Arquivo mensais:dezembro 2013

Para rever 2013

2013 começou com a mostra de repertório dos 20 anos do Clowns de Shakespeare, realizada dentro do Janeiro de Grandes Espetáculos. Depois do sucesso de Sua Incelença, Ricardo III, o grupo estreou aqui, no Teatro de Santa Isabel, a sua versão para Hamlet. Só depois a peça foi vista em Curitiba. Mostrou a força do Janeiro no circuito de artes cênicas nacional e, mais uma vez, o vigor do teatro de grupo. Foto: Ivana Moura

A atriz Cybele Jácome também participou do Janeiro de Grandes Espetáculos (ao lado de Luís Mármora) contando a história de amor de Florentino Ariza e Fermina Daza, no espetáculo Gardênia. Montagem do El Outro Núcleo de Teatro inspirada no livro O amor nos tempos do cólera, do escritor colombiano Gabriel García Marquez, com direção de Marat Descartes. Alegria de conferir a maturidade da intérprete em encenação tão poética. Foto: Pollyanna Diniz

Estamos vivendo um momento de maturidade artística importante dos nossos grupos. O Coletivo Angu de Teatro, a Fiandeiros, a Cia Cênicas de Repertório, a Cia do Ator Nu, o Magiluth. Todos esses grupos estão comemorando a casa dos 10 anos (uns um pouco mais, outros menos)! A foto é do espetáculo Ópera, do Coletivo Angu de Teatro, montagem que voltou a ser vista nos palcos pernambucanos, especificamente no Teatro de Santa Isabel. Foto: Sávio Uchoa

Entre as estreias pernambucanas, Rei Lear no meu quintal, Mariano, irmão meu, As confrarias, Tragédia no mar: o Navio Negreiro de Castro Alves, De Íris ao arco-íris e O menino da Gaiola. Ótima estreia de Anamaria Sobral na direção do espetáculo Palavra da Sombra, que fez temporada no Centro Cultural Benfica, Teatro Joaquim Cardozo, com Márcio Carneiro no elenco. E a reestreia de Camille Claudel, monólogo de Ceronha Pontes em momento brilhante.

Entre as estreias pernambucanas, Rei Lear no meu quintal, Mariano, irmão meu, As confrarias, Tragédia no mar: o Navio Negreiro de Castro Alves, De Íris ao arco-íris e O menino da Gaiola. Ótima estreia de Anamaria Sobral na direção do espetáculo Palavra da Sombra, que fez temporada no Centro Cultural Benfica, Teatro Joaquim Cardozo, com Márcio Carneiro no elenco. E a reestreia de Camille Claudel, monólogo de Ceronha Pontes em momento brilhante.

Entre os espetáculos de fora que conferimos, alguns destaques: Ikiru – Um réquiem para Pina Bausch, do bailarino japonês Tadashi Endo; Luis Antonio – Gabriela, que em 2013 foi apresentado no Santa Isabel; e os monólogos do projeto Ficção, da Cia Hiato, que vieram ao Recife graças ao Trema! – Festival de Teatro de Grupo. Foto: Renata Pires

Entre os espetáculos de fora que conferimos, alguns destaques: Ikiru – Um réquiem para Pina Bausch, do bailarino japonês Tadashi Endo; Luis Antonio – Gabriela, que em 2013 foi apresentado no Santa Isabel; e os monólogos do projeto Ficção, da Cia Hiato, que vieram ao Recife graças ao Trema! – Festival de Teatro de Grupo. Foto: Renata Pires

Terminar o ano com o Teatro do Parque fechado, sem previsão de quando irá realmente reabrir, é uma das notícias ruins do ano. Assim como é lamentável também o estado de manutenção dos teatros na cidade. Nenhum deles escapa às críticas. Foto: Ivana Moura

Terminar o ano com o Teatro do Parque fechado, sem previsão de quando irá realmente reabrir, é uma das notícias ruins do ano. Assim como é lamentável também o estado de manutenção dos teatros na cidade. Nenhum deles escapa às críticas. Foto: Ivana Moura

A primeira entrevista realmente significativa de Leda Alves, secretária de Cultura do Recife, foi para o Yolanda. Um momento importante para questioná-la sobre os principais problemas das artes cênicas e perceber como a secretária encara os desafios que terá pela frente nos próximos anos de gestão. Nas entrevistas, ficou claro que os editais de convocação nortearão todos os eventos culturais feitos pela Prefeitura. Foto: Ivana Moura

A primeira entrevista realmente significativa de Leda Alves, secretária de Cultura do Recife, foi para o Yolanda. Um momento importante para questioná-la sobre os principais problemas das artes cênicas e perceber como a secretária encara os desafios que terá pela frente nos próximos anos de gestão. Nas entrevistas, ficou claro que os editais de convocação nortearão todos os eventos culturais feitos pela Prefeitura. Foto: Ivana Moura

O Festival Recife do Teatro Nacional foi a primeira prova de fogo da secretaria de Cultura do Recife. E muitos problemas aconteceram, começando do conceito do festival - que sempre foi trazer espetáculos de destaque e de referência estética no circuito nacional - e não foi levado, a grosso modo, em consideração. Na foto, uma exceção: o espetáculo que abriu   o festival, Os gigantes da montanha, do Galpão. Foto: Pollyanna Diniz

O Festival Recife do Teatro Nacional foi a primeira prova de fogo da secretaria de Cultura do Recife. E muitos problemas aconteceram, começando do conceito do festival – que sempre foi trazer espetáculos de destaque e de referência estética no circuito nacional – e não foi levado, a grosso modo, em consideração. Na foto, uma exceção: o espetáculo que abriu o festival, Os gigantes da montanha, do Galpão. Foto: Pollyanna Diniz

O Magiluth comemora uma década em 2014 e se mostra o grupo mais atuante, provocador e instigante da nossa cena atual. Começaram ganhando o prêmio de melhor espetáculo no Janeiro de Grandes Espetáculos, fizeram mostra de repertório, circularam por vários festivais do país, realizaram um festival muito importante (o Trema, que foi parceiro do Feteag) e terminaram o ano com um projeto de intervenções urbanas e performances que realmente discutiu a relação teatro e cidade. Foto: Magiluth/divulgação

O Magiluth comemora uma década em 2014 e se mostra o grupo mais atuante, provocador e instigante da nossa cena atual. Começaram ganhando o prêmio de melhor espetáculo no Janeiro de Grandes Espetáculos, fizeram mostra de repertório, circularam por vários festivais do país, realizaram um festival muito importante (o Trema, que foi parceiro do Feteag) e terminaram o ano com um projeto de intervenções urbanas e performances que realmente discutiu a relação teatro e cidade. Foto: Magiluth/divulgação

Em dezembro, quase no apagar das luzes de 2013, o Grupo Experimental celebrou sua trajetória de 20 anos no palco do Teatro Hermilo Borba Filho. A companhia apresentou quatro obras: Eye to eye, Barro-Macaxeira, Nada muito sério e Lúmen. Palmas para a diretora Mônica Lira e sua trupe, que já pensa no próximo trabalho, tendo como tema a dificuldade dos artistas em sobreviver de sua arte.

Em dezembro, quase no apagar das luzes de 2013, o Grupo Experimental celebrou sua trajetória de 20 anos no palco do Teatro Hermilo Borba Filho. A companhia apresentou quatro obras: Eye to eye, Barro-Macaxeira, Nada muito sério e Lúmen. Palmas para a diretora Mônica Lira e sua trupe, que já pensa no próximo trabalho, tendo como tema a dificuldade dos artistas em sobreviver de sua arte.

A tradição do Natal celebrada com o Baile do Menino Deus, no Marco Zero, no Recife, chegou ao décimo ano e já são 30 desde a primeira montagem. A peça tem texto de Ronaldo Correia de Brito (que também assina a direção) e Assis Lima e músicas de Antônio Madureira. Virou uma tradição para os pernambucanos. Essa ópera popular reutiliza coreografias de vários folguedos, uma música potente e um elenco afiado na procura pela casa do Deus menino. É um encontro marcado todos os anos no período natalino. Foto: Gianny Melo

A tradição do Natal celebrada com o Baile do Menino Deus, no Marco Zero, no Recife, chegou ao décimo ano e já são 30 desde a primeira montagem. A peça tem texto de Ronaldo Correia de Brito (que também assina a direção) e Assis Lima e músicas de Antônio Madureira. Virou uma tradição para os pernambucanos. Essa ópera popular reutiliza coreografias de vários folguedos, uma música potente e um elenco afiado na procura pela casa do Deus menino. É um encontro marcado todos os anos no período natalino. Foto: Gianny Melo

Em 2013, o blog foi contemplado pelo Funcultura! É o reconhecimento de um trabalho feito com muita dedicação, na raça, sabendo dos desafios e da crise que a crítica teatral enfrenta hoje e, ao mesmo tempo, dos novos caminhos que pode trilhar. Com os recursos previstos, em 2014 pretendemos fazer ajustes no blog e intensificar algumas ações, como a publicação de vídeos. É esperar para ver!

Em 2013, o blog foi contemplado pelo Funcultura! É o reconhecimento de um trabalho feito com muita dedicação, na raça, sabendo dos desafios e da crise que a crítica teatral enfrenta hoje e, ao mesmo tempo, dos novos caminhos que pode trilhar. Com os recursos previstos, em 2014 pretendemos fazer ajustes no blog e intensificar algumas ações, como a publicação de vídeos. É esperar para ver!

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Tudo pronto para o Janeiro de Grandes Espetáculos

RECIFE

Dzi Croquettes em Bandália – 40 Anos de História abre o Janeiro de Grandes espetáculos

Dzi Croquettes em Bandália – 40 Anos de História abre o Janeiro de Grandes espetáculos

Dzi Croquettes em Bandália – 40 Anos de História / Dzi Croquettes (Rio de Janeiro/RJ)
8, 9 e 10 de janeiro (quarta, quinta e sexta), 21h, R$ 40 e R$ 20
Teatro de Santa Isabel
Indicação: a partir de 16 anos

Sinopse – Luxuoso espetáculo musical de retomada da linguagem cênica irreverente e libertária que marcou a trajetória deste coletivo dos anos 1970, com alguns remanescentes da formação original que se lançaram na aventura de viver em comunidade numa garagem abandonada, espaço adaptado para performances e onde tudo podia acontecer, desde teatro até um cabaré clandestino.

Ficha técnica – Concepção, texto e direção geral: Ciro Barcellos. Assistência de direção e roteiro: Radha Barcellos. Direção musical: Demétrio Gil. Coreografias: Ciro Barcellos e Lennie Dale. Direção técnica: Ronaldo Tasso. Iluminação: Aurélio de Simoni. Trilha sonora: Demétrio Gil e Flaviola. Figurinos e adereços: Cláudio Tovar. Cenário: Pedro Valério. Supervisão artística: Thina Ferreira. Direção de produção: Robson Agra. Produção executiva: Anna Ladeira. Elenco: Ciro Barcellos, Demétrio Gil, Udilê Procópio, Leandro Melo, Thadeu Torres, Franco Kuster, Pedro Valério, Ricardo Burgos, Sonny Duque e Robson Torinni, com participação especial de Bayard Tonelli.

