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Festival Recife de teatro – tempo de editais

Galpão apresenta Os Gigantes da Montanha no Sítio Trindade, dia 22, na abertura do festival

A programação do Festival Recife do Teatro Nacional – FRTN foi anunciada nesta quinta-feira. A curadoria, que atuou nos últimos anos com recortes para a formação de sentidos, ficou para trás. A 16º edição é norteada por editais – instrumento defendido pela atual gestão como a forma mais democrática de formatar os eventos promovidos pela Prefeitura do Recife.

A grade da programação inclui 18 espetáculos em dez dias de apresentações – do dia 22 deste mês a 1º de dezembro. O mineiro Galpão abre o festival, às 20h, no Sítio da Trindade, com a peça Os gigantes da montanha, participação que o Satisfeita, Yolanda? anunciou ainda em julho. A secretária Leda Alves assistiu à peça no Festival de Inverno de Garanhuns e após a sessão fez o convite à trupe.

Os outros grupos foram garimpados de 150 projetos inscritos, segundo informou o gerente do Centro Apolo- Hermilo, Carlos Carvalho, que coordena o FRTN. Trinta e seis passaram na peneira e uma comissão formada pelo ator Paulo Mafe, representante do Conselho Municipal de Política Cultural do Recife; o diretor do Teatro Williams Santanna; e a diretora e pesquisadora Clara Camarotti, fechou os grupos.

Gustavo Catalano, Carlos Carvalho e Leda Alves durante coletiva do festival

“Fizemos um edital para dar a possibilidade de as pessoas se oferecerem para vir ao Recife. Isso despertou o interesse dos grupos”, disse Carlos Carvalho.

Bem, dessas companhias, algumas ainda não passaram pelo Recife com os espetáculos que trazem. O próprio Galpão, a carioca Armazém Cia. de Teatro com A Marca da Água; a gaúcha Casa de Madeira com As Bufa; as catarinenses Traço Cia de Teatro/Companhia Zero com As Três Irmãs, o grupo paulista Clariô de Teatro, com Hospital da Gente; a mineira Cia. Pierrot Lunar com Acontecimento em Vila Feliz. Além da outra mineira, Cortejo Cia de Teatro, com Uma História Oficial.

O Coletivo Cênico Joanas Incendeiam, de São Paulo, apresentou recentemente Homens e Caranguejos na cidade. E Agitada Gang – Trupe de Atores e Palhaços da Paraíba vem com um espetáculo de repertório, Como Nasce um Cabra da Peste, que esteve no Recife há muitos anos.

Das montagens locais para o público adulto, todas já fizeram temporada ou foram vistas algumas vezes na cidade. São elas Vestígios (Relicário/PE), com texto de Aimar Labaki e direção de Antonio Cadengue; Luiz Lua Gonzaga, do Grupo Magiluth; O Beijo no Asfalto, com texto de Nelson Rodrigues e direção de Claudio Lira; As Confrarias, da Companhia Teatro de Seraphins, com texto de Jorge Andrade e Antonio Cadengue. E Cafuringa, com o Grupo Cafuringa.

As peças infanto-juvenis também já estiveram em cartaz no Recife. São elas As Levianinhas em Pocket Show para Crianças, da Cia Animée; De Íris ao Arco-Íris, de Produtores Independentes e O Menino da Gaiola, Bureau de Cultura e Turismo.

O espetáculo Coisas do Mar, do Grupo Teatral Ariano Suassuna e Escola Estadual Santos Cosme e Damião, de Igarassu, ganhou visibilidade ao conquistar vários prêmios no 11º Festival Estudantil de Teatro e Dança, realizado em setembro, na categoria Teatro Para Crianças. A encenação levou para casa os troféus de melhor espetáculo, direção (Albanita Almeida e André Ramos), ator (Elton Daniel), cenário (André Ramos), figurino (Kattianny Torres) e texto inédito (o grupo).

O orçamento desta edição encolheu em R$ 400 mil em relação ao do ano passado. Ficou em R$ 700 mil – sendo R$ 50 mil da Caixa Econômica Federal e o restante dos cofres da Prefeitura. A Prefeitura não conseguiu renovar o Pronac – Lei Rouanet, nem a prestação de contas da Funarte e por isso não pode concorrer a esses incentivos.

O teatrólogo Samuel Campelo é o homenageado desta edição

O homenageado deste ano é o diretor Samuel Campelo, fundador do Grupo Gente Nossa no Recife dos anos 1930. A pesquisadora Ana Carolina Miranda da Silva vai lançar um livro sobre Campelo e também vai fazer palestra sobre O Grupo Gente Nossa e o Movimento Teatral no Recife.

