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Lugar de criança é no teatro!

Babau abre a Mostra Marco Camarotti de Teatro para a Infância e Juventude. Foto: Pollyanna Diniz

Babau abre a Mostra Marco Camarotti de Teatro para a Infância e Juventude. Foto: Pollyanna Diniz

No fim de 2009, o Sesc inaugurava o Teatro Marco Camarotti, uma homenagem ao professor, diretor, ator, encenador, escritor e arte-educador falecido em 2004. Desde então já havia um foco para o espaço: abrigar e tentar difundir a produção para a infância e juventude. Uma das ações nesse sentido é a Mostra Marco Camarotti de Teatro para a Infância e Juventude que está em sua 3ª edição e começa neste domingo (3).

A escolha dos espetáculos não é tarefa fácil – e não é só pela curadoria em si, pelas escolhas estéticas ou afins. Mas por conta da produção pouco numerosa mesmo. Problema enfrentado, aliás, pelo Janeiro de Grandes Espetáculos este ano. “Acho que ano passado tivemos uma produção forte no teatro adulto, mas sentimentos falta de mais espetáculos infantis”, explica Rodrigo Cunha, coordenador pedagógico do curso de interpretação para teatro do Sesc Santo Amaro.

“São muitos fatores. Mas uma das coisas que percebemos é que a produção está muito amarrada ao Funcultura (Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura). Os projetos só são realizados quando aprovados. Mas existem sim vários grupos interessados no teatro para a infância”, complementa Ailma Andrade, supervisora de Cultura do Sesc Santo Amaro. “Não seria possível, por exemplo, fazer uma mostra seguindo alguma temática, por exemplo. Mas geralmente são grupos com um trabalho continuado neste segmento”, finaliza Ailma.

Olhando a programação, o que disse a supervisora de Cultura do Sesc se confirma. Este ano, a mostra presta homenagem, por exemplo, ao grupo Mão Molenga Teatro de Bonecos, que tem 27 anos de trajetória. Será uma ótima oportunidade para rever ou conhecer de forma mais ampla o grupo – só do repertório do Mão Molenga serão cinco montagens: Babau ou a vida desembestada do homem que tentou engabelar a morte (3), Fio mágico (10), Era uma vez (12), A cartola encantada (19) e Algodão doce (17 e 24).

E a mostra tem ainda Seu rei mandou… (7), da Cia Meias Palavras (leia aqui as críticas ao espetáculo); Pindorama, caravela e malungo (9), do Quadro de Cena; Baú encantado: Conta daí que eu conto de cá (14), com Adriano Cabral e Hilda Torres; As Levianinhas em pocket show para crianças (16), da Cia Animé (também já escrevemos sobre o espetáculo); Passaredo (21), do grupo Proscênio; e a estreia Le Petit Grandezas do Ser (23), da Companhia Circo Godot de Teatro.

Seu Rei Mandou..., espetáculo da Cia Meias Palavras

Seu Rei Mandou…, espetáculo da Cia Meias Palavras

Os ingressos para os espetáculos da mostra custam R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada), mas escolas públicas com prévio agendamento não pagam. O agendamento pode ser feito através do telefone (81) 3216-1728.

Confira a programação:

03/3, às 16h
Babau ou a vida desembestada do homem que tentou engabelar a morte, do Mão Molenga Teatro de Bonecos
Sinopse: Babau é um espetáculo que ilustra o processo de criação dos mamulengueiros de Pernambuco. Mostra como esses artistas desenvolvem suas práticas e técnicas, a importância e a graça da arte do mamulengo e a difícil realidade na qual os mestres populares estão inseridos. O universo do espetáculo é baseado na vida e obra de bonequeiros reconhecidamente virtuosos, misturando informações obtidas em conversas com mestres Zé Lopes e Zé Divina. O elo entre vários mamulengueiros é Babau, um boneco que passa de geração em geração pelas mãos dos mestres. Ele é o personagem que sempre consegue enganar a morte, numa situação inversa a de seus manipuladores e criadores, muitos dos quais morrem esquecidos e miseráveis.
*O ESPETÁCULO CONTARÁ COM OS RECURSOS DE ÁUDIODESCRIÇÃO E TRADUÇÃO EM LIBRAS.
Faixa etária indicativa: 8 anos

