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CENA EXPANDIDA em Pernambuco
Iluminando os festivais de artes cênicas

Dançando Villa, da Curitiba Cia de Dança participou do Cena Cumplicidades. Foto: Pedro Portugal / Divulgação

Stabat Mater, um dos destaques da programação do FETEAG. Foto: Pedro Portugal / Divulgação

Leitura dramatizada do texto Planeta Tudo, (planeet Alles), no RESIDE FIT-PE. Em cena Iara Campos, Romualdo Freitas, Edjalma Freitas e Naruna Freitas e o viodeomaker Gabriel de Godoy, Foto: Pedro Portugal / Divulgação

Cordel Estradeiro, Uma Viagem Impressionante ao Sertão, da Escola Municipal Maria De Lourdes Dubeux Dourado do Recife, em apresentação no FETED. Foto: Pedro Portugal / Divulgação

ITAÊOTÁ, do Grupo Totem na programação do Transborda. Foto: Divulgação

Cinco festivais de artes cênicas de Pernambuco participaram de uma experiência inédita e promissora no estado chamada CENA EXPANDIDA. O Cena Cumplicidades – Festival Internacional de Artes da Cena, de Arnaldo Siqueira; o FETEAG – Festival de Teatro do Agreste, de Fábio Pascoal; o FETED  – Festival Estudantil de Teatro e Dança, de Pedro Portugal; o Transborda – As Linguagens da Cena, com curadoria de Ariele Mendes e equipe do Sesc-PE, e o RESIDE FIT-PE – Festival Internacional de Teatro de Pernambuco, de Paula de Renor, se juntaram numa ação conjunta no mês de setembro no intuito de produzir um bom impacto cultural nas cidades envolvidas (Recife e Caruaru)  e seus entornos, testar a força da união de seus realizadores e articular novas possibilidades de futuros a partir das atividades formativas e espetaculares propostas.  

A atriz, curadora e produtora Paula de Renor salienta que a CENA EXPANDIDA deste ano foi uma experiência, um teste, uma espécie de projeto-piloto, já provado em pequenas doses em 2018 e 2019. “Em 2022 fomos bem além! Unimos cinco festivais, ordenamos as programações, distribuindo-as nos teatros (o que acho foi o mais complicado, pelos poucos teatros que dispomos) e tentamos que programações dirigidas a um mesmo público não se chocassem em seus horários”. 

A CENA EXPANDIDA viabilizou uma aproximação e um diálogo mais ampliado entre os produtores dos festivais envolvidos, ressalta Ariele Mendes, do Transborda. O produtor, curador e professor Arnaldo Siqueira considera que foi um passo bem importante, “oxalá tenha continuidade e ampliação do apoio dos poderes públicos”. Fábio Pascoal, produtor e curador do FETEAG,  lembra que projetos como esse são importantes para o fortalecimento da rede produtiva e para ampliar público e o acesso.

“Essa prática tem sido uma constante com o FETEAG”, situa Pascoal, pois assegura que seu festival busca a cada edição construir novas parcerias e fortalecer as existentes. “Em 2013 fizemos uma edição partilhada com o TREMA!, em 2014 com a Mostra Capiba/SESC Casa Amarela e em 2017 com o TEMPO Festival/RJ, FIAC/BA e com a Bienal de Dança do Ceará. Acreditamos em parcerias”.

Ariele reforça o papel desse entrecruzamento. “Nesta rede que se estabeleceu, conseguimos vivenciar uma integração de maneira muito mais efetiva, o que possibilitou, por exemplo, a busca por soluções para imprevistos (eles sempre acontecem) que, normalmente, acarretariam um desgaste muito grande para a equipe de cada festival específico, mas que neste movimento, foi possível compartilhar e buscar apoio junto às lideranças de cada projeto, facilitando os processos”.

Já o Arnaldo Siqueira entende que a relação profissional e solidária dos/entre produtores foi incrível na CENA EXPANDIDA. “Apenas a título de exemplo, o próprio Cena Cumplicidades abriu mão de pautas/dias e horários para oportunizar que colegas de outros festivais pudessem pautar certos trabalhos”. Mas salienta que “de outra parte, o Cena Cumplicidades foi beneficiado com a força comunitária da articulação junto aos teatros e à FCCR (Fundação de Cultura Cidade do Recife).

