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Balé de São Paulo em três movimentos

Coreografia Balcão do amor. Foto: Sylvia Masini

Coreografia Balcão do amor. Foto: Sylvia Masini

mbd-22233A longevidade e o rigor técnico do elenco e da equipe artística são marcas reconhecidas do Balé da Cidade de São Paulo. Na 12ª Mostra Brasileira de Dança a companhia apresenta três coreografias: Uneven, de Cayetano Soto; O Balcão de Amor, do israelense Itzik Galili e Cantata, do italiano Mauro Bigonzetti. O programa expõe três facetas desse grupo de 47 anos de trajetória. As sessões são hoje, às 20h30 e amanhã, às 20h, no Teatro de Santa Isabel.

O espanhol Soto é conhecido por suas coreografias complexas e imprevisíveis. Em Unevem os bailarinos executam movimentos minuciosos para projetar a sensação de estar fora do eixo, ressaltando no desenho de palco o sentido do desequilíbrio. A música de David Lang é tocada pelo violoncelista Raïf Dantas.

A música O Balcão de Amor, do cantor cubano Pérez Valdez (1916-89) é a inspiração direta da coreografia O Balcão do Amor, de Itzik Galili. O mambo impulsiona essa peça sexy, repleta de energia, alegre, ágil e com toques de humor. O espetáculo ausculta o sentimento do título que move o ser humano.

Pense numa paixão explosiva! Cantata cria em gestos e movimentos a atração física e os atritos de uma relação caliente no Mediterrâneo. Com as cores vibrantes do sul da Itália.

SERVIÇO
Uneven, do espanhol Cayetano Soto; O Balcão de Amor, do israelense Itzik Galili e Cantata, do italiano Mauro Bigonzetti
Grupo: Balé da Cidade de São Paulo – BCSP (São Paulo/SP) dirigido por Iracity Cardoso
Quando: Hoje, 20h30 e amanhã, às 20h
Onde: Teatro de Santa Isabel
Quanto: R$ 20 e R$ 10

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O Recife dança com desenvoltura

Grupo mineiro abre programação com espetáculo Entre os Céus e as Serras. Foto: Guto Muniz

Grupo mineiro abre programação com espetáculo Entre os Céus e as Serras. Foto: Guto Muniz

mbd-22233A 12ª edição da Mostra Brasileira de Dança começa hoje com uma programação que inclui mais de 30 apresentações de grupos e companhias de nove estados brasileiros. A abertura oficial no Santa Isabel, às 20h, conta com o espetáculo Entre os Céus e as Serras, com direção cênica de Cristina Machado. A Cia. de Dança Palácio das Artes explora diversas referências culturais do período barroco e da formação da identidade do povo mineiro. A religiosidade, o domínio português e a resistência da cultura negra, o contato do homem com a natureza e os desdobramentos dessas vivências ganham forma nos corpos dos bailarinos e nas coreografias do grupo.

Desde o dia 27 de julho que a Mostra Brasileira de Dança (MBD) realiza algumas atividades culturais como parte da movimentação pré-Mostra. Até 15 de agosto serão totalizadas cerca de 50 atividades culturais em nove equipamentos da cidade. Confira as programação completa dos espetáculos abaixo.

Paulo de Castro e Íris Macedo, produtores da MBD. Foto: Rogério Alves

Paulo de Castro e Íris Macedo, produtores da MBD. Foto: Rogério Alves

Nesse momento de crise é um feito manter a estrutura do festival, organizado pela diretora Íris Macedo e pelo produtor cultural Paulo de Castro. A iniciativa conseguiu R$ 650 mil em dinheiro e em serviços: Patrocínio master dos Correios, no valor de R$ 350 mil, e apoios em serviços da Prefeitura do Recife (R$ 40 mil) e do Governo do Estado (R$ 30 mil), além de incentivo da Fundação Nacional de Arte (Funarte).

O evento preza pela diversidade, inclui na programação grupos locais e grandes companhias que têm dificuldade de acesso e circulação. A maior característica da mostra é não ter caráter competitivo. A expectativa de público é de 15 mil pessoas, contra 12 mil do ano passado. Os ingressos para todos os espetáculos custam R$ 20 e R$ 10 (meia).

Saudades de mim é dirigido pelo coreógrafo da comissão de frente da Unidos da Tijuca, Alex Neoral Foto: Paula Kossatz

Saudades de mim é dirigido pelo coreógrafo Alex Neoral Foto: Paula Kossatz

Saudade de mim, é uma montagem que faz parte das celebrações de 15 anos da Focus Cia de Dança. Nessa encenação, o coreógrafo Alex Neoral junta vários personagens de várias músicas de Chico Burarque. Pedro, Maria, Bárbara, Juca, Nina, entre outros que passam a se relacionar entre as canções Construção, Olha Maria, Trocando em miúdos, Valsinha. O espetáculo cruza pinturas históricas de Cândido Portinari – como O espantalho, Casamento na roça e O mestiço – para construir a narrativa.

