O Oscar – parte II

Elenco da peça O Amor de Clotilde por um Certo Leandro Dantas recebe prêmio de melhor espetáculo

E não é que a votação na enquete aqui do blog já adiantava o grande vencedor (em dose dupla!) desta noite de sexta-feira, 4 de fevereiro? Foi mesmo o espetáculo O amor de Clotilde por um certo Leandro Dantas. Os meninos da Trupe Ensaia Aqui e Acolá abocanharam os prêmios de melhor espetáculo, tanto pelo júri oficial quanto pela votação popular e maquiagem. A cada anúncio, uma festa e muitos gritos! O diretor Jorge de Paula agradeceu aos companheiros de elenco, que segundo ele assim disse “me fizeram gozar várias vezes”.

Cordel do amor sem fim, de Samuel Santos, também saiu com muitas estatuetas. Levou os prêmios de melhor direção, com Samuel Santos, melhor ator (Thomás Aquino), atriz coadjuvante (Agrinez Melo), sonoplastia (Diogo Lopes) e atriz (Naná Sodré dividiu o prêmio com Sandra Possani, por O acidente). Samuel não poderia subir ao palco sem proferir um discurso político, com questionamentos, provocações e cobranças. Não perdeu a oportunidade de dizer que a cidade estava ficando mais pobre com o fechamento do Armazém e que os prazos nas obras dos teatros se arrastam…”Mas eu não vim aqui para reclamar”, avisou. Agradeceu ainda ao elenco e disse estar feliz por tantos prêmios na equipe.

Samuel Santos, da peça Cordel do Amor sem Fim, recebe prêmio de melhor diretor

Sem desmerecer o trabalho de Naná e Sandra, acho que quem merecia ter levado o prêmio de atriz era Stella Maris Saldanha, que interpretou tão bem a senhora Carrar (e pela segunda vez, já que ela tinha feito o papel aos 18 anos). Também discordo da categoria ator coadjuvante. Pra mim, Flávio Renovatto arrasa muito em A peleja da mãe nas terras do senhor do açúcar.

No teatro infantil, O fio mágico (como bem opinou a Yolandinha Ivana Moura) levou quase todos. Melhor espetáculo, melhor diretor (Marcondes Lima), melhor ator (Marcondes de novo, dividindo com Jorge de Paula, por No meio da noite escura tem um pé de maravilha), atriz coadjuvante (Fátima Caio), cenário (dividindo o prêmio com No meio da noite…) e trilha sonora.

Na dança, Maria Paula Costa Rêgo era só sorrisos. Travessia, do grupo Grial de Dança, ganhou melhor espetáculo, melhor coreografia, trilha sonora, iluminação, cenografia e figurino (ui, será que estou esquecendo algum? Pra garantir, olhem a lista completa!!!).

Paula de Renor recebeu uma homenagem especial com um vídeo sobre o Teatro Armazém e depois a Orquestra Contemporânea de Olinda colocou todo mundo pra dançar. E ainda tinha Roger e Tiago de Renor e o DJ Dolores…Bom, foi lindo ver o Teatro Armazém se despedindo da cidade da melhor forma: numa comemoração com muitos artistas, promovendo as artes cênicas como tanto fez nesses 10 anos. E já fica a deixa para a campanha: ‘volta Armazém’.

Público da festa Janeiro de Grandes Espetáculos 2011 no Teatro Armazém 14

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2 pensou em “O Oscar – parte II

  1. Érica

    Nossa, concordo com você, sem desmerecer o trabalho de ninguém, acho que a Stella deveria ter ganho o prêmio. Ela consegue de maneira ímpar fazer com que todos sintam as dores e os medos de uma mãe. Li um comentário no facebook que dizia algo do tipo, que conseguíamos ver todas as mães do mundo nas expressões dela. Triste, muito triste. Ela merecia!

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  2. Naná Sodré

    Pois é meninas! Mas é isso aí ! E que bom podermos falar o que pensamos, achamos, gostamos ou preferimos.Pois fico feliz e sinto-me muito a vontade para dizer (nunca é tarde! rsrsrsrsrsr!) que o prêmio ganho é mais uma possibilidade de reconhecimento de um trabalho forte e prazeroso onde toda uma ancestralidade negra pulsa e vibra quem tiver olhos pra ver que veja…

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