Outro exemplo de cooperação citado por Siqueira foi a disponibilidade de Pedro Portugal, produtor do FETED e fotógrafo, que substituiu de pronto uma fotógrafa do Cumplicidades, que adoeceu de repente. “Tal comportamento demonstra o nível de entrosamento e colaboração, algo que põe por terra o mito do caranguejo na lata que puxa para baixo o que está subindo”, situa Arnaldo.

Pedro Portugal, mencionado por Siqueira, considera que a CENA EXPANDIDA trouxe benefício para o seu festival estudantil. “Por ser um festival mais ligado às escolas, uma coisa amadora, não é menor (*faz questão de frisar!), mas posso até dizer mais caseira, possibilitou mais visibilidade. Então nós ganhamos uma dimensão maior. Quanto mais estivermos juntos melhor”.

Paula de Renor. Foto Pedro Portugal

Paula de Renor, do RESIDE FIT-PE – Festival Internacional de Teatro de Pernambuco. Foto Pedro Portugal

Arnaldo Siqueira. Foto: Christina Rufatto

Arnaldo Siqueira, do Cena Cumplicidades – Festival Internacional de Artes da Cena Foto: Christina Rufatto

Fábio Pascoal, do FETEAG – Festival de Teatro do Agreste. Foto: Reprodução do Facebook

Pedro Portugal, do FETED  – Festival Estudantil de Teatro e Dança. Foto: Divulgação

Breno Fittipaldi, curador e produtor do Transborda Casa Amarela; Luiza Cordeiro, diretora-presidente do Centro Social Dom João Costa e Ariele Mendes, curadora e analista de artes cênicas do Sesc Pernambuco. Foto: Divulgação

Essa edição da CENA EXPANDIDA é só uma parte do que foi idealizado, conta Paula de Renor. “Essa ação de colaboração é mais ampliada, com a participação de mais festivais e uma divulgação potente e eficaz, com grupos de mediação em comunidades, nos teatros, mapeando públicos diversos e oferecendo um cardápio grande de atrações durante um mês em teatros e na rua”, arquiteta.

Mas como todos nós sabemos, as verbas são fundamentais para o bom andamento dos projetos. “Infelizmente sem dinheiro é muito difícil fazer qualquer festival, por menor que seja”, frisa Pedro Portugal. “Também tivemos muito pouco tempo para fazer uma coisa maior, uma cena expandida maior, com mais abrangência e divulgação”, diz ele. 

Paula de Renor fornece outros dados: “Trabalhamos dividindo recursos para pagamento de despesas de divulgação e algumas vezes potencializando ações com o compartilhamento de atrações, sem tirar a autonomia de cada festival”.

Ao ser perguntado o que pode ser melhorado na CENA EXPANDIDA, Arnaldo Siqueira foi bem suscinto: “Proatividade na relação com os entes públicos. E seletividade”. Paula de Renor reconhece que precisava de mais divulgação. A falta de patrocínio dificultou o que foi idealizado. “Conseguimos apoio da Prefeitura do Recife via Secult e FCCR, o que foi decisivo para darmos o ponta pé inicial e apresentar ao público nosso intensão, mas não chega perto dos valores de patrocínio que precisamos para que tenhamos investimento em uma coordenação de produção geral do projeto e divulgação em mídias espontâneas e pagas”, posiciona.

Fábio Pascoal diz que é necessário fazer uma “avaliação precisa do papel de cada festival dentro da rede, respeitando suas individualidades e programações”. Outro ponto que ele visualiza para as próximas edições é o compromisso das instituições parceiras, “que acreditam no potencial da iniciativa e possam apoiar financeiramente a proposta, tendo em vista que é uma iniciativa de produtores independentes, que deve ser reconhecida como tal”. Paula de Renor acrescenta: “Não buscamos captar verbas para cada festival que participe da CENA, esse não é nosso objetivo. Para isso cada festival luta individualmente na procura de recursos para sua realização. E justamente pela falta de verbas de patrocínio vários festivais deixaram de acontecer este ano”.

A experiência suscita diversas reflexões e inquietações que miram o futuro, na opinião de Ariele Mendes. “Entendo a CENA EXPANDIDA como um movimento, e desta forma, não a vejo iniciando ou se encerrando no mês de setembro. Ela precisa permanecer por todo ano, de maneira contínua e articulada, em diálogo com a classe, com as instituições, coletivizando junto a outros produtores, se colocando em atuação nas diversas esferas… A realização dos festivais é o momento de festa, da celebração… Mas para que eles possam acontecer, é necessário uma série de processos e conquistas, que só é possível quando se ocupa certos espaços nos debates contínuos da cultura, construindo pontes estruturadas, no dia a dia…” Ariele entende que “todos os produtores envolvidos já são muito atuantes nestes diálogos. Juntos, conseguiremos ainda mais força”.

