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Mané Gostoso e Seu Rei chegam a São Paulo

Espetáculo é inspirado na literatura de cordel e no teatro de mamulengo. Foto: Rogério Alves - Sobrado423

Espetáculo é inspirado na literatura de cordel e no teatro de mamulengo. Foto: Rogério Alves – Sobrado423

A Cia Meias Palavras, companhia pernambucana que trabalha a partir do encontro entre teatro, literatura e oralidade, faz uma curta temporada em São Paulo com os dois espetáculos do seu repertório: As travessuras de Mané Gostoso e Seu Rei Mandou.

As travessuras de Mané Gostoso é cheio de referências à cultura popular, dialogando com a literatura de cordel e o teatro de mamulengos. Segundo o historiador, antropólogo, advogado e jornalista Câmara Cascudo, Mané Gostoso é um dos personagens do cavalo-marinho. Virou também brinquedo popular nos interiores pelo país afora. O texto de autoria de Luciano Pontes, que também está no elenco ao lado de Arilson Lopes e de Samuel Lira (responsável ainda pela trilha sonora ao vivo), traz figuras de histórias populares, como a mocinha Anarina, o forasteiro e vilão Bibiu, a fofoqueira Comadre Zuzinha e o cabo Zé Firmino. A história vai se desenrolando, ou enrolando cada vez mais, sempre a partir de uma disputa. Mané Gostoso e Bibiu duelam pelo amor de Anarina, por exemplo; e a alma de Mané Gostoso se torna alvo da peleja entre o anjo e o diabo. É um espetáculo divertido, potente, uma dramaturgia que não menospreza o público infantil e cativa também os adultos. Mas, sobretudo, é uma montagem potencializada pelo trabalho e talento dos atores, que contaram na direção com Fernando Escrich.

Seu Rei Mandou é um trabalho de ator Luciano Pontes, que assina ainda texto, direção e figurinos. No palco, ele conta com a participação do músico Gustavo Vilar. A peça é reflexo de uma ampla pesquisa sobre tradição oral, narração e contação. Com histórias que tratam do universo fabuloso dos reis, através de releituras cômicas e poéticas, ora críticas, mas sempre lúdicas, Seu Rei Mandou recupera o prazer em ouvir histórias e devolve ao público o rico imaginário dos contos populares. O espetáculo promove um diálogo entre a contação de histórias, a música e o teatro de formas animadas, para falar da trajetória de tirania, bravura, esperteza e bonanças de três reis. Três contos são levados ao palco: A Lavadeira Real, O Rato que roeu a Roupa do Rei de Roma e O Rei chinês Reinaldo Reis.

Ficha Técnica: As Travessuras de Mané Gostoso

Texto: Luciano Pontes
Direção: Fernando Escrich
Trilha original composta: Fernando Escrich
Letras: Fernando Escrich e Luciano Pontes
Cenário e Bonecos: Rai Bento
Figurinos: Joana Gatis
Assistente de Figurino: Gabriela Miranda
Iluminação: Luciana Raposo
Preparação Vocal e Musical: Carlos Ferreira
Preparação Corporal: Maria Acselrad
Elenco: Arilson Lopes, Samuel Lira e Luciano Pontes
Participação voz Acalanto de Anarina: Isadora Melo
Confecção dos Bonecos: Tonho de Pombos, Bila, Genilda Felix e Rai Bento
Adereços: Álcio Lins, Fábio Caio, Rai Bento, Gabriela Miranda e Joana Gatis
Design Gráfico: Hana Luzia
Ilustração: Luciano Pontes
Idealização e Realização: Cia Meias Palavras

Seu Rei Mandou traz histórias de realeza. Foto: Sheila Oliveira

Seu Rei Mandou traz histórias de realeza. Foto: Sheila Oliveira

Ficha técnica: Seu Rei Mandou

Criação, adaptação e concepção: Luciano Pontes
Intérprete: Luciano Pontes
Músico: Gustavo Vilar
Pesquisa musical, composição e arranjos: Gustavo Vilar e Luciano Pontes
Figurinos: Luciano Pontes
Iluminação: Luciana Raposo
Idealização e Realização: Cia Meias Palavras

