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Dança do Amazonas na Caixa Recife

Cabanagem, com o Corpo de Dança do Amazonas, abre projeto Um Norte Que Dança. Foto: Ruth Jucá

Cabanagem, com o Corpo de Dança do Amazonas, abre projeto Um Norte Que Dança. Foto: Ruth Jucá

Ainda hoje, desconhecemos a magnitude da riqueza da Região Norte do Brasil, a maior em extensão territorial. Segundo o historiador Caio Prado Júnior, no século 19 ocorreu “o mais notável movimento popular do Brasil, o único em que as camadas pobres da população conseguiram ocupar o poder de toda uma província com certa estabilidade”.

Foi a Revolta dos Cabanos ou Cabanagem (1835-40), da província do Grão-Pará (que englobava os atuais estados do Pará, parte do Amazonas, Amapá e Roraima). A diferença de outras rebeliões no período da Regência (1831-1841), – Revolução Farroupilha (1835-1845); Cabanos de Alagoas e Pernambuco (1832-1835), a Sabinada na Bahia (1837-1838); além de outras de menor intensidade – é que os personagens principais foram os povos da selva.

Negros, índios e mestiços, a maioria da população explorada do Grão-Pará, viviam em pequenas ilhas e na beira dos rios em cabanas deploráveis. Revoltados, e com a ajuda de outros grupos revolucionários, armaram uma conspiração para lutar contra a miséria, o latifúndio, a escravidão e os abusos de poder. Em cinco anos de guerrilhas, mais de 30% da população paraense – estimada na época em 100 mil habitantes – foi dizimada.

Cabanagem. Foto: Ruth Jucá

Cabanagem. Foto: Ruth Jucá

Cabanagem espetáculo de Mário Nascimento, com o Corpo de Dança do Amazonas, leva ao palco essa memória de luta e resistência, das batalhas marcadas pela violência e pela ânsia de liberdade. Com movimentos vigorosos que remetem à rebelião, a peça coreográfica lembra a batalha nativista. O espetáculo é inspirado nas obras Uma breve história do Amazonas, de Márcio Souza, e No País das Amazonas, de Marilene Corrêa.

A apresentação de Cabanagem integra o projeto Um Norte Que Dança, formado por três diferentes espetáculos do Corpo de Dança do Amazonas: além de Cabanagem, A Sagração da Primavera e Milongas. A turnê tem ingressos populares a R$ 10 e R$ 5.

Cabanagem tem 45 minutos de duração e será apresentada nesta e na próxima quinta-feira (14 e 21/07), Caixa Cultural Recife. A coreografia foi exibida na programação do Festival Palco Giratório do SESC, no Teatro Luiz Mendonça, em 2011.

A Sagração da Primavera. Foto: Wellington Dantas.

A Sagração da Primavera. Foto: Wellington Dantas.

A Sagração da Primavera, obra icônica dos russos Vaslav Nijinsky e Igor Stravinsky, foi deslocada do ritual pagão eslavo – no qual uma jovem dança até a morte, como oferenda ao Deus da Primavera – para a tribo Tikuna.  A releitura exibe o Ritual da Moça Nova, quando a jovem índia Worecü, ao menstruar pela primeira vez, é apartada do convívio social. Representa a morte do corpo infantil e nascimento do corpo de mulher.

A coreografia assinada pelos bailarinos amazonenses Adriana Góes e André Duarte será mostrada nas sextas-feiras 15 e 22/07. A Sagração da Primavera esteve na programação  da 12ª Mostra Brasileira de Dança e foi apresentada no ano passado, no Teatro de Santa Isabel.

Publicamos no blog sobre A Sagração da Primavera do CDA:
Stravinsky com sotaque amazonense
Sagração da Primavera amazonense

Milongas. Foto: Marcelo Rebouças

Milongas. Foto: Marcelo Rebouças

A terceira peça, Milongas, tem 45 minutos de duração mistura tango tradicional com o eletrônico, e a dança de salão com a dança contemporânea. Mas os diretores artísticos Monique Andrade e Getúlio Lima garantem que essa fusão de técnicas de balé clássico e de tango não destrói a essência das milongas – que surgiu como estilo musical e como dança em Andaluzia (Espanha), no fim do século 19, tornando-se popular no subúrbio de Montevidéu e Buenos Aires e mais tarde foi absorvida pelo tango. As apresentações serão nos sábados 16 e 23/07.

