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O nosso Jesus

José Barbosa interpreta Jesus pelo segundo ano. Foto: Fábio Jordão/Divulgação

A temporada 2013 da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém será de 22 a 30 de março. Esta semana quem seguiu para Fazenda Nova foi o ator pernambucano José Barbosa, que pela segunda vez tem a responsabilidade de interpretar Jesus. Zé e parte do elenco gravam o material promocional que será utilizado este ano e aproveitam para acertar detalhes da encenação. Antes de colocar o pé na estrada, o ator conversou com o blog, disse que a peça é um instrumento de evangelização e falou da expectativa em contracenar com a amiga Luciana Lyra, atriz também pernambucana que assume o papel de Maria este ano.

ENTREVISTA // José Barbosa

Lembro que ano passado escrevi que o seu Jesus era muito humano. O que você aprendeu com esse papel?
Aprendo todo dia que a doação, o amor e a fé, fortalecem o espírito. Continuo trabalhando nesse Jesus humano, mais irmão do que pai, um professor, mostrando o caminho, ensinando como se chega ao Deus Pai, vivendo da maneira que viveu, na simplicidade, sem pompa, com medos, anseios, fúria, dúvidas, mas acima de tudo um amor imensurável.

O que você quer que as pessoas vejam a partir da sua interpretação?
Que cada pessoa pode ser um pouco desse Jesus. Que as palavras ditas toquem diretamente na alma destas pessoas, que as cenas façam com que o público reflita, medite e compreenda o que significa amar o próximo e a Deus sobre todas as coisas. Esse espetáculo é também instrumento de evangelização, não apenas uma peça teatral.

Ano passado havia muita expectativa porque, afinal, era uma estreia. E agora? Como crítico de si mesmo, em que você acha que pode melhorar?
Em tudo. Quero uma evolução diária, constante, estudar mais, melhorar, afinal não é um personagem qualquer, é Jesus Cristo. Ele é vivo, ainda busco entendê-lo.

Conversando com José Ramos, ele me disse: “Depois de tantos anos, não podemos falar mesmo em novidades, mas em ajustes, principalmente no jeito de interpretar das pessoas que chegam. Cada um tem o seu jeito, o ritmo, mas o espetáculo é maior do que o ritmo de cada um. Eles até nem dizem, mas sentem muito o impacto de estar num teatro desse tamanho”. Sei que você já está na Paixão há um bom tempo, mas esse impacto ainda existe?
Sempre. É uma responsabilidade do tamanho da cidade-teatro. Pisar em Nova Jerusalém é impactatnte e emocionante, arrepia e traz uma felicidade que só quem participa de coração aberto sabe. Quanto as mudanças, elas acontecem sim. Teremos, por exemplo, mudanças no figurino do espetáculo: sacerdotes, soldados, Pilatos, Herodes, Herodíades, Maria, Madalena e Jesus terão novas roupas mais realistas, fruto de pesquisas feitas durante o ano, redesign feito por Vitor Moreira (criador do figurino original da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém) em parceria com Marina Pacheco que encabeçou as pesquisas.

Este ano, Maria também será pernambucana. Qual a sua expectativa? Você acha que este é um sinal da força da encenação, independente das relações comerciais (já que trazer atores de fora é uma questão que passa muito pelo comercial)?
Estou ansioso. Luciana Lyra é uma ATRIZ, em caixa alta mesmo, amiga querida, linda, tem uma bagagem gigantesca no que diz respeito a teatro. Quero aprender, trocar. Estar em cena com Lu interpretando Maria é um sonho bom, daqueles que acordamos sorrindo. Sou a favor da qualidade e da verdade como forma de passar a mensagem. Se esses objetivos são alcançados, a soma deu um bom resultado.

Uma das coisas que também dissemos é que provavelmente a sua carreira seria em muito impulsionada pela Paixão. O que aconteceu neste ano? Quais seus projetos para além da Paixão de Cristo?
Tenho projetos, mas não gosto de comentar, por serem projetos. Gosto de falar quando se consolidam e se tornam algo concreto. Mas tem coisa boa por aí.