07/3, às 10h
Seu Rei Mandou…, da Cia Meias Palavras
Sinopse:Inspirado pela tradição oral, o espetáculo narra, com música ao vivo, humor e poesia, a trajetória de tirania, bravura, esperteza e bonanças de três reis através das histórias: A Lavadeira Real, O Rato que roeu a Roupa do Rei de Roma e O Rei chinês Reinaldo Reis. Todas recontadas e criadas pelo escritor, ator, palhaço, bonequeiro e contador de histórias Luciano Pontes, pesquisador desse ofício desde 2005, acompanhado pela flauta e tambor do músico Gustavo Vilar.
Faixa etária indicativa: 06 anos

09/3, às 16h
Pindorama, caravela e malungo, do Grupo Quadro de Cena
Sinopse: Pindorama, caravela e malungo é uma história sobre uma expedição às águas profundas da formação do povo brasileiro. História cheia de bichos, de coisas de mar, de índio, de negro e de branco, de heróis, de bonecos, de verdade verdadeira e de mentira que virou verdade, que se aninham ao universo infanto-juvenil para lembrar da poesia da origem do Brasil.
*O ESPETÁCULO CONTARÁ COM OS RECURSOS DE ÁUDIODESCRIÇÃO E TRADUÇÃO EM LIBRAS.
Faixa etária indicativa: Livre

Fio mágico conta a história de um garoto que descobre que pode adiantar o tempo. Foto: Mão Molenga

Fio mágico conta a história de um garoto que descobre que pode adiantar o tempo. Foto: Mão Molenga

10/3, às 16h
Fio mágico, do Mão Molenga Teatro de Bonecos
Sinopse: A peça é uma parábola sobre o tempo e a importância de se viver e aprender com cada experiência vivida. Conta a história de um menino impaciente, que recebe o dom de adiantar o tempo manipulando o fio de sua própria vida. Esta montagem foi contemplada com o Prêmio Funarte Myriam Muniz 2007.
Faixa etária indicativa: 6 anos

12/3, às 15h
Era uma vez, do Mão Molenga Teatro de Bonecos
Sinopse: Um grupo de bonecos resolve encenar uma adaptação do tradicional conto de fadas Rapunzel. Acontece que a bruxa, orgulhosa da sua beleza, decide inverter os papeis. Tenta de todas as formas ser a princesa da história e provoca um rebuliço geral na Companhia de Bonecos. A verdadeira princesa, indignada, decide defender seu posto. Trava-se uma disputa bem humorada pelo papel de princesa. Entre mágicas, números musicais, aparições fantasmagóricas e brincadeiras a história toma rumos inesperados.
Público alvo – Crianças a partir dos quatro anos de idade.
Faixa etária indicativa: Livre

14/3, às 10h
Baú Encantado: conta daí que eu conto de cá, com Adriano Cabral e Hilda Torres
Sinopse: Traz a história de dois idosos que nunca largaram o “faz de conta” e para tanto quando se encontram transformam-se em duas crianças: Aninho e Didinha (processo que resgata a infância dos próprios atores). Toda história será contada com muita ludicidade: o texto das Sete Saias da Lua será norteador; em paralelo serão contadas histórias de autores pernambucanos e a última intervenção será das crianças que também contarão estórias.
Faixa etária indicativa: Livre

Palhaças-cantoras-divertidíssimas! As Levianinhas em pocket show para crianças. Foto: Pollyanna Diniz

Palhaças-cantoras-divertidíssimas! As Levianinhas em pocket show para crianças. Foto: Pollyanna Diniz

16/3, às 16h
As Levianinhas em pocket show para crianças, da Cia Animé
Sinopse: Além do repertório infantil, a banda de palhaças apresenta algumas canções que agradam a todas as idades, a exemplo de Biquíni de bolinhas amarelinho. Com histórico de sucesso com seu pocket show para adultos, agora a Companhia apresenta a versão para crianças do espetáculo.
*O ESPETÁCULO CONTARÁ COM TRADUÇÃO EM LIBRAS.
Faixa etária indicativa: Livre

