande, com a Farofa do Processo dedicando-se a revelar as etapas de criação de obras artísticas, proporcionando uma experiência quase tangível do ato criativo.

Gabi Gonçalves, representando a Corpo Rastreado, articula nitidamente a missão da Farofa: equilibrar a valorização entre os processos criativos e as obras concluídas. Esta abordagem convida o público a uma viagem aos bastidores da criação artística, destacando a importância do trabalho de produção e oferecendo uma compreensão mais profunda do que envolve a materialização de uma ideia artística. É uma celebração da arte, desde a concepção até a execução.

A Farofa do Processo se propõe a ser mais do que um evento; é uma experiência imersiva que questiona e explora as nuances do fazer e do perceber nas artes cênicas. Através de uma programação que inclui rodas de conversa, debates, encontros com curadores, exposições e exibições, cria-se um ecossistema de trocas e aprendizados. Este ambiente fomenta não apenas a apreciação artística, mas também o debate crítico e a reflexão sobre a dinâmica da criação, distribuição e circulação das artes.

Desde sua concepção em 2020, a Farofa adotou a ideia de “movimento” como um de seus pilares fundamentais. É uma metáfora para a constante evolução, adaptação e transformação que caracteriza a jornada artística. A programação do evento, fluida e adaptável, reflete essa filosofia, promovendo um espaço que é ao mesmo tempo um ponto de encontro para a comunidade artística e um laboratório vivo de ideias.

A Criação Artística

Figueiredo, com Pedro Vilela. Foto: Pedro Sardinha

Stalking. Foto: Anna Carolina Bueno / Divulgação

Sou ave. Foto: Cristiano Prim / Divulgação

Avesso da pele. Foto: Helt Rodrigues/ Divulgação

Na Farofa do Processo, o palco é dedicado às obras que estão em plena formação, diferenciando-se por não priorizar espetáculos completamente finalizados. Isso resulta em uma programação que reúne peças que já tiveram sua estreia, mas que continuam a evoluir, proporcionando ao público a chance de experimentar ou reexperienciar trabalhos que marcaram importantes diálogos culturais.

Pedro Vilela traz à cena Figueiredo, uma obra que ilumina o obscuro Relatório Figueiredo, mantido em segredo por mais de quatro décadas. Este documento histórico, que investiga as falhas no Serviço de Proteção aos Indígenas, serve de inspiração para a peça, que fez sua primeira aparição em 2022 na Europa. Vilela, que reside no Porto, Portugal, usa sua arte para questionar e refletir sobre as políticas indigenistas brasileiras do passado.

Stalking, de Elisa Volpatto, é uma peça inspirada em uma experiência real de assédio sofrida por Livia Vilela. Estreada em 2022, a obra usa o sarcasmo para criticar as estruturas patriarcais, misturando elementos de terror e contos de fadas em um apelo à desconstrução do machismo em nossa sociedade.

Do Karma Coletivo, de Itajaí, Santa Catarina, vem Sou Ave que Carrega Coisas Que Têm Brilho Para o Seu Ninho, uma obra que estreou em 2023. Esta dança-rito, que dialoga com as artes visuais, aborda a continuidade da presença através da performance, explorando temas como o sagrado, a vida e a morte.

A adaptação teatral de O Avesso da Pele, pelo Coletivo Ocutá, baseia-se na obra de Jeferson Tenório, laureada com o Prêmio Jabuti em 2021. A peça, que subiu aos palcos em 2023, narra as complexidades das relações raciais e a história de Pedro, cujo pai, Henrique, é vítima de violência policial.

Cena Ouro, da Cia. Mungunzá de Teatro, que apresenta também Poema Suspenso Para uma Cidade em Queda

A Cia Mungunzá apresenta Poema Suspenso Para uma Cidade em Queda  e  Cena Ouro , duas peças que refletem sobre a realidade contemporânea e as políticas socioculturais, respectivamente, enriquecendo a programação com suas perspectivas.

O ensaio aberto na Casa  do Povo E Nunca as Minhas Mãos estão Vazias, de Cris Duarte em Companhia/Zona, promete reacender emoções “para delirar a vida diante de uma realidade insuportável”. A obra estreou em 2023. Já a performance JAMZZ, também do Cristian Duarte em Companhia, é uma ode ao Jazz Dance, convidando o público a participar de uma experiência estética retro, ao som de hits dos anos 80, em uma celebração da dança e da música.

Para o público mais jovem, CaÊ é uma aventura inspirada nas obras do artista visual Mauro Caelum, trazida pelo Karma Coletivo de Artes Cênicas. A história segue um menino e sua bicicleta em uma jornada de autoconhecimento e magia.

Cada uma dessas propostas reflete o compromisso da Farofa do Processo com a promoção da inovação e do diálogo na arte, evidenciando os fluxos das expressões cênicas e a importância de revisitar e reavaliar obras que continuam a inspirar e desafiar.

Panorama Diversificado 

Serra Pelada, de Alexandre Dal Farra, aborda o tema do extrativismo de uma maneira crítica, evitando a glamourização frequentemente associada a essa prática. Por outro lado, Macário do Brazil, uma colaboração entre Carlos Canhameiro e o Quarteto à Deriva, é uma experiência que entrelaça o texto de Álvares de Azevedo com a música brasileira contemporânea, criando um híbrido entre jazz, MPB, teatro e dança.

O Coletivo Inominável apresenta Fronteira, situando a narrativa em um futuro distópico para explorar as experiências de personagens marginalizados pela sociedade. Enquanto isso, CASTILHO investiga as nuances do termo “mulata” em #PRÓPIR4NH4, através de uma lente que valoriza as expressões artísticas afroindígenas periféricas.

Fuga, uma iniciativa do coletivo Frente, mergulha no debate climático, evidenciando as ameaças ao planeta e seus ecossistemas. Great Fake, por Iara Izidoro, desafia as noções de realidade, enquanto Monga, de Jéssica Teixeira, navega pelo erótico e o ridículo. Chama Chama Chama, de Josefa Pereira, e Born to Burn: Estudo III, de Juliana França, exploram, respectivamente, a dinâmica do movimento coletivo e o simbolismo do fogo.

A Coletiva Inscritas encena Carrossel, um jogo performático que busca engajar o público de maneira direta. Peabiru – Um Caminho de Volta, de Maya Andrade e Kidauane Regina, resgata memórias de um caminho pré-colonial, refletindo sobre a colonização. Magnólia, uma colaboração entre Marina Esteves e Lucas Moura, e Sentinela, de Terra Queiroz, discutem, respectivamente, as interseções de gênero e raça e a experiência da travestilidade preta.

O Original Bomber Crew, com Vapor, e o Coletivo Entardecer, com Debaixo dos véus de minhas senhoras, juntamente com outras iniciativas como Eden, de Tarina Quelho, e projetos da ColetivA Ocupação, OZ e a Cia Sacana de Teatro y Dança, adicionam profundidade ao evento, abordando temas como memória, identidade, resistência e sustentabilidade. Essa diversidade de abordagens e temas demonstra o compromisso da Farofa do Processo de 2024 em ser um espaço de experimentação e inovação no campo das artes cênicas.

Para os mais jovens. Foto: Divulgação

No universo infantil, a Farofa do Processo reserva um lugar especial para a imaginação e a criatividade das crianças. A Cia Benedita apresenta o desenvolvimento de O Retrato de Janete, um monólogo que explora os vínculos e temores dentro do seio de uma família convencional. Por outro lado, a Cia Graxa encontra inspiração na obra do renomado escritor angolano Ondjaki, trazendo à cena A Bicicleta que tinha bigodes, uma narrativa que promete encantar o público infantil com suas aventuras e descobertas.

Após as encenações, o evento abre espaço para diálogos, com sessões de bate-papo lideradas alternadamente por figuras notáveis do teatro: Luiz Fernando Marques, diretor; Jhonny Salaberg, ator e dramaturgo; e Tiago Piragira, artista e curador do reconhecido Porto Alegre em Cena. Esses momentos de conversa oferecem uma oportunidade única para aprofundar o entendimento das obras, permitindo que crianças e adultos mergulhem mais fundo nas histórias e nos processos criativos por trás das apresentações.

