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Trupe Loucos e Oprimidos da Maciel celebra Salles

Carlos Salles no espetáculo Polo Marginal foto Miguel Igreja

Carlos Salles no espetáculo Polo Marginal foto Miguel Igreja

Soube da morte do ator e diretor Carlos Salles por Pedro Dias, que me marcou no Facebook. Imediatamente pensei “tão jovem”, mesmo sem saber sua idade. E tão batalhador, dedicado ao teatro popular, das ruas e dos palcos. Fiz as perguntas de sempre, como, quando, por quê? E Pedro falou que Salles era diabético. E que tinha sofrido uma parada cardíaca na quinta-feira. Foi internado na UTI do Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco (Procape). E até conversou e brincou com os amigos no sábado. Mas no domingo teve nova parada e não resistiu.

Lembro-me de Carlos Salles nos festivais de teatro de rua. Acho que do Grupo Cênico Arteatro, há muitos anos. O primeiro espetáculo do grupo foi Taperoá de Ariano, em 1986, e a trupe atuou até meados dos anos 1990.

Reencontrava com ele nos eventos, ele sempre discreto, mas firmas nas suas posições, com aqueles olhos tristes, mas que sempre procurava ser divertido. E aquele pouco de gagueira desconcertava seu interlocutor.

Neste sábado, o Grupo de Teatro de Rua Loucos e Oprimidos da Maciel e a Cia. Macambira de Teatro comandam uma homenagem ao artista com a performance Atos Poéticos Loucos e Marginais. Está marcado para hoje às 20h, em frente à Igreja Matriz da Boa Vista (Rua da Imperatriz), local onde Salles estreou os dois espetáculos do Grupo de Teatro de Rua Loucos e Oprimidos da Maciel, Do Moço e do Bêbado Luna e Polo Marginal.

A missa de sétimo dia do ator e diretor será celebrada, às 18h, na mesma Matriz da Boa Vista. As apresentações serão após a missa, com trechos dos dois espetáculos. Nos quadros Minuto de Fama e Meta Bronca o público pode participar.

Na apresentação em Muribeca, sentado, de meias amarelas. Foto: Aldeia Yapoatã

Na apresentação em Muribeca, sentado, de meias amarelas. Foto: Aldeia Yapoatã


A trajetória de Salles como diretor começou em 1990, com a encenação de Valsa n° 6, de Nelson Rodrigues, que ele viria a remontar em 2011, em parceria com a Companhia Macambira de Teatro.

O foco com o Grupo de Teatro de Rua Loucos e Oprimidos da Maciel eram as adaptações de textos de poetas marginais pernambucanos.

Com o grupo participou da programação da segunda edição da Aldeia Yapoatan – Mostra de Artes em Jaboatão dos Guararapes, em 20 de setembro, quando apresentou O Encanto de Jaboatão dos Guararapes (ou seria Polo Marginal, o título original?!), na Associação Comunitária de Muribeca.

Esperamos que o Grupo de Teatro de Rua Loucos e Oprimidos da Maciel dê sequência ao trabalho do guerreiro Carlos Salles.

Com o grupo participou da segunda edição da Aldeia Yapoatan - Mostra de Artes em Jaboatão dos Guararapes, em setembro

Com o grupo participou da programação da segunda edição da Aldeia Yapoatan – Mostra de Artes em Jaboatão

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Nelson Rodrigues no Arraial

Viúva, porém honesta será encenada na Rua da Aurora. Foto: Pollyanna Diniz

Nelson Rodrigues ainda está rendendo nos palcos pernambucanos, ainda bem! Desta vez, no Teatro Arraial, na Rua da Aurora, 457, Boa Vista. Hoje, às 19h, o grupo Magiluth e os diretores Cláudio Lira e Carlos Bartolomeu participam de uma mesa redonda. Vão discutir o tema “Nelson Rodrigues nos palcos recifenses”. Já amanhã e sexta-feira, também às 19h, o Magiluth volta a apresentar a sua versão de Viúva, porém honesta. E no sábado, no mesmo horário, a Cia. Macambira de Teatro faz uma leitura dramatizada seguida de roda de diálogo do texto Perdoa-me por me traíres. Toda essa programação é gratuita, mas está sujeita à lotação da sala (94 lugares).

Escrevemos sobre Viúva, porém honesta.

E queria publicar um teaser do espetáculo O beijo no asfalto, direção de Cláudio Lira, que estreou no centenário de Nelson Rodrigues no Teatro Dulcina, no Rio de Janeiro, e será apresentado em outubro, no Teatro de Santa Isabel.

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