Se em Nova Jerusalém você é Jesus, no Baile do Menino Deus fez José. Como foi essa experiência?
Experiência Linda. Sou de Limoeiro, interior de Pernambuco, e o Baile do Menino Deus é uma festa de brincadeiras populares que via na infância. Junto a essa festa, tem o nascimento do menino Jesus; e interpretar o pai dele na Terra, São José, que o ensinou o ofício da carpintaria, que amou Maria e criou esse menino que seria o redentor, cantar acalantos ao lado de Isadora Melo (cantora maravilhosa) que fez a Maria, para aquela criança no palco do Marco Zero, com a cenografia e figurinos de Marcondes Lima, direção de Ronaldo Correia de Brito e Quiercles Santana, com uma orquestra sob a batuta do Maestro José Renato Acioly, com coro adulto e infantil, bailarinos incríveis, Arilson Lopes e Sostenes Vidal como os Mateus, é algo inesquecível. Hoje o filho cresceu, tem 33 anos e é a cara do pai (José).

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Ísis Valverde e Carlos Casagrande confirmados na Paixão

Ísis Valverde será Madalena na Paixão de Cristo de Nova Jerusalém. Foto: Rede Globo/Divulgação

Não é só a pernambucana Luciana Lyra a novidade no elenco da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém de 2013. Já temos as confirmações de alguns nomes globais na encenação. A atriz Ísis Valverde, que fez a periguete Suellen em Avenida Brasil, será Madalena. E Carlos Casagrande, o Juan, de Fina Estampa, será Pilatos. Caco Ciocler deixa o papel de Judas por conta dos compromissos com a Globo. Os comerciais do espetáculo começam a ser gravados em janeiro.

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Luciana Lyra vai interpretar Maria na Paixão de Cristo

A linda e competente atriz Luciana Lyra foi convidada para interpretar a Maria da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém. A moça, que mora em São Paulo, aceitou e vai reforçar o elenco comandado por Carlos Reis e Lúcio Lombardi. A pernambucana já havia participado da Paixão nas cenas do Bacanal de Herodes. Desde o ano passado, Jesus também é interpretado por um pernambucano: o ator Zé Barbosa, que continua no papel em 2013.

Antes de se mudar para São Paulo, Luciana integrou o elenco de várias montagens no Recife. Entre elas Diário de Anne Frank, de Francis Godbrich, Sábado, domingo e segunda, de Eduardo de Filipo, Bob e Bobette, de Valdemar de Oliveira e Fernando de Oliveira e Um sábado em Trinta, de Luiz Marinho, direção de Reinaldo de Oliveira, todas essas pelo Teatro de Amadores de Pernambuco – TAP. Além de Inês!, de Gil Vicente e direção de Jorge Clésio.

Já em São Paulo atuou nas encenações Assombrações do Recife Velho, de Gilberto Freyre, com adaptação e direção de Newton Moreno e Memória da Cana, de Nelson Rodrigues, também com direção de Newton Moreno, ambas com o grupo Os fofos encenam, de São Paulo. E ainda em Guerreiras, com texto e direção dela mesma, além de outras. Mais um desafio para a atriz. Bonne chance!

Luciana Lyra no espetáculo Guerreiras. Foto: Márcio Shimabukuro/Divulgação

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Paixão que deixa saudades

Dentro das muralhas de Nova Jerusalém. Foto: Pollyanna Diniz

Parece que faz tanto tempo desde a Semana Santa! É..não só parece, faz mesmo! Ainda assim, não queria deixar de compartilhar aqui como fiquei feliz em ver a performance de José Barbosa como Jesus na Paixão de Cristo de Nova Jerusalém. Foi o Satisfeita, Yolanda? quem primeiro disse que Zé tinha conseguido o papel! (Lembram?!)