Inclusão e Acesso Universal

Para a edição atual, a Farofa do Processo se compromete a implementar medidas e disponibilizar recursos visando a máxima acessibilidade e inclusão para uma ampla gama de públicos. Essas iniciativas estão alinhadas com as diretrizes e resoluções internacionais mais recentes, incluindo aquelas estabelecidas pela ONU. Sob a liderança de Vanessa Bruna, especialista em acessibilidade, a mostra contará com uma dedicada equipe de nove profissionais. Essa equipe estará disponível para prestar assistência, realizar atividades e engajar em diálogos com o público em diversos momentos do dia – manhã, tarde e noite.

Um dos serviços oferecidos será a audiodescrição personalizada, um recurso projetado para atender individualmente pessoas com deficiência visual ou baixa visão. Nesse formato, o audiodescritor ou a audiodescritora acompanhará o visitante, fornecendo narrações detalhadas diretamente ao seu ouvido, promovendo uma experiência mais íntima e customizada.

Para atender às necessidades de pessoas neurodivergentes, a Farofa do Processo também disponibilizará equipamentos específicos, como protetores auriculares e óculos especiais. Esses dispositivos são essenciais para mitigar o desconforto causado por sons altos ou mudanças súbitas e intensas na iluminação, situações que podem ser particularmente desafiadoras para indivíduos com autismo ou epilepsia.

Essas iniciativas refletem o compromisso da Farofa do Processo em criar um ambiente acolhedor e inclusivo, garantindo que todos os participantes possam desfrutar plenamente das experiências culturais e artísticas oferecidas.

Diálogos sobre Internacionalização das Artes Cênicas

Nesta edição, a Farofa do Processo enriquece sua agenda com três encontros dedicados à exploração das dinâmicas e estratégias de internacionalização nos campos do teatro e da dança. Essas sessões são concebidas como espaços de troca e aprendizado, onde os participantes compartilham insights e estratégias derivadas de suas próprias trajetórias profissionais, fomentando assim a disseminação de conhecimento sobre essa temática vital. As sessões, de caráter gratuito, serão realizadas virtualmente via Zoom, das 19h às 22h, nos dias 19, 21 e 26 de fevereiro.

Oficina de Reflexão e Ação com Jimena Garcia Blaya

Entre os dias 6 e 8 de março, a Farofa do Processo apresenta a oficina LAB: REFLEXÃO E AÇÃO ARTÍSTICA, sob a liderança da renomada artista argentina Jimena Garcia Blaya. As inscrições já foram encerradas. Esta iniciativa tem como objetivo promover um diálogo coletivo sobre o desenvolvimento de contextos curatoriais, ambientes de trabalho e projetos de mediação cultural no universo das artes cênicas, adotando uma abordagem que valoriza a inclusão, a diversidade e a conexão com as tendências atuais da produção artística. Jimena Garcia Blaya, com residência na Argentina, é uma figura proeminente no cenário das artes performativas, atuando como artista, curadora e gestora cultural especializada em dança e performances ao vivo. C

Arquipélago: Coletividade Crítica na Farofa do Processo

Neste ano, a Farofa do Processo traz uma inovação significativa ao seu programa: o Arquipélago, uma coalizão crítica formada por oito influentes veículos de crítica nacional (Guia OFF, Tudo Menos Uma Crítica, Ruína Acesa, Satisfeita, Yolanda?, Horizonte da Cena, Farofa Crítica, Cena Aberta e Agora Crítica). Esta aliança propõe a realização de atividades reflexivas ao longo de todo o evento, com o objetivo de promover um diálogo profundo sobre as apresentações e processos artísticos em destaque.

Uma das atividades centrais deste coletivo é o Boteco Crítico, uma iniciativa performática e reflexiva conduzida por Heloisa Sousa, Fernando Pivotto, Guilherme Diniz e Amilton de Azevedo. Em um ambiente informal, reminiscente das tradicionais mesas de boteco, este quarteto convida o público a participar de discussões abertas e descontraídas sobre a programação do evento. Essas conversas buscam construir, coletivamente, uma compreensão mais profunda e sensível dos espetáculos e processos artísticos apresentados.

 

Para situar a ação Boteco Crítico do Arquipélago enviei essas provocações para Heloísa Souza:

Uma cerveja é muito bom pra ficar pensando melhor…, salve Chico Science!
Qual o propósito do boteco crítico? Eu sempre achei que os grandes negócios são fechados regados a um bom drink. Será que fazer crítica também funciona assim?
– Qual a dinâmica do trabalho? Ou a dinâmica será de acordo com a demanda?
– De que forma vai ficar registrada a ação?

“Esta ação tem como objetivo instaurar um espaço informal de diálogo e debate crítico sobre a experiência de acompanhar a mostra, buscando relacionar as obras, entender os movimentos do que está sendo apresentado e conversar sobre teatro a partir daquela realidade posta. A gente remete a essa experiência comum das conversas de boteco, onde a comunhão, a cerveja e a experiência de estar junto, naquela situação, fomenta uma certa atitude filosófica diante de algumas questões. Entretanto, a própria informalidade do boteco não exige que se chegue a nenhuma conclusão ou proposição em si, o próprio diálogo é o centro, o exercício de alinhavar pensamentos juntos, de compartilhar uma percepção e observar intimamente as pessoas colocando suas questões.

Achei interessante essa lembrança que você faz em relação aos grandes negócios regados a um bom drink, tem um pouco disso, no sentido que as práticas de comunhão são formas rituais que se repetem em várias situações e pressupõem a possibilidade de estabelecer alianças e criar alguma comunidade: é um “estar junto, em volta de uma mesa ou em configuração circular, pressupondo horizontalidade”. A partilha da bebida é uma prática milenar e fundamental nesse ato, e que nasce da simbologia de um “apaziguamento”. Quando povos antigos que tinham alguma inimizade, sentavam juntos para beber alguma coisa, eles estavam indicando que ali havia possibilidade de confiança para baixar a guarda, olhar no olho e se relacionar mesmo com as diferenças. Obviamente que esse “apaziguamento” não é sinônimo de ausência completa de divergência, mas sim de criação de um espaço seguro para que as diferenças possam coexistir e se aliar de algum modo.

Geralmente, tomamos a prática da crítica como uma ação de escrita solitária ou como uma elaboração individual de pensamento; mas acho muito interessante e imaginativo, fomentar a ação da crítica como uma ação de roda e em compartilhamento, como uma forma de observar, de conversar, de ouvir que pode ser lapidada na prática da comunhão. Vai dar certo? É realmente possível? Não sei. Acho que o Boteco Crítico vai servir para gente descobrir o que é possível… tem algo de performativo nele também, neste sentido.

Vamos ter três encontros ao longo da programação do Farofa. Os encontros serão espaçados, justamente para termos a possibilidade de assistir alguns vários processos e depois poder conversar a partir dessa paisagem e não apenas sobre uma obra-projeto em si. A dinâmica interna dos Botecos vai ser entendida no próprio fazer, seguindo a espontaneidade da situação que estamos propondo também.

Não pensamos em um registro audiovisual da ação. Mas, ainda permeados pelo espaço e situação do Boteco, pensamos que os objetos comuns desse lugar como os guardanapos, podem servir como pequenos espaços de anotações, registros e isso ir se acumulando no espaço. Mas, o mais importante é como nós criamos um lugar que estimula essas formas de manejar o pensamento crítico, a partir dessas ações comuns de beber juntos, anotar no espaço, trocar, criar relações paralelas.

Heloisa Souza – crítica teatral

Sobre a Farofa

Desde sua concepção em 2020, sob o nome original de FarOFFa – Circuito Paralelo de Artes de São Paulo, a Farofa tem se destacado como um espaço de reflexão e inovação nas artes cênicas. Inspirada por uma provocação da MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, a iniciativa se concentrou inicialmente nos processos de trabalho e na internacionalização das artes. Ao longo dos anos, o coletivo se adaptou e evoluiu, explorando diferentes formatos e temáticas, desde a reflexão sobre a memória cênica até a interação direta com o público em espaços urbanos variados.