Cantata é inspirada na cultura italiana. Foto: Mauro Bigonzetti / Divulgação

Cantata é inspirada na cultura italiana. Foto: Mauro Bigonzetti / Divulgação

O Balé da Cidade de São Paulo comparece com três coreografias: Uneven, do catalão Cayetano Soto; o duo O Balcão de Amor, do israelense Itzik Galili; e Cantata, do italiano Mauro Bigonzetti. Convite praticamente irresistível. Uneven apresenta o sentimento de estar fora do eixo, esboçando o sentido de desequilíbrio físico. O Balcão de Amor é peça cheia de energia, um dueto sexy e com ingredientes absurdos, inspirada pela música homônima, do cantor cubano Pérez Valdez (1916-89). Já Cantata é uma explosão coreográfica com as cores vibrantes do sul da Itália. A relação amorosa é repleta de gestos apaixonados que evocam uma beleza selvagem do Mediterrâneo.

A MBD também é uma oportunidade de conferir espetáculos pernambucano que estiveram por pouco tempo em cartaz. Três Mulheres e Um Bordado de Sol, da Compassos Cia. de Danças investe em três personalidades femininas da música, das artes plásticas e da literatura. Uma pernambucana nascida na Ucrânia, Clarice Lispector; a francesa Edith Piaf e Frida Kahlo, que transformou sua dor em cores do México.

O Grupo Experimental de dança faz sessões do Breguetu (brega é tu). O espetáculo investiga, a partir de uma narrativa de dança-teatro o universo brega na música, moda ou dança, buscando também despertar um pensamento crítico sobre o gênero.

Imagens Não Explodidas, da Cia. Etc. com direção de Marcelo Sena (E)

Imagens Não Explodidas, da Cia. Etc. com direção de Marcelo Sena (E)

Imagens Não Explodidas, da Cia Etc tem como uma das inspirações o livro Filosofia da Música, do filósofo Giovanni Piana. O espetáculo busca estabelecer um diálogo entre o pensamento musical e o coreográfico, a partir das experiências e estudos do bailarino Marcelo Sena.

A religiosidade do compositor baiano Dorival Caymmi, filho de Xangô, menino abandonado pela mãe quando contava três anos e que foi educado num terreiro de candomblé para ser o obá (um tipo de coordenador do terreiro), são ingredientes do espetáculo Dorival Obá. A coreografia do grupo Vias da Dança é assinada pelo ator e bailarino Juan Guimarães. No elenco estão Thomas de Aquino Leal, Júlia Franca, Natália Brito, Rayssa Carvalho e Simone Carvalho.

PROGRAMAÇÃO

Entre o céu e as serras tem direção de . Foto: Guto Muniz

Entre o Céu e as Serras tem direção de Cristina Machado. Foto: Guto Muniz

05/08 – 20h
Onde: Teatro de Santa Isabel
Entre o Céu e as Serras
Cia. de Dança Palácio das Artes (Belo Horizonte/MG)
Direção: Cristina Machado

06/08- 19h
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho
Três Mulheres e Um Bordado de Sol
Compassos Cia. de Danças (Recife/PE)
Direção: Raimundo Branco

06/08 – 20h30
Onde: Teatro de Santa Isabel
Entre o Céu e as Serras
Grupo: Cia. de Dança Palácio das Artes (Belo Horizonte/MG)
Direção: Cristina Machado

07/08 – 19h
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho
Caminhos
Grupo:Fábio Soares (Condado/PE)
Direção: Fábio Soares (Fabinho)

Dança embalada pelos sons de Chico e os tons de Portinari. Foto: Bel Acosta

Dança embalada pelos sons de Chico e os tons de Portinari. Foto: Bel Acosta

07/08 – 21h
Onde: Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)
Saudade de Mim
Grupo:Focus Cia. de Dança (Rio de Janeiro/RJ)
Direção: Alex Neoral

08/08- 19h
Onde: Teatro Apolo
Toque
Grupo: Aria Social (Jaboatão dos Guararapes/PE)
Direção: Carla Machado

08/08- 19h
Onde: Teatro Apolo
Les Sylphides
Grupo: Academia Fátima Freitas (Recife/PE)
Direção: Fátima Freitas