“Vamos ter um grande festival, que oportuniza espetáculos que não teriam oportunidade de estar aqui. A gente tem grupos que nunca vieram ao Recife e tem grupos que já vieram como a Cia. Armazém ou o Galpão. E ter a possibilidade de ter os que já vieram com aqueles que nunca vieram isso nos enriquece. Isso abre pra gente uma felicidade de dizer nos estamos abrindo o FRTN para o Brasil, pelo meio mais democrático, que é o edital”, entusiasma-se Carvalho.

16º Festival Recife do Teatro Nacional

Programação

Sexta-feira (22)
Os Gigantes da Montanha (Grupo Galpão/MG)
Local: Sítio da Trindade, às 20h
Duração: 80 minutos

Sábado (23)

As Bufa (Casa de Madeira/RS)
Local: Teatro de Santa Isabel, às 21h
Duração: 55 minutos

As bufa. Foto: Mariana Rocha

As Levianinhas em Pocket Show para Crianças (Cia Animée/PE)
Local: Teatro Hermilo Borba Filho, às 18h
Duração: 60 minutos

Banda de palhaças mostram repertório para crianças. Foto: Lana Pinho

Marca da Água (Armazém Cia de Teatro/RJ)
Local: Teatro Barreto Junior, às 20h
Duração: 75 minutos

Montagem comemora 25 anos da Armazém Companhia de Teatro

De Íris ao Arco-Íris (Produtores Independentes/PE)
Local: Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro), às 16h
Duração: 50 minutos

História da curiosa lagarta, que quer chegar ao reino encantado. Foto: Angélica Gouveia

Domingo (24)

As Bufa (Casa de Madeira/RS)
Local: Teatro de Santa Isabel, às 21h
Duração: 55 minutos

As Levianinhas em Pocket Show para Crianças (Cia Animée/PE)
Local: Teatro Hermilo Borba Filho, às 18h
Duração: 60 minutos

A Marca da Água (Armazém Cia de Teatro/RJ)
Local: Teatro Barreto Junior, às 20h
Duração: 75 minutos

De Íris ao Arco-Íris (Produtores Independentes/PE)
Local: Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro), às 16h
Duração: 50 minutos

Vestígios (Relicário/PE)
Local: Teatro Apolo, às 19h
Duração: 55 minutos

Dois policiais e um professor de história numa peça sobre a tortura. Foto: Américo Nunes

Luiz Lua Gonzaga (Grupo Magiluth/PE)
Local: Sítio da Trindade, às 16h
Duração: 50 minutos

Homenagem do Grupo Magiluth ao rei do baião

Segunda-feira (25)

Vestígios (Relicário/PE)
Local: Teatro Apolo, às 19h
Duração: 55 minutos

Luiz Lua Gonzaga (Grupo Magiluth/PE)
Local: Bomba do Hemetério, às 16h
Duração: 50 minutos

As Três Irmãs (Traço Cia de Teatro/Companhia Zero/SC)
Local: Teatro Hermilo Borba Filho, às 21h
Duração: 80 minutos

Obra do dramaturgo Anton Tchékhov a partir da técnica do clown. Foto: Nassau Souza

Hospital da Gente (Grupo Clariô de Teatro/SP)
Local: Espaço Fiandeiros, às 20h
Duração: 90 minutos

A partir dos contos de Marcelino Freire, Grupo Clariô de Teatro/SP mostra a vida dura de vários personagens

Acontecimento em Vila Feliz (Cia. Pierrot Lunar/MG)
Local: Sítio da Trindade, às 16h
Duração: 55 minutos

Versão teatral da Cia. Pierrot Lunar para o conto homônimo de Aníbal Machado

Terça-feira (26)

As Três Irmãs (Traço Cia de Teatro/Companhia Zero/SC)
Local: Teatro Hermilo Borba Filho, às 21h
Duração: 80 minutos

Hospital da Gente (Grupo Clariô de Teatro/SP)
Local: Espaço Fiandeiros, às 20h
Duração: 90 minutos

Acontecimento em Vila Feliz (Cia. Pierrot Lunar/MG)
Local: Bomba do Hemetério, às 16h
Duração: 55 minutos

Cafuringa (Grupo Cafuringa/PE)
Local: Sítio da Trindade, às 16h
Duração: 60 minutos

Conhecido como Homem da Cobra, o mestre Cafuringa é acompanhado por vários bonecos

Quarta-feira (27)

Acontecimento em Vila Feliz (Cia. Pierrot Lunar/MG)
Local: Coque/Joana Bezerra, às 16h
Duração: 55 minutos

Cafuringa (Grupo Cafuringa/PE)
Local: Bomba do Hemetério, às 16h
Duração: 60 minutos

