Arquivo da tag: MITbr – Plataforma Brasil

O palco do mundo para além do eurocentrismo 9ª edição da MITsp investe no decolonial

Broken Chord [Acorde Rompido] faz a abertura da MITsp. Foto: Thomas Müller / Divulgação

Na sua nona edição, a MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo aprofunda sua essência experimental e crítica, apostando numa perspectiva curatorial que destaca espetáculos oriundos das margens das hegemonias geográficas. Encontramos aqui obras e artistas cujas raízes territoriais, étnicas e culturais manifestam diversificadas teatralidades e investigações. A presença de criadores, grupos e pesquisadores/as da África, Ásia, Oriente Médio e América Latina reflete um esforço da MITsp de descentralizar do cânone  das narrativas eurocêntricas do teatro e ampliar o palco para outras vozes. “Neste sentido, a curadoria intensificou a perspectiva decolonial”, afirma Antonio Araujo, no material de divulgação. 

Araujo, diretor artístico, e Guilherme Marques, diretor geral, idealizadores da Mostra, aquecem as provocações sobre nosso tempo com as discussões que atravessam os trabalhos, carregadas de novos olhares para questões como memória, racismo, transfobia, identidade, conhecimento, colonialismo, entre outros.

A MITsp é um dos principais eventos de artes cênicas do país e funciona em quatro eixos principais: Mostra de Espetáculos, Ações Pedagógicas, Olhares Críticos e MITbr – Plataforma Brasil.  A programação ocorre entre entre os dias 1º e 10 de março de 2024 e conta com nove montagens internacionais, uma estreia nacional, dez espetáculos na MITbr série de oficinas, debates e conversas ao longo dos dez dias de evento.

O espetáculo Broken Chord [Acorde Rompido], uma colaboração entre Gregory Maqoma e Thuthuka Sibisi, faz a abertura dessa intensa maratona cênica no Teatro Paulo Autran, no Sesc Pinheiros. A obra mergulha  A peça mescla dança e música tradicionais africanas com elementos da dança contemporânea e música clássica europeia, e mergulha nos efeitos duradouros do apartheid, para investigar as feridas históricas.

Também da África do Sul, O Circo Preto da República Bantu, solo de Albert Ibokwe Khoza, discute racismo e violência contra corpos negros através da história dos zoológicos humanos na Europa.

Lolling and Rolling, do sul-coreano Jaha Koo. Foto de Marie Clauzade

Nesta edição da MITsp o foco se volta para a obra do diretor e compositor sul-coreano Jaha Koo, que traz ao evento sua Trilogia Hamartia, composta por Lolling and Rolling, Cuckoo e A História do Teatro Ocidental Coreano. Essa série explora a intersecção e o impacto do encontro entre culturas orientais e ocidentais na vida individual, ancorada no conceito grego de “hamartia”, que se refere a um defeito ou falha trágica.

Contado pela Minha Mãe, do libanês Ali Chahrour, outra obra da mostra, utiliza uma combinação de dança, teatro e música para narrar a história de uma mãe que se recusa a aceitar a morte de seu filho, criando poemas e canções na esperança de seu retorno.

Profético (nós já nascemos), da costa-marfinense Nadia Beugré, aborda questões de racialidade, transsexualidade e preconceito com um enfoque crítico e engajado.

A Argentina contribui com duas estreias: PERROS – Diálogos Caninos, uma colaboração entre Monina Monelli, Celso Curi e Renata Melo, explora a complexidade das relações entre humanos e cachorros; enquanto Wayqeycuna [Meus Irmãos], de Tiziano Cruz, investiga a memória e a identidade cultural através dos quipus, um artefato andino tradicional.

A MITsp investiu como produção nacional na estreia de Agora tudo era tão velho – FANTASMAGORIA IV, sob a direção de Felipe Hirsch, marcando a continuidade do festival em ser uma plataforma de lançamento para obras de artistas brasileiros renomados e emergentes.

A MITsp de 2024 reforça que é um evento chave no calendário cultural da cidade de São Paulo, e do Brasil, e reflete o compromisso do festival em oferecer um espaço para diálogos transculturais e a exploração de temas contemporâneos através do teatro, dança e performance.