19/3, às 16h
A Cartola Encantada, do Mão Molenga Teatro de Bonecos
Sinopse: A peça começa com o Sapinho que decide realizar um show de mágicas com sua cartola encantada. Apesar de todos os seus esforços, algo sai errado e ao invés de coelhos, o que sai da cartola é um rato vilão que vem sabotar o show. Personagens como a macaca Heleninha, flores, abelhas e uma cobra dançarina conduzem a história.
Faixa etária – Crianças a partir dos quatro anos de idade.

21/3, às 10h
Passaredo, do Grupo Proscênio (Sesc Surubim)
Sinopse: Utilizando o universo do diálogo entre o humano e aves, Passaredo conta de forma lúdica uma ‘história de gente e pássaro’ – as mais lindas (ou não) relações que estabelecemos com a natureza. Além da poesia e vida de Luiz Gonzaga, o espetáculo se apropria de elementos trágicos para contar a saga fictícia de um pequeno “herói”, que por causa da sua amada, aventura-se no sertão em busca do seu amor.
Faixa etária indicativa: 10 anos

23/3, às 16h
Le Petit – Grandezas do Ser, da Cia Circo Godot de Teatro
Sinopse: Livremente inspirado na mais famosa personagem de Antoine de Saint-Exupéry, Le Petit Grandezas do Ser apresenta um universo fabular em que a corrida contra o relógio, a fidelidade a um amigo doente e o medo da solidão são os princípios dramatúrgicos para ações que fundam uma narrativa lúdica e poética, a qual, abolindo por completo o uso da palavra, como um filme mudo, propõe uma diversidade de imagens, sonoridades e situações.
Faixa etária indicativa: 8 anos

17/3 e 24/3, às 16h
Algodão Doce, do Mão Molenga Teatro de Bonecos
Sinopse: A peça marca os 25 anos de trabalho da companhia pernambucana Mão Molenga Teatro de Bonecos. É um espetáculo infanto-juvenil de teatro-dança e de formas animadas, onde atores-manipuladores, bailarinos, bonecos e objetos ilustram o processo de construção da chamada Civilização de Açúcar. As situações dramáticas e as criações coreográficas baseiam-se nesse rico imaginário. Sua concepção foi criada a partir de dados históricos, das narrativas populares e de elementos presentes em manifestações espetaculares genuinamente nordestinas como o Mamulengo e o Cavalo-Marinho.
*O ESPETÁCULO CONTARÁ COM TRADUÇÃO EM LIBRAS.
Faixa etária indicativa: 8 anos

Algodão doce tem bonecos com textura de algodão doce e ainda bonecos maiores do que os manipuladores. Foto: Ivana Moura

Algodão doce tem bonecos com textura de algodão doce e ainda bonecos maiores do que os manipuladores. Foto: Ivana Moura

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O gosto amargo do açúcar

Simião e a assustadora cumadre Fulozinha. Fotos: Ivana Moura

Em 25 anos de companhia, é a primeira vez que o Mão Molenga Teatro de Bonecos decide investir na dança como um dos elementos fundamentais da sua montagem. Em Algodão doce, que estreou neste último fim de semana no Teatro Hermilo Borba Filho, os passos inspirados no cavalo marinho e nas danças populares nordestinas tomam a cena, mas muitas vezes não conseguem se harmonizar com o restante do espetáculo. É como se os movimentos enérgicos tivessem mais espaço do que deveriam e, em alguns momentos, até “brigassem” mesmo com a cena que está sendo mostrada contada através dos bonecos.

As bailarinas Íris Campos e Elis Costa se uniram ao trio de atores do Mão Molenga

A peça, concretizada graças ao Prêmio Myriam Muniz, traz três histórias de assombração arraigadas no imaginário nordestino: O encontro de Simião com a Cumadre Fulozinha, As desventuras de Ioiozinho e O negrinho do pastoreio. Bem antes disso, são os atores que convidam o público a entrar no teatro e até fazem algodão doce para as crianças. De tanto açúcar, os dentes ficaram podres e o trabalho na lida os deixou cansados. A montagem começa quase com uma contação de histórias, com Fábio Caio explicando a origem do açúcar.