“O que propomos”, evidencia Paula de Renor, “é que a CENA EXPANDIDA seja entendida como uma ação que, potencializada, pode entrar no calendário da cidade, movimentando o turismo cultural, atraindo público das cidades vizinhas”. Ela cita como exemplo a cidade de Edimburgo na Escócia. “Durante um mês, Edimburgo envolve uma quantidade enorme de festivais que acontecem simultaneamente e sua população de 500 mil habitantes chega a 1 milhão nesse período. A cidade vive deste turismo cultural. Essa é uma construção de muitos anos, mas se a gente não acreditar e não começar agora, nunca saberemos se em Recife poderá dar certo.
Estamos provocando e motivando Prefeitura e Governo do Estado para que percebam o que estamos oferecendo à cidade!”, alerta.

Se liga Recife!!!  Parodiando Carlos Pena Filho, é do sonho de mulheres como Paula de Renor que uma cidade se inventa.

Poeta Preto, da Trupe Veja Bem Meu Bem no FETEAG. Foto: Pedro Portugal Divulgação

Um Mero Deleite, da Nalini Cia de Dança (Go) , integrou a programação do Cumplicidades. Foto: Ivana Moura

Arnaldo Siqueira – Entrevista

Arnaldo Siqueira. Reprodução de tela do Youtube

Encaminhei perguntas para os representes dos cinco festivais no início da programação. Ariele Mendes respondeu pelo Transborda; Fábio Pascoal pelo seu FETEAG, Pedro Portugal pelo seu FETED, Paula de Renor deu um truque e Arnaldo Siqueira respondeu, agora já como balanço. 

Os números do Cena Cumplicidades chegaram a 23 trabalhos artísticos, em 40 apresentações de 3 Países (Portugal/Moçambique/Brasil), 6 estados da federação (PE/ RN /PB/ GO/ PR/ RJ), sendo de Pernambuco obras de Recife e Jaboatão dos Guararapes. Além disso o Cumplicidades teve como atividades complementares 5 workshops, uma residência artística de videodança (on line e presencial) e uma mostra de videodança. “Certamente não teria sido assim sem a articulação da CENA EXPANDIDA”, destaca.

Arnaldo, o Cumplicidades já levou espetáculos incríveis para os palcos de Pernambuco,
montagens internacionais ousadas, que contribuíram para a ampliação do olhar sobre a cena contemporânea. Pergunta: o que te motiva, o que te move a tocar o Cumplicidades? O que você busca com isso?
O que me motiva é fomentar as artes da cena, sobretudo a dança que, sendo uma arte da juventude, como tal, necessita de doses regulares de informações artísticas. Num mundo de acessos fáceis e reprodutibilidade, onde a cópia deu lugar à reprodução do original, sendo ela
mesma um (outro) original. Acredito que as artes do corpo, e a dança em especial, é a joia rara que só se capta na presencialidade (por isso joia, e também rara). Não há meio termo possível (a tela não dá conta disso), é preciso que súbito se tenha a impressão de ver e sentir algo que só naquele momento de presencialidade foi possível. E que um rosto adquira de vez em quando uma expressão só encontrável no orgasmo. É preciso que tudo isso que está na cena seja sem ser, mas que desabroche no olhar do espectador. E se plasme no encontro com o inesperado.

Qual a posição do seu festival no mapa da cidade (e do país) no que se refere à formação de público, a balançar as estruturas, a honrar a tradição nas artes cênicas ou traçar pontes com o contemporâneo?
O festival enfoca as artes da cena com atenção à singularidade da dança, do corpo e da performance. Desde 2008 o festival cultiva a experimentação de linguagem, a formação de plateias no Recife (que já foi um dos centros das artes cênicas), mas também se dedica ao
fomento de novos talentos na cidade, e à cooperação dos artistas locais e regionais com estrangeiros, dando ênfase ao intercâmbio com a produção ibero-americana. Enfim, busca a atualização estética tanto do público quanto dos artistas de cena, principalmente os da dança.

Como você interpreta as políticas públicas para as artes da cena do Recife e de Pernambuco? O que é prioritário e urgente?
Indiferente e sem compreensão NENHUMA do papel dos festivais.