Em 2024, a MITsp tem patrocínio  da Redecard, Sabesp e Prefeitura Municipal de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura. A mostra tem correalização do Sesi, Consulado Francês, Instituto Francês, Centro Cultural Coreano no Brasil e Goethe Institut; e copatrocínio do IBT – Instituto Brasileiro de Teatro. A realização do evento é da Olhares Cultural, ECUM Central de Produção, Itaú Cultural, Sesc SP e Ministério da Cultura – Governo Federal.

MITbr Plataforma Brasil

Lançada em 2018, a MITbr – Plataforma Brasil emerge como um componente vital da Mostra Internacional de Teatro de São Paulo (MITsp), dedicada à promoção e internacionalização das artes cênicas brasileiras. A cada ano, a plataforma se propõe a apresentar uma seleção de obras nas áreas de teatro, dança e performance, enfatizando a diversidade regional do Brasil e abordando temas contemporâneos e urgentes.

Para a seleção dos projetos, a MITbr conta anualmente com a expertise de curadores convidados, que são encarregados de escolher entre 10 e 12 trabalhos de um conjunto de inscrições que, desde sua primeira edição, supera a marca de 400 candidaturas. O objetivo é destacar a riqueza e a qualidade da cena artística brasileira em um contexto global.

Neste ano, os curadores Marise Maués, Cecilia Kuska e Marcelo Evelin analisaram 446 inscrições provenientes de 19 estados do Brasil, do Distrito Federal e de países da América Latina. A seleção resultou em dez obras que serão vistas entre o público geral por um grupo composto por cerca de 100 programadores nacionais e internacionais, uma investida para  ampliar o reconhecimento e a circulação das artes cênicas brasileiras no cenário mundial.

As obras escolhidas para a nona edição da MITsp são representativas da riqueza artística brasileira, cada uma originária de diferentes cidades do país, demonstrando a vasta gama de estilos e temáticas abordadas pelos artistas nacionais:

Ané das Pedras da Coletiva Flecha Lançada Arte, é uma obra que vem do Crato (CE) e da aldeia Kariri-Xocó (AL). O espetáculo explora a relação indígena com a terra e a natureza através de um ritual de plantação de pedra, destacando a visão indígena sobre a existência e a comunicação com o meio ambiente. Por sua vez, Dança Monstro”, da Cia. dos Pés, vem de Maceió (AL) e investiga a interação entre o corpo humano e a natureza, utilizando a dança como meio de conexão com o essencial.

EU NÃO SOU SÓ EU EM MIM – Estado de Natureza – Procedimento 01, do Grupo Cena 11, originário de Florianópolis (SC), propõe uma reflexão sobre a identidade brasileira, misturando dança e teoria para questionar o conceito de “povo brasileiro”. 

Gente de Lá, de Wellington Gadelha, traz uma perspectiva de Fortaleza (CE), apresentando um olhar crítico sobre a violência estrutural dirigida à população negra no Brasil, através de uma performance que mescla artes visuais e movimento.

Já O que mancha, de Beatriz Sano e Eduardo Fukushima, é um projeto de São Paulo (SP), que desafia as fronteiras entre o movimento e o som, questionando dualidades como humano/animal e masculino/feminino. 

Meu Corpo Está Aqui”, produzido pela Fábrica de Eventos do Rio de Janeiro (RJ), aborda as experiências de pessoas com deficiência, explorando questões de relacionamento, corpo e desejo.

Lança Cabocla, da Plataforma Lança Cabocla, é um espetáculo multimídia que une São Luís (MA), Fortaleza (CE), Salvador (BA) e São Paulo (SP), explorando danças populares e afrodiaspóricas em um contexto contemporâneo.

7 Samurais, de Laura Samy do Rio de Janeiro (RJ), inspira-se no clássico filme Os Sete Samurais para criar uma ponte entre os guerreiros japoneses e os artistas de hoje, investigando suas lutas e existências.