Montagem baiana de Sargento Getúlio

Montagem baiana de Sargento Getúlio

Sargento Getúlio / Teatro Nu (Salvador/BA)
9 de janeiro (quinta), 19h, R$ 20 e R$ 10
10 de janeiro (sexta), 17h e 20h, R$ 20 e R$ 10 cada sessão
Teatro Apolo
Indicação: a partir de 14 anos

Sinopse – Adaptação do romance homônimo de João Ubaldo Ribeiro, o espetáculo conta a história de um rude militar que tem a missão de transportar um prisioneiro e inimigo político de seu chefe. No meio da jornada, em virtude de mudanças no panorama político, o sargento recebe a ordem para soltar o prisioneiro, mas devido ao seu temperamento avesso, ele decide terminar a missão que lhe foi confiada. A obra discute o grande embate entre indivíduo e sociedade, a luta da honra pessoal contra a volatilidade das políticas, a ética pessoal em combate, literalmente, com o poder.

Indefinidamente Indivisível, da carioca Pulsar Cia. de Dança

Indefinidamente Indivisível, da carioca Pulsar Cia. de Dança

Indefinidamente Indivisível / Pulsar Cia. de Dança (Rio de Janeiro/RJ)
12 de janeiro (domingo), 20h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)

Sinopse – Considerada referência nacional no trabalho com dança contemporânea e deficiência, por contribuir com novas perspectivas no olhar do indivíduo através do fluir estético que envolve a diferença, a equipe traça neste espetáculo um roteiro de possibilidades e variantes. Bolas infláveis permitem que os corpos vivenciem a transformação e a imprevisibilidade do tempo e do movimento. O risco permanece, pois o erro é a parte viva do acerto. E, assim, caminhos são abertos para uma entrada poética e plástica baseada no pensamento do filósofo Henri Bergson: a mudança é indivisível, o tempo – duração – é indefinidamente indivisível.

Ficha técnica – Criação e direção artística: Maria Teresa Taquechel y Saiz. Composição musical: Bernardo Gebara. Voz em off: Angel Vianna. Desenho de luz: Renato Machado. Direção de arte: Maria Célia Salgado. Figurinos: Dréa Nunes (pesquisa) e Rafael Silva. Preparação corporal: Maria Teresa Taquechel y Saiz (Método Angel Vianna e Feldenkrais) e Ingrid Labeta (Ballet). Produção executiva: Christina Penna. Produção técnica: Paula Mori e Taíla Borges. Elenco: Andrea Chiesorin, Beth Caetano, Bruno Almeida, Laura Noranha, Paula Mori, Pedro Pinheiro, Raphael Arah e Rogério Andreolli.

Estremeço / Cia. Teatro di Stravaganza (Porto Alegre/RS)
9 e 10 de janeiro (quinta e sexta), 20h30, R$ 20 e R$ 10
Teatro Barreto Júnior
Indicação: a partir de 14 anos

Sinopse: Celebrando 25 anos de trajetória, a equipe gaúcha concentra nosso olhar sobre uma sociedade obcecada pelo culto da imagem e entremeia canções com depoimentos desoladores de pessoas silenciadas, entediadas ou enraivecidas por um mundo desumanizado. Tudo se passa em um estranho cabaré onde, pouco a pouco, o Mestre de Cerimônias vai expondo suas ilusões, sonhos e amores. Assim, depoimentos dispersos e sem lógica aparente vão questionando o que somos nós, nossas fantasias e o processo de embelezamento que fazemos de nós mesmos, destruindo máscaras, revelando-nos enquanto humanidade.

Ficha técnica – Texto: Joel Pommerat. Tradução: Giovana Soar. Direção: Camila Bauer. Assistente de direção: Matheus Melcchionna. Cenografia: Élcio Rossini. Figurinos: Cássio Brasil. Trilha sonora: Nico Nicolaiewsky. Efeitos sonoros: Paulo Arenhart. Iluminação: Luiz Acosta. Direção de vídeo: Bruno Gularte Barreto. Preparação corporal: Carlota Albuquerque. Cabelos e maquiagem: Elison Couto. Confecção de objetos: Cia. Gente Falante. Elenco: Adriane Mottola, Cassiano Ranzolin, Duda Cardoso, Fernanda Petit, Janaina Pelizzon, Lauro Ramalho, Rodrigo Mello E Sofia Salvatori.

Saracoteio – Xico de Assis e Grupo Canto da Madeira
10 de janeiro (sexta), 21h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Capiba (Sesc de Casa Amarela)

Sinopse: Saracotear significa agitar o corpo, os braços, os quadris, com graciosidade. Dançar gingando, estar buliçoso, irrequieto. Neste show, Xico de Assis e o Grupo Canto da Madeira apresentam 15 canções dos mais representativos compositores da MPB. É um convite para uma viagem pela sonoridade brasileira, misturando clássicos dos mais variados gêneros, como salsa, merengue, samba, maxixe e chorinho.

Ficha técnica – Direção musical: Dedeco. Músicos: Grupo Canto da Madeira – Dedeco (cavaquinho), Artur (violão), Manoel (flauta) e Amendoim (percussão). Intérprete: Xico de Assis.

Ninguém Falou Que Seria Fácil / Foguetes Maravilha (Rio de Janeiro/RJ)
10 de janeiro (sexta), 21h, gratuito
11 de janeiro (sábado), 19h e 21h, gratuito em cada sessão
Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)
Indicação: a partir de 14 anos

Sinopse: Como um jogo de amarelinha para adultos, afetuoso e ácido, o espetáculo recria os embates violentos e delicados que nos acompanham desde o pátio do jardim de infância. Trazendo as relações familiares para o centro da arena a partir de uma discussão de casal que inicia um vertiginoso jogo de troca de papeis, a montagem, com humor estranho e perturbador, mistura o cotidiano e o inusitado em uma estrutura fragmentada que inclui filmes franceses dos anos 1970, dança contemporânea, fábulas para crianças, exercícios metalinguísticos e as brincadeiras anárquicas de desconstrução das convenções teatrais.

Ficha técnica – Texto e co-direção: Felipe Rocha. Direção: Alex Cassal. Assistência de direção: Ignacio Aldunate. Direção de movimento: Alice Ripoll. Iluminação: Tomás Ribas. Técnica de Iluminação: Lara Cunha. Cenário: Aurora dos Campos. Trilha sonora: Rodrigo Marçal. Figurinos: Antônio Medeiros. Direção de produção: Tatiana Garcias. Produção: Náshara Silveira. Elenco: Felipe Rocha, Renato Linhares e Stella Rabello.

As Roupas do Rei / Centro de Criação Galpão das Artes (Limoeiro/PE)
11 de janeiro (sábado), 16h, gratuito
Pátio do Parque Dona Lindu

Sinopse: Eis a história de um menino que, na correria da grande cidade, se detém para observar uma cena prosaica: uma mulher estendendo roupas exóticas e coloridas num varal. Roupas de um outro tempo, pertencentes a um Rei nada convencional que gosta de comer pastel e andar de skate. Todos os episódios da vida deste soberano são, então, encenados por bonecos num palquinho que se descortina no meio do varal e fazem despertar no garoto uma questão inquietante: “Será que eu também sou Rei?”. Afinal, todo menino também pode se considerar um Rei…

Ficha técnica – Texto: Ana Cláudia Vasconcelos. Direção: Luiz de Lima Navarro. Figurinos: Sandra Fragoso. Cenário: Charlon Cabral e Sandra Fragoso. Direção musical: Aldemir Freire. Bonecos e direção de manipulação: Sebastião Simão Filho. Iluminação: César Augusto.Produção geral: Fábio André. Assistente de produção: Sílvio Rodrigues. Elenco: Jadenilson Gomes, Charlon Cabral, Tarcísio Queiroz, Lucas Rafael, João Pedro, Lucas Dias e Gaby Salles.

Projeto Alegres Bandos – Encontro de Blocos (3ª Edição)
11 de janeiro (sábado), 17h, gratuito
18 de janeiro (sábado), 17h, gratuito
19 de janeiro (domingo), 17h, gratuito
Pátio do Parque Dona Lindu

Sinopse: Idealizado pelo cantor Claudionor Germano e desenvolvido em parceria com o produtor Pedro Castro, com patrocínio da Empetur/Governo do Estado de Pernambuco e Prefeitura do Recife, o evento reverencia 13 blocos líricos carnavalescos, dando-lhes destaque antes mesmo do período carnavalesco. Cada um tem a oportunidade de apresentar seu repertório musical próprio, com flabelo e integrantes devidamente fantasiados, sempre com a participação da Orquestra de Beto do Bandolim tocando também clássicos do carnaval.

Ficha técnica – Apresentação: Sérgio Gusmão. Coral: Rosana Simpson, Nívia Amorim, Sônnia Aguiar e Luciana Gama. Assistentes de produção: Andréa Silva, Daniel Castro, Bárbara Aguiar, Geórgia Fernanda, Sayonara Silva e Evandro Alves. Músicos: Orquestra de Beto do Bandolim. Participação: Bloco Flor da Lira de Olinda, Bloco Lírico Com Você No Coração, Bloco Lírico Eu Quero Mais, Trupe Lírico-Musical Um Bloco Em Poesia, Bloco Flor do Eucalipto, Bloco da Saudade, Bloco Carnavalesco Amante das Flores, Bloco Carnavalesco Misto Banhistas do Pina, Bloco Lira do Carpina, Bloco Batutas de São José, com homenagens ao Bloco das Ilusões, Bloco Carnavalesco Lírico Cordas e Retalhos e O Bonde Bloco Carnavalesco Lírico.

Cazuza de Pai e Mãe – Romero Ferro / Rabixco Comunicação e Produção Criativa (Recife/PE)
11 de janeiro (sábado), 21h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Capiba (Sesc de Casa Amarela)

Sinopse: Em 2013, Cazuza completaria 55 anos e, a partir daí, nasceu o show Cazuza de Pai e Mãe. Com toda sua sensibilidade, o jovem artista Romero Ferro, que lançou seu primeiro EP no ano passado, mostra que Cazuza era muito mais do que um artista rebelde, boêmio e polêmico. Romero viaja pelas canções que marcaram toda a geração dos anos 1980. O show conta com a participação de Carlos Ferrera e Victor Camaroti.

Ficha técnica – Direção geral e concepção: Maurício Spinelli e Romero Ferro. Assistente de produção: Natália Oliveira. Assistente de palco: Rita Chaves. Iluminação: Cleison Ramos. Músicos: Marcos Monte (bateria), Marcelino Monte (baixo), Zé Netto (guitarra) e Kelsen Gomes (teclado). Intérprete: Romero Ferro.