Fale brevemente do cardápio dessa edição, os trabalhos. E como foi viabilizada a produção?
A edição de 2022 enfocou à produção artística considerada de superação e enfrentamento tanto dos impactos da pandemia do Covid 19, como das agruras do atual cenário de descaso e precariedade do país no âmbito da cultura. O Festival deu visibilidade a uma produção local que investiu em criação artística presencial, oportunizou a contratação de coreógrafos, técnicos e bailarinos locais, e, assim, contribuiu com a cadeia produtiva da dança do Recife. No âmbito internacional (e seguindo o mesmo raciocínio de consideração de investimento na produção local) o Festival programou os trabalhos desenvolvidos na Região NE (PB e PE) por artistas estrangeiros com artistas brasileiros (Oráculo do Corpo e Orivayá – o vento pediu para a folha dançar), ou trabalhos desenvolvidos fora do país por artistas nordestinos (Pin Dor Ama primeira lição e Santa Barba, ambos de Portugal, são alguns exemplos).
A formação da equipe atendeu aos mesmos requisitos de quem, a despeito das necessidades, manteve-se na produção cultural, resistindo. Diferentemente de anos melhores, nas últimas edições venho, eu mesmo, fazendo a produção executiva. “Bato o escanteio e corro para
cabecear para o gol”.

A praxe dos festivais em Pernambuco é tocar essas iniciativas “na raça”. Isso é motivo de orgulho ou preocupação? E como você vem realizando nos últimos anos?
É motivo de preocupação sobretudo para os festivais consolidados como o Cena
Cumplicidades. Nos últimos anos estamos realizando “na raça” como vc disse.

Neste ano, com previsão para os seguintes, o seu festival integra o CENA EXPANDIDA com mais quatro festivais. O que as artes da cena (e seu público) da cidade do Recife e de Pernambuco ganham com essa ação?
Uma pluralidade incrível de opções e a oportunidade de perceber a força das artes da cena da cidade.

Qual a pergunta que não quer calar?
Quando o poder público vai atentar para o valor de festivais consagrados? Tem resposta? Está no tempo…

 

Deslenhar, do Teatro Miçanga, se apresentou no Transborda

José Neto Barbosa, na leitura Os Titãs, de Paola Trazuk, com direção de Monina Bonelli, na programação do RESIDE FIT-PE. Foto: Pedro Portugal / Divulgação

Outros textos sobre o CENA EXPANDIDA postados:

Cena Expandida na reta final

Festival RESIDE avança na internacionalização com dramaturgia holandesa e proposta argentina *Ação Cena Expandida*

A resistência dos vaga-lumes Feteag chega à 31ª edição*Ação Cena Expandida*

Transborda integra o Cena Expandida

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Cena Expandida em Pernambuco Uma ação articulada com cinco festivais

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Festival Estudantil chega à 14ª edição

Estresse noCallcenter, do Grupo ArtDom abre a programação. Foto: Fernando Figueiroa / Divulgação

Estresse noCallcenter, do Grupo ArtDom abre a programação. Foto: Fernando Figueiroa / Divulgação

Um laboratório de talentos amadores das artes cênicas em pleno exercício de desenvolvimento. O Festival Estudantil de Teatro e Dança (FETED) funciona como vitrine das habilidades artísticas e chega 14ª edição cumprindo essa importante incumbência. Começa nesta quarta-feira (17/08) e segue até o dia 28 de agosto. Reúne neste ano 37 grupos, sendo cinco de teatro infanto-juvenil, sete de teatro adulto e 25 grupos de dança e coreografia. As apresentações ocorrem de quarta a domingo, às 16h, 19h e 20h, no Teatro Apolo, no centro do Recife.

“É uma mostra não competitiva que há 14 anos tem como objetivo a difusão das artes cênicas entre alunos de escolas públicas e privadas, permitindo o incentivo da produção cultural no âmbito escolar, bem como a formação de plateias e de artistas para os palcos profissionais”, conta o produtor cultural Pedro Portugal, idealizador e realizador do evento.

A diversidade da programação permite que sejam exibidas leituras de William Shakespeare como as montagens A Megera Domada, do Grupo de Teatro Dose Humana e Colégio Marista São Luís e Mulheres de Shakespeare, da Academia Santa Gertrudes passando por encenações de dramaturgos pernambucanos como Adriano Marcena, Luiz Felipe Botelho, em Bote a Mão que Ainda tá Quentinha, do Grupo Teatral o Tempo Não Para – SESC Santo Amaro e Os Sacos Vermelhos, da Oficina de Atores do Recife, respectivamente.

