Arquivo da tag: Galiana Brasil

Palco Giratório Recife não irá mais acontecer

Ano passado, depois da coletiva do festival Palco Giratório, realizada no Teatro Marco Camarotti, o titulo da matéria que escrevemos aqui no blog dizia: “Palco Giratório mais enxuto no Recife”. A manchete era explicada pelo fato de que, em 2014, 33 companhias participariam do festival. No ano anterior, esse número havia sido bem maior: 42 grupos.

Agora, em 2015, a decisão do Sesc Pernambuco foi mais drástica: acabar com o Festival Palco Giratório Recife, que era realizado há oito anos no mês de maio e concentrava não só os espetáculos nacionais que estão circulando por todo o país, mas também uma programação local e convidados de outros estados. Como festival, era uma possibilidade de alcançar maior público com uma concentração de espetáculos e divulgação, de incentivar a troca entre os artistas e de propor reflexões sobre a cena, com um panorama bastante amplo, tanto da produção local quando nacional.

Com as dificuldades econômicas e sociais em todos os âmbitos políticos, não seria surpresa se o festival sofresse uma redução, mas não foi isso que aconteceu. A decisão de não realizar o festival, segundo José Manoel Sobrinho, gerente de Cultura do Sesc Pernambuco, “no momento é irreversível, ao menos para os próximos anos”.

Ainda segundo José Manoel, a questão não é de ordem econômica: “O Festival Palco Giratório, a despeito de seu significado e importância é uma ação que concentra recursos em um único mês e em uma única cidade. Este princípio não atende ao entendimento que o Sesc Pernambuco vem buscando operar na operacionalização e execução de sua Política de Cultura”. De acordo com o gerente, a instituição “desde 2012 vem intensificando a sua inserção no interior, implantando um modelo de trabalho sustentado no conceito de Corredor Cultural, tendo como objetivo aprofundar e ampliar a oferta de serviços em municípios, sem que obrigatoriamente haja uma Unidade Executiva do Sesc instalada”.

Pernambuco continua recebendo, em escala muito menor e de maneira desconcentrada, a circulação dos espetáculos escolhidos pela curadoria nacional para se apresentarem pelo país inteiro. Apenas 12 dos 20 grupos selecionados virão ao estado até novembro. Nacionalmente, o projeto acontece em 154 cidades. Pernambuco terá dois representantes na programação nacional: o bailarino Dielson Pêssoa, com o solo O silêncio e o caos; e o Balé Popular do Recife, que será homenageado nesta edição.

O silêncio e o caos, do bailarino Dielson Pessôa, vai circular pelo pais. Foto: Renata Pires

O silêncio e o caos, do bailarino Dielson Pessôa, vai circular pelo pais. Foto: Renata Pires

Balé Popular do Recife será homenageado nesta edição nacional do Palco Giratório

Balé Popular do Recife será homenageado nesta edição nacional do Palco Giratório

Galiana Brasil, curadora do Palco Giratório em Pernambuco, está em Brasília para o lançamento nacional do projeto. E, segundo José Manoel, “ela faz parte de uma equipe técnica e a decisão de reordenar a grade programática do Sesc é uma decisão política, da qual ela participou, mas da qual não tem responsabilidade, nem responde”, disse por e-mail, explicando porque seria responsabilidade dele e não de Galiana responder a entrevista.

Ano passado, em longa entrevista ao blog, Galiana Brasil comentou a redução da programação do festival. As palavras de Galiana, no entanto, parecem fazer muito mais sentido agora: “O Palco Giratório é um projeto (um dentre centenas) financiado integralmente pelo SESC, gerido pela instituição até quando ela entender que ele é importante, necessário. Minha opinião quanto a isso importa bem pouco, eu procuro sempre seguir as diretrizes da instituição, e estou subordinada a gerências e direções, em âmbito regional (jargão do SESC para nos referirmos à administração nos estados) e nacional”.

De acordo com José Manoel, “O Sesc tem muita atenção para com o Recife e continuará tendo, mas não será o Festival Palco Giratório a ação motriz desta atenção”.

José Manoel Sobrinho, gerente de Cultura do Sesc Pernambuco

José Manoel Sobrinho, gerente de Cultura do Sesc Pernambuco

ENTREVISTA // JOSÉ MANOEL SOBRINHO

Qual o motivo da não realização do festival Palco Giratório em maio?
O Sesc em Pernambuco é uma instituição com atuação estadual e desde 2012 vem intensificando a sua inserção no interior, implantando um modelo de trabalho sustentado no conceito de Corredor Cultural, tendo como objetivo aprofundar e ampliar a oferta de serviços em municípios, sem que obrigatoriamente haja uma Unidade Executiva do Sesc instalada. De forma responsável o Sesc foi construindo uma metodologia de trabalho que distribui o seu orçamento equilibradamente em seus diversos projetos. O Festival Palco Giratório, a despeito de seu significado e importância é uma ação que concentra recursos em um único mês e em uma única cidade. Este princípio não atende ao entendimento que o Sesc Pernambuco vem buscando operar na operacionalização e execução de sua Política de Cultura.

O Festival Palco Giratório é uma ação do Projeto Palco Giratório e não o contrário, porque neste existem as Aldeias, os Pensamentos Giratórios, os Cursos e Oficinas, que estão para além do Festival. Há uma diretriz de descentro, de desconcentração e de reorganização dos projetos que constituem o Programa Cultura do Sesc em Pernambuco.

Neste momento tão difícil para a cultura da cidade, lembrando que o Festival Recife do Teatro Nacional não foi realizado, porque a tomada dessa decisão? Aconteceu isso em alguma outra cidade do país? Ou é uma coisa isolada? Foi uma decisão do Sesc-PE ou do Sesc nacional?
Foi uma orientação do Sesc Pernambuco, proposta pela Gerência de Cultura e que a Direção do Sesc endossou, porque há uma sintonia entre o trabalho desenvolvido pelas linguagens. Este mesmo modelo gere as práticas de música, artes visuais, literatura, porque o Sesc não é uma instituição das artes cênicas, portanto constrói o seu módulo de trabalho pensando em atingir o público em sua dimensão simbólica com oferta artística multidisciplinar.

O Sesc Nacional não interfere na gestão dos estados, portanto é uma diretriz local, pensando no Estado de Pernambuco e não apenas no Recife e Região Metropolitana.

Ano passado, já percebemos que houve uma redução do orçamento do festival – com a não realização de ações paralelas, como o Cena Gastrô e Bacante. Qual era o orçamento do festival? Foi uma questão financeira?
Não foi uma questão de ordem financeira, foi o início de uma metodologia voltada para a desconcentração dos investimentos. O orçamento do Programa Cultura em 2014 (R$ 11.109.199,81) foi compatível com o de 2013 (R$ 10.669.150,27), isto para a execução de toda a grade programática do Regional. De fato houve uma redução no orçamento do Festival em relação a 2013, mas foi uma decisão estudada, para garantir o equilíbrio do Programa Cultura no Estado e não apenas em Recife.

O Sesc tem muita atenção para com o Recife e continuará tendo, mas não será o Festival Palco Giratório a ação motriz desta atenção.

Essa decisão de não realizar o festival em maio pode ser reversível?
No momento é irreversível, ao menos para os próximos anos.