Meses depois, lá estava ele: seguro, ciente da importância da sua atuação, mas muito tranquilo – suave e ao mesmo tempo impactante como pede o personagem. Uma surpresa para mim foi Caco Ciocler como Judas. No dia em que vi a encenação, o ator enfrentou alguns problemas no áudio – para quem estava pertinho, parecia que ele não tinha decorado o texto direito, não sabia o tempo da fala. Ainda assim, Caco conseguiu humanizar a figura de Judas de uma forma muito interessante. Como ele mesmo disse, alguém tinha que fazer o papel de traidor para que tudo aquilo acontecesse e o cristianismo fosse o que é hoje.

Caco Ciocler como Judas

Para completar este post, recebemos uma colaboração especial do ator Ricardo Mourão (obrigada, Mourão!):

“No décimo segundo ano de participação na Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, repasso esses anos com gratidão e alegria. Mais um ano de encenação, novidades que engrandecem o espetáculo, expectativas e uma convivência de dezesseis dias dentro da muralhas da cidade teatro acabam nos sensibilizando, nos fazendo refletir sobre nossa arte e a grandiosidade de nosso trabalho.

Este ano, conosco estão Caco Cicler, Ellen Roche, Mouhamed Harfouch e Larissa Maciel, trazendo um novo frescor e a inevitável troca de experiências. Pessoas talentosas e empenhadas em fazer um belo trabalho, buscadores como todos nós, encantados com tudo, ávidos por poder contribuir da melhor forma para a encenação. O aprendizado tem sido constante e as cenas crescem com esses colegas e novos amigos.
Nossos queridos colegas José Barbosa, Wilma Gomes e Ricardo Neves defenderam papéis de destaque nesta edição, um presente para todos nós! Assim como todos os demais colegas, que igualmente desempenham seu trabalho com vontade e profissionalismo!

Tendo inovações no figurino, iluminação, efeitos especiais e som, a Paixão de Cristo se reinventa a cada ano, diante de uma mesma história, com os mesmos personagens, diante de um público enorme, que vibra, aplaude e participa atento em todas as cenas. Um desafio constante!

A mecânica do espetáculo consumiria muito tempo e páginas para que pudesse retratar fielmente o que vemos todos os dias.

Acredito ser bastante difícil para o público e até para colegas de profissão precisar o imenso trabalho envolvido nessa encenação. São inúmeros profissionais, trabalhando em conjunto, para que tudo saia a contento. Um verdadeiro batalhão de técnicos faz dos bastidores um espetáculo à parte. Da alimentação, infraestrutura de acomodações, alimentação, contra regragem, guarda roupa, maquiagem, publicidade, som, luz, diretores, assistentes e coordenadores de área até a figuração e pessoal de apoio interno e externo, são mais de quinhentas pessoas envolvidas diretamente com a montagem. Para que tudo funcione, cada grupo trabalha com afinco e competência.

Os diretores Carlos Reis e Lucio Lombardi, juntamente com o presidente da Sociedade Teatral de Fazenda Nova, Robinson Pacheco, são os regentes dessa imensa “máquina” de sonhos. Avaliações diárias, conversas e reuniões, orientações individuais e em grupo dão ao elenco o acompanhamento necessário e o apoio essencial.

Nesses doze anos defendendo o papel do Sumo Sacerdote Caifás, sinto como estar aqui me engrandece, mais do que como profissional, como ser humano. Diante da história, do “sonho de pedra” de Plínio e Diva Pacheco, ouvindo os relatos emocionados de queridos colegas, que aqui estão há décadas, como Jones Melo, João Ferreira, Hugo Martins e Ednaldo Lucena, para citar apenas alguns, percebo o privilégio de fazer parte dessa história.

Estar em “Nova Jerusalém” está além de mais um simples trabalho. É entrar em contato com uma história de luta, de entrega e paixão. É ter o prazer de vivenciar o encantamento! Muitas outras temporadas venham!”

(texto de Ricardo Mourão para o Satisfeita, Yolanda?)