Na Terra dos Esquecidos – Geraldo Maia, Vinícius Sarmento e Clarisse Fernandes
Fafe Cidade das Artes e Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco – Apacepe (Fafe/Portugal e Recife/PE/Brasil)
11 de janeiro (sábado), 21h, R$ 20 e R$ 10
Teatro de Santa Isabel

Sinopse: O projeto Canções da Terra dos Esquecidos surge de uma parceria entre Pernambuco e Portugal com o objetivo de promover a aproximação de criadores e artistas do mundo ibérico, do Nordeste brasileiro e do Norte de Portugal. Reuniram-se na cidade de Fafe (Portugal), em regime de residência artística, os músicos brasileiros Geraldo Maia e Vinícius Sarmento com a jovem cantora portuguesa Clarisse Fernandes, para dar vida a um projeto de fusão de sonoridades, palavras e imagens que revelam a proximidade cultural dos nossos povos.

Ficha técnica – Direção musical: Moncho Rodriguez. Compositor: Narciso Fernandes. Poemas dramáticos: Moncho Rodriguez e Pompeu Martins. Iluminação: Caetano Silva. Intérpretes: Geraldo Maia (cantor), Vinícius Sarmento (violonista), Clarisse Fernandes (cantora).

Pegadas Na Neve – Demonstração de Trabalho* / Nordisk Teaterlaboratorium Odin Teatret (Dinamarca)
11 de janeiro (sábado), 21h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Apolo
*Falado em português.

Sinopse: Todo espetáculo conta uma história. As personagens que pertencem ao mundo da ficção se transformam em realidade crível para o espectador graças à técnica do ator. Aqui, a própria técnica se torna protagonista. A atriz, em primeira pessoa, dialoga com os segredos que vêm antes e depois da construção de uma personagem e da criação de um espetáculo. A tensão que caracteriza cada drama surge neste espetáculo/demonstração de trabalho por meio de um confronto entre o comportamento cotidiano da atriz e sua transformação em comportamento cênico.

Ficha técnica – Direção: Eugenio Barba. Produção executiva: Patrícia Furtado de Mendonça. Intérprete: Roberta Carreri.

Adaptação / Cia. Teatro de Açúcar (Brasília/DF)
11 e 12 de janeiro (sábado e domingo), 19h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Hermilo Borba Filho

Sinopse: Um espetáculo “póstumo” desta companhia que decidiu morrer em 2012, vítima da crise crônica que padecem o teatro e a arte independentes. No palco, a história de personagens tentando sobreviver: um diretor teatral frustrado que não consegue sair de uma crise criativa e decide mudar de profissão; uma atriz recém-chegada à cidade grande que precisa se acostumar à solidão do novo estilo de vida; uma transexual que adaptou seu corpo; um dinossauro que não sabe se sobreviverá às adaptações da espécie. Todos unidos por um drama em comum: o medo de morrer, se transformar, deixar de existir…

Ficha técnica – Texto, direção, cenografia, figurinos e interpretação: Gabriel F. Assistente de direção e iluminação: Igor Calonge. Música original e direção musical: Marco Michelângelo. Produção executiva: Gercy Fernandes. Pianista: Renio Quintas. Produção musical: Rubi

A Galinha Brasileira / Chocolate Produções Artísticas & Cia. do Riso (Recife/PE)
12 de janeiro (domingo), 10h, R$ 15 (preço único promocional)
19 de janeiro (domingo), 10h, R$ 15 (preço único promocional)
26 de janeiro (domingo), 10h, R$ 15 (preço único promocional)
Teatro Boa Vista (Colégio Salesiano)

Sinopse: Com a presença do Palhaço Chocolate, entre dezenas de outras personagens, este divertido e colorido musical traz como proposta resgatar as nossas tradicionais cantigas de roda, com arranjos novos e uma intensa dinâmica cênica. Assim, crianças de todas as idades mergulham no mundo fantástico dos sonhos e fantasias a partir das canções mais populares que vêm embalando gerações e gerações.

Ficha técnica – Direção geral, criação e concepção artística: Ulisses Dornelas (Palhaço Chocolate). Roteiro: Ulisses Dornelas e Ítalo Espírito Santo. Coreografias: Eddy Santos. Direção de cena: Sandra Rino. Iluminação: Tayne e Júnior. Trilha sonora: Ulisses Dornelas e Tovinho. Cenografia: Mário Almeida. Figurinos: Jefferson Andrade e Henrique Celibi. Elenco: Sarah Coimbra, Patrícia Fernandes, Karol Paz, Augusto Neves, Thiago Rogério, Jefferson Andrade, Petrus Poyrhé, Monique Munyr, Augusto Neves, Ítalo Espírito Santo, Robério Lucado, Aurélio Lima, Marília Santana, Eddy Santos e Luciano Santos.

Príncipes e Princesas, Sapos e Lagartos / Cia. Teatro di Stravaganza (Porto Alegre/RS)
11 e 12 de janeiro (sábado e domingo), 16h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Marco Camarotti (Sesc de Santo Amaro)

Sinopse: Nesta obra do mesmo criador do programa Castelo Rá-Tim-Bum, os contos de fadas ganham uma modernidade através de múltiplas e engraçadas histórias que revelam princesas espertas, princesas tagarelas, bruxas disfarçadas de babá, magos, príncipes transformados em sapos, princesas aprisionadas em torres, um dragão que não passa de lagarto, outro príncipe com 300 namoradas e os dois primeiros beijos de todos os tempos. Algumas histórias são curtas, outras curtíssimas (os retratos), e acontecem num pedaço do mundo que era dividido em pedacinhos, os Reinos, no tempo da Guerra dos Mil e Um Anos.

Ficha técnica – Texto: Flávio de Souza. Direção: Adriane Mottola. Cenografia: Adriane Mottola, Duda Cardoso e Fernanda Petit. Figurinos: Duda Cardoso. Trilha sonora original: Ricardo Severo. Iluminação: Ricardo Vivian. Produção executiva: Adriane Mottola e Duda Cardoso. Elenco: Duda Cardoso, Fernanda Petit e Áquila Mattos.

Pequenas Violências – Silenciosas e Cotidianas /Cia. Teatro di Stravaganza (Porto Alegre/RS)
11 e 12 de janeiro (sábado e domingo), 20h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Marco Camarotti (Sesc de Santo Amaro)
Indicação: a partir de 14 anos

Sinopse: A partir do olhar de diferentes testemunhas de um atropelamento sem vítimas fatais, a trama evolui como um quebra-cabeça cujas peças vão revelando que por trás desse acontecimento aparentemente banal, algo terrível está para ocorrer. Os personagens são passantes desconhecidos, rostos que se cruzam e que desviam seus olhares uns dos outros, mas a violência contida e latente em cada um se revela frase a frase. São seres contaminados pelo veneno dos preconceitos sociais, aparentemente isolados e que, sem perceber, participam de uma rede subterrânea de conflitos prestes a explodir.

Ficha técnica – Texto e direção: Fernando Kike Barbosa. Trilha sonora: Paulo Arenhart. Figurinos: Coca Serpa. Iluminação: Cia. Teatro di Stravaganza. Produção executiva: Adriane Mottola e Fernando Kike Barbosa. Elenco: Cassiano Ranzolin, Janaína Pelizzon, Liane Venturella, Rafael Guerra e Rodrigo Mello.

Fazendo Arte Mostra 2014 (Projeto Social com dois espetáculos)

A Gente Já Disse Tudo
Coletivo A Gente Já Disse Tudo – Movimento Cultural Fazendo Arte (Recife/PE)
12 de janeiro (domingo), 19h, gratuito
Teatro Barreto Júnior

Sinopse: Produto artístico de um trabalho com jovens em situação de vulnerabilidade do bairro de Santo Amaro. O texto de autoria coletiva traz uma colagem de situações reais vividas por estes jovens ou por conhecidos dos mesmos. Assim, a peça traz no seu bojo a espetacularização da vida real, além de usar a ferramenta do teatro para socializar tais jovens.

Ficha técnica – Dramaturgia e figurinos: Coletivo A Gente Já Disse Tudo. Direção geral: Genivaldo Francisco. Adereços e seleção musical: Genivado Francisco. Iluminação: Carlos Manzzi. Produção executiva: Hypolito Patzdorf e Genivaldo Francisco. Assistente de produção: Edson Soares. Elenco: Angélica de Oliveira, Daiane Santos, Emilly Trajano, Jurandir Pyrrho Júnior, Larissa dos Santos, Leide Silva, Olan da Silva, Ricardo José, Stefany do Nascimento, Gladitony da Silva, Taluana de França e Joaquim Neto.

A Caixa / Balé Chegança – Movimento Cultural Fazendo Arte (Recife/PE)
12 de janeiro (domingo), 20h, gratuito
Teatro Barreto Júnior

Sinopse: Uma caixa que, ao invés de apresentar uma bailarina rodopiando, traz a descoberta das danças populares com ênfase nos folguedos dos Ciclos Festivos, tais como: Reisado/Guerreiro, Cavalo Marinho/Bumba Meu Boi, Maracatu de Baque Solto, Maracatu de Baque Virado, Frevo e Xaxado, que serão permeados com passos que darão referência à Ciranda, Côco, Caboclinhos, Baião e Xote. A montagem propõe uma reflexão sobre as possibilidades e potencialidades das danças populares na atualidade, com toda a sua jovialidade e vigor popular e pernambucano.

Ficha técnica – Direção geral, coreografias, figurinos, cenários e seleção musical: Carlos Manzzi e Hálison Santana. Adereços: César Satto e Lúcio Casanova. Iluminação: Carlos Manzzi. Dramaturgia e produção executiva: Hypolito Patzdorf e Genivaldo Francisco. Assistente de produção: Robert Guedes. Elenco: Antony Lino, Edson Soares, Hálison Santana, Heline Freitas, Michael Rodrigues, Pricila Freitas, Polyany Patricy, Rodrigo Gomes, Rômulo Ribeiro, Robert Guedes e Carlos Manzzi.

Forró, Verso & Viola – Ivan Ferraz
12 de janeiro (domingo), 19h, R$ 30 e R$ 15
Teatro de Santa Isabel

Sinopse: Com uma série de convidados, o forrozeiro Ivan Ferraz apresenta uma noite de autêntico forró pé-de-serra, repentes e poemas, inspirada no programa Forró, Verso & Viola, apresentado há 13 anos pelo cantor. O show resgata o autêntico ritmo nordestino, destacando repentes de viola, emboladas e poesias, além do improviso dos violeiros.

Ficha técnica – Apresentação: Ivan Ferraz (cantor). Direção musical: Beto do Bandolim. Participações: Antônio Lisboa e Edmilson Ferreira (dupla de repentistas), Ronaldo (aboiador), Chico Pedrosa (poeta matuto/declamador), Genival Lacerda (cantor), João Lacerda (cantor), Cristina Amaral (cantora), Antônio Paulino, Nerilson Buscapé, Genildo Sousa, Bruno Forró Flor de Lótus, Rouxinol do Nordeste (novos valores). Músicos: Jó Silva (sanfona), Beto do Bandolim (bandolim), Alberto Guimarães (violão de sete cordas), Nelson Brederode (cavaquinho), Xaruto (zabumba) e Boruto (triângulo).