As ações de descentralização do festival pelo estado foram realmente ampliadas? Como? Porque as Aldeias e as circulações pelo interior já existiam, não é mesmo?
Não há proposta de “ação de descentralização do Festival pelo estado”, o que há é o foco em uma atuação para além das cidades onde o Sesc atua, mas em todas as linguagens. Entre 2015 e 2018 a meta é consolidar as Mostras de Música e de Artes Cênicas espalhadas pelas diversas regiões, estrutura-las, intensificar as ações formativas, gradativamente, contando sempre com a participação da produção do estado. Também concentrar esforços em projetos para a qualificação de gestores culturais, participar de processos de construção de políticas para a cultura, manter regularmente a presença do Sesc com oferta de serviços culturais para as pessoas.

Particularmente em 2015 serão quatro Aldeias, quando em 2014 realizamos apenas a do Velho Chico, em Petrolina. Por sí só, este projeto, o das Aldeias já demonstra que o Sesc continua com seu investimento em Cultura de forma equilibrada e consequente, mas com critérios que demonstrem seu interesse em todo o território pernambucano.

O Nordeste é a região mais representativa na circulação nacional este ano. Em contrapartida, Pernambuco só tem o espetáculo O silêncio e o caos; e a homenagem ao Balé Popular. Noutros anos, tivemos mais representantes. Como você vê isso?
Não procede esta afirmativa, porque o que há é a confirmação da importância de Pernambuco no panorama do teatro e da dança no Brasil. Em 2015 teremos 2 importantes representantes do Estado, ambos da dança o que demonstra a qualidade e representatividade do trabalho aqui realizado. Mas para elucidar lembro que em 2014 tivemos igualmente 2 representantes do Estado ( Grupos Peleja e Magiluth), em 2013 tivemos 1 grupo, a Duas Companhias, em 2012, novamente 2, o Grupo Grial de Dança e a Trupe Ensaia Aqui e Acolá, em 2011 (Coletivo Lugar Comum e Mão Molenga Teatro de Bonecos), em 2010 a representação foi única com o Grupo Experimental e em 2009 com o Coletivo Lugar Comum, em 2008 e 2007 infelizmente não tivemos nenhum representante, em 2006 nosso recorde de 3 representações com a Remo Produções, Mão Molenga Teatro de Bonecos e Grupo de Artistas Independentes e ainda em 2005 tivemos o Terreiro Produções. Tomei apenas como referência os últimos 10 anos para mostrar que, ao contrário, há a consolidação da representação. Pernambuco ainda contou com espetáculos inseridos nas programações dos anos 2000, 2001, 2003 e 2004.

Aproveito para destacar que o Balé Popular do Recife está recebendo uma grande homenagem do Sesc no Brasil, indo a todas as regiões do país, a mesma homenagem que somente receberam Angel Viana em 2014 e Ilo Krugli e o seu Teatro Ventoforte em 2013. O Circuito Especial destaca a cada ano, desde 2013, um ícone, um expoente, uma referência. E é isso que o Balé Popular do Recife é, uma referência para o Brasil.

Postado com as tags: , , , , , , ,

A curadora do Palco Giratório

Palco Giratório

Um circuito de artes cênicas que engloba 126 cidades nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. Os números de dimensões continentais são do Palco Giratório, programa idealizado e bancado pelo SESC, que se revela não só um quebra-cabeças logístico, mas também um recorte significativo do que se produz em artes cênicas no Brasil. Este ano, 20 grupos, companhias e coletivos de todo o país estão no projeto. Há espetáculos do Acre, do Piauí, da Bahia, do Rio Grande do Sul. Além da circulação, também são promovidos debates ao final dos espetáculos, oficinas e rodas de conversa intituladas Pensamento Giratório. No Recife, há o festival Palco Giratório, que acontece durante todo o mês de maio, a Aldeia Velho Chico – mostra de cultura em Petrolina -, e ainda a circulação de vários espetáculos por unidades do Sesc no interior. “Nenhum grupo passa incólume no Palco Giratório”, acredita Galiana Brasil, a representante pernambucana na rede de 32 curadores que idealizam essa programação do Palco anualmente. Conversamos com a atriz, professora e gestora cultural sobre como se dá esse processo de escolha, a participação dos artistas pernambucanos no projeto e a força do programa como política cultural.

Galiana Brasil. Foto: Renata Pires

Galiana Brasil. Foto: Renata Pires

Entrevista // Galiana Brasil

Como foi o processo de escolha dos espetáculos para a circulação nacional este ano? Podemos dizer que alguma linguagem se destacou?
O processo é, via de regra, marcado pelo atrito, pelo debate caloroso. É sempre assim, por conta da escolha do SESC em apostar no seu corpo técnico. Vez por outra surge alguém (desavisado) que propõe a criação de um edital. De fato, seria menos complexo, mas a maioria dos técnicos do SESC – principalmente aqueles que tiveram a chance de ver esse processo nascer-, criou gosto pela coisa. É outra política, outra prática discursiva. Todo artista que se submete aos processos seletivos, via editais, conhece o gosto amargo da burocracia, ver um projeto ser excluído por conta da ausência de uma, entre dezenas de assinaturas, uma certidão negativa vencida. Acho muito importante numa época assim existir alguma forma diferente de praticar política cultural. Ademais, é um paradoxo tão significativo uma instituição extremamente burocrática, como o SESC, investir num corpo curatorial de técnicos. Dá muito mais trabalho para quem seleciona, acredite, mas, para quem não está ali de forma burocrática, apática, é um exercício político sofisticado, um espaço de aprendizado incrível. Quanto aos “destaques”, penso que mais que algum gênero, a grande força foi a da diversidade geográfica, a resposta à lógica perversa da hegemonia das regiões Sul/Sudeste. Este ano tivemos grupos oriundos de diferentes estados do Nordeste – Pernambuco, Paraíba, Ceará, Bahia, Piauí; da região Norte há grupos do Acre, Tocantins; há o Centro-Oeste com o Mato Grosso e o Mato Grosso do Sul. Para quem é dado à pesquisa histórica, sugiro uma visada no catálogo do Palco Giratório, na sessão “grupos e espetáculos que passaram pelo Palco” – ali consta o registro ano a ano. A virada do projeto se deu com a criação dessa curadoria nacional, a partir da gestão compartilhada do projeto, em todas as suas fases. Como num grito de guerra, bradamos, em 2006, em meio à euforia do recorte emblemático que se deu na seleção dos grupos daquele ano, o bordão “mudamos o sotaque do Palco Giratório”, e isso se deu, porque assumimos que o Brasil não tem sotaque oficial – muito menos o teatro! Ele é múltiplo, misturado e diverso. E gostamos disso.