Serviço:
As Travessuras de Mané Gostoso
Quando: Sábados, às 11h, de 5 a 26 de agosto
Onde: Teatro Anchieta (Sesc Consolação)
Quanto: R$ 17 e R$ 8,50 (meia-entrada). Crianças até 12 anos não pagam

Seu Rei Mandou
Quando: Domingos, às 15h e às 17h, de 13 a 27 de agosto
Onde: Sesc Pinheiros – Auditório, 3º andar
Quanto: R$ 17 e R$ 8,50 (meia-entrada). Crianças até 12 anos não pagam

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Sesc Piedade amplia Dia do Teatro

Em Angelicus Prostituto, Douglas Duan interpreta o Demônio. Foto: André Nery

Em Angelicus Prostitutus, Douglas Duan interpreta o Demônio. Foto: André Nery

Criado em 1961 pelo Instituto Internacional do Teatro (ITI), quando da fundação do Teatro das Nações, em Paris, o dia mundial do teatro é comemorado anualmente em 27 de março. Desde 80.000 anos a.C. essa arte muito antiga vem se transformando, assinalada por rituais e muitas histórias; e atravessada por questionamentos de todas as ordens no contemporâneo. A fogueira é outra daquelas épocas primitivas, mas o fogo prossegue a arder e incendiar espíritos criativos.

O Sesc Piedade (PE) resolver ampliar as celebrações do Dia Mundial do Teatro e o Dia Nacional do Circo. Desde domingo realiza a Semana do Teatro, com nove apresentações de espetáculos. A programação segue até o dia 19 de março, no Teatro Samuel Campelo, no Colégio Divino Mestre, na própria unidade do Serviço Social do Comércio e na Praça do Viaduto de Prazeres , todos em Jaboatão dos Guararapes, com acesso gratuito.

Rapha Santacruz interpreta o pupilo, aperfeiçoar os seus dons ilusionistas

Rapha Santacruz interpreta o pupilo, aperfeiçoar os seus dons ilusionistas

As pessoas querem ser reconhecidas. Não é diferente para um jovem mágico, que busca os elogios de seu mestre. Na peça Haru – a primavera do aprendiz o espaço-tempo busca ativar a imaginação do espectador. A história ocorre numa tenda de feira livre, onde mora um mestre aparentemente oriental. O pupilo Haru – nome em japonês para “primavera” -, é defendido pelo ilusionista Raphael SantaCruz.

Os dois personagens inventam um universo paralelo, quando o do tempo que não se mede com os ponteiros do relógio. Nesse lugar, o ilusionismo revela segredos ocultos e transforma a realidade. Em Haru são apresentados vários truques mágicos . A peça é dirigida por Marcondes Lima, com iluminação de Eron Vilar e trilha sonora de Marcelo Sena.

Fruto de pesquisa sobre o teatro medieval e renascentista, o espetáculo Angelicus Prostitutus, com direção de Rudimar Constâncio e elenco do Grupo Matraca de Teatro, formado no Sesc de Piedade, faz uma apresentação amanhã. O tema da prostituição é explorado nas mais variadas facetas. A sexual é a mais conhecida, mas há outras, como aponta o texto, a partir de aparelhos ideológicos, como igreja, estado e família.

Com o espírito dos autos medievais, a peça explora as interferências divinas e punições. A dramaturgia é assinada por Hamilton Saraiva (1934-2005), dramaturgo, ator, diretor e pesquisador fluminense. A comédia expõe uma humanidade corrompida. Arquétipo do homem comum, Angelicus assassina, envenena, mente e rouba. O personagem é julgado por Nossa Senhora e pelo Demônio, após a morte.

O elenco é composto por 12 atores, que também cantam, tocam instrumentos e executam números circenses. Entre os veteranos estão Marcelino Dias, Carlos Lira e Célia Regina.