Marcondes Lima e Fátima Caio

Na primeira história de assombração, bonecos até maiores do que os próprios atores são levados ao palco. A cumadre Fulozinha, por exemplo, causou medo na criança que pulou para o colo da irmã (o espetáculo é indicado para maiores de oito anos). Marcondes Lima, ator, diretor e autor do argumento da montagem, se supera na manipulação do boneco Simião.

No sábado, um dos problemas da apresentação principalmente nesta primeira história, é que foi muito difícil ouvir e entender o áudio pré-gravado pelo atores. Não sabemos se era um problema da gravação mesmo ou do som do teatro.

Nos outros dois quadros, os bonecos são pequenos e bem mais graciosos (embora alguns deles não tenham olhos!), todos eles feitos com uma textura que lembra algodão doce. Aí as cenas adquirem outra potência. Se em As desventuras de Ioiozinho ela é mais tradicional, com aquela caixa que faz referência aos espetáculos de mamulengo apresentados no interior, em O negrinho do pastoreio os diálogos acontecem em módulos móveis que remetem aos grandes carros que levam canas nas usinas de açúcar. Uma história que ganha contornos muito mais delicados, embora seja cruel e amarga como todas as outras.

O negrinho do pastoreio

Outra questão que pode ser discutida é o fato de a montagem representar os negros com bonecos cor de rosa, como o algodão doce. Até que ponto o preconceito é realmente debatido na peça? Ou ela apenas joga questões, como o abuso do senhorzinho com os escravos, sem se demorar em trazer reflexão ao que está sendo exibido? Basta só Ioiozinho ser levado pelo “ser do mal”? Com a montagem, o grupo constrói imagens que, apesar de aparentemente delicadas, revelam intolerância, preconceito, resquícios de uma história que de doce não tem nada e que merece ser conversada com as crianças tanto no teatro quanto fora dele.

Ficha técnica Algodão doce
Direção cênica/ Direção de arte: Marcondes Lima
Argumento e Roteiro: Marcondes Lima
Diálogos e letras de músicas: Carla Denise
Elenco: Elis Costa, Íris Campos, Fábio Caio, Fátima Caio e Marcondes Lima.
Produção: Mão Molenga Teatro de Bonecos e Renata Phaelante
Criação dos bonecos: Marcondes Lima e Fábio Caio
Execução dos bonecos: Atelier do Mão Molenga
Design de luz: Sávio Uchôa
Adereços: Mão Molenga
Direção musical: Henrique Macedo

Serviço:
Algodão doce, do Mão Molenga Teatro de Bonecos
Quando: sábados e domingos, às 16h30, até 21 de agosto
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho, Bairro do Recife
Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia)
Informações: (81) 3355-3320

Espetáculo cumpre temporada no Teatro Hermilo

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Maio é mês de Palco Giratório

O mês de maio traz promessas de muitos espetáculos no Recife. Nesta segunda-feira, o Sesc vai anunciar a programação do festival Palco Giratório, que deve tomar conta da cidade a partir do dia 6. Além dos espetáculos que fazem parte do circuito nacional e de grupo convidados, Galiana Brasil, coordenadora do Palco em Pernambuco, já tinha dito que iria privilegiar espetáculos que estão estreando ou que não tiveram tanta visibilidade.

Este ano, temos pelo menos duas novidades. Uma delas é um circuito gastronômico com pratos que vão homenagear espetáculos da programação. A criação seria do chef César Santos. A outra é uma programação chamada Cena bacante, que deve ser realizada no Espaço Muda, ao final das noites, com espetáculos em horários alternativos e celebração.

Estamos sabendo de alguns espetáculos pernambucanos que devem compor a grade. Caetana, por exemplo, da Duas Companhias, deve ser apresentado na próxima sexta-feira, noite da abertura do festival, no Teatro Luiz Mendonça, agregando a casa de espetáculos do Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, ao festival.