Indefinidamente Indivisível / Pulsar Cia. de Dança (Rio de Janeiro/RJ)
12 de janeiro (domingo), 20h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)

Sinopse: Considerada referência nacional no trabalho com dança contemporânea e deficiência, por contribuir com novas perspectivas no olhar do indivíduo através do fluir estético que envolve a diferença, a equipe traça neste espetáculo um roteiro de possibilidades e variantes. Bolas infláveis permitem que os corpos vivenciem a transformação e a imprevisibilidade do tempo e do movimento. O risco permanece, pois o erro é a parte viva do acerto. E, assim, caminhos são abertos para uma entrada poética e plástica baseada no pensamento do filósofo Henri Bergson: a mudança é indivisível, o tempo – duração – é indefinidamente indivisível.

Ficha técnica – Criação e direção artística: Maria Teresa Taquechel y Saiz. Composição musical: Bernardo Gebara. Voz em off: Angel Vianna. Desenho de luz: Renato Machado. Direção de arte: Maria Célia Salgado. Figurinos: Dréa Nunes (pesquisa) e Rafael Silva. Preparação corporal: Maria Teresa Taquechel y Saiz (Método Angel Vianna e Feldenkrais) e Ingrid Labeta (Ballet). Produção executiva: Christina Penna. Produção técnica: Paula Mori e Taíla Borges. Elenco: Andrea Chiesorin, Beth Caetano, Bruno Almeida, Laura Noranha, Paula Mori, Pedro Pinheiro, Raphael Arah e Rogério Andreolli.

Avesso / Coletivo Cicuta sem Estricnina (Recife/PE)
13 de janeiro (segunda), 19h30, R$ 20 e R$ 10
Teatro Marco Camarotti (Sesc de Santo Amaro)
Indicação: a partir de 16 anos

Avesso. Foto: Pollyanna Diniz

Avesso. Foto: Pollyanna Diniz

Sinopse – Tendo referências dramatúrgicas de Beckett, Ionesco e Genet, o espetáculo mistura textos de Fernando Bonassi e Luís Alberto de Abreu na busca de uma encenação que dialogue com o público de maneira orgânica e sensorial. No enredo, o encontro de dois seres em busca de suas verdades através de histórias fabulosas e divagações filosóficas, apoiados nas relações com o sistema sócio-econômico capitalista. É uma redescoberta do “ser-humano” começando do lado contrário. A trilha sonora ao vivo recombina sons capturados por microfones no palco e na plateia, ampliando o universo surreal proposto.

Ficha técnica – Textos (Eu Não Sou Cachorro e Três Esgares Cômicos (e um discurso mal-humorado)): Fernando Bonassi e Luís Alberto de Abreu, respectivamente. Direção: Igor Lopes. Trilha sonora: Ricardo Brazileiro. Iluminação: André Moretti. Produção executiva: Natália Lopes. Elenco: Ana Flávia e Igor Lopes.

O Tempo Perguntou ao Tempo / Grupo Acaso e Escola Bailado de Fafe (Recife/PE/Brasil e Fafe/Portugal)
14 e 15 de janeiro (terça e quarta), 16h30, R$ 20 e R$ 10
Teatro Barreto Júnior

Sinopse – O espetáculo é uma viagem lúdica ao mundo das parlendas (rimas infantis), brincadeiras e personagens de nossas infâncias. A obra, partindo de pesquisa sobre cantigas e parlendas em comum entre Portugal e o Brasil, aborda a importância de manter o imaginário dos tempos de criança vivo em nossas lembranças. O projeto envolveu o Grupo Acaso, criado em 2011 no Recife, com foco entre a dança contemporânea e o popping; e a Escola Bailado de Fafe, Portugal, em atividade desde 1998 voltada aos conhecimentos da dança clássica, além de técnicas modernas, contemporâneas, bem como danças de caráter e expressão dramática.

Ficha técnica – Direção: Bárbara Aguiar. Coreografia e cenário: Grupo Acaso e Escola Bailado de Fafe. Iluminação: Cleison Ramos. Trilha sonora: Narciso Fernandes. Figurinos: Marília Martins e Bárbara Aguiar. Diretora da Escola Bailado de Fafe: Alexandra Fonseca. Elenco: Fernando Oliveira, Felipe Dupopping, Hulli Cavalcanti, Hayla Cavalcanti, Regina Medeiros (Grupo Acaso), Susana Barros, Ana Dias e Margarida Teixeira (Escola Bailado de Fafe). Produção executiva: Apacepe e Fafe Cidade das Artes.

O Incontornável Momento de Confronto Com a Minha Condição Humana / Buzz Companhia de Dança e Escola Bailado de Fafe (Fafe/Portugal)
14 e 15 de janeiro (terça e quarta), 20h30, R$ 20 e R$ 10
Teatro Barreto Júnior

Sinopse – A performance surge da materialização da ideia de que o corpo humano é a medida a partir da qual se acham as formas geometricamente perfeitas (a proporção divina). A cena parte, então, de uma reflexão sobre a racionalidade e vulnerabilidade, envolvendo os valores, a dignidade, as aspirações e as capacidades pessoais neste mundo múltiplo em etnias, línguas, costumes e crenças; sobre a autenticidade do ser humano e o lugar que ocupa numa sociedade de elos frágeis, de ações efêmeras e da necessidade de uma percepção totalizante do homem: em que nada é e tudo parece ser…

Ficha técnica – Concepção e direção coreográfica: Alexandra Fonseca. Composição sonora: Rui Dias. Desenho de luz e vídeo: Henrique Miranda. Estrutura cenográfica: Lpdm – Gabinete de Projectos. Produção executiva: Alexandra Fonseca e Henrique Miranda. Co-produção: Buzz Companhia de Dança, Escola Bailado de Fafe e Fafe Cidade das Artes. Co-criação e Interpretação: Susana Barros, Margarida Teixeira, Margarida Dias e Hugo Torres.

 Nathalie Mentha. no espetáculo Per Edith Piaf, do Teatro Potlach (Itália/Suíça)

Nathalie Mentha. no espetáculo Per Edith Piaf, do Teatro Potlach (Itália/Suíça)

Per Edith Piaf / Teatro Potlach (Itália/Suíça)
14 e 15 de janeiro (terça e quarta), 20h, R$ 20 e R$ 10
Teatro da Caixa Cultural
*Falado em português, com canções em francês.
Indicação: a partir de 14 anos.

Sinopse – O espetáculo é uma viagem musical na França dos anos 1930 a 1950 através das canções de Edith Piaf. Um conto de uma época, momento histórico em toda a Europa, da chegada da II Guerra Mundial que dizima tantas famílias, da Resistência Francesa, da luta pela vida; das poesias de Jacques Prévert, das fotografias de Cartier-Bresson, dos contos teatrais de Cocteau; das melodias dos filmes de Chaplin, das imagens e personagens de Roma Cidade Aberta, de De Sica. O espetáculo trata da força que une todas essas histórias, talvez ainda mais do que Piaf resume na frase: “Não deixe nunca de acreditar no amor, aconteça o que acontecer”.

Ficha técnica – Direção: Pino di Bududo. Produção no Brasil: Palipalan Arte e Cultura. Intérprete: Nathalie Mentha.

Karynna Spinelli e O Samba do Mundo / Mulucum Produções (Recife/PE)
14 de janeiro (terça), 20h30, R$ 30 e R$ 15
Teatro de Santa Isabel

Trajeto do samba na voz de Karynna Spinelli. Foto: Nilton Leal/Divulgação

Trajeto do samba na voz de Karynna Spinelli. Foto: Nilton Leal/Divulgação

Sinopse – Karynna Spinelli, considerada uma das grandes vozes do samba pernambucano, viverá um repertório que conta a história do samba brasileiro e mundial, os aproximando dos sons pernambucanos, com arranjos eficientes e inusitados. O espetáculo mostra as canções e os batuques mais ouvidos e consagrados pelo público.

Anjo Negro / O Poste: Soluções Luminosas (Recife/PE)
15 e 16 de janeiro (quarta e quinta), 19h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Marco Camarotti (Sesc de Santo Amaro)
Indicação: a partir de 16 anos.

Sinopse – Nesta obra de Nelson Rodrigues, o negro Ismael repudia tudo o que possa estar associado à sua etnia, da religião aos hábitos culturais. Sua mãe o amaldiçoa e o mensageiro do mau agouro é o seu irmão branco de criação, que tem verdadeira adoração por ele. Ismael casa-se com a branca Virgínia e dessa união surgem sentimentos entrelaçados pela repugnância, sexo e violência. A questão racial abordada, então, transcende os limites do tema nesta montagem que busca a conexão da cultura de matriz africana com a prática do teatro físico, biomecânico e nas ancestralidades de culturas, como a oriental.

Ficha técnica – Texto: Nelson Rodrigues. Encenação e cenografia: Samuel Santos. Direção de arte: Fernando Kehrle. Figurinos: Agrinez Melo. Maquiagem: Marco Salomão. Design de luz: O Poste: Soluções Luminosas. Preparadora vocal e fonoaudióloga: Theonila Barbosa. Oficina de Biomecânica: Érico José. Oficina de percussão: Rodrigo Batista. Elenco: Agrinez Melo, Ângelo Fábio, André Caciano, Maria Luísa Sá, Nana Sodré e Smirna Maciel.

Montagem de dança Para sempre teu

Montagem de dança Para sempre teu

Para Sempre Teu /Qualquer Um dos 2 Cia. de Dança (Petrolina/PE)
15 de janeiro (quarta), 21h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Apolo
Indicação: a partir de 12 anos

Sinopse – Formada apenas por bailarinos do sexo masculino, a equipe vem, desde 2007 e através da dança contemporânea, investigando as relações afetivas na contemporaneidade. Neste novo trabalho, ao constatar-se partido/fragmentado, o sujeito caminha, descrente de complementar-se no outro. Traz a carga dos afetos desfeitos, das juras para sempre esfaceladas, mas segue em direção ao mergulho de si mesmo, para entender que ser completo de si é aceitar as próprias contradições/traições que o remetem ao mais coerente de si.

Ficha técnica – Coreografia e direção: Jailson Lima. Dramaturgia: Renata Pimentel. Assistência coreográfica: Alexandre Santos e André Vitor Brandão. Figurinos: Maria Agrelli. Design de luz: Luciana Raposo. Elenco: Alexandre Santos, André Vítor Brandão, Adriano Alves, Cleybson Lima, Wendell Britto e Rafael Sisant.

Os 7 Buracos / Compassos Cia. de Danças (Recife/PE)
16 e 17 de janeiro (quinta e sexta), 19h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Hermilo Borba Filho

Sinopse – Um espetáculo que nasce das perguntas e respostas indizíveis daquilo que é e está além do pensamento. Que sentimentos se movem quando o que entra pelos sete buracos da cabeça é colocado diante do público com a crueza, poesia, beleza, o ridículo, o riso e o abismo de sermos nós? O que representam? Como seria viver sem eles? Quanto de concreto e invisível essas passagens abrem e fecham em nós, sujeitos penetráveis caminhando na existência? Cheiros, cores, luzes, gostos, músicas e barulhos, vozes, abismos e respiração se oferecem ao corpo na escrita cotidiana dos encontros e desencontros que nos afetam.