Ricardo Mourão como Caifás

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Pernambucano Zé Barbosa é o Cristo de Nova Jerusalém 2012

Ator Zé Barbosa. Foto: Beatriz Braga

O personagem Jesus da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém será interpretado pelo ator Zé Barbosa, pernambucano de Limoeiro que já integra o elenco do megaespetáculo – ele defendeu o papel, como substituto. Seu amigo e colega de elenco Ricardo Mourão espalhou a boa nova no facebook.

Desde que a produção de Fazenda Nova fez mudanças radicais, com a saída de José Pimentel, já passaram pelo papel de Cristo em Nova Jerusalém Fábio Assunção, Marcelo Valente (pernambucano que ficou por 3 anos), Luciano Szafir, Eriberto Leão, Murilo Rosa, Carmo Dalla Vecchia, Thiago Lacerda. Além de Herson Capri (1999), como lembra Carlos Pinto.

E agora Zé Barbosa. Além de parabenizar o ator, conversei com Zé Barbosa sobre esse momento de alegria para sua carreira. “Eu sou stand-in desde 2009. Sei todas as marcas, textos, tudo que você imaginar. Tive a experiência de assumir o personagem, por um dia em 2010, quando Eriberto foi receber um prêmio da Globo. Naquele dia fiquei preocupado com a reação do público. Respirei e entrei. Lá havia 8.500 pessoas”, lembra Zé Barbosa. “Agora que vou assumir por uma temporada inteira. Não consigo definir com exatidão o que estou sentindo, mas é uma coisa muito boa”, comenta.

Ele faz 32 anos dia 29 de dezembro. E recebeu seu presente de Natal adiantado. “A Paixão de Cristo faz 45 anos e volta um pernambucano ao papel de Jesus. isso é um presente sem tamanho”.

A montagem é dirigida por Carlos Reis e Lúcio Lombardi. Reis interpretou Jesus por nove anos, de 1969 a 1977. E ambos participam do espetáculo: Reis como Herodes e Lombardi no papel do príncipe do templo.

Intérprete conhece bem o papel, pois já fez substituições.

– Finalmente chegou a vez de Zé Barbosa ficar com o papel principal em Nova Jerusalém?
Quanto a questão do personagem, eu tenho a certeza do ano de 2012. Sim. Segundo o diretor Carlos Reis, eu sou o Jesus 2012. Mas até agora essa é a única certeza que eu tenho.

– Você se sente preparado para a maratona?
Eu sou stand-in desde 2009. Sei todas as marcas, textos, tudo que você imaginar. Tive a experiência de assumir o personagem, por um dia em 2010, quando Eriberto foi receber um prêmio da Globo. Naquele dia fiquei preocupado com a reação do público. Respirei e entrei. Lá havia 8.500 pessoas. Agora que vou assumir por uma temporada inteira. Não consigo definir com exatidão o que estou sentindo, mas é uma coisa muito boa. Desde que fui chamado por Carlos Reis no final de 2008, ele falava que gostaria de um pernambucano no personagem. E disse que queria que eu fosse esse pernambucano.

– Você já interpretou o Cristo em outras produções, fora Nova Jerusalém?
Em 2008 eu tinha participado da Paixão do Monte da Fé que acontece em Paudalho. No ano de 2009 Já estava como stand-in em Nova Jerusalém.

– Como você encara as possíveis comparações com outros atores, principalmente os globais
Em relação às comparações, isso será inevitável, mas não é uma coisa que me preocupe. Vou colocar verdade e alma. Isso é o que eu quero passar com meu trabalho.

– O que você tem a dizer sobre esse papel?
Jesus Cristo pessoa, ser humano. Ele se fez carne e habitou entre nós. Revolucionário e pregador do amor e da paz. Interpretar esse homem que tem esta história, que teve a vida terrena que teve… Que morreu por amor e ressuscitou…e recontar essa história em Nova Jerusalém. É um sonho…

Zé Barbosa encarou multidão ao substituir Eriberto Leão

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