Caetana, deve abrir o festival no Luiz Mendonça. Foto: Val Lima

No dia seguinte, deve ser a estreia da montagem Essa febre que não passa, do Coletivo Angu de Teatro, no Teatro Hermilo Borba Filho, no Bairro do Recife. Ainda teremos, provavelmente (afinal, a coletiva é só amanhã!), a estreia de Palhaços, com Williams Santana e Sóstenes Vidal; As joaninhas não mentem, infantil (adulto!) com direção de Jorge Féo; Kléber Lourenço estreando seu projeto Estar aqui ou ali ? e ainda apresentando ao lado de Sandra Possani a peça O acidente; e o Mão Molenga Teatro de Bonecos (selecionado para a circulação nacional do palco) reapresentando na cidade O fio mágico. Esquecemos alguém?

Essa febre que não passa é o quarto espetáculo do Angu de Teatro

Pela programação já apresentada pelo Palco nacional, pelo menos treze grupos de outros lugares devem trazer espetáculos para cá. Olha só quem são esses grupos e as sinopses dos espetáculos:

Cia. Dita (CE)
Espetáculo De-vir
Sinopse: Quatro performers pontuando as interferências do corpo com seu ambiente. O corpo entendido como uma mídia que avança por acelerações, rupturas, diminuições de velocidade, desmembrando, constantemente, uma nova roupagem. De-vir propõe intensificar esses movimentos ondulatórios engendrando a idéia de um novo design, que pode re-compor a disposição e a ordem dos elementos essenciais que compõem as estruturas físicas de uma pessoa.

Grupo: Corpo de Dança do Amazonas (AM)
Espetáculo: Cabanagem
Sinopse: Foi uma revolta popular em que negros, índios e mestiços insurgiram contra a elite política regencial. A pesquisa para o espetáculo partiu da literatura de Márcio Souza e Marilene Corrêa. A obra não é narrativa. O espetáculo apropria-se da essência da Cabanagem e utiliza a linguagem de Mário Nascimento para traduzir o espírito de resistência, de luta, de revolta, de preservação das culturas de determinado local.

Grupo: Cia do Tijolo (SP)
Espetáculo: Concerto de Ispinho e Fulô
Sinopse: Uma Rádio Conexão SP/Assaré anuncia que uma Cia de Teatro de São Paulo chega para entrevistar o Poeta Patativa. O que seria uma entrevista costumeira se transforma num diálogo entre o popular e o erudito, o urbano e rural e culmina com a denúncia de um dos primeiros ataques aéreos contra civis em território brasileiro que não está nos livros de história.

Concerto de Ispinho e Fulô, Cia do Tijolo

Grupo: Armatrux (MG)
Espetáculo: No pirex
Sinopse: Boquélia (A dona da casa), Bencrófilo ( O garçom jovem), Bonita (A cozinheira), Ubaldo ( O garçom velho), e Alcebíades (O velho) são os cinco personagens que, em volta de uma mesa, dão vida a essa história que mais parece um pesadelo cômico. Ou um jantar surrealista? Uma festa macabra? Uma versão gótica do Mad Tea Party do país das maravilhas? Tudo isso ou nada disso: a piração do No Pirex é aberta a múltiplas leituras do público.

No pirex, da Armatrux

Grupo: Teatro Independente (RJ)
Espetáculo: Rebú
Sinopse: Em Rebú, Matias e Bianca são recém-casados e moram numa casa isolada em meio a um descampado. O jovem casal prepara-se para receber Vladine, irmã adoentada de Matias, que traz junto seu bem mais precioso: Natanael, uma espécie de filho. A hiperbólica e exigida cautela com a saúde da hóspede e a presença do seu acompanhante fazem com que Bianca, aos poucos, crie uma rivalidade com ambos, levando o embate às últimas conseqüências.