Criado em 1998 pelo Governo do Estado do Amazonas, através da Secretaria de Cultura, o Corpo de Dança do Amazonas (CDA) convida, desde então, artistas do Brasil e exterior para colaborar nas criações.

Com o repertório de três obras, com 16 ou 17 bailarinos em cena, o Corpo de Dança do Amazonas expõe um painel do trabalho desenvolvido pelo grupo. A turnê tem produção executiva de João Fernandes e direção artística de Getúlio Lima.

SERVIÇO
Projeto Um Norte Que Dança
14 e 21 de julho, às 20h, espetáculo Cabanagem;
15 e 22 de julho, às 20h, espetáculo A Sagração da Primavera
16 e 23 de julho, às 20h, espetáculo Milongas
Quanto: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)
Onde: Caixa Cultural Recife (Av. Alfredo Lisboa, 505, Praça do Marco Zero, Bairro do Recife.
Fone: 3425 1906
Ingressos à venda a partir das quartas-feiras.

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Stravinsky com sotaque amazonense

Versão dos coreógrafos Adriana Góes e André Duarte. Fotos: Wellington Dantas

A Sagração da Primavera dos coreógrafos Adriana Góes e André Duarte. Fotos: Wellington Dantas

mbd-22233O ritual do espetáculo A Sagração da Primavera foi deslocado para a tribo Tikunana na releitura do Corpo de Dança do Amazonas. A exuberância da região Norte é transposta para o palco em uma movimentação frenética. A partitura gestual explora as pulsões de fertilidade, os ímpetos sexuais, os hormônios à flor da pele nos jogos juvenis entre machos e fêmeas. A versão amazonense da obra A Sagração da Primavera foi apresentada na penúltima noite da 12ª Mostra Brasileira de Dança, com casa lotada no Teatro de Santa Isabel.

Na saída da apresentação de A Sagração da Primavera uma mulher conversava com seu companheiro que a música a deixou muito nervosa, que achou a peça muito agoniante. Quando estreou, o espetáculo original do compositor russo Igor Stravinsky, com balé em dois atos assinado por Vaslav Nijinsky, causou controvérsia. Com cenário do artista plástico e arqueologista Nicholas Roerich, o lançamento ocorreu no Théâtre des Champs-Élysées, em Paris, no dia 29 de maio de 1913. O público à época não soube assimilar tantas mudanças e subversões musical e coreográfica. Abundaram vaias. A história dessa polêmica sessão quem sabe seja mais popular que a própria obra.

Na versão original coreográfica de Vaslav Nijinsky, uma garota é escolhida como sacrifício à divindade primaveril, no apogeu de um ritual pagão eslavo, com a finalidade de atrair para seu povo uma colheita farta a cada ano. Nesta variante dos coreógrafos Adriana Góes e André Duarte, o ritual da Moça Nova explora o rito de passagem feminino da infância para a fase adulta.

A cada nova montagem os criadores inventam uma historinha. A índia chamada Wörecu menstrua pela primeira vez é privada do convívio social e isolada num cubículo construído pelos índios homens. A coreografia passa por jovens celebrando a primavera sob os acordes brutais de Stravinsky. A sedução dos jovens, o jogo do rapto e o jogo dos rivais, a procissão de adoração à terra, são alguns marcos dos movimentos.

Montagem amazonense transpira sensualidade

Montagem amazonense transpira sensualidade

Essa versão tem um teor sensual forte e apresenta uma dança apaixonada e furiosa. A escolha da virgem a ser sacrificada traz a beleza da possível presa tentado escapar. É um jogo de força. Carregando cestos que são utilizados na coreografia como objetos para colheita e outras atribuições, o elenco numeroso usa um figurino de cores com variações da terra. Os homens dançam sem camisa e esbanjam vigor viril. A iluminações traça os claros e escuros da floresta e pontua os momentos de celebração e os episódios sinistros. Cenas ancestrais e excêntricas. A música de Stravinsky segue desconcertando.