A dança também reflete a multiplicidade contemporânea e as coreografias também são marcadas pela variedade de ritmos, que vão do jazz ao xaxado.

A peça Estresse no Call Center, do grupo teatral Artedom, de Olinda, abre a programação do festival. O fechamento fica a cargo da encenação Viva La Vida, com os alunos do Curso Básico de Teatro da Escola Municipal de Arte João Pernambuco, do Recife.

Os homenageados deste ano são o coreógrafo André Madureira e a atriz Fátima Aguiar. A cerimônia de abertura acontece às 18h40 desta quarta, no Apolo.

Coreógrafo André Madureira, homenageado do festival. Foto: Divulgação

Coreógrafo André Madureira, homenageado do festival. Foto: Divulgação

André Madureira é fundador do Balé Popular do Recife, grupo que nasceu em 20 de maio de 1977, e desde lá recriou autos e folguedos populares de Pernambuco. Ganhou fama e partiu para o mundo na na década de 1980, com a turnê do espetáculo Prosopopeia – um auto de guerreiro.

Além do resgate de dança, o BPR permutou passos e ritmos, ao inventar a dança Brasílica, um método com linguagem própria e movimentos diferenciados.

O percurso do BPR é assinalado por altos e baixos. Da glória de circular por três meses pela Europa ao desespero do incêndio de 2009, que destruiu centenas de figurinos e das pesquisas feitas pelo grupo.

O Balé se levantou, sacudiu a poeria e montou As andanças do divino. E agora prepara as comemorações dos 40 anos da associação, que mantém dois subgrupos: Forrobodó e Balé Brasílico. Se ficou interessado, entrar em contato com os responsáveis na sede da instituição Rua do Sossego, n° 52, bairro de Santo Amaro ou ligar no (81)3266-8392 ou pelo e-mail: bale.popular@hotmail.com .

Atriz e diretora Fátima Aguiar, homenageada do festival

Atriz e diretora Fátima Aguiar, homenageada do festival

Fátima Aguiar é uma atriz e educadora com uma folha artística de muitas montagens, como intérprete ou diretora. Desenvolve atividades de formação de plateia e de novos criadores na área de arte-educação. Por sua atuação na peça Agnes de Deus, da Companhia das Artes, recebeu prêmios de melhor atriz e melhor espetáculo no projeto Janeiro de Grandes Espetáculos (2002 e 2004).

O Festival recebe o incentivo do Funcultura, da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).

PROGRAMAÇÃO

Dia 17 de agosto (quarta-feira), 19h.
Estresse no Call Center (Grupo Teatral Artedom – Olinda/PE)
Texto e direção: Thina Neves

Dia 18 de agosto (quinta-feira), 19h
Bote a Mão que Ainda tá Quentinha (Grupo Teatral o Tempo Não Para SESC Santo Amaro) – Recife/PE
Texto: Adriano Marcena; Direção: Flavio Santos

Dia 19 de agosto (sexta-feira), 19h
Mulheres de Shakespeare (Academia Santa Gertrudes – Olinda/PE)
Texto: William Shakespeare; Adaptação e Direção: Gabi Cabral

Dia 20 de agosto (sábado), 16h
As Reticências da Minha Pré-adolescência (Centro Comunitário Vivendo e Aprendendo – Camaragibe/PE)
Texto e Direção: Cláudia Alves

Dia 20 de agosto (sábado), 20h
A Megera Domada (Grupo de Teatro Dose Humana e Colégio Marista São Luís – Recife/PE)
Texto: William Shakespeare; Direção: Fátima Aguiar

Dia 21 de agosto (domingo), 16h
Os Sacos Vermelhos (Oficina de Atores – Recife)
Texto: Luiz Felipe Botelho; Direção: Pollyanna Cabral

Dia 21 de agosto (domingo), 20h
A Mais Forte (Colégio Grande Passo – Recife/PE)
Texto: August Strindberg; Direção: Edinaldo Ribeiro

Dia 24 de agosto (quarta-feira), 19h
A Podridão que Há em Mim (Associação Cultural Boi Menino – Recife/PE)
Texto e Direção: Anderson Leite

Mostra de Dança e Coreografia (dias 25 e 26 de agosto)
Dia 25 de agosto de 2016 (quinta-feira), 19h

Fadas das Estações – Arte Ballet/Colégio Dom – Olinda. Coreografia: Thamara Moreira