08/08- 19h
Onde: Teatro Apolo
Pé de Raiz
Grupo: Step Evolution (Recife/PE)
Direção: Levi Costa

08/08 – 19h
Onde: Teatro Apolo
Mostra Coreográfica de Grupos Em FormaçãoTudo Em Um Corpo Por Liberdade
Grupo: Grupo InterCruzados (Recife/PE)
Direção: Carla Santana

08/08 – 19h
Onde: Teatro Apolo
Mostra Coreográfica de Grupos Em FormaçãoLa Fille Mal Gardée / II Ato
Grupo: Ballet Cláudia São Bento (Recife/PE)
Direção: Cláudia São Bento

08/08 – 19h
Onde: Teatro Apolo
Nêga, Que Baque é Esse?
Grupo: Núcleo de Formação de Bailarinos da Cia. Nós em Dança (Paulista/PE)
Direção: Élide Leal

08/08- 19h
Onde: Teatro Apolo
Alegria Em Movimento
Grupo: Rafael Guimarães (Recife/PE)
Direção: Rafael Guimarães

08/08 – 19h
Onde: Teatro Apolo
Suíte Clássica
Grupo: Grupo de Ballet Stúdio de Danças (Recife/PE)
Direção: Cláudia São Bento

08/08 – 19h
Onde: Teatro Apolo
Catirinada
Grupo: Cia. Pé-Nambuco de Dança (Recife/PE)
Direção: Wagner Max

08/08 – 19h
Onde: Teatro Apolo
O Duelo
Grupo: Cia. Cadências (Recife/PE)
Direção: Liliana Martins

08/08 – 19h
Onde: Teatro Apolo
Muito Obrigado Axé
Grupo: Cia. Malungo (Recife/PE)
Direção: Marina Souza

08/08 – 19h
Onde: Teatro Apolo
Graciosa
Grupo: Babi Johari (Recife/PE)
Direção: Babi Johari

08/08 – 19h
Onde: Teatro Apolo
Mostra Coreográfica de Grupos Em FormaçãoVariações Clássicas
Grupo: Aria Social (Jaboatão dos Guararapes/PE)
Direção: Maria Inêz Lima

08/08 – 20h30
Onde: Teatro de Santa Isabel
Uneven – O Balcão do Amor – Cantata
Grupo: Balé da Cidade de São Paulo – BCSP (São Paulo/SP)
Direção: Iracity Cardoso

09/08 – 16h30
Onde: Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)
Lágrimas da Lua – Um Musical Villa-Lobos
Grupo: Cia. Sopro-de-Zéfiro/Cecília Brennand e Aria Social (Jaboatão dos Guararapes/PE)
Direção: Cecília Brennand

09/08 – 18h e 20h
Onde:: Espaço Experimental
Breguetu
Grupo: Grupo Experimental (Recife/PE)
Direção: Mônica Lira

09/08 – 20h
Onde: Teatro de Santa Isabel
Uneven – O Balcão do Amor – Cantata
Grupo: Balé da Cidade de São Paulo – BCSP (São Paulo/SP)
Direção: Iracity Cardoso

12/08 – 19h
Onde: Teatro Apolo
Imagens Não Explodidas
Grupo: Cia. Etc. (Recife/PE)
Direção: Marcelo Sena

12/08 – 20h
Onde: Teatro de Santa Isabel
Plagium?
Grupo: Cia. Dançurbana (Campo Grande/MS)
Direção: Marcos Mattos

13/08 – 19h
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho
Dorival Obá
Grupo: Cia. Vias da Dança (Recife/PE)
Direção: Juan Guimarães

13/08 – 20h
Onde: Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)
Naipí & Tarobá – A Lenda das Cataratas do Iguaçú
Grupo: Cia. Eliane Fetzer de Dança Contemporânea (Curitiba/PR)
Direção: Eliane Fetzer

14/08 – 19h
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho
Diafragma: Dispositivo Versão Beta
Grupo: Coletivo Mazdita (Recife/PE)
Direção: Flávia Pinheiro

14/08 – 21h
Onde: Teatro de Santa Isabel
A Sagração da Primavera
Grupo: Corpo de Dança do Amazonas – CDA (Manaus/AM)
Direção: Getúlio Lima

15/08 – 19h
Onde: Teatro Apolo
Mostra Coreográfica de Grupos Profissionais Suíte Clássica
Grupo: Ballet Cláudia São Bento (Recife/PE)
Direção: Jane Dickie

15/08 – 19h
Onde: Teatro Apolo
Mostra Coreográfica de Grupos Profissionais8 BITZ
Grupo: Animatroonicz (Recife/PE)
Direção: Will Robison da Silva