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Sagração da Primavera amazonense

Ritual da Sagração da Primavera do Amazona se passa numa aldeia indígena. Foto: Divulgação

Ritual da Sagração da Primavera do Amazona se passa numa aldeia indígena. Foto: Divulgação

mbd-22233A Sagração da Primavera, composta pelo russo Igor Stravinsky e com coreografia de Vaslav Nijinsky, provocou um escândalo quando estreou em Paris 1913. O mundo da arte parecia que não estava preparado para dissonâncias, ritmos cruzados e politonalidade, de compassos e ritmos variados, para aquela fúria musical. A intensidade gestual e sonora atordoou a plateia que respondeu com agressão contra o elenco e a orquestra da companhia de Ballet Russo, numa cena digna de pastelão. A peça está carregada de referências à música folclórica russa e da Europa Oriental. E mostra um cerimonial pagão eslavo, de uma jovem dança até a morte, como dádiva ao Deus da Primavera. O Grupo Corpo de Dança do Amazonas (AM), conduzidos pelos coreógrafos Adriana Goes e André Duarte, faz uma releitura amazonense do clássico, mas dessa vez com um mergulho na cultura indígena. A Sagração da Primavera é atração do 12ª Mostra Brasileira de Dança, hoje, às 21h, no Teatro de Santa Isabel.

A encenação amazonense desloca a história para a tribo Tikuna, durante o Ritual da Moça Nova. Ao menstruar pela primeira vez, a protagonista (Worecü) passa por um período de reclusão. Nos rituais, Worecü tem seus cabelos arrancados, seus membros amarrados numa simbologia da morte do corpo infantil e o surgimento do corpo adulto. É ritual de passagem, de violência e solidão.

Instituído em 1988 pelo Governo do Amazonas / Secretaria de Estado de Cultura, o Corpo de Dança do Amazonas desenvolve programas com repertório diverso e regularmente convida coreógrafos brasileiros e estrangeiros para parcerias intercâmbios.

Ficha Técnica
Direção artística: Getúlio Lima
Assessoria artística: Mário Nascimento
Música: Igor Stravinsky
Concepção coreográfica e ensaiadores: Adriana Góes e André Duarte
Figurino: Maria Neves
Customização do figurino: Branco Souza e Sumaia Farias
Iluminação: Marcos Apolo
Técnico de palco e luz: Tabbatha Serrão
Produção executiva: João Fernandes
Elenco: Adriana Góes, Ângela Duarte, Baldoíno Leite, Branco Souza, Guilherme Moraes, Helen Rojas, Liene Neves, Marilucy Lima, Nonato Melo, Pammela Fernandes, Raíssa Costa, Rodrigo Vieira, Rosi Rosa, Sumaia Farias, Vanessa Viana, Valdo Malaq e Wellington Carvalho

SERVIÇO
A Sagração da Primavera, com o Corpo de Dança do Amazonas – CDA (Manaus/AM)
Quando: Hoje, às 21h
Onde: Teatro de Santa Isabel
Ingresso: R$ 20 e R$ 10
Indicação: livre

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Maio é mês de Palco Giratório

O mês de maio traz promessas de muitos espetáculos no Recife. Nesta segunda-feira, o Sesc vai anunciar a programação do festival Palco Giratório, que deve tomar conta da cidade a partir do dia 6. Além dos espetáculos que fazem parte do circuito nacional e de grupo convidados, Galiana Brasil, coordenadora do Palco em Pernambuco, já tinha dito que iria privilegiar espetáculos que estão estreando ou que não tiveram tanta visibilidade.

Este ano, temos pelo menos duas novidades. Uma delas é um circuito gastronômico com pratos que vão homenagear espetáculos da programação. A criação seria do chef César Santos. A outra é uma programação chamada Cena bacante, que deve ser realizada no Espaço Muda, ao final das noites, com espetáculos em horários alternativos e celebração.