Ficha técnica – Roteiro, coreografia e proposta cenográfica: Luiz Roberto. Iluminação: Luciana Raposo. Bailarinos: Gervásio Brás, Patrícia Costa, Marcela Felipe, Marcela Aragão e Anderson Monteiro.

Robert Softley em If These Spasms Could Speak (Se Estes Espasmos Pudessem Falar) (Escócia/Reino Unido). Foto: Karen Sutherland/ Divulgação

Robert Softley em If These Spasms Could Speak (Se Estes Espasmos Pudessem Falar) (Escócia/Reino Unido). Foto: Karen Sutherland/ Divulgação

If These Spasms Could Speak (Se Estes Espasmos Pudessem Falar) /Robert Softley (Escócia/Reino Unido)
16, 17 e 18 de janeiro (quinta, sexta e sábado), 20h, R$ 20 e R$ 10
Teatro da Caixa Cultural
*Em inglês, com tradução para o português em legendas.
*Com audiodescrição no dia 17 de janeiro (sexta).
Indicação: a partir de 14 anos

Sinopse – Se Estes Espasmos Pudessem Falar é o mais novo espetáculo solo do artista com deficiência Robert Softley, que traz uma série de narrativas engraçadas, tristes, tocantes e surpreendentes, reunidas em entrevistas com pessoas com deficiência. Interativa e bem humorada, a peça expõe a verdade por trás de seus corpos que, de alguma forma, se diferenciam do que chamamos “corpos normais”. Para uma pessoa com deficiência, o corpo determina como se está no mundo, a forma como os outros te julgam. Um corpo que carrega um grande número de histórias sobre incidentes, arranhões e calamidades.

Ficha técnica – Criação: Robert Softley em associação com o The Arches. Direção: Sam Rowe. Iluminação: Nich Smith. Direção musical: Scott Twynholm. Diretor de palco: Gordon Nimmo-Smith. Produção executiva: Mairi Taylor. Coordenação de produção no Brasil: Paula Lopez. Gerente de Projeto British Council Brasil: Liliane Rebelo. Audiodescrição: Com Acessibilidade Comunicacional (Roteiro: Lívia Mota. Locução: Liliana Tavares e Paulo Vieira). Texto e performance: Robert Softley. Este espetáculo é uma ação do UNLIMITED: Arte sem Limites, promovido pelo British Council, em parceria com o 20º JGE/FIAC/PE.

Alice Underground / Incantare Cia. de Teatro (Recife/PE)
16 de janeiro (quinta), 20h30, R$ 20 e R$ 10
Teatro Barreto Júnior
Indicação: a partir de 16 anos

Alice Underground

Alice Underground

Sinopse – Inspirada nas clássicas obras de Lewis Carroll (Alice No País das Maravilhas e Alice Através do Espelho), esta comédia nonsense e carnavalizada para a linguagem adulta, narra as aventuras de uma jovem que, entre o sonho e a realidade, embarca numa incrível viagem após cair num buraco. Levada por sua curiosidade, ela se depara com diferentes situações e pessoas pelas quais será guiada, somente personagens da rua, incluindo mendigos, travestis e boêmios que lhe mostram um mundo desconhecido na noite de uma grande metrópole. Com muito bom humor, a peça propõe uma possível coexistência entre o real e o imaginário.

Ficha técnica – Texto, direção e seleção musical: Antônio Rodrigues. Direção de arte: Antônio Rodrigues e Sônia Carvalho. Preparação corporal: Alexandre Guimarães. Maquiagem: Vinícius Vieira. Iluminação: Sérgio Costa. Adereços: Telma Carvalho, Sônia Carvalho e Tchayarles Oliveira. Produção executiva: Camila Puntel, Rogério Wanderley e Deborah Albuquerque. Elenco: Bruno de Lavor, Daniel Gomes, Deborah Albuquerque, Diego Nascimento, Guto Ferraz, Melissa Baraúna, Mila Puntel, Rachell Costa, Rogério Wanderley, Tarcísio Vieira e Anayra Bandeira (stand in).

Essa Febre Que Não Passa / Coletivo Angu de Teatro e Atos Produções Artísticas (Recife/PE)
16 de janeiro (quinta), 21h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Apolo
Indicação: a partir de 16 anos

Essa febre que não passa. Foto: Ivana Moura

Essa febre que não passa. Foto: Ivana Moura

Sinopse – Baseada no livro homônimo da jornalista Luce Pereira, a peça é estruturada nos cinco contos desta obra que lança um olhar aguçado sobre o universo feminino na contemporaneidade, com aspecto crítico e um certo humor ácido. Numa construção dramatúrgica episódica, as sete atrizes dão vida a personagens criadas pela autora e adicionam fragmentos de suas próprias histórias pessoais.

Ficha técnica – Texto: Luce Pereira. Direção: André Brasileiro e Marcondes Lima. Assistência de direção: Maria do Céu Cezar. Direção de arte: Marcondes Lima. Direção musical e trilha sonora original: Henrique Macedo. Coordenação de produção: Tadeu Gondim. Produção executiva: Dani Varjal, Ivo Barreto e Nínive Caldas. Iluminação: Luciana Raposo. Vídeos: Tuca Siqueira e Cabra Quente Filmes. Musicista: Josi Guimarães. Elenco: Ceronha Pontes, Hermila Guedes, Hilda Torres, Quitéria Kelly, Mayra Waquim, Nínive Caldas e Lilli Rocha (stand in).

Gonzaga Leal refaz os trilhos da memória no show De Mim. Foto: Divulgação

Gonzaga Leal refaz os trilhos da memória no show De Mim. Foto: Divulgação

De Mim – Gonzaga Leal / Talento Produções e Leal Produções Artísticas (Recife/PE)
16 de janeiro (quinta), 21h, R$ 30 e R$ 15
Teatro Capiba (Sesc de Casa Amarela)

Sinopse – Gonzaga Leal lança o show do seu disco mais recente, De Mim, em que se inclina diante do tempo, da memória, da saudade e do ofício de ser cantor. Através de canções-textos de Paulo César Pinheiro, Luiz Tatit, Públius, Capiba, Lula Queiroga, Juliano Holanda, Xico Bizerra, J. Veloso, Dorival Caymmi e Déa Trancoso, o artista constrói uma partitura cênico-poética, onde texto e canção dialogam, deixando aflorar toda a riqueza do imaginário desses compositores.

Senhora de Engenho – Entre a Cruz e a Torá / Cia. Popular de Teatro de Camaragibe (Camaragibe/PE)
17 de janeiro (sexta), 19h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Marco Camarotti (Sesc de Santo Amaro)
Indicação: a partir de 12 anos.

Sinopse – O espetáculo refaz a trajetória da vida da portuguesa Branca Dias, que fugida da Inquisição por ser judia, encontrou abrigo em Pernambuco no Brasil Colônia, em 1550. Em meio a conflitos familiares, ela se torna a primeira mulher a dar aulas, a assumir o comando do Engenho Camaragibe e, principalmente, a lutar para exercer o Judaísmo e seus ritos sagrados. Baseada em fatos reais, temas como devoção, traição, amor, perdão, esperança e fé são, então, compartilhados com a plateia.

Ficha técnica – Texto: Miriam Halfim. Encenação e trilha sonora: Emanuel David D’Lucard. Assistente de encenação: Fabiana Karla de Souza. Direção de arte: Lupércio Kallabar. Consultoria histórica e religiosa: Tânia Kaufman. Preparação corporal e coreografia: Anderson Henry. Figurinos: Francis de Souza. Cenários e adereços: Bernardo Júnior. Designer de Luz: Geraldo Cosmo. Maquiagem: Cláudia Alves. Produção executiva: Juvino Agner, Feliciano Félix, Patrícia Assunção e Bernardo Júnior. Elenco: Cláudia Alves, Dul Santos, Euclides Farias, Francis de Souza, Geraldo Cosmo, Gessica Nascimento, Guto Kelevra, Isabelly Nataly, Patricia Assunção, Pedro Dias, Priscila Karolaine e Wanderson Oliveira.

Homenagem a Gil Cordas / Geórgia Fernanda (Recife/PE)
17 de janeiro (sexta), 21h, R$ 40 e R$ 20
Teatro Boa Vista (Colégio Salesiano)

Sinopse – Com participação de vários artistas, o show faz uma homenagem ao músico Gil Cordas, que faleceu ano passado, aos 55 anos, vítima de um enfarte. Com 35 anos de carreira, ele aprendeu a tocar e cantar de ouvido com a experiência na noite e nos conjuntos de música, como Os Nobres, Os Bravos, Eletrobanda, Embalo 2 e as bandas do Maestro Camarão e João do Vale. Na noite, tocou Erasmo e Roberto Carlos, Carlos Santana, The Doors. Do rock, enveredou pela MPB e aprendeu a tocar outros instrumentos, como violão e cavaquinho.

Cristina Amaral Canta Angela Maria / Beck Produções (Recife/PE)
17 de janeiro (sexta), 21h, R$ 40 e R$ 20
Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)

Sinopse – Paixão, amor, separação, tristezas, solidão. Sentimentos universais que compõem o repertório de Cristina Amaral, que foram já interpretados por Abelim Maria da Cunha, mais conhecida como Angela Maria, primeira dama da música brasileira. Neste show, Cristina Amaral faz uma retrospectiva da obra desta mãe de todas as cantoras, que está completando 60 anos de carreira. No repertório, clássicos como Falhaste Coração, Nem Eu, Ronda e Lábios de Mel. O show marca também o início das comemorações pelos 30 anos de carreira de Cristina Amaral.

Ópera / Coletivo Angu de Teatro e Atos Produções Artísticas (Recife/PE)
17 de janeiro (sexta), 21h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Apolo
Indicação: a partir de 18 anos

Ópera. Foto: Sávio Uchôa

Ópera. Foto: Sávio Uchôa

Sinopse – O provocante espetáculo reúne quatro contos de temática homoerótica (O Cão, O Troféu, Culpa e Ópera), fazendo um cruzamento estético entre a sexualidade e o teatro cômico, poético e marginal. A obra lança questionamentos sobre a afirmação das diferenças que compõem a nossa identidade e traz uma radiografia da realidade brasileira com contundente crítica social que estimula o espectador a questionar os valores e as dificuldades do nosso tempo.

Ficha técnica – Texto: Newton Moreno. Encenação e direção de arte: Marcondes Lima. Direção musical e trilha sonora original: Henrique Macedo. Preparação corporal e assistência de direção: Vavá Schön-Paulino. Plano de Luz: Játhyles Miranda. Direção de produção: Tadeu Gondim. Produção executiva: Lilli Rocha e Nínive Caldas. Elenco: Arilson Lopes, Carlos Ferrera, Fábio Caio, Ivo Barreto, Tatto Medinni, Dirceu Siqueira e Ellen Roche.