Fada Lilás – Espaço de Dança Thamara Moreira – Olinda. Thamara Moreira

Harlequinade – Espaço de Dança Thamara Moreira – Olinda. Thamara Moreira

Paysant – Espaço de Dança Thamara Moreira – Olinda. Thamara Moreira

Amigas de Clara – Espaço de Dança Thamara Moreira – Olinda. Thamara Moreira

Valsa das Flores – Espaço de Dança Thamara Moreira – Olinda. Thamara Moreira

Fayre Doll – Espaço de Dança Thamara Moreira – Olinda. Thamara Moreira

Chão Batido – Colégio Marista São Luís/Grupo Andança – Recife. Julcelio Nobrega Santos

Pássaro Azul – UM HIATO – Luará Espaço de Arte e Dança Cabo de Santo Agostinho. Silas Samarky

Alice, De Maravilha A Maravilha – Luará Espaço de Arte e Dança- Cabo de Santo Agostinho. Coreografia Leide Dornelas

Entre e Elas – Colégio Equipe de Dança – Recife. Coreografia Taynanda Carvalho e Viviane Lira

Baque – Colégio NAP/Grupo NAP de Dança – Recife. Coreografia: Viviane Lira.

Dia 26 de agosto (sexta-feira), 19h

Caranguejo Esperto – Criativo Espaço de Arte – Recife. Coreografia Gigi Albuquerque

África – Colégio Virgem Imaculada – Janga – Paulista. Coreografia Thuan Cesar Nascimento Batista

Xaxado, A dança de Lampião – Escola de Referência Luiz Rodolfo de Araujo Jr – Abreus e Lima. Coreografia: Katyucia Lima

Lampião: Amor Crença e Dança – Cia de Dança Teatro Luardat – Recife. Coreografia: Claudineide Rodrigues.

Morte e Ressurreição do Boi Ta Tá Tá – Grupo Artístico e Cultural Boi Ta Ta Tá – Recife. Coreografia: Coletivo OBS.

Gigi – Escola Gesttus de Dança – Recife. Coreografia: Mayara Mesquita

Por falta d’água – Escola Gesttus de Dança – Recife. Coreografia: Mayara Mesquita

Maiouy – Escola Gesttus de Dança – Recife. Coreografia: Vannina Porto

Shílí – Escola Gesttus de Dança – Recife. Coreografia: Vannina Porto

Coração Confuso – Jazz Heloisa Duque – Recife. Coreografia: Heloisa Duque

Xaxateado – Grupo de Sapateado do Colégio Motivo– Recife. Coreografia: Bianca Morais

Jazz com Groove – Grupo de Jazz do Colégio Motivo– Recife. Coreografia: Bianca Morais

Mistura de Ritmos – Grupo Contemporâneo do Colégio Motivo – Recife. Coreografia: Cristiane Barbosa

Dia 27 de agosto (sábado), 16h
O Labirinto – Academia Santa Gertrudes – Olinda
Texto e direção: Gabi Cabral

Hipérion Escola de Artes apresenta Central Park West Foto: Divulgação

Hipérion Escola de Artes apresenta Central Park West Foto: Divulgação

Dia 27 de agosto (sábado), 20h
Central Park West – Hipérion Escola de Artes – Recife.
Texto: Wood Allen; Direção: Edson Aranha

Dia 28 de agosto (domingo), 16h
Era Uma Vez no Fundo do Mar – Espaço Criança Esperança de Jaboatão- Jaboatão dos Guararapes.
Texto: Elis Costa; Direção: Altino Francisco

Viva La Vida, da Escola de Arte Joao Pernambuco, encerra a mostra. Foto: Fernando Figueiroa /Divulgação

Viva La Vida, da Escola de Arte Joao Pernambuco, encerra a mostra. Foto: Fernando Figueiroa /Divulgação

Dia 28 de agosto (domingo), 20h
Viva La Vida – Escola Municipal de Arte João Pernambuco – EMAJPE – Recife.
Dramaturgia: Fred Nascimento a partir de recorte de textos de Antonin Artaud, Eduardo Galeano, Pablo Neruda, Vladimir Maiakóvski, Victória Santa Cruz e outros autores. Direção: Fred Nascimento.

Serviço
14º Festival Estudantil de Teatro e Dança
Onde: Teatro Apolo, Rua do Apolo, 121 – Recife.
Quando: De 17 a 28 de agosto de 2016
Ingresso: R$ 10 (preço promocional).
Mais informações: (81) 99146-2402 / 99842-1521
E-mail: festivalestudantil@gmail.com
Facebook: festivalestudantil
Instagrma:@festivalestudantil

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