A trajetória da Farofa é marcada por momentos significativos, como a FarOFFa no Sofá, que refletiu sobre a memória da cena durante a pandemia, e a OcupAÇÃO FarOFFa, que reuniu um grande número de produtores. Internacionalmente, a Faroffa atravessou fronteiras com sua participação no Platea 21, em Santiago, integrando-se ao Festival Santiago a Mil. Outras edições exploraram formatos inovadores, como o Dispositivo FarOFFa, que promoveu encontros íntimos entre artistas e público em espaços abertos, e a Faroffa Zona, que utilizou a Kombi Joyce Sunshine para criar diálogos com diversos contextos urbanos.

A equipe da Farofa do Processo é composta por um grupo diversificado de profissionais dedicados, incluindo Adilson Corrado, Ágatha Louise, Alba Roque, Alexandre Simão de Paula, Aline Borges, Anderson Vieira, entre muitos outros. Esses colaboradores contribuem para a riqueza de experiências e de perspectivas para o programa.

SERVIÇO
Mostra Farofa do Processo
De 2 a 10 de março de 2024
Gratuito – ingressos distribuídos uma hora antes das apresentações
Atividades das 10h às 22h.
Informações e programação completa em: 
https://www.faroffa.com.br/

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Trema!Festival traz recorte significativo da cena contemporânea ao Recife

 

Altamira, com Gabriela Carneiro da Cunha. Foto: Nereu JR / Divulgação

Feedback, espetáculo da companhia de dança portuguesa CRL-Central Elétrica

As reverberações que um festival de teatro pode provocar numa cidade são significativas. Quando pensamos que o Brasil possui dimensão continental e que a circulação de obras é dificultada por inúmeros fatores, a realização de um festival se torna ainda mais relevante. É um momento para que o público em geral possa ter acesso a obras que talvez não chegassem aos palcos da cidade de outra forma, para acompanhar o que está sendo produzido noutros lugares. Ou para ver espetáculos produzidos por artistas locais, mas que você ainda não teve chance de conferir noutras temporadas.

Para os artistas, essa dimensão da importância de um festival é amplificada. Passa pela formação: assistir, dialogar, pensar noutras possibilidades, estabelecer relações estéticas, se deixar permear pelo trabalho do outro.

Mas tudo isso depende em boa parte da proposta da curadoria do festival. Adianta menos ter um festival que não consegue traçar apontamentos, revelar relevâncias, propor discussões e diálogos. Por isso tudo, o Trema!Festival, produzido por Pedro Vilela, se mostra importante para a cena pernambucana, assim como outros festivais como o Festival de Teatro do Agreste (Feteag), produzido por Fábio Pascoal, e o Reside Lab – Plataforma PE – Festival Internacional de Teatro, de Paula de Renor.

Nesta programação do Trema! que começou no último dia 19, há 27 montagens de vários lugares do país, além de México, Chile e Portugal. A primeira rodada de espetáculos e atividades, chamada de Lado A, vai até o dia 24; e a segunda, Lado B, vai de 26 de abril a 1º de maio, nos Teatros Apolo-Hermilo, Marco Camarotti e Luiz Mendonça, no Recife; e Galpão das Artes, em Limoeiro; Reduto Coletivo, em Surubim; e Caverna Coletivo, em Olinda.

Entre os internacionais, um dos destaques é a companhia de dança portuguesa CRL-Central Elétrica, que abriu o Trema! em 2017 com o espetáculo Noite. Agora, eles apresentam Feedback, nos dias 29 e 30 de abril, às 19h, no Teatro Hermilo Borba Filho.

Entre os espetáculos nacionais, além do imperdível Encantado, de Lia Rodrigues, que abriu a programação, outra indicação é Altamira 2042, solo da atriz Gabriela Carneiro da Cunha que cumpriu temporada recente no Sesc da Avenida Paulista, em São Paulo. É um espetáculo que usa da tecnologia e monta uma instalação sonora e audiovisual para tratar de Belo Monte e das consequências da construção da barragem de Belo Monte a partir de testemunhos de pessoas da comunidade.

A atriz Renata Carvalho volta ao Recife com Manifesto Transpofágico, seu espetáculo mais recente. Renata aproveita a oportunidade do festival para lançar o livro com o texto da peça.

Confira conversa com Renata Carvalho durante lançamento do Manifesto Transpofágico em São Paulo.

Delirantes e Malsãs, do coletivo No barraco da Constância Tem!, que vem ao Recife pela primeira vez

Outras indicações seriam os espetáculos do coletivo No barraco da Constância Tem!, de Fortaleza, que vai ao Recife pela primeira vez com dois espetáculos: Mystura Tropycal, no dia 29 de abril, às 20h30, no Teatro Apolo, e Delirantes e Malsãs, no dia 30 de abril, às 16hs.

Nesta quinta-feira, o Trema! publicou que decidiu que todos os espetáculos da programação terão ingressos gratuitos. Quem já havia comprado, vai ser ressarcido e terá o nome colocado numa lista de presenças do respectivo espetáculo.

Confira a programação completa de espetáculos do Trema!Festival:

PROGRAMAÇÃO TREMA!FESTIVAL

LADO A

Essa Menina. Foto: Ricardo Maciel

Essa Menina (Teatro de Fronteira e Coletivo Lugar Comum|PE) [abertura de processo] [espetáculo acessível em libras]
21 abril (quinta-feira), no Memorial de Medicina e Cultura da UFPE, às 18h

Primeiro episódio da palestra-performance-novela. Cinco décadas de futuro, passado e presente, em que se cruzam a memória pessoal da performer e narrativas do feminismo latino-americano. Aos nove anos, Roberta escreve o melodrama Essa Menina, potente lembrança de sua infância cercada por mulheres-artistas e pelo imaginário novelesco e midiático da cultura brasileira de seu tempo. Cenas de abuso, machismo e silenciamento antecipam a dramaturgia de toda uma vida, em que buscamos ecos coletivos.

Realização: Coletivo Lugar Comum, Departamento de Artes da UFPE e Teatro de Fronteira.
Produção geral: Roberta Ramos e Rodrigo Dourado
Performer: Roberta Ramos
Diretor geral: Rodrigo Dourado
Figurinista e designer: Júlia Gusmão
Acordeon: Ana Maria Ramos
Preparação corporal na técnica do tango: Cláudio Sobral
Concepção e operação de luz: Luciana Raposo
Fotografia, edição e operação de áudio: Ricardo Maciel
Captura e tratamento de imagens: Jonas Alves
Gravação de áudios da peça Essa Menina: Ana Maria Ramos e Roberta Ramos
Apoio de Produção: André Padilha
Apoio: Diretoria de Cultura da UFPE-Proexc, Memorial da Medicina e Cultura da UFPE.
Duração: 50 min
Indicação etária: Livre

Narrativas encontradas numa garrafa pet

Narrativas encontradas numa garrafa pet na beira da maré (Grupo São Gens de Teatro|PE)
21 abril (quinta-feira), no Teatro Hermilo Borba Filho, às 20h30 [espetáculo acessível em libras]

Uma dramaturgia criada a partir da vivência do dramaturgo na comunidade ribeirinha da Ponte do Pina – Recife/PE, onde o autor e sua família encontram a subsistência de sua rede familiar através da pesca artesanal de Marisco e Sururu. O espetáculo traz à cena o universo do mangue, das palafitas, da maré e a diversidade dos sujeitos e suas narrativas, discutindo temas como: homofobia, estupro, assédio, machismo, violência policial, racismo e vulnerabilidade social. Deste modo, o espetáculo coloca em evidência o espaço urbano da cidade do Recife e sua relação com as margens, e visa discutir os problemas inerentes ao fluxo contínuo de uma favela, revelando suas poeticidades e mazelas cotidianas.