Estamos sabendo de alguns espetáculos pernambucanos que devem compor a grade. Caetana, por exemplo, da Duas Companhias, deve ser apresentado na próxima sexta-feira, noite da abertura do festival, no Teatro Luiz Mendonça, agregando a casa de espetáculos do Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, ao festival.

Caetana, deve abrir o festival no Luiz Mendonça. Foto: Val Lima

No dia seguinte, deve ser a estreia da montagem Essa febre que não passa, do Coletivo Angu de Teatro, no Teatro Hermilo Borba Filho, no Bairro do Recife. Ainda teremos, provavelmente (afinal, a coletiva é só amanhã!), a estreia de Palhaços, com Williams Santana e Sóstenes Vidal; As joaninhas não mentem, infantil (adulto!) com direção de Jorge Féo; Kléber Lourenço estreando seu projeto Estar aqui ou ali ? e ainda apresentando ao lado de Sandra Possani a peça O acidente; e o Mão Molenga Teatro de Bonecos (selecionado para a circulação nacional do palco) reapresentando na cidade O fio mágico. Esquecemos alguém?

Essa febre que não passa é o quarto espetáculo do Angu de Teatro

Pela programação já apresentada pelo Palco nacional, pelo menos treze grupos de outros lugares devem trazer espetáculos para cá. Olha só quem são esses grupos e as sinopses dos espetáculos:

Cia. Dita (CE)
Espetáculo De-vir
Sinopse: Quatro performers pontuando as interferências do corpo com seu ambiente. O corpo entendido como uma mídia que avança por acelerações, rupturas, diminuições de velocidade, desmembrando, constantemente, uma nova roupagem. De-vir propõe intensificar esses movimentos ondulatórios engendrando a idéia de um novo design, que pode re-compor a disposição e a ordem dos elementos essenciais que compõem as estruturas físicas de uma pessoa.

Grupo: Corpo de Dança do Amazonas (AM)
Espetáculo: Cabanagem
Sinopse: Foi uma revolta popular em que negros, índios e mestiços insurgiram contra a elite política regencial. A pesquisa para o espetáculo partiu da literatura de Márcio Souza e Marilene Corrêa. A obra não é narrativa. O espetáculo apropria-se da essência da Cabanagem e utiliza a linguagem de Mário Nascimento para traduzir o espírito de resistência, de luta, de revolta, de preservação das culturas de determinado local.

Grupo: Cia do Tijolo (SP)
Espetáculo: Concerto de Ispinho e Fulô
Sinopse: Uma Rádio Conexão SP/Assaré anuncia que uma Cia de Teatro de São Paulo chega para entrevistar o Poeta Patativa. O que seria uma entrevista costumeira se transforma num diálogo entre o popular e o erudito, o urbano e rural e culmina com a denúncia de um dos primeiros ataques aéreos contra civis em território brasileiro que não está nos livros de história.

Concerto de Ispinho e Fulô, Cia do Tijolo

Grupo: Armatrux (MG)
Espetáculo: No pirex
Sinopse: Boquélia (A dona da casa), Bencrófilo ( O garçom jovem), Bonita (A cozinheira), Ubaldo ( O garçom velho), e Alcebíades (O velho) são os cinco personagens que, em volta de uma mesa, dão vida a essa história que mais parece um pesadelo cômico. Ou um jantar surrealista? Uma festa macabra? Uma versão gótica do Mad Tea Party do país das maravilhas? Tudo isso ou nada disso: a piração do No Pirex é aberta a múltiplas leituras do público.

No pirex, da Armatrux

Grupo: Teatro Independente (RJ)
Espetáculo: Rebú
Sinopse: Em Rebú, Matias e Bianca são recém-casados e moram numa casa isolada em meio a um descampado. O jovem casal prepara-se para receber Vladine, irmã adoentada de Matias, que traz junto seu bem mais precioso: Natanael, uma espécie de filho. A hiperbólica e exigida cautela com a saúde da hóspede e a presença do seu acompanhante fazem com que Bianca, aos poucos, crie uma rivalidade com ambos, levando o embate às últimas conseqüências.