Ainda estão previstas as apresentações de Caliban, Bote a mão que ainda tá quentinha, Homenagem ao Malandro, Luzia no Caminho das Águas, As Travessuras de Mané Gostoso. O encerramento é com a montagem Sebastiana e Severina, do Teatro Kamikaze, que mostra duas rendeiras que sonham em encontrar um príncipe encantado para casar. A distribuição de senhas de acesso é realizada uma hora antes do início de cada peça .

SERVIÇO
Semana do Teatro – Sesc Piedade
De 13 a 19 de março
Locais: Sesc Piedade, Teatro Samuel Campelo e o Colégio Divino Mestre
Entrada gratuita

Programação

Dia 13/03 (domingo), 16h.
Aboio – Toada Ligeira para Surubim – Grupo Proscênio
Onde: Praça do Viaduto de Prazeres

Dia 14/03 (segunda), 19h30
Curral Grande – Grupo do Curso de Interpretação para Teatro – Sesc Piedade
Onde:: Sesc Piedade

Dia 15/03 (terça),16h
Haru – A Primavera do aprendiz
Onde:: Teatro Samuel Campelo

Dia 15/03 (terça), 19h30
Caliban – Companhia Fiandeiros de Teatro
Onde:: Sesc Piedade

Dia 16/03 (quarta), 19h30
Angelicus Prostitutus – Grupo Matraca
Onde:: Teatro Samuel Campelo

Dia 17/03 (quinta), 15h
Bote a mão que ainda tá quentinha – Grupo Teatral o Tempo Não Para
Onde:: Sesc Piedade

Dia 17/03 (quinta), 19h30
Homenagem ao Malandro – Grupo do Curso de Interpretação para Teatro – Sesc Piedade
Onde:: Teatro Samuel Campelo

Dia 18/03 (sexta), 16h
Luzia no Caminho das Águas – Grupo Engenho de Teatro
Onde:: Teatro Colégio Divino Mestre

Dia 18/03 (sexta), 16h
As Travessuras de Mané Gostoso – Cia Meias Palavras. Recife-PE
Onde:: Teatro Samuel Campelo

Dia 19/03 (sábado), 16h
Sebastiana e Severina -Teatro Kamikaze. Recife-PE
Onde:: Teatro Samuel Campelo

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Vem brincar com o Mané Gostoso

Arilson Lopes e Luciano Pontes, e o músico Samuel Lira no centro, na peça As Travessuras de Mané Gostoso. Foto: Divulgação

Arilson Lopes, Samuel Lira e Luciano Pontes em As Travessuras de Mané Gostoso.

Luciano Pontes e Arilson Lopes são dois atores criativos e luminosos. Ambos participam dos Doutores da Alegria (Recife). E agora estão juntos também no espetáculo As Travessuras de Mané Gostoso, da Cia Meias Palavras. A peça estreia hoje e fica em cartaz aos sábados e domingos de agosto, às 16h30, no Teatro Marco Camarotti, no Sesc de Santo Amaro.

A encenação é de Fernando Escrich e leva ao palco o famoso brinquedo popular e mistura com outras histórias como a mocinha Anarina, o forasteiro e vilão Bibiu, a fofoqueira Comadre Zuzinha e o cabo Zé Firmino. O texto é de Luciano Pontes. Samuel Lira executa a trilha sonora ao vivo.

Os bonecos utilizados na peça foram idealizados por Rai Bento, integrante do grupo mineiro Giramundo, e confeccionados pelo mestre Tonho de Pombos, Bila e Genilda Felix, e o próprio Rai Bento. Os figurinos de Joana Gatis remetem à xilogravura.

A brincadeira inicia antes do espetáculo começar, quando a plateia pode escolher quem vai interpretar Mané Gostoso, Luciano Pontes ou Arilson Lopes.

Serviço
Peça As Travessuras de Mané Gostoso
Quando: Sábados e domingos de agosto, às 16h30
Onde: Teatro Marco Camarotti – Sesc Santo Amaro, Recife
Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia)

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