O Menino da Gaiola (Bureau de Cultura e Turismo/PE)
Local: Teatro Barreto Junior, às 16h
Duração: 50 minutos

O Beijo no Asfalto (Claudio Lira/PE)
Local: Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro), às 20h
Duração: 90 minutos

Quinta-feira (28)

Luiz Lua Gonzaga (Grupo Magiluth/PE)
Local: Coque/Joana Bezerra, às 16h
Duração: 50 minutos

O Menino da Gaiola (Bureau de Cultura e Turismo/PE)
Local: Teatro Barreto Junior, às 16h
Duração: 50 minutos

O protagonista, o garoto Vito, de 9 anos, quer libertar o sonho das pessoas

O Beijo no Asfalto (Claudio Lira/PE)
Local: Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro), às 20h
Duração: 90 minutos

Como Nasce um Cabra da Peste (Agitada Gang – Trupe de Atores e Palhaços/PB)
Local: Teatro Luiz Mendonça, às 20h
Duração: 60 minutos

Sexta-feira (29)

Como Nasce um Cabra da Peste (Agitada Gang – Trupe de Atores e Palhaços/PB)
Local: Teatro Luiz Mendonça, às 20h
Duração: 60 minutos

Cafuringa (Grupo Cafuringa/PE)
Local: Coque/Joana Bezerra, às 16h
Duração: 60 minutos

Sábado (30)

Uma História Oficial (Cortejo Cia de Teatro/MG)
Local: Teatro Luiz Mendonça, às 20h
Duração: 70 minutos

Espetáculo de estreia da Cortejo Cia de Teatro reflete sobre os autoritarismos

Coisas do Mar (Grupo Teatral Ariano Suassuna/PE)
Local: Teatro Apolo, às 16h
Duração: 50 minutos

Homens e Caranguejos (Coletivo Cênico Joanas Incendeiam/SP)
Local: Teatro Hermilo Borba Filho, às 21h
Duração: 90 minutos

Família foge da seca e chega à cidade e aos mangues do Recife

As Confrarias (Companhia Teatro de Seraphins/PE)
Local: Teatro Barreto Junior, às 20h
Duração: 70 minutos

A Conspiração Mineira por um ângulo incomum, com texto de Jorge Andrade e direção de Antonio Cadengue.

Domingo (1)

Uma História Oficial (Cortejo Cia de Teatro/MG)
Local: Teatro Luiz Mendonça, às 20h
Duração: 70 minutos

Coisas do Mar (Grupo Teatral Ariano Suassuna/PE)
Local: Teatro Apolo, às 16h
Duração: 50 minutos

Homens e Caranguejos (Coletivo Cênico Joanas Incendeiam/SP)
Local: Teatro Hermilo Borba Filho, às 21h
Duração: 90 minutos

As Confrarias (Companhia Teatro de Seraphins/PE)
Local: Teatro Barreto Junior, às 20h
Duração: 70 minutos

Oficinas:

Por uma Metodologia da Encenação Teatral
Ministrante: Antonio Edson Cadengue
Local: Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (a confirmar)
Data: De 25 a 29 de novembro, das 13h às 17h

Oficina de Teatro de Rua
Ministrante: Lindolfo Amaral
Local: Escola Pernambucana de Circo (a confirmar)
Data: De 25 a 29 de novembro, das 13h às 17h

Exercícios para uma Cena Dialética
Ministrante: Márcio Marciano
Local: Museu Murilo La Greca (a confirmar)
Data: De 25 a 27 de novembro, das 13h às 17h

Palestras:

A Experiência do Cooperativismo em São Paulo
Palestrante: Ney Piacentini
Data: 26 (terça-feira)
Local: Espaço Fiandeiros, às 18h0

O Grupo Gente Nossa e Movimento Teatral no Recife
Palestrante: Ana Carolina Miranda da Silva
Data: 26 (terça-feira)
Local: Salão Nobre do Teatro de Santa Isabel, às 18h

Tecendo Redes – A Redemoinho no Recife
Palestrante: Fernando Yamamoto e Ney Piacentini
Data: 28 (quinta-feira)
Local: Teatro Hermilo Borba Filho, às 18h

Serviço
Ingressos espetáculos nos teatros: R$ 10 e R$ 5 (meia entrada).
Os espetáculos de rua são gratuitos

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O menino da gaiola estreia neste sábado

O menino da gaiola, texto de Cleyton Cabral e direção de Samuel Santos. Foto: Ângulo cinematografia

O menino da gaiola estreia neste sábado. Foto: Ângulo cinematografia

O espetáculo O menino da gaiola, texto do ator, publicitário e dramaturgo Cleyton Cabral, estreia neste sábado, com a assinatura do diretor Samuel Santos. É uma dramaturgia que trata de temas difíceis, como o abuso sexual. No elenco, Evilásio de Andrade como o protagonista; Auricéia Fraga, Márcio Fecher, Eduardo Japiassu e Ana Souza.