Grupo: Namakaca (SP)
Espetáculo: É nóis na xita
Sinopse: Mostra o convívio entre três personagens: os palhaços Cara de Pau, Montanha e Cafi, que disputam os aplausos do público, aceitando os próprios equívocos como fonte de inspiração e improvisação. Utilizando-se de linguagem e técnicas circenses como malabarismo, monociclo, acrobacias, equilibrismo e palhaçadas, o espetáculo é também musical, brincando com instrumentos como o cavaquinho, o pandeiro e diferentes efeitos percussivos.

Grupo: Amok (RJ)
Espetáculo: O dragão
Sinopse: É uma criação sobre o conflito entre israelenses e palestinos a partir de fatos e depoimentos reais. Através do olhar de quatro personagens – dois palestinos e dois israelenses, de suas trágicas histórias e de suas humanidades expostas, o Amok Teatro propõe revelar o interior das pessoas nesta experiência comum da dor, onde as diferenças não separam mais, mas simplesmente as distingue e as religa. Ultrapassando as barreiras históricas e geográficas, o espetáculo coloca em foco o homem, diante da violência de sua época.

O dragão, da Amok. Crédito: Fernanda Ramos

Grupo: Cia. Polichinelo (SP)
Espetáculo: Frankenstein
Sinopse: Em seu laboratório, Victor Frankenstein está muito ocupado costurando uma imensa criatura e para que todos saibam de sua proeza, Victor anota tudo em seu diário. Depois de atingida por um raio, a criatura finalmente ganha vida, mas é abandonada por Victor que, com medo de sua própria criação, foge para longe, deixando de lado seu experimento. Com medo, as pessoas recusam se aproximar do “monstro”, mas ele encontra amizade em alguns pequenos momentos.

Grupo: Moitará (RJ)
Espetáculo: Quiprocó
Sinopse: É um espetáculo lúdico, que se alimenta do universo cultural brasileiro para criação de “tipos” genuínos, com seus sonhos, crenças e costumes, fazendo alguns paralelos entre os arquétipos e a Commedia Dell’Arte. Num encontro oportunista, três “personagens-tipos” – cada um na sua rotina – tentam saciar seus desejos, utilizando artimanhas de sobrevivência e, num jogo divertido de quiproquós, são deflagrados conflitos dos sentimentos humanos.

Grupo: Persona Cia de Teatro & Teatro em Trâmite (SC)
Espetáculo: A galinha degolada
Sinopse: Conta a história do casal Mazzini-Ferraz e seus 4 filhos. Portadores de uma doença mental incurável, os meninos sofrem todas as conseqüências da falta de amor entre os pais. Passado certo tempo, nasce uma menina, que não é acometida pela mesma doença, mas que acaba revelando o verdadeiro sentido da falta de cuidado e amor do casal.

Grupo: Delírio (PR)
Espetáculo: O evangelho segundo São Mateus
Sinopse: A partir do acontecimento dramático do desaparecimento de um filho e seu hipotético retorno à casa dos pais, depois de um longo período, mãe, namorada, irmão e pai iniciam uma investigação emocional e psicológica pelos caminhos percorridos pelo rapaz em sua longa ausência. Esse conflito familiar é o ponto de partida para uma longa reflexão sobre a condição humana, no que ela tem de bela, doce, engraçada, cruel e trágica. O Evangelho de Mateus surge então como palavra utilizada para discorrer sobre o homem e seus descaminhos. Mateus, o filho que retorna é um segredo a ser desvendado pelo público.

O evangelho segundo São Mateus, Grupo Delírio

Grupo: Caixa do Elefante (RS)
Espetáculo: A tecelã
Sinopse: Uma tecelã, capaz de converter em realidade tudo o que tece com seus fios, busca preencher o vazio de seus dias criando, para si, o suposto companheiro ideal. O espetáculo trata, de forma poética, da solidão feminina, das dificuldades de relacionamento e do poder criativo como possibilidade de transformação.

Grupo: IN.CO.MO.DE-TE
Espetáculo: Dentro fora
Sinopse: O espetáculo é uma metáfora sobre o ser humano contemporâneo. Conta o momento de duas personagens, chamadas apenas Homem e Mulher, que se encontram presos dentro de duas caixas. A peça explicita a imobilidade do ser humano perante a vida.

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