Cássio Sette Abolerado / Cássio Sette (Recife/PE)
17 de janeiro (sexta), 21h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Capiba (Sesc de Casa Amarela)

Sinopse – Cássio Sette comemora 30 anos de carreira com este show em que apresenta um repertório composto por tangos e boleros. Uma das músicas da apresentação é Baile Perfumado, de Fred Zero Quatro, canção que faz parte do seu disco mais recente: O Medo da Dor. Há ainda canções como Quizás, Quizás, Quizás (Osvaldo Farrés), Dos Cruces (Carmelo Larrea), Retalhos de Cetim (Benito de Paula) e Marfim (Cássio Sette e Areia).

Era Uma Vez… Grimm / Belazarte Realizações Artísticas (Rio de Janeiro/RJ)
17 de janeiro (sexta), 21h, R$ 20 e R$ 10
18 de janeiro (sábado), 16h30 e 21h, R$ 20 e R$ 10 em cada sessão
19 de janeiro (domingo), 16h30 e 20h, R$ 20 e R$ 10 em cada sessão
Teatro de Santa Isabel

1h10 (versão infanto juvenil) e 1h30 (versão adulta).
Indicação: a partir de 10 anos (versão infanto juvenil) e 12 anos (versão adulta).

Sinopse – Investindo em uma dramaturgia original para o teatro musical, o espetáculo de José Mauro Brant e Tim Rescala, apresentado em duas versões, uma adulta e outra infanto juvenil, põe em cena os próprios irmãos Grimm e seus narradores, contando e interpretando as tramas originais de Chapeuzinho Vermelho, O Junípero e Cinderela, adaptadas para uma linguagem musical que remete à ópera, indo do terror ao humor. Com atores cantores acompanhados de um quinteto de músicos eruditos do Recife, a encenação faz surgir as personagens como que saídas de dentro de um livro gigante, suporte para projeções de animação gráfica.

Ficha técnica – Autores: José Mauro Brant e Tim Rescala. Adaptação: José Mauro Brant. Direção geral: José Mauro Brant e Sueli Guerra. Direção de movimento: Sueli Guerra. Direção técnica: Kátia Barreto. Iluminação: Paula César Medeiros. Música original: Tim Rescala. Figurinos e cenário: Ney Madeira, Dani Vidal e Pati Faedo – Espetacular Produções!. Animação gráfica: Renato e Ricardo Vilarouca, a partir de desenhos do ilustrador Rui de Oliveira. Elenco: Chiara Santoro, Janaína Azevedo, José Mauro Brant e Wladimir Pinheiro.

Salada Mista / Cia. 2 Em Cena de Teatro, Circo e Dança (Recife/PE)
18 de janeiro (sábado), 16h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Marco Camarotti (Sesc de Santo Amaro)

Sinopse – Voltado ao público infanto juvenil, o espetáculo é uma divertida brincadeira que mescla teatro, música e palhaçaria. No palco, sete crianças recriam o clássico conto de fadas Chapeuzinho Vermelho, que se transforma numa telenovela ambientada na década de 1960, com músicas da Jovem Guarda. Entre um capítulo e outro, o público se diverte com números de palhaços e a trilha sonora executada ao vivo. A obra trata do amor de forma lúdica e engraçada, discutindo questões como a conquista, o namoro, o casamento, a traição e a separação.

Ficha técnica – Dramaturgia, encenação e preparação de elenco/palhaços: Alexsandro Silva. Direção de arte: Marcondes Lima. Direção musical: Henrique Macedo. Iluminação: Cindy Fragoso. Preparação vocal: Douglas Duan. Preparação de canto: Sebastião Câmera. Preparação corporal: Arnaldo Rodrigues. Produtores executivos: Alexsandro Silva e Arnaldo Rodrigues. Elenco: Jerlâne Silva, Flávio Santana, André Ramos, Arnaldo Rodrigues, Paula de Tássia (atores-palhaços), Davisom Wescley e Douglas Duan (atores-músicos).

Era Uma Vez Um Rio / Cênicas Cia. de Repertório (Recife/PE)
18 de janeiro (sábado), 16h, R$ 20 e R$ 10
19 de janeiro (domingo), 11h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Barreto Júnior

Sinopse – Nesta comovente história de amor à natureza, Guto, o voltar adulto à sua cidade natal, fica surpreso com a degradação em que seu velho amigo, o Rio, se encontra. É desse encontro que surge uma incrível viagem no tempo, onde, através da memória, ele irá reviver os passos deste amor, desde sua infância até os dias de hoje. Nesta jornada, Guto irá se deparar com incríveis personagens: de familiares à antiga professora e amigos dos tempos de menino. Com trilha sonora executada ao vivo, a peça revela os encantos de uma comunidade ribeirinha e suas cantigas e lendas, numa história de aprendizagem, repleta de ternura, poesia e memórias.

Ficha técnica – Texto: Lavínnia Pannunzio (adaptação da obra homônima de Martha Pannunzio). Encenação, figurinos e cenografia: Antônio Rodrigues. Assistente de figurinos: Sônia Carvalho. Adereços: Telma e Sônia Carvalho. Preparação de elenco e maquiagem: Vinícius Vieira. Pesquisa musical e trilha sonora: Adriana Milet. Iluminação: Luciana Raposo. Produção executiva: Sônia Carvalho e Antônio Rodrigues. Elenco: Raul Elvis, Sônia Carvalho, Ana Gabriela, Rogério Wanderley, Monique Nascimento e Antônio Rodrigues.

“O MELHOR SHOW DO MUNDO, na minha opinião…” / Ritalino/Triolé Cultural (Londrina/PR)
18 e 19 de janeiro (sábado e domingo), 19h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Capiba (Sesc de Casa Amarela)
Indicação: a partir de 10 anos

Sinopse – Ritalino é um vendedor de pipocas. Mas como vender pipocas, se os artistas faltaram e o público não tem ao que assistir? Isso não é problema para este palhaço, que viu as apresentações toda noite e pensa que será fácil. Ele, então, sobe ao palco e apresenta vários números como suas pitorescas mágicas, músicas de improviso, criação de uma banda com a ajuda da platéia e até doma de animais!!! Assim, o tempo vai passando e entre uma risada e outra… lá se vão seus saquinhos de pipoca. A interação com o público acontece a todo o momento de maneira leve, confortável e cheia de trapalhadas.

Ficha técnica – Criação, direção e atuação: Tiago Marques. Operação de luz: Alexandre de Oliveira Simioni. Operação de som: Gerson Bernardes.

Rasif – Mar Que Arrebenta / Coletivo Angu de Teatro e Atos Produções Artísticas (Recife/PE)
18 de janeiro (sábado), 21h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Hermilo Borba Filho
Indicação: a partir de 14 anos

Sinopse – Doze contos do autor pernambucano Marcelino Freire servem como matéria prima para este espetáculo que propõe levar à cena, em diálogo com a projeção de imagens e trilha sonora executada ao vivo, uma virulenta visão sobre as fissuras que o tecido social brasileiro apresenta, mantendo o linguajar próprio de sua prosa, de suas “cirandas, cirandinhas”. Os contos aparecem como se fossem cantos, tratados como música: poesia gotejada direto nos ouvidos. Três músicos e um performer vocal pontuam as cenas, intensas e com o humor irônico característico do grupo.

Ficha técnica – Texto: Marcelino Freire. Encenação e direção de arte: Marcondes Lima. Direção musical e trilha sonora original: Henrique Macedo. Preparação corporal: Vavá Schön-Paulino. Iluminação: Játhyles Miranda. Vídeos: Oscar Malta e Tuca Siqueira. Direção de produção: André Brasileiro. Produção executiva: Tadeu Gondim, Gheuza Sena, Ivo Barreto, Fábio Caio, Marcondes Lima e Maria Helena Carvalho. Músicos: Marcondes Lima, Tarcísio Resende, Luziano André e Eugênio Gomes. Elenco: André Brasileiro, Arilson Lopes, Fábio Caio, Ivo Barreto, Márcia Cruz, Vavá Schön-Paulino e Tatto Medinni (stand in).

Isaar / Félix (Recife/PE)
18 de janeiro (sábado), 21h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)

Sinopse – Neste show, Isaar dá uma prévia do que será o seu novo disco, previsto para ser lançado este ano, com o título Todo Calor. A cantora apresenta praticamente um autoretrato através das músicas, arranjadas basicamente com metais, a marca deste novo trabalho. O espetáculo traz ainda sucessos dos elogiados álbuns Azul Claro e Copo de Espuma, a música Casa Vazia e canções de Beto Vilares, Graxa, Zizo e Cássio Sette.

Projeto Nós Pós MOSTRAPE – 3ª Temporada
Dia 18 (sábado), 20h, R$ 10 (preço único promocional)
Teatro Arraial
Indicação: a partir de 12 anos.

Sinopse – O projeto Nós Pós MOSTRAPE, que desde 2012 realiza Mostras Literárias do início ao fim do ano, inicia sua terceira temporada com uma Jam poética e musical. No evento, a escritora Ana Maria Pereira e os escritores e músicos Johsi Guimarães e Manuca Bandini, juntamente com o Grupo Mexidinho – cujo repertório passeia pela MPB, samba, frevo e rock’n’roll –, trazem ao público um pouco da nova, rica e engenhosa cena artística do estado.

Ficha técnica – Produção geral: Alexandre Melo. Produção executiva: Hudson Wlamir. Participantes: Ana Maria Pereira (escritora), Johsi Guimarães (escritora/musicista), Manuca Bandini (escritor/músico) e o Grupo Mexidinho – Olívia Fancello (voz/violão), Maneco Bacarelli (voz/violão), Eudes Reges (percussão), Rodrigo Gondão (percussão), Manuel Epaminondas (contrabaixo) e Heberton Forllan (banjo/gaita).

O Menino da Gaiola / Bureau de Cultura (Recife/PE)
19 de janeiro (domingo), 16h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Marco Camarotti (Sesc de Santo Amaro)
Indicação: a partir de 7 anos

Sinopse – Vito é um garoto de nove anos, órfão de pai e mãe, que, inspirado pelo tio, um criador de pássaros, resolve sair numa jornada pelo mundo portando apenas uma gaiola. Mas não quer prender passarinhos e, sim, anotar em papel os sonhos de cada pessoa para depois libertá-los como pássaros de papel. Nessa viagem, ele descobre a dura realidade do mundo, mas ainda repleto da fantasia própria do universo infantil, com personagens lúdicas, mesmo que em situações de violência familiar e urbana e poluição ambiental.

Ficha técnica – Texto: Cleyton Cabral. Direção: Samuel Santos. Trilha sonora: Isaar França e Rama Ohm. Iluminação: O Poste Soluções Luminosas (Naná Sodré e Agrinez Melo). Figurinos: Java Araújo. Maquiagem: Gera Cyber. Cenários: Renata Gamelo, Arthur Braga e Samuel Santos. Produção executiva: Clarisse Fraga. Elenco: Evilásio de Andrade, Auricéia Fraga, Márcio Fecher, Eduardo Japiassu e Ana Souza.

