Arquivo da tag: Nathalia Timberg

Três divas reabrem teatro no Rio

Teatro Dulcina será reaberto hoje. Foto: S.Castellano

O Teatro Dulcina, no Centro do Rio de Janeiro, será reaberto nesta terça-feira com um espetáculo criado especialmente para a ocasião: Um brinde a Dulcina!, reunindo no mesmo palco as atrizes Bibi Ferreira, Nathália Timberg e Marília Pêra. O teatro está sob a administração da Funarte desde 2008, mas estava em péssimas condições.

Em agosto de 2010, começaram as obras de recuperação da casa, cujo projeto original é do estilo art déco. De acordo com a Funarte, o investimento foi de R$ 2,3 milhões. As informações são de que foi um “extreme makeover”: fachada, foyer, instalações prediais e de ar condicionado, poltronas da plateia, camarins, balcões e frisas, equipamentos cênicos e de cenotécnica. Tudo estaria novinho!

Programação – Para o público, a casa reabre no dia 5 de agosto, com a apresentação Bibi in concert IV, com a atriz e diretora Bibi Ferreira. A programação já está delineada pelo até setembro. Depois disso, o teatro deve passar a ser ocupado por projetos selecionados através de editais.

Bom, pelo menos até lá, a programação já me fez olhar os sites de todas as companhias aéreas em busca de passagens em promoção para o Rio!!! No dia 19 de agosto, por exemplo, Fernanda Montenegro vai reestrear o monólogo Viver sem tempos mortos, com direção de Felipe Hirsch e direção de arte de Daniela Thomas. Serão três apresentações até o dia 21 de agosto, sempre às 19h.

No dia 26 de agosto, Os Fodidos Privilegiados, companhia que apresentou os seus espetáculos entre 1991 e 2001 no Dulcina, comemoram 20 anos de companhia com Uma festa privilegiada!.

Já em setembro, nos dias 7, 8 e 9, o grande destaque é Peter Brook. O inglês faz a estreia sul-americana de Uma flauta mágica, adaptação da ópera de Mozart. A montagem ganhou o Prêmio Molière de melhor espetáculo musical da França em 2010 e será apresentada também no Porto Alegre em Cena nos dias 21, 22 e 23 de setembro.

Fernanda Montenegro volta a apresentar espetáculo com direção de Felipe Hirsch

Postado com as tags: , , , , , , , , , , , , , , , , ,

Prêmio Shell do Rio de Janeiro

Premiados do Shell, Rio de Janeiro. Fotos: Marcos Issa/Argosfoto

Sem as provocações que marcaram a cerimônia de São Paulo, a entrega na 23ª edição do Prêmio Shell de Teatro, do Rio de Janeiro, realizada na noite de ontem, no Jockey Club da Gávea, consagrou o espetáculo Pterodátilos. A montagem arrebatou os troféus em todas as categorias em que concorreu: Marco Nanini e Mariana Lima por suas atuações e Daniela Thomas pelo cenário, formado por um palco móvel, que gira e se desmonta “como a família”. Pterodátilos é uma encenação que comemora os 45 anos de profissão de Nanini.

A comédia ácida, do norte americano Nicky Silver, critica a exarcebação do consumo e expõe a decadência familiar. Sob direção de Felipe Hirsch, Nanini interpreta dois personagens. Artur é presidente de um banco e chefe de uma família que está desmoronando e Ema, a filha desnorteada, carente de afeto e que se julga grávida. Já Mariana Lima faz Grace, a mãe alcoólatra e consumista.

A elegante Nathalia Timberg, homenageada da noite, foi aplaudida de pé em seu discurso: “Vida no teatro é um sonho vivido em estado de vigília. Hoje estou vivendo o sonho do reconhecimento pelos meus pares”. A atriz dedicou o prêmio, emocionada, ao amigo e produtor Marcos Montenegro.

Jô Bilac venceu a disputa na categoria melhor autor, por Savana glacial. Também estavam concorrendo o pernambucano Newton Moreno, com o texto Maria do Caritó, Pedro Brício por Comédia russa e Denise Crispun e Melanie Dimantas por A carpa. João Fonseca foi considerado o melhor diretor por Maria do Caritó.

O Shell criado em 1989 e que oferece uma premiação individual de R$ 8 mil, também foi destacado como importante para a classe. “O teatro precisa muito disso”, comentou Nanini, referindo-se à longevidade do prêmio.

Participaram do júri a atriz e bailarina Fabiana Valor, o diretor do grupo AfroReggae João Madeira, o iluminador Jorginho de Carvalho, o dramaturgo, diretor e ator Sergio Fonta e a pesquisadora e professora de História do Teatro Brasileiro Tânia Brandão.

Vencedores do 23º Prêmio Shell de Teatro do Rio de Janeiro

Música:
Marcelo Alonso Neves por As conchambranças de Quaderna

Iluminação:
Tomás Ribas por Rock Antygona

Figurino:
Marcelo Pies por Hair

Cenário:
Daniela Thomas por Pterodátilos

Categoria especial:
André Curti e Artur Ribeiro pela singular linguagem corporal aplicada no espetáculo Fragmentos do desejo

Direção:
João Fonseca por Maria do Caritó

Autor:
Jô Bilac por Savana glacial

Ator:
Marco Nanini por Pterodátilos

Atriz:
Mariana Lima por Pterodátilos

Homenagem:
Nathalia Timberg pela magnitude de sua carreira teatral, pródiga em desempenhos construídos com densidade, elegância e competência.

Postado com as tags: , , , , , , , , , , , , , , , ,