Conhecer as indicações feitas por cada curador e discutir essas propostas deve ser, talvez, um dos momentos mais interessantes do Palco. Será que você poderia lembrar grupos que conheceu, ou teve mais informações, através dessas discussões, e que te marcaram, te surpreenderam, ou continuam fazendo coisas interessantes até hoje?
As indicações acontecem em um processo que antecede o encontro presencial que chamamos de “Análise Prévia”. É quando cada representante dos estados indica até cinco grupos/espetáculos, que podem ser de qualquer lugar do Brasil – ou seja, o curador não está limitado a indicar espetáculos apenas de seu estado, contanto que ele tenha visto o trabalho presencialmente, pois essa é condição primeira para uma indicação. Até o ano passado, esses espetáculos eram distribuídos para todos os curadores em vídeos, e suas informações em cds (também projetos, folders e clippings impressos) que deveriam ser previamente analisadas antes do encontro nacional. A partir deste ano, inauguramos uma ferramenta virtual, e a análise prévia se dará a partir desse canal. Quando nos reunimos para o encontro de curadoria – que dura cerca de dez dias -, já assistimos quase tudo em vídeo, mas sabemos o quanto se perde assistindo teatro em vídeo, por isso que a “defesa” de quem está indicando pesa muito, é o que define a aposta coletiva. Daí o SESC investir na ida de grupos de curadores a diversos festivais ao longo do ano, para que mais gente possa assistir aos trabalhos que estarão circulando nas indicações. Por isso também nosso investimento, aqui no SESC Pernambuco, em trazer curadores dessa rede para o Janeiro de Grandes Espetáculos – para que conheçam a produção pernambucana; daí também assistirmos, durante o encontro, a uma média de 08 a 10 espetáculos presencialmente. Só nesse processo, de análise prévia, com média de oitenta trabalhos de todos os cantos do país, temos acesso a uma cartografia de grupos luxuosa. Eu sempre soube da potência dos grupos em São Paulo, por exemplo, mas foi nessa curadoria que conheci a força do teatro catarinense. Ano passado fui chamada para participar da comissão de seleção de um prêmio estadual do governo de Santa Catarina e fiquei perplexa: simplesmente conhecia quase toda a produção que estava concorrendo e é conseqüência, exclusivamente, da minha ação junto ao Palco Giratório. Porque o edital era estadual, então, além dos grupos de Florianópolis, havia muitos grupos do interior e eu reconheci inúmeros trabalhos, grupos de Chapecó, Criciúma, Jaraguá do Sul.

Qual a força do Palco para a trajetória de um grupo? Quais exemplos poderíamos dar?
Penso que nenhum grupo passa incólume no Palco Giratório. Ou ele potencializará sua energia criadora – inferindo mudanças, inspirando criações, friccionando as relações pessoais, ou ele revelará suas mais profundas fragilidades – inferindo mudanças, friccionando as relações pessoais… Porque o contato humano é por demais intensificado. São contatos com diversos públicos, de forma quase ininterrupta. O grupo se apresenta e já senta pra uma roda de bate-papo. No dia seguinte, provavelmente terá uma oficina, um pensamento giratório, ou seja, mais contato com outros públicos, com os artistas locais, e depois o grupo entra numa esfera de convivência tão intensa que, de alguma forma, gera algum estranhamento. A privacidade nesse circuito é quase zero. Por conta dos custos do projeto, as hospedagens precisam ser coletivas (duplos ou triplos), com algumas exceções devido à condição física, ou limitações de saúde, obviamente. Vi um grupo cuiabano recém criado, cheio de som e fúria, chegar de forma estrondosa, com um trabalho lindo apresentado na mostra Cariri e, no ano seguinte, ganhar o Brasil pelo Palco Giratório. Não resistiu e acabou junto com a circulação. Sempre digo isso aos grupos selecionados, porque tem gente que fantasia. É muita transpiração, não há glamour. O Sesc não é a CVC e o Palco não é a Rede Globo, não é uma viagem de férias e muito menos um circuito de estrelas. De vez em quando, entram uns coletivos meio “desavisados”, às vezes é um diretor, um técnico. Lembro que, há alguns anos, no Festival Palco Giratório de Fortaleza, uma coreógrafa queria cobrar cachê quando soube que o projeto previa um bate-papo após cada apresentação. Antigamente, eu ficava pra morrer, hoje acho até engraçado! Porque, no primeiro “choque de realidade” – e ele vai se dar, afinal, estamos no Brasil -, ou a pessoa se transforma, ou “pede pra sair”. Tempos atrás, um artista questionou a acomodação de um hotel, argumentando que não estava à altura de um “doutor da USP”. A gente ainda escuta coisas desse tipo. E olha que é mais que sabido o perfil de grupo que interessa a esse projeto. Mas, afinal, trabalhamos com o humano, e também nos equivocamos, temos, em todas as esferas, muito o que aprender. Lembrei de um grupo que se desfez depois da circulação, gostaria de ressaltar aqui outros que, durante a circulação, tiveram inspiração para novos trabalhos, entraram em gestação durante o projeto – como o Pedras, do Rio de Janeiro, que teve inspiração para o Mangiare, a partir da diversidade de sabores que experimentaram enquanto cruzavam o Brasil; e a cia. Munguzá, que circulou ano passado com o Luis Antonio Gabriela e também ficou bastante contaminada para nova cria… vamos aguardar o que vem por aí.

Muitos curadores já conheciam o trabalho Viúva, porém honesta, do Magiluth. Foto: Renata Pires

Muitos curadores já conheciam o trabalho Viúva, porém honesta, do Magiluth. Foto: Renata Pires

Quais os argumentos utilizados para a defesa do Magiluth e do Peleja, grupos que representam Pernambuco na circulação nacional este ano? Como foi a recepção dos outros curadores?
São dois grupos completamente diferentes do ponto de vista funcional e de suas linguagens poéticas. Fato que somou muito para o retrato final dos grupos dessa seleção 2014 e que revelou uma diversidade de trabalho de grupo bastante significativa da produção pernambucana. O Magiluth vinha de um ano de bastante exposição, o que ajudou muito, pois muitos curadores tinham assistido a mais de um trabalho deles, tanto na semana de curadores do Janeiro de Grandes Espetáculos 2013, como numa curta temporada que fizeram no Rio de Janeiro. A leitura deles do Viúva, porém honesta foi o grande trunfo, a abordagem libertadora, a coragem de assumir os “erros”, os desvios. A confusão ordenada na poética do caos despertou, nas pessoas, uma possibilidade de ver Nelson trabalhado de uma forma diferente, o que gerou a vontade de ver esse grupo desafiado em outras praças, medir seu fôlego em uma circulação de grandes contrastes como é o Palco Giratório. Uma aposta na irreverência planejada. O grupo Peleja tem todo o “perfil” para o projeto – o que nem sempre quer dizer muita coisa, visto que a quantidade de grupos com qualidade de trabalho é sempre maior do que o projeto pode abarcar-, porque tem um trabalho de pesquisa de linguagem obsessivo, persistente, não “atira para todos os lados”, não trabalha por edital, como tantos coletivos da atualidade. Venho acompanhando o trabalho deles há um certo tempo, as possibilidades de ação formativa são extremamente relevantes, necessárias ao projeto. Cada artista tem sua pesquisa individual e isso é posto à prova. Já vi o grupo em apresentações, já vi seus artistas em mesas de discussão, ministrando oficinas e a forma com que encaram o ofício é digna de nota. Penso que contribuirão bastante tanto para o crescimento da cena como para o fortalecimento das relações éticas intrínsecas a um projeto dessa monta.