15/08 – 19h
Onde:: Teatro Apolo
Mostra Coreográfica de Grupos Profissionais – Trecho do espetáculo Pangeia
Grupo: Grupo Acaso (Recife/PE)
Direção: Bárbara Aguiar e Fran Nunez

15/08 – 19h
Onde: Teatro Apolo
Mostra Coreográfica de Grupos ProfissionaisAusências
Grupo: Grupo Peleja (Recife/PE)
Direção: Tainá Barreto

15/08 – 19h
Onde: Teatro Apolo
Mostra Coreográfica de Grupos ProfissionaisClown
Grupo: Cia. de Dança Fátima Freitas (Recife/PE)
Direção: Fátima Freitas

15/08 – 20h
Onde: Área externa do Parque Dona Lindu
Performance Reflexos
Grupo: Acupe Grupo de Dança (Recife/PE)
Direção: Paulo Henrique Ferreira

15/08 – 21h
Onde: Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)
Zhu
Grupo: Cia. Mário Nascimento (Belo Horizonte/MG)
Direção: Mário Nascimento

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Confissões do invisível

Flavia Pinheiro em  Ensaio sobre a Impermanência

Flavia Pinheiro em Diafragma – Ensaio sobre a Impermanência. Foto: Martin Raabe

Corpo e tecnologia ajustados para produzir ruídos, imagens e sensações. Terreno fértil da arte contemporânea, que desafia subjetividade e inventa outras funções para o artefato material. Os artistas Flavia Pinheiro e Leandro Olivan (do Coletivo Mazdita) trafegam por interfaces interativas para gerar, compor e subverter performances, intervenções urbanas, instalações e vídeos. Flavia Pinheiro entra com a concepção e performance. Leandro Olivan com a programação de imagens e software.

Em Diafragma – Ensaio sobre a Impermanência a arte atravessa o território da virtualidade. Um sensor (Kinect) fisga os movimentos do corpo da artista e lança imagens dos deslocamentos.

Hoje e amanhã e nos dias 6 e 7 de agosto, sempre às 19h, o Coletivo Mazdita faz apresentações gratuitas desse experimento no Porto Mídia, no Bairro do Recife.

Ensaio sobre a Impermanência conjectura com as noções de tempo, espaço, duração, matéria e energia. Diafragma é exibido como o motor de uma grande máquina. Nos procedimentos Diafragma é arrastado da materialidade para o universo da imagem digital. Nessa simulação é possível conceber as relações manifestas entre matéria e energia. O fenômeno é aplicado através da plataforma Openframeworks para evidenciar uma animação. Com o movimento dos olhos (fechado e entreabertos) a performer procura acionar a conexão entre o interno e o externo.

Essa percepção dos acontecimentos do interior funciona como uma tentativa de dilatar o tempo através de rastro de sua permanência. A ação da gravidade sobre as substâncias em circulação no interior do corpo projeta o imaginário visual do universo. Segundo a performer Flavia Pinheiro, esse ensaio busca torna visível os micro movimentos invisíveis e questionar as possibilidades de existência na virtualidade.

Serviço
Diafragma, Ensaio sobre a impermanência
Onde: Porto Mídia (Galeria de exposições) – Rua do Apolo 181
Quando: 30 e 31 de julho, às 19h; 6 e 7 de agosto, às 19h
Entrada gratuita ( máximo 50 pessoas)
Duração: 33 minutos

Ficha técnica
Produção e Criação: Coletivo Mazdita
Concepção e Performance: Flavia Pinheiro
Programação de imagens e software: Leandro Olivan
Fotografia e video: Martin Raabe

Diafragma, Ensaio sobre a impermanência from Colectivo Mazdita on Vimeo.

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Competências de aprendizado em xeque

Marcos Breda e Luciana Fávero em Oleanna. Foto:   Monica Vilela/ Divulgação

Marcos Breda e Luciana Fávero em Oleanna. Foto: Monica Vilela/ Divulgação

Um duelo entre professor e aluna. Ela, prestes a ser reprovada, cria uma argumentação para culpar o mestre por uma suposta negligência (do ponto de vista dela) da arte de ensinar. Ele, numa posição hierárquica superior, tenta sair da situação sem ser atingido no seu posto. Esses são os dois personagens do espetáculo Oleanna, que faz única apresentação hoje, às 19h, no Teatro Luiz Souto Dourado, dentro do Festival de Inverno de Garanhuns.

O texto do norte-americano David Mamet leva para a cena a impossibilidade de comunicação entre pessoas com processos de raciocínio díspares. Existe uma tensão nessa relação de poder. A aluna habita o mundo da metonímia, enquanto o professor habita o mundo da metáfora.