Eunucos, das Irmãs Brasil, com origens em São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ), reflete sobre a castração, a transição de gênero e as performances de gênero em uma abordagem crua e simbólica.

Wilemara Barros é a artista em Foco da MITbr e apresenta o espetáculo Preta Rainha. Foto: Luciano Gomes

E por fim, a peça da “Artista em Foco” deste ano. Preta Rainha é um solo autobiográfico que percorre a vida de Wilemara Barros, bailarina e educadora vinculada à Cia. Dita, sediada em Fortaleza. Aos 60 anos, Barros apresenta uma obra que funciona tanto como uma introspecção pessoal quanto uma exposição pública de sua rica jornada artística. 

Preta Rainha é mais do que uma performance; é um mergulho profundo nas memórias pessoais e afetivas de Barros, traçando sua evolução desde os primeiros passos no balé clássico até a consagração como artista contemporânea. Este solo narra a história de sua vida e reflete sobre a herança cultural e ancestral que lhe foi transmitida por sua família. A peça se destaca por seu caráter introspectivo e pela maneira como Barros se apropria de seu legado, reafirmando sua identidade e contribuição para a dança brasileira.

Além de criar uma vitrine para os talentos brasileiros no cenário global, a MITbr – Plataforma Brasil, incorporou uma série de programas educacionais e de reflexão, como o Seminário de Internacionalização das Artes Cênicas Brasileiras e workshops destinados a capacitar artistas e produtores locais. Guilherme Marques destaca a importância da preparação além da produção artística. Ele ressalta que o mercado internacional, com sua estrutura altamente organizada, exige dos profissionais não apenas excelência artística, mas também um profundo entendimento das dinâmicas de negociação e comunicação. Isso é fundamental para que as obras alcancem os programadores e plataformas ideais. Marques aponta para a lacuna existente no Brasil em relação ao papel do agente-difusor, uma figura chave no mercado internacional de artes, mas ainda pouco presente no contexto nacional.

Ações críticas e pedagógicas

O segmento Olhares Críticos destaca a participação de Achille Mbembe, renomado filósofo, historiador e acadêmico camaronês. Mbembe, uma figura proeminente nos estudos pós-coloniais, é conhecido por suas análises afrocêntricas dos impactos do colonialismo tanto na África quanto globalmente, além de ter introduzido o conceito de necropolítica. Sua participação na MITsp inclui uma aula magna programada para ocorrer na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP) no dia 4 de março, marcando um dos pontos altos do evento.

Para o ano de 2024, a curadoria do Olhares Críticos está sob a responsabilidade de Leda Maria Martins, ensaísta, dramaturga e professora, que visa fomentar o debate sobre as intersecções entre as artes cênicas e questões contemporâneas. Este eixo do evento será enriquecido por uma série de atividades que incluem conversas com pensadores e pesquisadores de diversas disciplinas, além da publicação de uma variedade de materiais críticos, como críticas, artigos e entrevistas. Entre os destaques da programação estão as sessões de Reflexões Estético-Políticas, Pensamento-em-Processo, Diálogos Transversais e Prática da Crítica, prometendo um ambiente rico em diálogo e reflexão crítica sobre o papel e a influência das artes cênicas na sociedade contemporânea.

No segmento de Ações Pedagógicas da MITsp, sob a curadoria de Dodi Leal, que é performer, docente e investigadora, o público é convidado a mergulhar no universo criativo dos artistas participantes por meio de uma programação diversificada que inclui diálogos, oficinas, apresentações musicais e atuações. Um dos pontos centrais é o Encontro de Pedagogias Teatrais, que visa a renovação das técnicas de criação no teatro através da exploração de metodologias educacionais influenciadas pelos conhecimentos transgêneros. Outra iniciativa significativa é o Laboratório de Pedagogias da Performance, que promove o encontro de artistas e acadêmicos, tanto nacionais quanto internacionais, para discutir e praticar a arte performática, destacando-se a participação da artista argentina Susy Shock.