Gaiola de moscas, do grupo Peleja, está circulando pelo país. Foto: Pollyanna Diniz

Gaiola de moscas, do grupo Peleja, está circulando pelo país. Foto: Pollyanna Diniz

Como você seleciona essas indicações aqui em Pernambuco? Existe uma “pressão” dos grupos? Como é o relacionamento com eles? Você tenta assistir a tudo? Algum grupo já ficou “na agulha” ou na “repescagem” desde o ano passado? Já tem uma ideia do que vai levar este ano para a roda de debates?
Sim, houve grupos que foram selecionados, mas ficaram no stand-by, no caso de alguma desistência/impossibilidade de algum dos grupos, assim como houve grupos que entraram depois de mais de um ano de defesa. Às vezes, não é o momento, tem que saber recuar, tem que saber se vale a pena repetir a indicação. Tem que entender quando não dá mais. É um jogo, há que se conceber estratégias. A seleção é processual. Antes de tudo, entendo que todo grupo queira participar de um projeto como o Palco Giratório, mas não acredito em grupo que faça trabalho para o Palco Giratório. Enxergado por essa lente o projeto fica muito menor. É ele quem está a serviço do teatro, o teatro é muito maior. Às vezes, vejo que o grupo tem potencial e fico observando, acompanhando a postura, a atuação, o repertório. Mas tem uma questão delicada que se impõe: não existe o ofício de curador no quadro de SESC, de nenhum SESC do Brasil. Com exceção de São Paulo, que envia os técnicos (principalmente para fora do país) para festivais e mostras o ano inteiro – independentemente do Palco Giratório, em que eles passaram a trabalhar um dia desses-, com o intuito de identificar, negociar e trazer grupos, todos nosotros somos estimulados a acompanhar a programação cênica de nosso estado como “mais uma atribuição” do cargo – de técnico de cultura, de gerente de cultura, de assessor de teatro, ou de Professor de Teatro, como é o meu caso hoje, no SESC – PE. Não há uma gratificação ou algum acréscimo salarial. Porque, sabemos, o papel do curador, sua função na contemporaneidade, é algo relativamente novo, que vem sendo bastante debatido e, dentro do SESC, é um processo inaugural. Penso que temos crescido muito, conseguido um espaço de discussão e de escuta privilegiado na instituição, temos alcançado ganhos importantes, como um suporte financeiro para compra de ingressos de espetáculos de teatro e dança, ou o acompanhamento a festivais nacionais de grande relevância, ao menos uma vez por ano. Mas ainda não é o suficiente para estar na obrigação de acompanhar toda a programação do estado. Temos uma gama de serviços e ações práticas e burocráticas ligadas a diversas outras ações de que precisamos dar conta. Toda a análise prévia dos espetáculos do palco, eu faço na minha casa, durante as noites, nos fins de semana, e essa super hora extra não é computada, não faz parte de minha carga de trabalho no SESC, que comporta 40 horas semanais, das 8h da manhã às 17h, de segunda a sexta-feira. Quem está em temporada nesse horário?

Como você avalia a força do Palco pelo país? Pergunto isso porque aqui em Pernambuco, sabemos o quão importante é o projeto. Mas quando converso, por exemplo, com amigos de Belo Horizonte ou Curitiba, é como se o Palco não fosse tão significativo. Você acha que isso tem a ver com a relação dos festivais específicos de cada cidade?
Acho que quase nada no Brasil se efetiva de forma homogênea. Ainda bem, não? O projeto tem papel, força e impacto completamente diverso em cada praça. Existe há 17 anos, e, no início, era composto por cinco ou seis estados que, junto ao Departamento Nacional, aderiram ao projeto. Literalmente “compraram” a ideia, pois aderir significa repartir os custos. Pernambuco está nisso desde o primeiro ano. Todas essas cidades que você mencionou, pertencem a estados que entraram anos depois (há menos de 4 anos). Os Departamentos Regionais do SESC, em todo o Brasil, trabalham com o princípio de autonomia de gestão. E quanto mais construção e menos imposição, tanto melhor. Ressalte-se o poder de sedução do projeto que hoje, no ano de 2014, arrebanhou todos os estados para, juntos, trabalharem na composição desse caleidoscópio transgressor.

O que norteou a escolha dos espetáculos convidados para o festival deste ano?
Além da seleção de representantes da curadoria nacional que assistiram à semana de curadores no Janeiro de Grandes Espetáculos, houve um recorte curatorial defendido por técnicos do Sesc de Casa Amarela, Santa Rita, Piedade e Santo Amaro – a partir de trabalhos que participaram de mostras e projetos do Sesc-PE-, além de grupos que sabíamos estar em processo conclusivo e convidamos para estrear o espetáculo no festival.

Odília Nunes, que ano passado participou da circulação do Palco com a Duas Companhias, estreou Cordelina. Foto: Pollyanna Diniz

Odília Nunes, que ano passado participou da circulação do Palco com a Duas Companhias, estreou Cordelina. Foto: Pollyanna Diniz

Sentimos que a programação este ano está menor em número. Apesar de a qualidade do festival não ser medida absolutamente por números, o que aconteceu de fato? Tivemos menos dinheiro? Porque ações como a Cena Bacante e a Gastrô não vão acontecer?
O Palco Giratório é um projeto (um dentre centenas) financiado integralmente pelo SESC, gerido pela instituição até quando ela entender que ele é importante, necessário. Minha opinião quanto a isso importa bem pouco, eu procuro sempre seguir as diretrizes da instituição, e estou subordinada a gerências e direções, em âmbito regional (jargão do SESC para nos referirmos à administração nos estados) e nacional. Ações como as que você citou foram criações exclusivamente nossas. A Cena Bacante foi inspirada no “Horário Maldito”, que acontecia a partir da meia-noite, na mostra Cariri (CE). Já a Gastrô, uma tentativa minha de criar novos públicos para o festival, de explorar as possibilidades poéticas e seu diálogo com os sentidos, além de aproximar os criadores da gastronomia – arte que pessoalmente admiro bastante-, dos criadores da cena. O percurso de sair do teatro para comer – geralmente em grupo-, é uma ação habitual que pode ser encarada como ritualística. Afinal, e se os pratos, o vinho, o doce, também tivessem relação com a cena? Eu sonhei em ver isso potencializado. Então, essas ações (assim como o Jornal Ponte Giratória, a Cena Fotô), foram criações nossas, e têm um custo significativo que não faz parte da esfera cênica, habitual do projeto.

De que forma você pensa o Palco nos próximos anos?
Eu espero que ele continue, porque ainda se faz muito necessário.

Postado com as tags: , ,

Vamos ao Palco Giratório!

Divinas, da Duas Companhias, abre o festival. Foto: Pollyanna Diniz

Divinas, da Duas Companhias, abre o festival. Foto: Pollyanna Diniz

Os números do Festival Palco Giratório sempre impressionam. É o maior projeto de artes cênicas do país – para fazer jus a quem diz que o Sesc é o verdadeiro Ministério da Cultura do Brasil. São 16 grupos circulando, 732 apresentações, 133 cidades. No Recife, esse circuito nacional ganha muitos reforços: ações específicas, programação local, outros grupos convidados, parcerias. “É uma equipe nacional que se reúne no ano anterior, com 80 projetos, para discutir quais serão selecionados; momento também de firmar algumas parcerias”, explica Galiana Brasil, coordenadora geral do Palco Giratório em Pernambuco.