Angu de Sangue / Coletivo Angu de Teatro e Atos Produções Artísticas (Recife/PE)
19 de janeiro (domingo), 20h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Apolo
Indicação: a partir de 16 anos

Sinopse – De faceta multimídia, a peça mergulha na cruel realidade de um grande centro urbano, mexendo em temas como a solidão, a desigualdade social, o preconceito e o descaso, representando a face mais violenta e marginal de uma metrópole. São dez estórias – a maioria monólogos de forte intensidade dramática e com humor ácido – interligadas com cenas de vídeo e música com canto ao vivo. Em cena, os mais diferentes tipos urbanos expõem diferenças sociais e ideológicas numa obra onde crueza e poesia se alternam constantemente.

Ficha técnica – Texto: Marcelino Freire. Encenação e direção de arte: Marcondes Lima. Direção musical e trilha sonora original: Henrique Macedo. Preparação corporal: Peter Dietz. Plano de luz: Játhyles Miranda. Criação e edição de vídeos: Oscar Malta e Tuca Siqueira. Direção de produção: André Brasileiro. Produção executiva: Tadeu Gondim. Elenco: Arilson Lopes, Fábio Caio, Ivo Barreto, Gheuza Sena e Hermila Guedes.

Eu Disse Freeeevo! – Quinteto Violado /Carla Navarro Produção Cultural (Recife/PE)
19 de janeiro (domingo), 20h, R$ 40 e R$ 20
Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)

Sinopse – Neste show do seu disco mais recente, Eu Disse Freeeevo!, composições inéditas como Quando a Orquestra Tocar, de Marrom Brasileiro, e Pernambuco Doce, de Marcelo Melo, além de novas leituras de grandes sucessos como Nos Quatro Cantos e Frevo Mulher. Ariano Suassuna é homenageado pelo grupo através da música inédita Frevariano, de Roberto Medeiros, e do figurino, confeccionado pela Refazenda, que fará alusão à obra do mestre.

Dos Oito aos Oitenta – Claudionor Germano / Instituto Abelardo da Hora (Recife/PE)
20 de janeiro (segunda), 20h, R$ 40 e R$ 20
Teatro de Santa Isabel

Sinopse – Claudionor Germano comemora a marca de 80 anos de vida como ícone da cultura pernambucana através deste show que traz as canções mais representativas da sua carreira, desde músicas de seresta até o gênero que o consagrou definitivamente: o frevo. Além de contar com a participação de vários artistas amigos.

A Negra Felicidade / Alfândega 88 e Notórias Produções (Rio de Janeiro/RJ)
21 e 22 de janeiro (terça e quarta), 19h, R$ 20 e R$ 10
Teatro de Santa Isabel

Sinopse – Indicado ao Prêmio Shell de Melhor Direção e ao Prêmio Questão de Crítica de Melhor Direção e Espetáculo, a peça leva à cena o caso verídico da escrava Felicidade, que, em 1870, recorreu à Justiça para que fosse reconhecido seu direito à liberdade. A obra é construída a partir de dois pilares de composição: os autos do processo judicial e o Sermão de Santo Antônio aos Peixes, do padre Antônio Vieira, grande defensor da igualdade entre os seres humanos. No contraponto entre a coisificação máxima do ser humano – a escravidão – e o profundo respeito à vida humana pregado e defendido por Vieira, está calcado o espetáculo.

Ficha técnica – Texto e direção: Moacir Chaves. Iluminação: Aurélio de Simoni. Trilha sonora: Tato Taborda. Figurinos: Inês Salgado. Elenco: Andy Gercker, Danielle Martins de Farias, Edson Cardoso, Fernando Lopes Lima, Kassandra Speltri, Leonardo Hinckel, Luísa Pitta, Rafael Mannheimer, Rita Fischer e Silvano Monteiro.

O Controlador de Tráfego Aéreo / Alfândega 88 e Notórias Produções (Rio de Janeiro/RJ)
21 e 22 de janeiro (terça e quarta), 21h, R$ 20 e R$ 10
Teatro de Santa Isabel

Sinopse – Partindo da trajetória de vida de um dos atores em cena, Silvano Monteiro, que trabalhou na Força Aérea e, após sofrer alguns revezes, tornou-se morador de rua, a peça é composta por textos que refletem sobre a tênue linha que divide as fronteiras entre os homens, suas regras e valores sociais e, por fim, entre vida e morte, numa reflexão sobre a corrida em busca da felicidade. O espetáculo se desenrola com atores e espectadores juntos no palco, como uma espécie de versão teatral de uma roda de samba, ou roda de choro, em que os participantes são criadores artísticos do ato.

Ficha técnica – Texto, direção e cenário: Moacir Chaves. Iluminação: Aurélio de Simoni. Trilha sonora: Silvano Monteiro. Figurinos: Inês Salgado. Elenco: Elenco: Danielle Martins de Farias, Fernando Lopes Lima, Kassandra Speltri, Leonardo Hinckel, Luísa Pitta, Rafael Mannheimer e Silvano Monteiro.

Na Solidão dos Campos de Algodão / Companhia do Ator Nu (Recife/PE)
22 de janeiro (quarta), 19h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Hermilo Borba Filho
Indicação: a partir de 14 anos

Na solidão dos campos de algodão. Foto: Pollyanna Diniz

Na solidão dos campos de algodão. Foto: Pollyanna Diniz

Sinopse – Nesta tragédia contemporânea que traz a linguagem como protagonista e cujo mote da situação é o comércio, dois homens se encontram num lugar neutro, indefinido. Um deles pretende fornecer o que o outro desejaria, mas nem o desejo, nem a mercadoria são revelados. E essa relação mostra-se, ao longo do tempo, como um combate sem vencedores, tendo a solidão como horizonte e a palavra como principal arma. O jogo enigmático avança até chegar a um final surpreendente. O espetáculo é fruto de intercâmbio com a companhia Teatro do Pequeno Gesto, do Rio de Janeiro.

Ficha técnica – Texto: Bernard-Marié Koltès. Tradução: Jackeline Laurence. Encenação: Antonio Guedes. Assistente de encenação: Alexsandro Souto Maior. Cenografia: Doris Rollemberg. Figurino: Luciano Pontes. Iluminação: João Denys. Trilha sonora original: Marcelo Sena. Vídeo: Alan Oliveira e Rafael Malta. Preparação corpo/voz: Érico José. Direção de movimento: Míriam Asfora. Direção de produção: Edjalma Freitas. Produção executiva: Luciana Barbosa. Elenco: Edjama Freitas e Tay Lopez.

Camille Claudel / Ceronha Pontes e Atos Produções Artísticas (Recife/PE)
22 de janeiro (quarta), 21h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Arraial
Indicação: a partir de 12 anos

Sinopse – A escultora francesa Camille Claudel, nascida em 1864, não foi perdoada por sua natureza tempestuosa, por sua revolucionária criação. Dotada de tamanho talento, assombrou uma época em que mulheres de gênio jamais ficariam impunes.
O seu clamor artístico a conduziu inevitável e impiedosamente ao encontro de Auguste Rodin, grande escultor de quem foi aluna, amante e a própria inspiração. Dois gênios conectados, apaixonados. E se ele foi tantas vezes condecorado, se conheceu a fama, o dinheiro e a glória, à Camille coube o abandono e a acusação de reproduzir o mestre.

Ficha técnica – Dramaturgia, direção, figurino, seleção musical e atuação: Ceronha Pontes. Produção executiva: Tadeu Gondim, Rogério Mesquita, Ceronha Pontes e Eros Oliveira. Cenário: Yuri Yamamoto. Iluminação: Walter Façanha. Orientação de figurino: Marcondes Lima. Captação de imagens/vídeo: Alex Ribeiro.

Sarará / Acupe Grupo de Dança (Recife/PE)
22 de janeiro (quarta), 21h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)

Sinopse – Nos diferentes quadros deste espetáculo de dança-teatro, partindo da visão antropofágica proposta pelo escritor Oswald de Andrade, pai da coreógrafa Marília de Andrade, expressam-se rituais, estados de alma e poesia baseados na cultura brasileira. Criativamente, várias linguagens da dança são integradas, numa mistura de imagens, pensamentos, músicas e poesias que emocionam, divertem e habitam o nosso inconsciente coletivo. As composições coreográficas partiram de improvisações dos bailarinos, valorizando suas habilidades técnicas, subjetividades, experiências de vida e bagagens culturais.

Ficha técnica – Direção artística, concepção, roteiro e coreografia: Marília de Andrade. Direção geral e produção: Paulo Henrique Ferreira. Cenário e figurinos: Marcondes Lima. Trilha sonora: Divanir Gattamorta e Geraldo Maia. Iluminação: Luciana Raposo. Elenco: Dave Carvalho, Fernanda Lobo, Fernando Gomes, Mieja Chang, Paulo Henrique Ferreira, Roberta Cunha e Suarrily França.

A Troiana Hécuba / CO-produção ENTREtanto TEATRO e 20º Janeiro de Grandes Espetáculos – FIAC/PE (Valongo/Portugal e Recife/PE/Brasil)
23 e 24 de janeiro (quinta e sexta), 19h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Marco Camarotti (Sesc de Santo Amaro)
Indicação: a partir de 12 anos

Sinopse – Resultado da Residência Artística: A Poética do Equilíbrio: O Método Kum Nye Na Criação Artística, de Júnior Sampaio com artistas do Recife. O texto é uma adaptação livre de As Troianas, de Eurípides, no qual a Rainha de Troia assume o cunho do simbólico coro grego. Com apenas duas personagens da tragédia original, a ação se desenvolve momentos antes em que as troianas cativas são enviadas para pontos distintos da Grécia. Os diálogos entre o grego Taltíbio e a troiana Hécuba levam o espectador aos horrores de uma guerra antiga e ao despertar para as consequências de uma possível guerra atual.

Ficha técnica – Dramaturgia, encenação e concepção plástica: Júnior Sampaio. Canto: Aliane Sousa. Músicas e sonoplastia: Ricardo Raimundo. Interpretação: Auricéia Fraga, Nilza Lisboa, Fátima Aguiar, Isa Fernandes, Pascoal Filizola, Sônia Bierbard e Zuleika Ferreira.

ON Lo Real de Lo Virtual / Fóramen M. Danza Que Invita a La Acción (Cuernavaca/Morelos/México)
23 de janeiro (quinta), 20h30, R$ 20 e R$ 10
24 de janeiro (sexta), 21h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Barreto Júnior
Indicação: a partir de 15 anos

Sinopse – É uma montagem coreográfica multidisciplinar de grande formato, com música ao vivo e edição de imagens em tempo real. A obra aborda a temática existencial do indivíduo, fazendo relação com o tempo, a solidão, o amor e a violência no contexto do mundo real e virtual; assim como a necessidade de estar fora e da impossibilidade de fazê-la. “O indivíduo preso em saídas virtuais”. São muitos acontecimentos diferentes com um mesmo argumento mostrando esta diversidade, sob o ritmo das imagens virtuais e reais ultrapassando o espaço cênico.