Além desses eixos, a MITsp oferece a edição de Cartografias, um catálogo que funciona como um compêndio de ensaios, entrevistas e artigos elaborados por pesquisadores e artistas do Brasil. Esta publicação resulta de uma colaboração com o Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), sendo editada pelo professor e pesquisador de artes cênicas, Ferdinando Martins. Cartografias busca não apenas documentar as diversas vozes e perspectivas presentes na MITsp, mas também contribuir para o debate acadêmico e prático dentro das artes cênicas contemporâneas.

9ª MOSTRA INTERNACIONAL DE TEATRO DE SÃO PAULO

Quando De 1º a 10 de março 

Onde: São Paulo: Biblioteca Mário de Andrade, Centro Cultural Olido, CCSP – Centro Cultural São Paulo, Cúpula do Theatro Municipal de São Paulo, Itaú Cultural, Teatro Cacilda Becker, Teatro Paulo Autran – Sesc Pinheiros, Teatro Antunes Filho – Sesc Vila Mariana, Teatro Anchieta – Sesc Consolação, Teatro do Sesi-SP e Tendal da Lapa.

A programação completa está disponível no site www.mitsp.org.

 

Postado com as tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,

Rumo à internacionalização
das artes cênicas brasileiras

MITbr – Plataforma Brasil está com inscrições abertas de 10 a 20 de março. Na imagem, violento, que participou de edição anterior. Foto Pablo Bernardo /Divulgação

Vestígios, de Marta-Soares, que integrou edição anterior da MITbr. Foto: Guto Muniz/ Divulgação

A 8ª edição da MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo vai ocorrer de 2 a 12 de junho. Notícia boa para as artes cênicas do país. Um dos seus eixos, a MITbr – Plataforma Brasil recebe inscrições de trabalhos entre 10 e 20 de março para a composição da programação da mostra deste ano, no site www.mitsp.org. Os selecionados para a MITbr serão divulgados junto com a programação da MITsp, em 2 de maio de 2022.

Com o propósito de dar visibilidade, difundir, circular e garantir reconhecimento para o cenário artístico nacional, a MITbr – Plataforma Brasil foi criada em 2018 como um dos eixos da MITsp . Para a edição 2022 serão selecionados até sete espetáculos nacionais por uma curadoria independente, formada por especialistas em artes cênicas, compreendendo teatro, dança e performance.

Entre os critérios de seleção dos trabalhos estão o compromisso com a investigação cênica, a radicalidade nos posicionamentos e propostas, o engajamento em perguntas sintonizadas com nosso tempo e as experiências não territorializadas, que se reconheçam como uma cena em campo expandido.

Os idealizadores da MITsp, Antonio Araújo (Teatro da Vertigem) e Guilherme Marques (Ecum – Encontro Mundial das Artes Cênicas), diretor artístico e diretor geral de produção, respectivamente, reafirmam a MITbr como uma das políticas da MITsp: a de fomentar e promover grupos e artistas nacionais com espetáculos oriundos de pesquisa experimental e investigação da linguagem cênica.

As ações que miram a internacionalização já assinalam resultados. Altamira 2042, de Gabriela Carneiro da Cunha, participou de festivais de países como França, Portugal, Suíça e Uruguai até o início de 2022. Lobo, de Carolina Bianchi, recebeu convite do Skirball, em Nova York. A atriz e diretora Janaína Leite dará um workshop no Festival Proximamente, na Bélgica.

Outros espetáculos como violento, solo encenado por Preto Amparo, Caranguejo Overdrive, da Aquela Cia de Teatro; Isto é um Negro?, do grupo E Quem É Gosta?; Vaga Carne, de Grace Passô; De Carne e Concreto, da Anti Status Quo Companhia de Dança integraram a programação de festivais como o Festival Mladi Levi, na Eslovênia, o Proximamente e o FITEI – Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica, no Porto, Portugal.

A dança também tem conquistado seus espaços. A bailarina e coreógrafa Marta Soares, com Vestígios, lotou sessões com sua performance em 2019 no Festival Proximamente. Boca de Ferro, das coreógrafas Marcela Levi e Lucía Russo, foi visto em vários festivais por programadores internacionais e, neste ano, a dupla estreou grrRoUNd no Festival de Artes Kunsten, na Bélgica.