Este ano há pelo menos três: com Alagoas (Cena Alagoana, que trará o espetáculo Baldroca, da Associação Teatral Joana Gajuru), Rio Grande do Sul (Rec-Poa, que acontece desde o ano passado; por aqui veremos Coração Randevú, do grupo Independente) e Espírito Santo (Diálogos Capixabas, com os espetáculos A Terra Prometida, do Grupo Quintal; Sonata para Despertar, do Repertório Artes Cênicas e Cia.; Benjamin, do Coletivo Moinho; e A Saga Amorosa dos Amantes Píramo e Tisbe, do Grupo Teatral Gota, Pó e Poeira).

A peça que abre o festival no dia 3 de Maio, no Barreto Júnior, às 19h30, é Divinas, da Duas Companhias. Não é um espetáculo inédito; há dois anos, quando ainda não tinha nem estreado, as atrizes Lívia Falcão, Fabiana Pirro e Odília Nunes fizeram uma demonstração de trabalho no Teatro Marco Camarotti; ano passado, elas participaram da programação com a peça pronta. “Geralmente escolhemos um espetáculo local para abrir. E este ano a Duas Companhias é o nosso representante na circulação nacional. Não temos problema com o fato de ser um espetáculo que já fez temporadas, participou de festivais. Ainda há um público grande para ser conquistado, que ainda não viu”, diz Galiana. A Duas Companhias fará quase 60 apresentações em 2013 em todo o país; já começaram, inclusive, por Fortaleza.

A grade traz duas estreias. A primeira é De Íris ao Arco-Íris, que conta a história de uma lagarta muito curioda chamada Íris. O texto foi uma criação coletiva a partir da obra homônima de Jorge de Paula, que também assina a encenação. A segunda é Mariano, irmão meu, direção de Eron Villar, texto de Alexsandro Souto Maior, que conta a história de dois irmãos que sofrem com a ausência da mãe.

Entre os espetáculos que estão na seleção nacional do Palco, ao menos dois já estiveram no Recife: Luis Antonio – Gabriela, da Cia Mungunzá (SP), direção de Nelson Baskerville; e O filho eterno, da Cia Atores de Laura (RJ), direção de Daniel Herz a partir do texto de Cristovão Tezza. Os dois espetáculos, aliás, são significativos quando tentamos delinear “tendências” que, de alguma forma, unam os espetáculos do Palco este ano. “Temos muitas montagens que discutem a questão de gênero, apropriação da literatura e solos e monólogos”, evidencia Galiana Brasil.

O filho eterno. Foto: Pollyanna Diniz

O filho eterno. Foto: Pollyanna Diniz

Entre as ações especiais, a Cena Gastrô, com seis restaurantes que criaram menus exclusivos a partir do título de algumas peças; e a Cena Bacante, que este ano será concentrada no CASA (Centro de Articulação de Saberes Artísticos), espaço na Tamarineira, sempre às sextas-feiras, a partir das 23h. Além disso, o festival terá um jornal chamado Ponte Giratória, que terá edição do jornalista Valmir Santos e colaboração do blog!

O festival vai de 3 a 31 de Maio e os ingressos custam R$ 12 e R$ 6 (meia-entrada).

Confira a programação:

03/05 (sexta-feira)
Divinas (Duas Companhias/PE)
Teatro Barreto Júnior, às 19h30

04/05 (sábado)

Júlia (Grupo de Teatro Cirquinho do Revirado/SC)
Parque Dona Lindu (área externa), às 16h

São Manuel Bueno, Martir (Cia Sobrevento/SP)
Teatro Marco Camarotti, às 19h e às 21h

05/05 (domingo)

O circo de Lampezão e Maria Botina (Caravana Tapioca/PE)
Teatro Marco Camarotti, às 16h

Amor por Anexins (Grupo de Teatro Cirquinho do Revirado/SC)
Parque Dona Lindu (área externa), às 16h

Objeto Gritante (Mauricio de Oliveira & Siameses/SP)
Teatro Barreto Júnior, às 19h

07/05 (terça-feira)

Pingos & Pigmentos (intervenção urbana, Coletivo Construções Compartilhadas/BA)
Praça do Carmo, às 12h

La Perseguida (Teatro Vagamundo/RS)
Praça Campo Santo, Santo Amaro, às 16h

O alfaite de livro e vestido de noiva (Otávio Bastos/PE)
Teatro Capiba (Sesc Casa Amarela), às 19h

08/05 (quarta-feira)

Pingos & Pigmentos (intervenção urbana, Coletivo Construções Compartilhadas/BA)
Praça do Carmo, às 12h

Propriedade Condenada (Érico José/BA)
Teatro Marco Camarotti, às 19h

Propriedade Condenada tem direção de Érico José. Foto: Pollyanna Diniz

Propriedade Condenada tem direção de Érico José. Foto: Pollyanna Diniz

O homem vermelho (Marcelo Braga/RJ)
Teatro Hermilo Borba Filho, às 20h

09/05 (quinta-feira)

A Pereira da Tia Miséria(Grupo Ás de paus/PR)
Praça do Carmo, às 16h

O homem vermelho (Marcelo Braga/RJ)
Teatro Hermilo Borba Filho, às 20h

O filho eterno (Cia Atores de Laura/RJ)
Teatro Apolo, às 20h

10/05 (sexta-feira)

O filho eterno (Cia Atores de Laura/RJ)
Teatro Apolo, às 20h

11/05 (sábado)

O pássaro do sol (A roda/BA)
Teatro Marco Camarotti, às 16h

Luis Antonio – Gabriela (Cia Munguzá de Teatro/SP)
Teatro de Santa Isabel, às 20h

12/05 (domingo)

O pássaro de sol (A roda/BA)
Teatro Marco Camarotti, às 16h

Luis Antonio – Gabriela (Cia Munguzá de Teatro/SP)
Teatro de Santa Isabel, às 20h

Luis Antonio - Gabriela será apresentada no Santa Isabel. Foto: Ivana Moura

Luis Antonio – Gabriela será apresentada no Santa Isabel. Foto: Ivana Moura

14/05 (terça-feira)

O grande circo ínfimo (Grupo Z de Teatro/ES)
Praça Campo Santo, Santo Amaro, às 16h

Fantástico Circo-Teatro de um homem só (Cia Rústica/RS)
Teatro Marco Camarotti, às 19h

A terra prometida (Grupo Quintal/ES/ Diálogos Capixabas)
Teatro Capiba (Sesc Casa Amarela), às 20h

15/05 (quarta-feira)

Insone (Grupo Z de teatro/ES)
Teatro Hermilo Borba Filho, às 20h

Sonata para despertar (Cia Repertório/ES/Diálogos Capixabas)
Teatro Capiba (Sesc Casa Amarela), às 20h

16/05 (quinta-feira)

Insone (Grupo Z de teatro/ES)
Teatro Hermilo Borba Filho, às 20h

Benjamim (Coletivo Moinho/ES/Diálogos Capixabas)
Teatro Capiba, às 20h

17/05 (sexta-feira)

A saga amorosa dos amantes Píramo e Tisbe (Grupo Gota, Pó e Poeira/ES/Diálogos Capixabas)
Praça Campo Santo, Santo Amaro, às 16h