Conversamos como Samuel, que esteve à frente de produções como A terra dos meninos pelados, O amor do galo pela galinha d’água, Historinhas de dentro e O circo Rataplan, sobre a peça e o seu trabalho como diretor.

Entrevista // Samuel Santos

O que você destacaria na encenação?
O texto é de uma essencialidade e coragem fundamentais para a abordagem desse quadro atual e urgente que é o universo para crianças. O menino da gaiola aqui em Pernambuco é um precursor de uma dramaturgia voltada para as questões sociais da infância, sem esconder a realidade, nem tratar essa realidade como uma fantasia paradisíaca. Vemos no sonho do protagonista – Vito – uma dimensão utópica própria do universo infantil: o de voar e ir para lugares imaginários. Só que Vito não viaja por terras distantes do faz-de-conta ou paraísos perfeitos, com animais falantes, heróis com capa e espadas. Ele faz uma viagem por dentro da realidade. Ou seja, ele sonha, mas o seu sonho o leva a passear pela realidade. Diferente do que estamos acostumados a ver, a ler a criança sonhando com castelos, príncipes e afins. Há uma inversão de paradigmas. Vito quer libertar, fazer voar os sonhos presos e oprimidos de cada um que ele encontra na sua jornada. Tudo isso de forma lúdica e poética. E, claro, destaco toda a equipe que está se doando para colocar essa montagem na cena pernambucana. Os atores entregues à proposta, as músicas compostas especialmente pela cantora Isaar, o desenho de luz criado pelo O Poste Soluções Luminosas, figurinos, cenários e produção da jovem produtora Clarisse Fraga, que inicia sua primeira produção apostando nesse espetáculo infantil nada tradicional.

A atriz Auriceia Fraga é o destaque no elenco

A atriz Auriceia Fraga é o destaque no elenco

Como o texto é levado à cena?
No texto, os personagens estão à margem da sociedade, como um mendigo que teve o rosto queimado e uma menina de sete anos que é assediada pelo padrasto. Unir esses temas delicados e melindrosos, colocando o texto numa determinada perspectiva como o autor propõe e determinar os laços que se interligam: as personagens, os cenários, os climas, as cores, os objetos e todos os elementos que o compõem, leva a encenação a buscar um conceito que não prendesse e nem tão pouco deixasse os elementos em fragmentada desordem. A escolha recorre sobre: voo/liberdade. Sobre o onírico o lúdico. Cada elemento visualizado e sonorizado na encenação terá um despojamento cênico peculiar ao conceito. Ou seja, os elementos serão soltos na sua execução e na sua transição de cena. Redes, gaiolas, sofá, tecidos, adereços entrarão e sairão de cena de forma lépida. Os cenários não serão fixos, eles vão entrando conforme o tempo, espaço e a geografia da cena. Antes de qualquer forma concretizada nos elementos cênicos da peça o conceito está implícito, ele vem a partir do interno dos atores. A encenação não optou em suavizar os temas propostos, há uma seriedade e serenidade na proposta, porém essa seriedade é envolta em muita poesia e dentro do jogo lúdico, pois nossa intenção primordial não era fazer do espetáculo um programa de auditório ou “Tatibitati”.

Qual a marca do seu trabalho como diretor e, especificamente, neste espetáculo?
O ator e a poesia. O ator no sentido de nunca esquecê-lo e a poesia por entender que ela é essencial ao teatro. Num dos ensaios de O menino da gaiola, um dos meus atores disse que eu era muito exigente. Mas ele disse sem nem travo ou ranço de que estava sendo oprimido, pois a minha exigência, meu rigor era sem o grito, sem a violência. Era estar atento ao ator em cada detalhe: emoção, gesto e voz, no seu comportamento na cena. E no Menino acredito que o público verá essa minha marca. Meu olhar é de atenção, preocupação com a linguagem tanto para crianças como para adultos. Meu olhar é de insatisfação, esmero, inquietude, reflexão. Meu olhar para essa montagem está mais maduro, ao mesmo tempo infante, pois o que tento reproduzir no teatro não é o olhar do adulto Samuel Santos, mas do Samuca, a criança Samuca, que tenta fazer do teatro uma forma de aventurar-se e refletir.

O menino da gaiola
Quando: sábados e domingos, às 16h, até 4 de agosto
Onde: Teatro Apolo (Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife)
Quanto: R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada)
Informações: (81) 3355-3320 / 3321
Indicação: 7 anos

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