Serviço
8ª edição da MITsp – de 2 a 12 de junho de 2022
Convocatória para a MITbr – Plataforma Brasil
Inscrição:
De 10 a 20 de março de 2022 por meio de formulário disponível no site www.mitsp.org

Postado com as tags: , , ,

MITsp lança convocatória para espetáculos nacionais

Altíssimo integrou MITbr este ano. Espetáculo foi apresentado com legendas em inglês. Foto: Nereu Jr

Sessenta e oito programadores e curadores internacionais de artes cênicas (Alemanha, Argentina, Bélgica, Canadá, Chile, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Itália, Polônia, Portugal, Reino, Unido, Rússia, Suíça, Uruguai) e 17 brasileiros de vários festivais (incluindo Paula de Renor, do RESIDE.FIT/PE) acompanharam os dois primeiros anos da programação da MITbr – Plataforma Brasil, eixo da MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, uma andada com perspectiva na circulação e visibilidade do teatro brasileiro.

Representantes de festivais grandiloquentes, como O Edinburgh Fringe e O FITB – Festival Iberoamericano de Teatro de Bogotá, na Colômbia, famosos pelos números que ostentam vieram conferir as peças produzidas por aqui. Especialistas em estratégias criativas e conexões para circulação e turnês de artes cênicas, como Iva Horvat, do Art Republic, da Espanha, também lançaram suas lupas sobre a produção brasileira. Grande parte busca projetos artísticos originais, inovadores e relevantes.

O NYT Skirball Center for the Performing Arts, dos Estados Unidos, por exemplo, se interessa por produções nada ortodoxas e artistas pioneiros e proclamam “orgulhosamente abraçar artistas renegados, acadêmicos e líderes do pensamento que sejam corajosos, ultrajantes e surpreendentes”.

O time de “olheiros profissionais” pode dar um impulso na carreira de um espetáculo ou de um grupo para se inserir no mapa nacional ou internacional.

A MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo talvez seja atualmente o programa brasileiro mais instigante no tocante ao teatro contemporâneo mundial, com “produções que enveredam pela experimentação de linguagens, mas também possuem uma postura crítica ao seu tempo”, afirmam os seus materiais de divulgação. Em 2020, chega à sétima edição e vai ocorrer entre 5 a 15 de março de 2020, na capital paulista. A MITbr – Plataforma Brasil – que vai ao terceiro ano – recebe projetos de todo o país para a seleção. A convocatória fica aberta de 1º a 27 de agosto de 2019. O resultado do chamamento será anunciado em 14 de novembro no site mitsp.org.

A MIT-br vem aperfeiçoando sua breve trajetória para ser um canal de potencialização das montagens nacionais. Nas duas edições, recebeu 477 propostas de 19 estados brasileiros (AL, AM, BA, CE, DF, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PR, RJ, RN, RS e SC). Trinta e quatro deles foram escolhidos e apresentados, além de seis aberturas de processo. De Pernambuco, o espetáculo Dinamarca , do Grupo Magiluth, esteve na programação de 2018. Altíssimo, de Pedro Vilela, foi exibido este ano.

Para a próxima edição, os artistas Alejandro Ahmed, Francis Wilker e Grace Passô compõe a equipe de seleção. Na primeira e segunda edições, o grupo curatorial foi formado por Christine Greiner (2018), Felipe de Assis, Sonia Sobral (2019) e Welington Andrade.

A MITsp é um festival amplo, que abarca programações, os chamados eixos, diversos. Atualmente, há a Mostra de Espetáculos (formada prioritariamente por espetáculos internacionais), a MITbr – Plataforma Brasil, o eixo Olhares Críticos, voltado à reflexão sobre questões estéticas e políticas; e o eixo Ações Pedagógicas, com residências, oficinas, intercâmbios e atividades que mobilizam corpos para pensar poéticas, práticas e políticas.

Inscrições:
Quando: De 1º a 27 de agosto de 2019, pelo site mitsp.org
Resultado: 14 de novembro de 2019, no site mitsp.org

Postado com as tags: , , , ,