Direção e dramaturgia: Anderson Leite
Figurino: André Lourenço
Iluminação e cenografia: Anderson Leite
Sonoplastia: Arnaldo do Monte
Elenco: Anderson Leite, André Lourenço, Cristiano Primo, Fagner Fênix, HBlynda
Morais e Monique Sampaio
Duração: 60 minutos
Indicação etária: 16 anos

Marconi Bispo em re_Luzir. Foto: Felipe Peres Calheiros e Ilda de Sousa

re_Luzir (Marconi Bispo|PE) [estreia]
22 abril (sexta-feira), no Teatro Marco Camarotti, às 19h [espetáculo acessível em libras]

De outubro de 2016 a março de 2020, Marconi Bispo protagonizou o espetáculo autobiográfico Luzir é Negro!. Foram trinta e nove sessões e na última praticamente saiu de cena para o isolamento que a covid-19 nos obrigou. re_Luzir é o esboço cênico da retomada do ator Marconi Bispo: re_ssurgência, re_fluxo, re_volução, re_nascimento, re_começo. Tudo está valendo para definir e direcionar uma existência negra num país onde células nazistas crescem exponencialmente.

Dramaturgia, Encenação e Produção Executiva: Marconi Bispo
Supervisão Dramatúrgica e Assistência de Direção: Henrique Fontes
Direção de Imagens: Lia Letícia
Iluminação: Natalie Revorêdo
Música: Miguel Mendes e Marconi Bispo
Crédito das Fotos: Felipe Peres Calheiros e Ilda de Sousa
Designer Gráfico: Marcelo do Ó
Duração: 60 minutos
Indicação etária: 14 anos

Tijuana, peça mexicana

Tijuana (Lagartijas tiradas al sol |MX)
22 abril (sexta-feira), no Teatro Apolo, às 20h30 [espetáculo acessível em libras]

O que significa democracia no México para milhões de pessoas que vivem com o salário mínimo? O que esperamos da democracia hoje? O que esperamos da política além da democracia? A economia condiciona a forma como experimentamos a política e as expectativas que temos.
Partindo dessa premissa, Tijuana encena a experiência de Lázaro Gabino Rodríguez, convertido por seis meses em Santiago Ramírez, morador de Tijuana (Baja California), sob condições específicas que o separaram de seu mundo habitual, do qual permaneceu incomunicável. A encenação busca narrar essa experiência e explorar as possibilidades de representação. Ser outra pessoa, tentar viver a vida de outra pessoa. Personificar outra pessoa. Isso não é atuar?

Um projeto de Lázaro Gabino Rodríguez
Baseado em textos e ideias de Andrés Solano, Arnoldo Gálvez Suárez, Martín Caparrós e Günter Wallraff
Co-direção: Luisa Pardo
Iluminação: Sergio López Vigueras
Pintura de cenário: Pedro Pizarro
Design de som: Juan Leduc
Vídeo: Chantal Peñalosa e Carlos Gamboa
Colaboração artística: Francisco Barreiro
Este projeto faz parte de “Democracia no México (1965–2015)”
Duração: 60 min
Indicação etária: 16 anos

Receita para se fazer um monstro

Receita para se fazer um monstro (Reduto CenaLab|PE)
22 abril (sexta-feira), no Galpão das Artes, às 19h30 [descentralização – Limoeiro]

Um homem convida você para um reencontro, para uma reunião, uma revisita. Uma cerimônia, uma demonstração ou tentativa de algo. Ele convida você para este momento, e conta muito com sua presença – mas no fundo, não acredita muito que você vá. Pronto para dividir suas memórias que permanecem espalhadas em sua casa, este homem tenta organizá-las para compartilhar com você, o caminho que o fez chegar até aqui.

Direção: André Chaves
Atuação: Igor Lopes
Texto original: Mário Rodrigues
Dramaturgia: André Chaves e Igor Lopes
Duração: 50 min
Indicação etária: 16 anos

Meia-Noite. Foto: Anderson Stevens

Meia Noite (Orun Santana|PE)
23 abril (sábado), no Teatro Hermilo Borba Filho, às 18h

Corpo, ancestralidade, afeto e memória. Em Meia Noite, o público se conecta com a história de Orun Santana e seu mestre e pai. A obra revela ainda princípios motores e imagéticos do corpo do brincante, dançador, fruto de uma relação com o Daruê Malungo, seu espaço de trocas e vivência fonte em atrito com as relações de poder e dominação do corpo negro na contemporaneidade.

Intérprete-criador e diretor: Orun Santana
Consultoria artística: Gabriela Santana
Trilha Sonora: Vitor Maia
Iluminação: Natalie Revorêdo
Cenografia e figurino: Victor Lima
Produção: Danilo Carias | Criativo Soluções
Duração: 60 min
Indicação etária: Livre

Luisa Pardo em Veracruz,nos estamos deforestando o como extrañar Xalapa

Veracruz, nos estamos estamos deforestando o como extrañar Xalapa (Lagartijas tiradas al sol|México)
23 abril (sábado), no Teatro Apolo, às 19h30 [espetáculo acessível em libras]

Conferência performativa que expõe a relação de Luisa Pardo com o lugar onde cresceu, um paraíso tropical onde nasceram suas bisavós, seus avós e seu pai. Essa peça relata a política, a liberdade de expressão e a violência neste estado, tomando como eixo o assassinato de Nadia Vera e Rubén Espinosa, na Cidade do México, e várias vozes de Veracruz que geram um mapa, um panorama mais amplo do que está acontecendo em neste lugar. Veracruz contém em seus territórios a rota que Cortés começou a conquistar México-Tenochtitlán. Veracruz é uma estreita faixa de terra com litoral e montanhas, muita pobreza e violência, assassinatos, desaparecimentos e silêncio.

Criação: Luisa Pardo
Colaboração artística: Lázaro Gabino Rodríguez
Projeto de iluminação: Sergio López Vigueras
Agradecimentos: Shantí Vera, Carlos López Tavera, Jerónimo Rosales, Josué, Amanda, Julián Equihua, Quetzali Macías Ascencio, Georgina Macías, Cuauhtémoc Cuaquehua Calixto, Luis Emilio Gomagú.
Este projeto faz parte de “Democracia no México (1965–2015)
Duração: 60 min
Indicação etária: 16 anos

Ainda escrevo para elas

Ainda escrevo para elas (Natali Assunção, Analice Croccia e Hilda Torres|PE)
23 abril (sábado), no Galpão das Artes, às 19h30 [descentralização – Limoeiro]

É sobre liberdade e aprisionamento. É sobre escuta e fala. Partindo de 11 relatos de mulheres de realidades sócio-econômica-culturais diferentes, o monólogo documental Ainda escrevo para elas nos convida a um mergulho em narrativas sobre liberdade e aprisionamento no cotidiano das mulheres.

Idealização, realização, dramaturgia e elenco: Natali Assunção
Direção, direção de arte e operação de som: Analice Croccia
Direção: Hilda Torres
Criação de luz: Natalie Revorêdo
Assistente de criação de luz e técnico de luz: Domingos Júnior
Preparação corporal: Gabriela Holanda
Figurino: Orlando Neto
Produção: Memória em chamas
Duração: 60 minutos
Classificação etária: 16 anos

Fuck her, performance com Ludmilla Ramalho

Fuck Her (Ludmilla Ramalho|MG)
21 abril (quinta-feira), no Espaço Cênicas, às 19h

Fuck her, em tradução livre, significa “foda-a” ou “coma ela”, expressão de conotação sexual com aspecto de violência. A fúria do termo em inglês, no entanto, é desarticulada pelo jogo com o termo “pinto” que designa, em português, tanto o falo masculino quanto o singelo filhote da galinha, que descobrimos ser o verdadeiro agente do consumo do corpo feminino.

Idealização e performer: Ludmilla Ramalho
Duração: 40 min
Indicação etária: Livre

Grand Finale, com o grupo cearense As 10 Graças

Grand finale (As 10 Graças|CE)
23 abril (sábado), no Coletivo Caverna, às 16h [descentralização – Olinda]
24 abril (domingo), no Recife Antigo, às 16h

Das lonas de circo ao sistema público de saúde. Dos semáforos às catracas de ônibus. Do ingresso comprado à fatura vencida. Pela primeira e última vez o sensacional enforcamento do trabalhador da cultura em praça pública.