Contada em três cenas, Oleanna expõe e questiona uma antiga regra de que o mestre tem o poder de avaliar e consequentemente aprovar ou não seu discípulo. Ao aluno cabe o papel de estudar e esperar pela nota.

A estudante universitária do espetáculo tem dificuldade de aprender. E vai tomar satisfação com o professor pela baixa nota de seu trabalho. Nesse jogo é feita uma série de insinuações de competências, que abala as posições de poder.

O texto de Mamet fala sobre poder e os pontos que estruturam a “verdade” e os preconceitos

O texto de Mamet fala sobre poder e os pontos que estruturam a “verdade” e os preconceitos

A peça da Cia Teatro Epigenia, sob a direção de Gustavo Paso, tem no elenco Luciana Fávero, como a estudante; e Marcos Breda e Miwa Yanagizawa se revezam na função do professor, ou podem atuar juntos.

SERVIÇO
Espetáculo Oleanna
Quando: Segunda-feira, 20 de julho, às 19h
Onde: Teatro Luiz Souto Dourado (Garanhuns)
Tempo de Duração: 75 minutos
Classificação: Não recomendado para menores de 14 anos

Ficha técnica
Texto: David Mamet
Tradução: Marcos Daud
Direção: Gustavo Paso
Elenco: Marcos Breda e/ou Miwa Yanagizawa e Luciana Fávero
Cenário: Gustavo Paso e Teca Fichinski
Figurinos: Teca Fichinski
Iluminação: Paulo Cesar Medeiros
Trilha Composta: Andre Poyart
Assistente de direção: Mônica Vilela

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História resgatada do lixo

Atriz Quitéria Kelly no espetáculo Jacy, do Grupo Carmim de Natal (RN). Foto: Vlademir Alexandre

Atriz Quitéria Kelly no espetáculo Jacy, do Grupo Carmin de Natal (RN). Foto: Vlademir Alexandre

Jacy é a primeira investigação de Teatro Documental do Grupo Carmin. A peça narra a história real (com doses de ficção) da existência de uma mulher nascida em 1920, que atravessou a Segunda Guerra Mundial e a ditadura no Brasil, teve um amor no exterior e acabou os dias vivendo sozinha em Natal, capital do Rio Grande do Norte. O espetáculo é apresentado hoje, dentro da programação do 25º Festival de Inverno de Garanhuns, no Teatro Luiz Souto Dourado.

A pesquisa do grupo nasceu de um acaso. Henrique Fontes, diretor e ator da encenação, encontrou no lixo uma maleta com fotos, cartas, objetos e documentos – vestígios da biografia de Jacy. Fontes ficou curioso e acreditou que dali poderia nascer um espetáculo. Nas buscas do grupo foram detectados paralelos entre a trajetória da protagonista e história da capital potiguar.

A narrativa dessa mulher, que, se viva fosse, teria hoje 94 anos, foi escrita pelos filósofos Iracema Macedo e Pablo Capistrano, com dramaturgia de Henrique Fontes, que divide o palco com a atriz Quitéria Kelly. O cineasta Pedro Fiuza projeta imagens que auxiliam na composição da peça. O produtor Daniel Torres completa o núcleo duro de Jacy.

O projeto foi desenvolvido com a verba do prêmio Funarte Myriam Muniz 2012 e estreou em 2013. Jacy explora também a problemática do abandono dos idosos, a política e o crescimento desenfreado das cidades.

Serviço
Espetáculo Jacy
Quando: 19 de julho, domingo,às 19h
Onde: Teatro Luiz Souto Dourado
Quanto: Grátis

Narrativa foi construída a partir dos objetos encontrados por  Henrique Fontes dentro de uma frasqueira

Henrique Fontes achou vestígios da vida de Jacy dentro de uma frasqueira

Ficha técnica
Texto: Iracema Macedo e Pablo Capistrano
Dramaturgia: Henrique Fontes
Direção: Henrique Fontes
Assistente de direção: Lenilton Teixeira
Consultoria: Marcio Abreu
Atores: Quitéria Kelly e Henrique Fontes
Videomaker: Pedro Fiúza
Designer de Luz: Ronaldo Costa
Direção Artística e Cenografia: Mathieu Duvignaud
Trilha sonora original: Luiz Gadelha e Simona Talma
Coordenação de Produção: Quitéria Kelly
Assistente de produção e Desenhista: Daniel Torres
Designer gráfico: Vitor Bezerra
Fotógrafo: Vlademir Alexandre

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