Grupo: Namakaca (SP)
Espetáculo: É nóis na xita
Sinopse: Mostra o convívio entre três personagens: os palhaços Cara de Pau, Montanha e Cafi, que disputam os aplausos do público, aceitando os próprios equívocos como fonte de inspiração e improvisação. Utilizando-se de linguagem e técnicas circenses como malabarismo, monociclo, acrobacias, equilibrismo e palhaçadas, o espetáculo é também musical, brincando com instrumentos como o cavaquinho, o pandeiro e diferentes efeitos percussivos.

Grupo: Amok (RJ)
Espetáculo: O dragão
Sinopse: É uma criação sobre o conflito entre israelenses e palestinos a partir de fatos e depoimentos reais. Através do olhar de quatro personagens – dois palestinos e dois israelenses, de suas trágicas histórias e de suas humanidades expostas, o Amok Teatro propõe revelar o interior das pessoas nesta experiência comum da dor, onde as diferenças não separam mais, mas simplesmente as distingue e as religa. Ultrapassando as barreiras históricas e geográficas, o espetáculo coloca em foco o homem, diante da violência de sua época.

O dragão, da Amok. Crédito: Fernanda Ramos

Grupo: Cia. Polichinelo (SP)
Espetáculo: Frankenstein
Sinopse: Em seu laboratório, Victor Frankenstein está muito ocupado costurando uma imensa criatura e para que todos saibam de sua proeza, Victor anota tudo em seu diário. Depois de atingida por um raio, a criatura finalmente ganha vida, mas é abandonada por Victor que, com medo de sua própria criação, foge para longe, deixando de lado seu experimento. Com medo, as pessoas recusam se aproximar do “monstro”, mas ele encontra amizade em alguns pequenos momentos.

Grupo: Moitará (RJ)
Espetáculo: Quiprocó
Sinopse: É um espetáculo lúdico, que se alimenta do universo cultural brasileiro para criação de “tipos” genuínos, com seus sonhos, crenças e costumes, fazendo alguns paralelos entre os arquétipos e a Commedia Dell’Arte. Num encontro oportunista, três “personagens-tipos” – cada um na sua rotina – tentam saciar seus desejos, utilizando artimanhas de sobrevivência e, num jogo divertido de quiproquós, são deflagrados conflitos dos sentimentos humanos.

Grupo: Persona Cia de Teatro & Teatro em Trâmite (SC)
Espetáculo: A galinha degolada
Sinopse: Conta a história do casal Mazzini-Ferraz e seus 4 filhos. Portadores de uma doença mental incurável, os meninos sofrem todas as conseqüências da falta de amor entre os pais. Passado certo tempo, nasce uma menina, que não é acometida pela mesma doença, mas que acaba revelando o verdadeiro sentido da falta de cuidado e amor do casal.

Grupo: Delírio (PR)
Espetáculo: O evangelho segundo São Mateus
Sinopse: A partir do acontecimento dramático do desaparecimento de um filho e seu hipotético retorno à casa dos pais, depois de um longo período, mãe, namorada, irmão e pai iniciam uma investigação emocional e psicológica pelos caminhos percorridos pelo rapaz em sua longa ausência. Esse conflito familiar é o ponto de partida para uma longa reflexão sobre a condição humana, no que ela tem de bela, doce, engraçada, cruel e trágica. O Evangelho de Mateus surge então como palavra utilizada para discorrer sobre o homem e seus descaminhos. Mateus, o filho que retorna é um segredo a ser desvendado pelo público.

O evangelho segundo São Mateus, Grupo Delírio

Grupo: Caixa do Elefante (RS)
Espetáculo: A tecelã
Sinopse: Uma tecelã, capaz de converter em realidade tudo o que tece com seus fios, busca preencher o vazio de seus dias criando, para si, o suposto companheiro ideal. O espetáculo trata, de forma poética, da solidão feminina, das dificuldades de relacionamento e do poder criativo como possibilidade de transformação.

Grupo: IN.CO.MO.DE-TE
Espetáculo: Dentro fora
Sinopse: O espetáculo é uma metáfora sobre o ser humano contemporâneo. Conta o momento de duas personagens, chamadas apenas Homem e Mulher, que se encontram presos dentro de duas caixas. A peça explicita a imobilidade do ser humano perante a vida.

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