Direção: As 10 Graças
Atuação: David Santos e Igor Cândido
Sonoplastia: Alysson Lemos/Lissa Cavalcante
Produção: Alysson Lemos
Duração: 45 min
Indicação etária: Livre

Solo Fértil. Foto; Rogério Alves

Solo fértil (Coletiva Semente de Teatro|PE)
24 abril (domingo), no Teatro Marco Camarotti, às 18h

O monólogo traz os ecos das vozes da terra, desse colo farto onde está plantado nosso passado, presente e de onde virá nosso futuro. É sobre nos relembrar que tão quanto plantar é importante cultivar, nutrir, cuidar. É também sobre a consciência de que não estamos sozinhos, que somos uno, húmus, humano, histórias, medos e sonhos. Juntos.

Direção e dramaturgista: Quiercles Santana
Atriz, dramaturgista e autora: Ludmila Pessoa
Dramaturgista: Malu Vieira
Iluminação: Natalie Revorêdo
Direção de arte: Analice Croccia
Músico: Hercinho
Produção: Natali Assunção
Fotografias: Rogerio Alves
Realização: Coletiva Semente de Teatro
Duração: 40 minutos

LADO B

Altamira 2042 (Gabriela Carneiro da Cunha|RJ)
26 abril (terça-feira), no Teatro Marco Camarotti, às 18h [espetáculo acessível em libras] e às 20h30

Instauração performativa criada a partir do testemunho do rio Xingu sobre a barragem de Belo Monte. Aqui todos falam através de um mesmo dispositivo techno-xamânico: caixas de som e pen drives. Uma polifonia de seres, línguas, sonoridades e perspectivas tomam o espaço para abrir a escuta do público para vozes que tantos tentam silenciar. Assim a Barragem de Belo Monte vai deixando de ser simplesmente uma obra para se tornar o mito do inimigo.

Idealização e concepção: Gabriela Carneiro da Cunha
Direção: Gabriela Carneiro da Cunha e Rio Xingu
Diretor assistente: João Marcelo Iglesias
Assistente de direção: Clara Mor e Jimmy Wong
Orientação de direção: Cibele Forjaz
Orientação da pesquisa e interlocução artística: Dinah de Oliveira e Sonia Sobral
Texto originário: Eliane Brum
“Trematurgia”: Raimunda Gomes da Silva, João Pereira da Silva, Povos indígenas Araweté e Juruna, Bel Juruna, Eliane Brum, Antonia Mello, Mc Rodrigo – Poeta Marginal, Mc Fernando, Thais Santi, Thais Mantovanelli, Marcelo Salazar e Lariza
Montagem de vídeo: João Marcelo Iglesias, Rafael Frazão e Gabriela Carneiro da Cunha
Montagem textual: Gabriela Carneiro da Cunha e João Marcelo Iglesias
Desenho sonoro: Felipe Storino e Bruno Carneiro
Figurino: Carla Ferraz
Iluminação: Cibele Forjaz
Concepção instalativa: Carla Ferraz e Gabriela Carneiro da Cunha
Realização instalativa: Carla Ferraz, Cabeção e Ciro Schou
Tecnologia, programação e automação: Bruno Carneiro e Computadores fazem arte.
Criação multimídia: Rafael Frazão e Bruno Carneiro
Design visual: Rodrigo Barja
Trabalho corporal: Paulo Mantuano e Mafalda Pequenino
Imagens: Eryk Rocha, Gabriela Carneiro da Cunha, João Marcelo Iglesias, Clara Mor e Cibele Forjaz
Pesquisa: Gabriela Carneiro da Cunha, João Marcelo Iglesias, Cibele Forjaz, Clara
Mor, Dinah de Oliveira, Eliane Brum, Sonia Sobral, Mafalda Pequenino e Eryk Rocha
Diretora de produção: Gabriela Gonçalves
Co-produção: Corpo Rastreado e MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo
Realização: Corpo Rastreado e Aruac Filmes
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: 16 anos

Kalash. Foto: Thiago Neves

Kalash (Coletivo Resiste|PE)
26 abril (terça-feira), no Teatro Hermilo Borba Filho, às 19h [espetáculo acessível em libras]

Ensaio crítico e iconográfico sobre os dias que vivemos. É sobre autoritarismo, negacionismo, extremismo religioso, ódio, assassinato em massa e as diversas formas de apagamento, de aniquilamento e de silenciamento das vozes divergentes. A que futuro a falta de diálogo e empatia podem nos levar? Nós não respondemos. Nós perguntamos.

Dramaturgia e direção: Quiercles Santana
Atores-pesquisadores: Bruna Luiza Barros, Sandra Rino e Tatto Medinni
Produção executiva: Carla Navarro
Iluminação: Luciana Raposo
Preparação corporal: Tatto Medinni
Direção musical: Kleber Santana
Coreografias: Sandra Rino
Direção de arte: Coletivo Resiste!
Cenotécnico: Flávio Freitas
Arte gráfica e social media: Bruna Luiza Barros
Duração: 2h
Indicação etária: 16 anos

Estesia, uma experiência híbrida de som e luz

Estesia convida Coelho Radioativo (PE/PT)
27 abril (quarta-feira), no Teatro Apolo, às 20h

Estesia é o encontro dos produtores musicais Miguel Mendes e Tomás Brandão, com o cantor e compositor Carlos Filho e o iluminador cênico Cleison Ramos que, em conjunto, elaboraram e realizam um espetáculo imersivo amparado por recursos tecnológicos. O Estesia convida o público a acompanhar uma experiência híbrida de som e luz, onde a música conduz o espetáculo através do remix do gênero canção e de paisagens sonoras urbanas, electrónicas e abstratas. As ações do Estesia envolvem uma estrutura dinâmica de som e luz adaptável a espaços diversos que não somente palcos de música.

Sophia William e Nilo Pedrosa em Mar fechado

Mar fechado (Teatro Agridoce|PE)
28 abril (quinta-feira), no Teatro Marco Camarotti, às 19h [espetáculo acessível em libras]

Retrato fluido sobre a vida de Janaína e Caetano, que trazem consigo uma ligação com as religiões de matrizes africanas. Eles se perdem no vasto oceano social moderno à procura de algo que não se pode tocar, nem ver.

Dramaturgia: Nilo Pedro e Sophia William
Direção: Aurora Jamelo e Flávio Moraes
Elenco: Nilo Pedrosa e Sophia William
Coreografia e preparação de elenco: Sophia William
Cenografia: Aurora Jamelo e Nilo Pedrosa
Figurinos e iluminação: Aurora Jamelo
Produção executiva: Flávio Moraes e Sophia William
Foto: Jéssica Maia
Assessoria de imprensa: Igor Cavalcanti Moura
Realização: Agridoce
Duração: 60 minutos
Classificação etária: 12 anos

Salto é uma livre adaptação do texto Os Músicos de Bremen

Salto (Bote de Teatro|PE)
28 abril (quinta-feira), no Teatro Luiz Mendonça, às 20h30 [espetáculo acessível em libras]

Quatro sujeitos-usuários procuram uma forma de se descolar da realidade em que viviam. Buscam, inconscientes e inconsequentes, uma nova forma, mais justa, de se viver em sociedade. O espetáculo é uma livre adaptação do texto Os Músicos de Bremen dos irmãos Grimm, que inspirou Os Saltimbancos tradução de Chico Buarque de Holanda. De herança ficamos apenas com a dúvida do plágio.

Direção: Pedro Toscano
Dramaturgia: Ines Maia
Atores: Cardo Ferraz, Daniel Barros, Ines Maia, Pedro Toscano e Una Martins
Preparação de elenco: Daniel Barros
Direção de arte: Pedro Toscano
Diretora de movimento: Iara Izidoro
Trilha original: IdLibra
Iluminação: Luciana Raposo
Assessoria de imprensa: Daniel Lima
Design: Raphael Cruz
Duração: 50 min
Indicação etária: 16 anos

Breu com Jr. Aguiar

Breu (Jr. Aguiar/Coletivo Grão Comum|PE)
28 abril (quinta-feira), no Reduto Coletivo, às 19h30 [descentralização – Surubim]

Da obra de Geraldo Maia. Sinuosa prosa poética, autobiográfica, que narra à dor da morte da mãe diante do filho na infância; recordações familiares revelando catarses, conflitos e afetos reprimidos; a descoberta da homoafetividade através da sedução/violação, por um jovem mais velho e a libertação de não carregar culpa e arrependimento imposto pela Igreja.