Boi (SerTão Teatro Infinito Cia/GO)
Teatro Hermilo Borba Filho, às 20h

Coração Randevú (Independente/RS/REC-POA)
Teatro Apolo, às 20h

18/05 (sábado)

De Íris ao Arco-Íris (PE)
Teatro Marco Camarotti, às 16h

Tempostepegoque Delícia e Bundaflor, Bundamor (Eduardo Severino Companhia de Dança/RS)
Teatro Capiba, às 20h

19/05 (domingo)

As aventuras de uma viúva alucinada (Grupo Mamelungo/SE)
Parque Dona Lindu (área externa), às 16h

De Íris ao Arco-Íris (PE)
Teatro Marco Camarotti, às 16h

Olivier e Lili: Uma história de amor em 900 frases (Teatro de Fronteira/PE)
Teatro Hermilo Borba Filho, às 19h

Tempostepegoque Delícia e Bundaflor, Bundamor (Eduardo Severino Companhia de Dança/RS)
Teatro Capiba, às 20h

21/05 (terça-feira)

Baldroca (Associação Teatral Joana Gajuru/AL/Cena Alagoana)
Praça Campo Santo, Santo Amaro, às 16h

Compartilhados (Grupo Experimental/PE)
Teatro Marco Camarotti, às 19h

Amor Confesso (Cia Falácia/RJ)
Teatro Apolo, às 20h

Amor confesso, com Cláudia Ventura e Alexandre Dantas. Foto: Silvana Marques

Amor confesso, com Cláudia Ventura e Alexandre Dantas. Foto: Silvana Marques

22/05 (quarta-feira)

No caminho das alimentadeiras (Coletivo Trippe/PE)
Teatro Marco Camarotti, às 19h

Amor Confesso (Cia Falácia/RJ)
Teatro Apolo, às 20h

23/05 (quinta-feira)

A Pereira da Tia Miséria (Grupo Ás de Paus/PR)
Praça do Carmo, às 16h

Tu sois de onde? (Grupo Peleja/PE)
Teatro Hermilo Borba Filho, às 19h

O miolo da estória (Santa Ignorância Cia de Artes/MA)
Teatro Marco Camarotti, às 20h

24/05 (sexta-feira)

Gaiola das Moscas(Grupo Peleja/PE)
Teatro Hermilo Borba Filho, às 19h

Gaiola de moscas, do Grupo Peleja. Foto: Pollyanna Diniz

Gaiola de moscas, do Grupo Peleja. Foto: Pollyanna Diniz

Tombé (Dimenti/BA)
Teatro Apolo, às 20h

25/05 (sábado)

Simbá, o Marujo (Trupe de Truões/MG)
Teatro Marco Camarotti, às 16h

O beijo no asfalto (Andrezza Alves e Renata Phaelante/PE)
Teatro Barreto Júnior, às 20h

O beijo no asfalto, direção de Cláudio Lira. Foto: Pollyanna Diniz

O beijo no asfalto, direção de Cláudio Lira. Foto: Pollyanna Diniz

26/05 (domingo)

Simbá, o Marujo (Trupe de Truões/MG)
Teatro Marco Camarotti, às 16h

Sacos vermelhos (Coletivo Passarinho/PE)
Teatro Capiba (Sesc Casa Amarela), às 20h

O beijo no asfalto (Andrezza Alves e Renata Phaelante/PE)
Teatro Barreto Júnior, às 20h

28/05 (terça-feira)

Um inimigo do povo (Grupo de Teatro Cena Aberta/PE)
Teatro Marco Camarotti, às 19h

Duas mulheres em preto e branco (Remo Produções/PE)
Teatro Apolo, às 21h

Duas mulheres em pretoe  branco, com Paula de Renor e Sandra Possani. Foto: Pollyanna Diniz

Duas mulheres em pretoe branco, com Paula de Renor e Sandra Possani. Foto: Pollyanna Diniz

29/05 (quarta-feira)

O malefício da mariposa (Ave Lola Espaço de Criação/PR)
Teatro Hermilo Borba Filho, às 20h

Duas mulheres em preto e branco (Remo Produções/PE)
Teatro Apolo, às 21h

30/05 (quinta-feira)

O malefício da mariposa (Ave Lola Espaço de Criação/PR)
Teatro Hermilo Borba Filho, às 20h

Mariano, Irmão meu (Grupo Engenho de Teatro/PE)
Teatro Marco Camarotti, às 20h

31/05 (sexta-feira)

Viúva, porém honesta (Grupo Magiluth/PE)
Teatro de Santa Isabel, às 20h

Viúva, porém honesta, do Magiluth, encerra festival. Foto: Pollyanna Diniz

Viúva, porém honesta, do Magiluth, encerra festival. Foto: Pollyanna Diniz

FESTAFESTIVAL
Cantor Rubi/SP e DJ Pepe/PE
Sede Coletivo Angu de Teatro, às 23h

OFICINAS

Oficina de Pernas-de-Pau para Iniciante, com Grupo de Teatro Cirquinho
do Revirado – Reveraldo Joaquim e Yonara Marques
2 e 3/05 9h às 13h – 9h às 13h – c/h 8h – Local: Sesc Piedade
Para artistas ou estudantes de teatro. Número máximo de participantes: 20.

Voz e(m) Movimento, com Coletivo Lugar Comum – Conrado Falbo e Renata Muniz
2 e 3/05 14h às 17h – c/h 6h – Local: Instituto dos Cegos
Para jovens e adultos, a partir de 18 anos, com ou sem deficiência visual. Não precisa ter experiência prévia em dança.

Teatro de Objetos e Identidade, com Grupo Sobrevento – Sandra Vargas
3 e 4/05 14h às 17h – c/h 6h – Local: Sesc de Santo Amaro
Para atores.

Oficina Poéticas de Multidão: {pingos&pigmentos}, com Coletivo
Construções Compartilhadas – Rita Aquino
4 e 5/05 9h às 13h – c/h 8h – Local: Salão de Festas do Sesc de Santo Amaro
Para artistas ou estudantes de teatro. Número máximo de participantes: 50.

Pensamento Giratório, com Cia Mungunzá de Teatro
10/05 16h às 18h – c/h 2h – Local: Teatro Marco Camarotti
Livre.

Introdução ao Teatro de Sombras, com Grupo A Roda – Olga Gómez
12/05 8h30 às 12h30 – c/h 4h – Local: Banco de Texto do Sesc de Santo Amaro
Não há necessidade de ter experiência prévia com bonecos.

Oficina Poéticas Festivas, com Cia Rústica – Heinz Limaverde
12 e 13/05 dia 12 – 9h às 13h e dia 13 – 14h às 18h – c/h 8h – Local: Sala de Dança do Sesc de
Santo Amaro
Para artistas ou estudantes de teatro, a partir de 16 anos. Número máximo de participantes: 20 .

Fotografia de Espetáculo Instituto Candela, com Ivan Alecrim
27 e 28/04 14h às 18h – c/h 8h – Local: Espaço C.A.S.A.
Para pessoas que tenham o objetivo de aprofundar o conhecimento fotográfico
voltado para a fotografia de espetáculos e que tenham equipamento fotográfico.

