Polícia para peça do Fringe

Espetáculo de rua Hassard. Foto: Ivana Moura

Espetáculo de rua Hassard tem final definido com o público a partir da escolha de cartas. Foto: Ivana Moura

Um espetáculo do Fringe, mostra paralela do Festival de Curitiba, ganhou destaque não exatamente por sua qualidade artística, mas porque sua apresentação na terça-feira, no calçadão da Rua 15 de Novembro, no centro da capital paranaense, foi interrompida por policias. A peça chama-se Hasard, tem direção de Pedro Bennaton,com o Erro Grupo, de Florianópolis. O motivo da confusão foi uma cena de nudez, que segundo os integrantes, tinha 30 minutos de duração. A trupe tem 12 anos de existência e só faz teatro de rua. O diretor disse que foram cinco viaturas e quase dez policiais com armas em punho.

A notícia, que saiu primeior no R7, ganhou as redes sociais, os jornais de Curitiba, rádios e TVs.

Mercado, poder e jogos de azar é o tripé que sustenta a peça Hasard. É um protesto contra as leis de mercado que controle a vida de todos. O espetáculo tem quatro finais, escolhido pelo público através da contagem de cartas. Saiu o final de Ouros na terça-feira da confusão policial, em que os atores ficaram nus por 30 segundos.

Ontem, quarta-feira (3), a peça foi apresentada no mesmo local. Desta vez não houve nudez e a Polícia Militar do Paraná desistiu da repressão aos atores. Desta vez não precisava. Saiu a carta de Paus e no final os atores desaparecem em meio à multidão ao som de Carmina Burana.

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