Autor: Geraldo Maia
Direção e atuação: Jr. Aguiar
Operador de áudio e luz: Moacir Lago (Moa)
Música original: De todas as graças (Geraldo Maia)
Pesquisa sonora: Divina Mãe (Paulo Prudente Pradiip)
Idealização e realização: Coletivo Grão Comum
Duração: 1h
Indicação etária: 16 anos

Mystura Tropikal. Foto Breno de Lacerda

Mystura Tropykal (No barraco da Constância tem!|CE)
29 abril (sexta-feira), no Teatro Apolo, às 20h30 [espetáculo acessível em libras]

Uma brincadeira recria o primeiro momento. E, numa guerra entre territórios, essa festa sincrética inaugura um segundo lugar. Entre o oriente e o ocidente, o terceiro mundo se faz em novos combinados. Misturado de ritmos e mitos, se modificam as primeiras, as segundas e as terceiras pessoas do plural. É tudo miscelânea. É tudo povo. As folias, os folguedos, as folganças, os festejos, as galeras, os pagodes, as quadrilhas. As línguas se desdobram em orgias de pot-pourris. Sagrando milhos. Desfilando novidades. Transformando bandos em rainhas.

Direção, dramaturgia e música original: Ariel Volkova e Honório Félix
Criação e interpretação: Ariel Volkova, Honório Félix e William Pereira Monte
Hostess e contrarregragem: William Pereira Monte
Cenário: Ariel Volkova, Honório Félix, Raí Santorini e William Pereira Monte
Figurino: Ruth Aragão
Maquiagem: Levi Banida
Iluminação: Raí Santorini
Música: Honório Félix e Wladimir Cavalcante
Produção: Ariel Volkova e William Pereira Monte
Fotografia: Breno de Lacerda
Arte gráfica: Yule Bernardo
Duração: 60 minutos
Indicação etária: 12 anos

Loré com Plínio Maciel

Loré (Noz Produz|PE)
29 abril (sexta-feira), no Galpão das Artes, às 19h30 [descentralização – Limoeiro]

Observando uma antiga colcha de retalhos composta por fuxicos, o ator Plínio Maciel rememora os momentos mais longínquos que marcaram a sua vida: desde a sua infância, na cidade de Surubim, passando pelos carnavais da sua vida adulta, momentos familiares, até o fatídico ano de 2020 – o qual surpreendeu o mundo mostrando a fragilidade do ser humano no tempo vivido.

Ator/Dramaturgo: Plínio Maciel
Direção/Dramaturgia/Produção Executiva: Rogério Wanderley
Assistente de direção/Produção Executiva: Daniel Gomes
Trilha Sonora Original/ Identidade Visual e arte: Douglas Duan
Comunicação/Social Media: Milton Raulino
Light Designer/Operação de Luz:Luciana Raposo
Figurino: Álcio Lins
Cenografia: Plínio Maciel
Sonoplasta: Daniel Gomes
Costureira: Francis de Souza

Feedback (CRL-Central Elétrica\Circolando |Portugal)
29 (sexta) e 30 de abril (sábado), Teatro Hermilo Borba Filho, 19h

Um monte de pedras, um microfone e uma máquina de fumo. O som. O sopro. Uma confissão. O que pode um corpo? Uma busca por novas gramáticas de sensibilidade, da inteligência selvagem dos corpos, do corpo chão da terra que reflete memórias ancestrais e desconhecidas. O som captado e manipulado ao vivo foi a pista eleita para centrar a pesquisa. 

Direção artística: André Braga e Cláudia Figueiredo
Interpretação: André Braga
Som ao vivo: João Sarnadas
Desenho de luz: Cárin Geada
Direção de produção: Ana Carvalhosa
Produção: Cláudia Santos
Coordenação técnica: Pedro Coutinho
Co-produção: CRL – Central Elétrica, Teatro Municipal do Porto / DDD – Festival Dias da Dança, Teatro das Figuras, Teatro Académico Gil Vicente
A Circolando / CRL – Central Elétrica é uma estrutura subsidiada por Ministério da Cultura / Direção Geral das Artes

Delirantes e Malsãs (No barraco da Constância tem!|CE)
30 abril (sábado), no Parque Dona Lindu, às 16h

Sobre a cidade há algo que se alastra e contamina, avultando a certeza sobre a continuação dos dias. A praça se manifesta como um campo de incidência, cruzando forças e mistérios nos percursos sobre ela realizados. Forjando alinhamentos orbitais circunscritos em geometrias místicas, transis aprontam um bailado macabro em consonância com os fantasmas e com os astros, cantarolando que não há mais o tempo do imortal. Há a glória da desgraça. O destronamento e a derrocada da torre. Alegoria aos vivos que são todos ossos.

Direção, dramaturgia, coreografia e interpretação: Felipe Damasceno, Honório Félix, Renan Capivara, Sarah Nastroyanni e William Pereira Monte
Ensaiador: Felipe Damasceno
Figurino: Ruth Aragão
Assistência de figurino: Honório Félix
Música: Honório Félix e Sarah Nastroyanni
Produção: Ana Carla de Souza
Colaboração artística: Ariel Volkova
Arte gráfica: Yule Bernardo
Fotografia: Toni Benvenutti
Duração: 55 minutos
Classificação etária: Livre

Sopro D’Água. Foto: Thaís Lima

Sopro D’Água (Gabi Holanda|PE)
30 abril (sábado), Galpão das Artes, às 19h30 [descentralização – Limoeiro]

Entre rios, mares, gotas, enchentes, lamentos e seca, Sopro d’Água transpira a dimensão aquática e ambiental humana, percorrendo desde as memórias ancestrais à urgência da questão hídrica. Qual o lugar da água num mundo em colapso ambiental? Entre rios, mares, gotas, enchentes, lamentos e seca, a performance transpira a dimensão aquática e ambiental humana, percorrendo desde as memórias ancestrais à urgência da questão hídrica.

Concepção e performance: Gabi Holanda
Direção: Daniela Guimarães
Trilha sonora e execução musical: Thiago Neves
Figurino e cenário: Gabi Holanda
Iluminação: Natalie Revorêdo
Produção: Milena Marques e Gabi Holanda
Poesia: Lucas Holanda
Fotografia: Thais Lima
Colaboração musical: Jam da Silva (percussão e flauta)
Arte Gráfica: Thiago Pedrosa
Duração: 50 minutos
Indicação etária: 14 anos

Manifesto Transpofágico. Foto: Nereu Júnior

Manifesto Transpofágico (Renata Carvalho|SP)
30 abril (sábado) e 01 maio (domingo), no Teatro Luiz Mendonça, às 18h [espetáculo acessível em libras]

Manifesto Transpofágico é a transpofagia da transpologia de uma transpóloga. “Hoje eu resolvi me vestir com a minha própria pele. O meu corpo travesti”. Renata Carvalho “se veste” com seu próprio corpo para narrar a historicidade da sua corporeidade, se alimentando da sua “transcestralidade”, comendo-a, digerindo-a. Uma transpofagia. O Corpo Travesti como um experimento, uma cobaia. Um manifesto de um Corpo Travesti.

Dramaturgia e atuação: Renata Carvalho
Direção: Luiz Fernando Marques (Lubi)
Luz: Wagner Antônio
Vídeoarte: Cecília Lucchesi
Operação e adaptação de luz: Juliana Augusta
Cenotécnico: Ciro Schu
Produção: Rodrigo Fidelis / Corpo Rastreado
Co-produção: Risco Festival, MITsp e Corpo Rastreado
Duração: 60 minutos
Classificação etária: 18 anos

PARA CONFERIR A PROGRAMAÇÃO FORMATIVA, ACESSE WWW.TREMAFESTIVAL.COM.BR.