Do Chão ao Voo, Da Palavra ao Corpo, com Grupo Z de Teatro –
Carla Van Den Bergen ou Fernando Marques
13/05 9h às 13h e 14h às 16h – c/h 6h – Local: Sesc Casa Amarela
Faixa etária: acima de 16 anos. Atores e bailarinos ou estudantes de artes cênicas.

Palhaço e Comicidade Física, com Grupo Laminima – Fernando Sampaio
14, 15 e 16/05 15h às 18h – c/h 9h – Local: Escola Pernambucana de Circo
Para profissionais ou estudantes de artes cênicas, interessados nas artes circenses e do palhaço. Número
máximo de participantes: 20.

Corpo e poesia, com Coletivo Lugar Comum – Maria Agrelli e Silvia Góes
16 e 17/05 14h às 17h – c/h 6h – Local: Instituto dos Cegos
Jovens e adultos, a partir de 18 anos, com ou sem deficiência visual. Não precisa ter experiência prévia em dança.

Exercício Prático de Elaboração de Projetos, com Eduardo Severino Cia de Dança – Luka Ibarra
18/05 14h às 16h – c/h 4h – Local: Sesc Casa Amarela
Interessados em aprimorar a escrita de projetos.

Criação e exploração do movimento, com Eduardo Severino Cia de Dança – Eduardo Severino
18 e 19/05 10h às 12h – c/h 2h – Local: Teatro Capiba
Bailarinos e público em geral.

Oficina O Corpo Individual e Coletivo no Espaço, com Núcleo Ás de Paus – Adalberto Pereira, Bruna Stépanhie, Camila Feoli, Guilherme Kirchheim, Luan Valero, Rogério Costa e Thunay Tartari
22/05 14h às 18h – c/h 4h – Local: Sala de Dança do Sesc de Santo Amaro
A partir de 14 anos. Número máximo de participantes: 30.

Técnicas para o teatro infanto-juvenil: contação de histórias por meio de objetos e sombras, com Trupe de Tuões – Ronan Vaz e Thiago Di Guerra
24/05 13h às 19h – c/h 6h – Local: Sesc de Santo Amaro
Estudantes de teatro, atores e comunidade em geral. Número máximo de participantes: 20.

Oficina de Interpretação, com Ave Lola Espaço de Criação – Ana Rosa Genari Tezza
31/05 9h às 13h e 14h às 16h – c/h 6h – Local: Teatro Capiba
Número máximo de participantes: 30.

Ainda há uma programação de performances no Espaço de Convivência do Centro Apolo-Hermilo e a programação da Cena Bacante, além da Cena Gastrô.

Pingos e Pigmentos vai alterar a paisagem do Recife. Foto: Tiago Lima

Pingos e Pigmentos vai alterar a paisagem do Recife. Foto: Tiago Lima

Postado com as tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,

Maio é mês de Palco Giratório

O mês de maio traz promessas de muitos espetáculos no Recife. Nesta segunda-feira, o Sesc vai anunciar a programação do festival Palco Giratório, que deve tomar conta da cidade a partir do dia 6. Além dos espetáculos que fazem parte do circuito nacional e de grupo convidados, Galiana Brasil, coordenadora do Palco em Pernambuco, já tinha dito que iria privilegiar espetáculos que estão estreando ou que não tiveram tanta visibilidade.

Este ano, temos pelo menos duas novidades. Uma delas é um circuito gastronômico com pratos que vão homenagear espetáculos da programação. A criação seria do chef César Santos. A outra é uma programação chamada Cena bacante, que deve ser realizada no Espaço Muda, ao final das noites, com espetáculos em horários alternativos e celebração.

Estamos sabendo de alguns espetáculos pernambucanos que devem compor a grade. Caetana, por exemplo, da Duas Companhias, deve ser apresentado na próxima sexta-feira, noite da abertura do festival, no Teatro Luiz Mendonça, agregando a casa de espetáculos do Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, ao festival.

Caetana, deve abrir o festival no Luiz Mendonça. Foto: Val Lima

No dia seguinte, deve ser a estreia da montagem Essa febre que não passa, do Coletivo Angu de Teatro, no Teatro Hermilo Borba Filho, no Bairro do Recife. Ainda teremos, provavelmente (afinal, a coletiva é só amanhã!), a estreia de Palhaços, com Williams Santana e Sóstenes Vidal; As joaninhas não mentem, infantil (adulto!) com direção de Jorge Féo; Kléber Lourenço estreando seu projeto Estar aqui ou ali ? e ainda apresentando ao lado de Sandra Possani a peça O acidente; e o Mão Molenga Teatro de Bonecos (selecionado para a circulação nacional do palco) reapresentando na cidade O fio mágico. Esquecemos alguém?

Essa febre que não passa é o quarto espetáculo do Angu de Teatro

Pela programação já apresentada pelo Palco nacional, pelo menos treze grupos de outros lugares devem trazer espetáculos para cá. Olha só quem são esses grupos e as sinopses dos espetáculos:

Cia. Dita (CE)
Espetáculo De-vir
Sinopse: Quatro performers pontuando as interferências do corpo com seu ambiente. O corpo entendido como uma mídia que avança por acelerações, rupturas, diminuições de velocidade, desmembrando, constantemente, uma nova roupagem. De-vir propõe intensificar esses movimentos ondulatórios engendrando a idéia de um novo design, que pode re-compor a disposição e a ordem dos elementos essenciais que compõem as estruturas físicas de uma pessoa.

Grupo: Corpo de Dança do Amazonas (AM)
Espetáculo: Cabanagem
Sinopse: Foi uma revolta popular em que negros, índios e mestiços insurgiram contra a elite política regencial. A pesquisa para o espetáculo partiu da literatura de Márcio Souza e Marilene Corrêa. A obra não é narrativa. O espetáculo apropria-se da essência da Cabanagem e utiliza a linguagem de Mário Nascimento para traduzir o espírito de resistência, de luta, de revolta, de preservação das culturas de determinado local.

Grupo: Cia do Tijolo (SP)
Espetáculo: Concerto de Ispinho e Fulô
Sinopse: Uma Rádio Conexão SP/Assaré anuncia que uma Cia de Teatro de São Paulo chega para entrevistar o Poeta Patativa. O que seria uma entrevista costumeira se transforma num diálogo entre o popular e o erudito, o urbano e rural e culmina com a denúncia de um dos primeiros ataques aéreos contra civis em território brasileiro que não está nos livros de história.

Concerto de Ispinho e Fulô, Cia do Tijolo

Grupo: Armatrux (MG)
Espetáculo: No pirex
Sinopse: Boquélia (A dona da casa), Bencrófilo ( O garçom jovem), Bonita (A cozinheira), Ubaldo ( O garçom velho), e Alcebíades (O velho) são os cinco personagens que, em volta de uma mesa, dão vida a essa história que mais parece um pesadelo cômico. Ou um jantar surrealista? Uma festa macabra? Uma versão gótica do Mad Tea Party do país das maravilhas? Tudo isso ou nada disso: a piração do No Pirex é aberta a múltiplas leituras do público.

No pirex, da Armatrux

Grupo: Teatro Independente (RJ)
Espetáculo: Rebú
Sinopse: Em Rebú, Matias e Bianca são recém-casados e moram numa casa isolada em meio a um descampado. O jovem casal prepara-se para receber Vladine, irmã adoentada de Matias, que traz junto seu bem mais precioso: Natanael, uma espécie de filho. A hiperbólica e exigida cautela com a saúde da hóspede e a presença do seu acompanhante fazem com que Bianca, aos poucos, crie uma rivalidade com ambos, levando o embate às últimas conseqüências.

Grupo: Namakaca (SP)
Espetáculo: É nóis na xita
Sinopse: Mostra o convívio entre três personagens: os palhaços Cara de Pau, Montanha e Cafi, que disputam os aplausos do público, aceitando os próprios equívocos como fonte de inspiração e improvisação. Utilizando-se de linguagem e técnicas circenses como malabarismo, monociclo, acrobacias, equilibrismo e palhaçadas, o espetáculo é também musical, brincando com instrumentos como o cavaquinho, o pandeiro e diferentes efeitos percussivos.

Grupo: Amok (RJ)
Espetáculo: O dragão
Sinopse: É uma criação sobre o conflito entre israelenses e palestinos a partir de fatos e depoimentos reais. Através do olhar de quatro personagens – dois palestinos e dois israelenses, de suas trágicas histórias e de suas humanidades expostas, o Amok Teatro propõe revelar o interior das pessoas nesta experiência comum da dor, onde as diferenças não separam mais, mas simplesmente as distingue e as religa. Ultrapassando as barreiras históricas e geográficas, o espetáculo coloca em foco o homem, diante da violência de sua época.

O dragão, da Amok. Crédito: Fernanda Ramos

Grupo: Cia. Polichinelo (SP)
Espetáculo: Frankenstein
Sinopse: Em seu laboratório, Victor Frankenstein está muito ocupado costurando uma imensa criatura e para que todos saibam de sua proeza, Victor anota tudo em seu diário. Depois de atingida por um raio, a criatura finalmente ganha vida, mas é abandonada por Victor que, com medo de sua própria criação, foge para longe, deixando de lado seu experimento. Com medo, as pessoas recusam se aproximar do “monstro”, mas ele encontra amizade em alguns pequenos momentos.

Grupo: Moitará (RJ)
Espetáculo: Quiprocó
Sinopse: É um espetáculo lúdico, que se alimenta do universo cultural brasileiro para criação de “tipos” genuínos, com seus sonhos, crenças e costumes, fazendo alguns paralelos entre os arquétipos e a Commedia Dell’Arte. Num encontro oportunista, três “personagens-tipos” – cada um na sua rotina – tentam saciar seus desejos, utilizando artimanhas de sobrevivência e, num jogo divertido de quiproquós, são deflagrados conflitos dos sentimentos humanos.

Grupo: Persona Cia de Teatro & Teatro em Trâmite (SC)
Espetáculo: A galinha degolada
Sinopse: Conta a história do casal Mazzini-Ferraz e seus 4 filhos. Portadores de uma doença mental incurável, os meninos sofrem todas as conseqüências da falta de amor entre os pais. Passado certo tempo, nasce uma menina, que não é acometida pela mesma doença, mas que acaba revelando o verdadeiro sentido da falta de cuidado e amor do casal.

Grupo: Delírio (PR)
Espetáculo: O evangelho segundo São Mateus
Sinopse: A partir do acontecimento dramático do desaparecimento de um filho e seu hipotético retorno à casa dos pais, depois de um longo período, mãe, namorada, irmão e pai iniciam uma investigação emocional e psicológica pelos caminhos percorridos pelo rapaz em sua longa ausência. Esse conflito familiar é o ponto de partida para uma longa reflexão sobre a condição humana, no que ela tem de bela, doce, engraçada, cruel e trágica. O Evangelho de Mateus surge então como palavra utilizada para discorrer sobre o homem e seus descaminhos. Mateus, o filho que retorna é um segredo a ser desvendado pelo público.

O evangelho segundo São Mateus, Grupo Delírio

Grupo: Caixa do Elefante (RS)
Espetáculo: A tecelã
Sinopse: Uma tecelã, capaz de converter em realidade tudo o que tece com seus fios, busca preencher o vazio de seus dias criando, para si, o suposto companheiro ideal. O espetáculo trata, de forma poética, da solidão feminina, das dificuldades de relacionamento e do poder criativo como possibilidade de transformação.

Grupo: IN.CO.MO.DE-TE
Espetáculo: Dentro fora
Sinopse: O espetáculo é uma metáfora sobre o ser humano contemporâneo. Conta o momento de duas personagens, chamadas apenas Homem e Mulher, que se encontram presos dentro de duas caixas. A peça explicita a imobilidade do ser humano perante a vida.

Postado com as tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,

O palco gira no Recife

Como de costume, o festival Palco Giratório no Recife será realizado no mês de maio. A grade de programação completa – que inclui convidados de outros estados que não estão na circulação nacional e atrações locais – não está totalmente definida. Ainda assim, Galiana Brasil adianta que está dando maior foco para as estreias ou para espetáculos que não conseguiram tanta visibilidade.

Uma das novidades deste ano é a criação de um circuito gastronômico aliado ao festival, com pratos que vão fazer homenagens a espetáculos da programação. As criações serão do chef César Santos, do restaurante Oficina do sabor. “Os locais que vão participar deste circuito ainda estão sendo fechados, mas sei, por exemplo, que o restaurante do Senac já foi confirmado”, diz Galiana.

O Espaço Muda (Rua do Lima), que vem se firmando como reduto e alternativa para vários espetáculos cênicos, foi incluído no festival. Vai sediar a Cena bacante, programação que será realizada no final das noites, depois das sessões nos teatros tradicionais. “Será uma celebração com teatro e vinho”, propõe a curadora.

O recurso de audiodescrição, utilizado ano passado em alguns espetáculos locais, para facilitar o acesso às pessoas com deficiência ou dificuldades visuais, deve ser ampliado. “Queremos que tenha audiodescrição para um número maior de espetáculos. Rebú, por exemplo, da companhia Teatro Independente, do Rio de Janeiro, terá o recurso”.

Rebú terá recurso de áudiodescrição / Foto: Paula Kossatz

A expectativa é que a grade de programação tenha entre 15 e 20 espetáculos de várias linguagens – assim como é a própria seleção do Palco nacional – com montagens de teatro adulto, infantil, dança, teatro de rua, de animação. Alguns acertos ainda precisam ser fechados. “Queríamos muito trazer o Teatro Piollin, de João Pessoa, com o espetáculo Retábulo, mas ainda não sabemos como será, porque eles precisavam de um espaço como era o Teatro Armazém, e talvez o Nascedouro de Peixinhos, que poderia ser uma alternativa, esteja em reforma”, diz.

Espetáculo do Piollin pode vir ao Recife no Palco

Os espaços que vão participar da mostra, aliás, também não foram decididos. O Parque Dona Lindu, por exemplo, poderia ser uma opção. Para alguns teatros municipais, no entanto, como o Teatro Apolo e o Barreto Júnior, o festival terá que arcar com alguns custos extras, como o aluguel de iluminação. “É ruim, porque esse dinheiro poderia servir para trazer mais grupo”, finaliza Galiana.

Postado com as tags: , , , , , , , , ,