 

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Trema retira Altíssimo da programação do Janeiro em solidariedade ao Evangelho Segundo Jesus

Altíssimo. Foto: Luiz Pessoa / Divulgação

Pedro Vilela em Altíssimo. Foto: Luiz Pessoa / Divulgação

Produção de Altíssimo diz não querer compactuar com a censura

Produção de Altíssimo diz não querer compactuar com a censura

Nesses tempos de avanços conservadores e de ameaças/ confiscos de direitos precisamos de ainda mais coragem para defender nossas ideias e posições. A TREMA Plataforma de Teatro reforçou qual o lado que quer sambar: contra os autoritarismos que se agigantam com a proximidade de 2019. Para combater a censura sofrida pela peça O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu, a Trema retirou o seu espetáculo Altíssimo, agendado para o dia 11 do mês que vem, do 25º festival Janeiro de Grandes Espetáculos

A plataforma acolheu O Evangelho segundo Jesus na abertura edição 2018 do TREMA! Festival, em junho deste ano, no Recife.  A censura do JGE “fere nossa liberdade coletiva de ofício, nesse momento crucial onde diversos festivais têm se posicionado como reais espaços de resistência ao fascismo e a onda conservadora que assola o país. Não podemos coadunar com mais esse passo da bancada evangélica em nosso Estado”, pontua o comunicado.

Sabemos: os conservadores transformaram a peça O Evangelho segundo Jesus, Rainha do Céu em ré, que está sendo julgada a cada nova apresentação. Pela segunda vez, a obra escrita pela autora trans inglesa Jo Clifford e com atuação da atriz transsexual Renata Carvalho, é convidada e desconvidada por evento cultural em Pernambuco. A primeira vez foi em julho, no Festival de Inverno de Garanhus.

Domingo último, o festival Janeiro de Grandes Espetáculos, da Apacepe, excluiu a peça anunciada dois dias antes como uma das principais atrações da programação. “Anteriormente, quando do ato de censura no FIG 2018, tínhamos nos posicionado publicamente sobre qual seria nossa decisão caso estivéssemos na grade do evento: ou O Evangelho se apresentaria ou nós também não subiríamos ao palco’, reforça a Trema. E prossegue: “continuaremos honrando com nossa palavra. Afinal, onde não cabe o ofício da artista Renata Carvalho, da diretora Natalia Mallo e de toda a equipe do Núcleo Corpo Rastreado, também não cabe o nosso”.

Lembra daquela história que bombou logo após sair o resultado das eleições presidenciais do Brasil – “ninguém solta a mão de ninguém”? O diretor Pedro Vilela, e sua turma, diz que abre mão de privilégio em prol do real significado da frase . “Estaremos juntos por nenhum direito a menos”.

Carta da Apacepe

Hoje (27) pela manhã, a Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco (Apacepe) veio novamente tentar explicar sua posição. Mas parece o Queiroz. Na carta aberta, argumenta que com o intuito de “resguardar a realização do próprio projeto e preservar suas fontes de financiamento”, a direção do 25º Janeiro de Grandes Espetáculos “se viu obrigada a retirar da programação do festival a peça O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu”.

E que o cancelamento se deve porque a peça seria apresentada em um teatro público e ainda devido à pressão da bancada evangélica de Pernambuco. E cita que “por motivos similares, a montagem já enfrentou ações judiciais e passou por outros cancelamentos em território brasileiro”.

Sim. Desde a sua estreia, em 2016, O Evangelho segundo Jesus, Rainha do Céu enfrenta um mundo de perseguições. A apresentação da peça foi cancelada em setembro de 2017 em Jundiaí (SP) e outubro em Salvador, ambas por decisão judicial, sob o argumento de que Renata Carvalho “vilipendia artigos religiosos”. Em junho deste ano, o prefeito do Rio de Janeiro, Crivella, cancelou a mostra Mostra Corpos Visíveis, sob a desculpa de que a Arena, palco do evento está fechada devido a “um problema na licitação”.

Mas, nesses casos, não foram os produtores que convidaram a obra que fizeram esse papel de censor.

A nota da Apacepe reforça com palavra contraditórias “o seu compromisso com a liberdade de expressão”. Diz que foi esse o motivo para realizou o convite ao Evangelho. “Por não aceitar este tipo de censura, a direção do festival está dando suporte à produção do espetáculo para que ele seja encenado, na mesma data que ocorreria no Janeiro, em um espaço privado e de maneira independente”.

O JGE ainda está em dívidas com os credores, artistas inclusive, da edição de 2018. Talvez seja essa uma motivação, já que, segundo a Apacepe o Janeiro 2019 tem todos os seus subsídios oriundos do poder público. Isso quer dizer o quê?

 

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Arte para ficar atento e forte!

ALTÍSSIMO

Peça questiona a atuação dos fundamentalistas religiosos, que avançam como censores da arte e guardiões da moral e bons costumes. Foto: Flora Negri

Peça questiona a atuação dos fundamentalistas religiosos, que avançam como censores da arte. Foto: Flora Negri

Qual o poder das igrejas neopentecostais e o que elas fazem com a cabeça e o coração dos brasileiros nos domínios público e privado, político e social? Essa interrogação perpassa o solo Altíssimo, com Pedro Vilela, que estreia neste sábado (14), às 19h, no Teatro Arraial, onde fica em cartaz por mais três sessões, até o dia 22. É o primeiro espetáculo de Pedro Vilela desde que ele saiu em 2015 do grupo Magiluth, coletivo que integrou por sete anos. Desde então, ele comanda a Trema! Plataforma, que produz um festival e edita revista de artes cênicas.
A dramaturgia de Altíssimo é do paulista Alexandre Dal Farra, que investigou a religiosidade em Mateus, 10 e pesquisa temas incômodos, como a ascensão e queda da esquerda no país em Trilogia Abnegação e Branco, sobre o racismo institucionalizado. As monetizações da fé a a crença no divino são escavacadas de forma complexa. Pedro Vilela expõe camadas desse processo: como pastor em momento de reflexão e autoanálise, a projeção do processo que trilhou durante a pesquisa e os aspectos biográficos presentes na obra. A crítica de práticas comerciais de religiões neopentecostais vem carregada de autocritica da constituição do brasileiro.
Altíssimo
Quando: Sábados e domingos (14, 15, 21 e 22/10) às 19h.
Onde: Teatro Arraial Ariano Suassuna. Rua da Aurora, 457, Boa Vista.
Ingressos: R$ 15 (meia) e R$ 30.

SOLO DE GUERRA

Clayton Cabral em seu primeiro solo

Cleyton Cabral em seu primeiro solo

Uma batalha por dia. Os inimigos podem estar em qualquer parte. Disfarçados. Para ser o que se é, o personagem de Solo de Guerra“abre fogo” contra seu passado e o mundo que o cerca. Entre desejos e gritos de amor, o ator e dramaturgo Cleyton Cabral explora esse combate entre soldadinhos verdes e Barbies. O primeiro monólogo de Cabral estreia neste sábado, no Outubro ou Nada – Mostra de Teatro Alternativo do Recife e tem direção de Luciana Pontual.
Solo de Guerra – Estreia na Mostra de Teatro Alternativo do Recife Outubro ou Nada (ingressos esgotados)
Quando: 14 de outubro (sábado), às 20h.
Onde: Espaço O Poste (Rua da Aurora, 529, Boa Vista)
Solo de Guerra – Curta Temporada
Quando: 04 e 11 de novembro (sábados), às 20h.
Onde: Espaço O Poste (Rua da Aurora, 529, Boa Vista)
Ingressos: R$ 30 e 15
Capacidade: 40 lugares
Classificação: 14 anos
Ingressos antecipadosbit.ly/solodeguerra-novembro

QUE MUITO AMOU

Três contos do livro Os Dragões Não Conhecem o Paraíso, de Caio Fernando Abreu são adaptados para a cena: Sapatinhos Vermelhos, Praiazinha e Dama da Noite. As histórias tratam dos amores exponenciais espalmados com a morte, saudade, ódio e de novo amor.
Quando: 14, 21 e 28 de outubro, às 20h. 
Onde: Espaço Cênicas (Avenida Marquês de Olinda, 199, Sala 201, 2° Andar (Entrada pela Vigário Tenório), Recife Antigo). 
Quanto: R$ 20, R$ 10 (meia).

RITMO KENTE – UM BREGA DE MUSICAL

Concurso vai eleger a dançarina para a equipe do famoso MC Kivara. Duas finalistas se enfrentam: Lady Gaga, a mocinha da história que acaba se apaixonado pelo popstar, é auxiliada por sua mãe, a extrovertida Cher; e Fabíola, a vilã que unirá forças com o também vilão Patrick para tentar ganhar a competição de qualquer forma. 
Quando: 13 e 14 de outubro (sextas e sábados), às 20h. 
Onde: Teatro Eva Herz Recife – Livraria Cultura do Shopping RioMar (Avenida República do Líbano, 251, Pina). 
Quanto: R$ 40 e R$ 20 (meia). 
Informações: 2102-4033.

ANDANÇAS – LOUVAÇÃO A SÃO JOÃO

Montada originalmente como quadrilha junina, a peça foi adaptada para o palco

Montada originalmente como quadrilha junina, a peça foi adaptada para o palco

A quadrilha junina Raio de Sol migra dos arraiais e chega ao palco com Louvação a São João. A peça exalta São João menino, a chegada de um novo tempo e a cultura popular nordestina.
Quando: 18 de outubro, às 20h. 
Onde: Teatro Barreto Júnior (Rua Estudante Jeremias Bastos, Pina). 
Quanto: R$ 20, R$ 10 (meia).

GANGA MEU GANGA, O REI

A influência africana em Pernambuco é mote do espetáculo do Grupo Teatral Ariano Suassuna, de Igarassu, que tem como meta desmistificar o preconceito religioso. Ao final de cada apresentação haverá um debate com a plateia sobre o assunto. 
Quando: 15 de outubro, às 19h,
Onde no Axé Layra Omim Kaia Lofim (Rua Transamazônica, 575, Abreu e Lima).
22 de outubro, às 19h, no Ilê Axé Omô Ogundê (Travessa Joaquim Távora, 794, Paulista).
29 de outubro, 05, 12 e 26 de novembro, locais e horários a definir. 
Quanto: Gratuito. 
Informações: 99592-2288, 98765-6633.

MÃEZONA: A COMÉDIA

Os tipos de mães e famílias são dissecadas na peça escrita e dirigida por Jeison Wallace (Cinderela). 
Quando: 15 de outubro, às 19h. 
Onde: Teatro Barreto Júnior (Rua Estudante Jeremias Bastos, s/n, Pina). 
Quanto: R$ 40, R$ 20 (meia), R$ 20 + um livro ou um quilo de alimento (meia social). 
Informações: 99829-3797, 3355-6398.
 

CIRCO

É NÓIS NA XITA!

Grupo Namakaca, de São Paulo

Grupo Namakaca, de São Paulo

O espetáculo É Nóis na Xita, do grupo paulista Namakaca, promove 50 minutos de uma disputa incansável entre os palhaços DU CIRCO, Montanha e Cafi, que querem ganhar o público com improvisações e números circenses. Os três personagens apresentam números de acrobacias, equilibrismo e palhaçadas.
Quando: 14 de outubro, às 17h,
Onde: Parque Santana (Rua Jorge Gomes de Sá, Santana). 
Quanto: Gratuito.

FESTIVAL DE CIRCO – VARIETÉ

Com 13 anos de experiência, o Circo da Trindade (PE) apresenta números tradicionais com artistas locais.
Quando: 14 de outubro, às 17h.
Onde: Recanto de Aldeia.
Quanto: R$ 20, R$ 10 (meia).

FESTIVAL DE CIRCO – RÊVES D’ÉTÉ

Circo Pitanga

Circo Pitanga

O Circo Pitanga (BEL) combina proeza técnica dos dois artistas Loïse Haenni e Oren Schreiber e intensidade interpretativa. Isso faz de Rêves d’Été um espetáculo sensível que mescla circo, teatro com técnicas inovadoras e muita poesia. A grande bagagem de estilos e técnicas se reflete na habilidade dos artistas de manifestar emoções universais através da linguagem corporal de maneira divertida.
Quando: 13 de outubro, às 20h.
Onde: Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n, Santo Antônio).
Quanto: R$ 20, R$ 10 (meia). 
Duração: 60min
Indicação: 7 anos
Informações: 3355-3322.

FESTIVAL DE CIRCO – THE LETTER

Espetáculo clássico de Paolo Nani

Espetáculo clássico de Paolo Nani

Paolo Nani se propõe a encenar a mesma história de 15 maneiras completamente diferentes nesse espetáculo de 1992 que não contém texto, apenas a linguagem universal da mímica e do clown. A Carta está recheada de piadas originais.
Quando: 14 de outubro, às 20h. 
Onde: Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n, Santo Antônio). 
Quanto: R$ 20, R$ 10 (meia). 
Informações: 3355-3322.

FESTIVAL DE CIRCO – ANIMO FESTAS

O palhaço veterano Klaus narra suas memórias da época em que tinha como ganha-pão a participação como animador no “submundo” das festas infantis. O paulistano Marcio Douglas, criador da La Cascata Cia. Cômica, encarna o anti-herói da palhaçaria. Esse freak-show de humor ácido reflete sobre questões como o valor do trabalho artístico, a felicidade e a sobrevivência.
Quando: 14 de outubro, às 20h e 15 de outubro, às 19h. 
Onde: Teatro Apolo (Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife). 
Quanto: R$ 20, R$ 10 (meia). 
Informações: 3355-3321 e 3355-3319.

O DESCOTIDIANO

Cia do Relativo

Cia do Relativo

Espetáculo da Cia do Relativo, de São Paulo.  Otavio Fantinato interpreta um ser excêntrico e solitário, que vive em uma casa de poucos móveis e escassos sentimentos na peça O Descotidiano. Entre os estados de estresse e fadiga, ele busca razão para sorrir. Manipulando objetos do cotidiano como colheres e livros, xícaras, vassouras e pás de lixo, até objetos clássicos do malabarismo, o personagem vive situações surreais.
Quando: Quinta e sexta, 12 e 13/10, 20h
Onde: Teatro Apolo
Quanto: R$20 e R$10
Duração: 45min
Indicação: Livre

FESTIVAL DE CIRCO – CONCERTO EM RI MAIOR

A Cia dos Palhaços, companhia de circo-teatro de Curitiba (PR), leva ao palco a brincadeira dos jogos de improvisação de palhaço com a música. O maestro e palhaço Wilson Chevchenco apresenta um concerto baseado em sua origem russa e conta com a ajuda de Sarrafo, seu fiel amigo, para executar as obras de sua família e ser compreendido pela plateia, já que não fala português.
Quando: 14 de outubro, às 16h30. 
Onde: Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n, Santo Antônio). 
Quanto: R$ 20, R$ 10 (meia). 
Informações: 3355-3322.

FESTIVAL DE CIRCO – A TRADIÇÃO MILENAR

A Trupe Carcará, do Recife, reúne artistas itinerantes – que nasceram e foram criados sob a lona, e jovens artistas de trupes circenses. Apresenta números de equilíbrio, força, palhaçaria, pirofagia, contorção, música e ilusionismo.
Quando: 14 e 15 de outubro, às 17h. 
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho (Avenida Cais do Apolo, s/n, Bairro do Recife). 
Quanto: Gratuito. 
Informações: 3355-3321 e 3355-3319.

FESTIVAL DE CIRCO – JEKYLL ON ICE

Espetáculo vem com balões infláveis gigantes, mímicas, pegadinhas e música para todos os gostos

Paolo Nani, ator, diretor artístico e aclamado palhaço, nascido na Itália e naturalizado dinamarquês, vem com as aventuras e desventuras de um curioso sorveteiro chamado Jekyll. O personagem, na tentativa de descobrir um sabor irresistível para os seus sorvetes, transforma-se, inusitadamente, num roqueiro temerário e brincalhão.
Quando: 15 de outubro, à 18h.
Onde: Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n, Santo Antônio). 
Quanto: R$ 20, R$ 10 (meia).
Informações: 3355-3322.

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