Ficha técnica – Direção geral: Marcos Ariel Rossi e Beatriz Madrid. Cenografia, figurinos e produção executiva: FMB Producciones (Liliana Ordoñez). Co-produção: Dirección de Danza de la UNAM (Universidade Nacional Autônoma do México). Iluminação: CNR Producciones. Intervenção sonora: Galo Gonzalez (guitarra elétrica e eletroacústica). Artista visual: Moises Regla. Intérpretes: Alejandra Aparicio, Beatriz Dávila, Mariana García, Hugo Molina e Gerardo Sánchez.

Mariano, Irmão Meu /Grupo Engenho de Teatro (Recife/PE)
23 de janeiro (quinta), 21h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Hermilo Borba Filho
Indicação: a partir de 14 anos

Mariano, irmão meu. Foto: Ivana Moura

Mariano, irmão meu. Foto: Ivana Moura

Sinopse – A peça narra a fabulosa história de Mariano, um rapaz de vida simples que foi largado pela sua gestora ainda recém-nascido. Ele vive num mundo particular inventado por seu irmão, Damião. Para fugir dos vazios e da impotência de mudar o próprio destino, Damião escreve cartas como se fosse a própria mãe e inventa o dia de nascimento do irmão tentando negar a gênese dos irmãos abandonados. Em meio a imagens poéticas e cruas, a linha tênue que separa a lucidez da loucura costura a narrativa tensa e dialógica presentes nos discursos. O texto foi vencedor dos Prêmios Literários da Cidade de Manaus, em 2011.

Ficha técnica – Texto: Alexsandro Souto Maior. Direção e iluminação: Eron Villar. Direção musical: Kleber Santana. Cenário, figurinos e adereços: Java Araújo. Músico: Leandro Almeida. Elenco: Alexsandro Souto Maior, Ana Cláudia Wanguestel e Tatto Medinni.

Avental Todo Sujo de Ovo / Grupo Ninho de Teatro (Crato/CE)
23 e 24 de janeiro (quinta e sexta), 21h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Capiba (Sesc de Casa Amarela)
*Com audiodescrição dia 24 de janeiro (sexta).
Indicação: a partir de 12 anos

Sinopse – Esta delicada e surpreendente obra trata da relação familiar, com seus sentimentos, suas limitações e in/verdades. O público é convidado a visitar a casa de Alzira e Antero, casal que há dezenove anos, junto à comadre Noélia, vive a angustiante espera do filho Moacir, que sumiu de casa aos nove anos de idade. Este cotidiano só se modificará a partir da inesperada visita de Indienne Du Bois. Para promover a atmosfera de intimidade, a história é contada em espaço cênico de semi arena, sobre um tapete de arroz a uma distância mínima do público, provocando neste, um reflexivo e ativo olhar sobre as relações familiares.

Ficha técnica – Texto: Marcos Barbosa. Direção, iluminação e seleção de trilha sonora: Jânio Tavares. Figurinos: Carol Lândim e Jânio Tavares. Cenário: Jânio Tavares e Wanderley Peckovski. Elenco: Edceu Barbosa, Joquina Carlos, Rita Cidade e Zizi Télecio.

H(EU)stória – O Tempo em Transe / Coletivo Grão Comum e Gota Serena Produções e Eventos (Recife/PE)
24 e 25 de janeiro (sexta e sábado), 20h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Arraial
Indicação: a partir de 16 anos

Sinopse – As relações do cineasta baiano Glauber Rocha com Pernambuco, através das cartas escritas para o poeta Jomard Muniz de Britto e o ex-governador do Estado Miguel Arraes, servem de referência para esta obra, o primeiro espetáculo da Trilogia Vermelha, pesquisa no teatro contemporâneo e sua permanente experimentação como linguagem artística. A montagem trata, então, da Revolução, das desilusões, do amor e do cinema. Desta forma, faz vibrar o pensamento, porque todas as palavras escritas não morrem com o tempo. São, quando encenadas: testamento, biografia, documento.

Ficha técnica – Pesquisa, roteiro, encenação e iluminação: Júnior Aguiar. Audiovisual: Gê Carvalho (Galego). Figurinos: Asaías Lira. Assistentes de produção: Asaías Lira e Rebeka Barros. Elementos cenográficos: Ingrid Farias. Trilha sonora: Geraldo Maia (participação especial). Elenco: Márcio Fecher e Júnior Aguiar.

Experimental: Vinte Anos Dando Corpo à Cidade / Grupo Experimental (Recife/PE)
24 e 25 de janeiro (sexta e sábado), 19h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Hermilo Borba Filho
Indicação: a partir de 16 anos

Sinopse – O Grupo Experimental revisa seus vinte anos de carreira, celebrando o encontro com um passeio coreográfico que reúne um quarteto de trabalhos distintos: Eye to Eye (1993), Barro-Macaxeira (2001), Nada é Muito Sério (1995) e Lúmen (2002). Uma exposição coreográfica; quatro espetáculos apontando os caminhos percorridos e as novas direções, e, acima de tudo, festejando a história de uma companhia que traduz em dança os corpos da cidade. Corpos como o lugar de encontro, trânsito das mais diversas e, às vezes, controversas emoções.

Ficha técnica – Direção geral: Mônica Lira. Coreógrafos: Lilli Rocha, Luiz Roberto, Marcelo Pereira, Mônica Lira e Valéria Vicente. Direção técnica: Marcelo Zamora. Iluminação: Beto Trindade. Figurinos: Período Fértil (Barro-Macaxeira), Marcondes Lima (Lúmen) e Grupo Experimental (Eye to Eye/Nada Muito Sério). Cenários: Marcelo Zamora (Lúmen) e Grupo Experimental (Barro-Macaxeira/Nada Muito Sério). Elenco: Everton Gomes, Gardênia Coleto, Lilli Rocha, Januária Finizola, Jennyfer Caldas, Jorge Kildery, Rafaella Trindade, Ramon Milanez e Patrícia Pina Cruz.

A Primeira Vista / Machenka Produções Artísticas (Rio de Janeiro/RJ)
24 e 25 de janeiro (sexta e sábado), 21h, R$ 20 e R$ 10
26 de janeiro (domingo), 20h, R$ 20 e R$ 10
Teatro de Santa Isabel
Indicação: a partir de 14 anos

Sinopse – Do mesmo autor de In On It, o canadense Daniel MacIvor, o texto monta um divertido e comovente quebra-cabeça da amizade entre duas mulheres ouvintes de rock que formam uma mal sucedida banda, com história repleta de encontros, desencontros e, fundamentalmente, reencontros. A pólvora está nos pontos de vista da dupla, com cenas que ganham leituras diferentes para que o espectador monte seu próprio quebra-cabeça a partir dessa relação caótica e hilariante. A montagem marca o retorno de Drica Moraes aos palcos em parceria com a atriz Mariana Lima, com quem, apesar da longa amizade, nunca havia atuado junto.

Ficha técnica – Texto: Daniel Maclvor. Tradução: Daniele Ávila. Direção: Enrique Diaz. Iluminação: Maneco Quinderé. Trilha sonora: Fabiano Krieger e Lucas Marcier. Figurinos: Antônio Medeiros. Cenário: Marcos Chaves. Elenco: Drica Moraes e Mariana Lima.

O Circo de Lampezão e Maria Botina / Caravana Tapioca (Recife/PE)
25 de janeiro (sábado), 16h, gratuito
Pátio da Feira de Santo Amaro (Rua Frei Cassimiro)

Sinopse – Os palhaços Cavaco e Nina contam a história de um casal anônimo do sertão: Maria Botina, que sonhava em ser levada por um cangaceiro; e Lampezão, que fingia ser valente para impressioná-la. Em meio a muitas trapalhadas nessa conquista, os dois tocam música ao vivo, fazem malabarismo com baldes, mágica e número com chicotes, entre outras habilidades. Dedicado a toda a família, este encantador espetáculo de circo-teatro mescla técnicas circenses com uma dramaturgia épica e atual, permeando as diversidades culturais do sertão e agreste brasileiro.

Ficha técnica – Roteiro e direção: Ésio Magalhães. Máscaras: Ésio Magalhães e Anderson Machado. Figurinos: Fabiana Pirro. Cenografia: Anderson Machado e Fabiana Pirro. Elenco: Anderson Machado e Giulia Cooper.

Le Petit: Grandezas do Ser* / Companhia Circo Godot de Teatro (Filottrano/Itália e /Recife/PE)
25 de janeiro (sábado), 17h30, R$ 20 e R$ 10
Teatro Marco Camarotti (Sesc de Santo Amaro)
*Com audiodescrição.
Indicação: a partir de 5 anos

Sinopse – Numa narrativa lúdica e poética, que abole por completo o uso da palavra, o espetáculo parte das relações de amizade descritas por Antoine de Saint-Exupéry, autor de O Pequeno Príncipe, para apresentar um universo fabular em que a fidelidade a um amigo doente e o medo da solidão são os princípios dramatúrgicos para uma diversidade de imagens, sonoridades e situações. Lançando mão de gags, brincadeiras, malabares, equilibrismos e acrobacias, a montagem é um lírico e engraçado germinador de reflexões, para adultos e crianças, sobre viver, morrer e aprender a ser verdadeiramente companheiro do outro.

Ficha técnica – Roteiro e direção de arte: Companhia Circo Godot de Teatro. Encenação: Quiercles Santana. Produção e assistência de direção: Andrêzza Alves. Dramaturgismo e assistência de produção: Ana Paula Sá. Iluminação: Luciana Raposo. Direção musical e trilha original: Kleber Santana. Assessoria e confecção de Teatro de Sombras: Lillian Kellen. Preparação de Clown: André Casaca. Audiodescrição: Com Acessibilidade Comunicacional (Roteiro e locução: Liliana Tavares). Elenco: Damiano Massaccesi, Andrêzza Alves, Flávia Fernanda e Rafaela Fagundes (as três últimas na manipulação de objetos).

Psiquê / Andeja Cia. de Teatro e Grupo de Teatro Bodega (Recife/PE e Campina Grande/PB)
25 de janeiro (sábado), 21h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Apolo
Indicação: a partir de 14 anos

Sinopse – Três clowns conversam sobre relacionamentos e comportamentos sexuais das mulheres contemporâneas e se deparam com o mito de Eros (deus do amor) e Psiquê (a mulher mais bela de todas). Sua beleza é comparada à deusa Vênus (a deusa da Beleza e mãe de Eros), tanto que Psiquê desperta o ódio da mesma e a inveja de suas duas irmãs mais velhas, inconformadas pelo amor de Eros por ela. Com uma comicidade crítica que aborda padrões da “mulher perfeita”, inclusive como dona de casa, as três clowns vivenciam esta história questionando estéticas, relacionamentos e a busca pelo grande amor.

Ficha técnica – Direção, adaptação do texto, músicas e maquiagem: Diana Ramos. Direção musical, arranjos e preparação vocal: Douglas Duan. Iluminação: Nando Zambia. Figurinos: Sérgio Abajur. Atrizes/Clowns: Cris Leandro, Joana Marques e Suellen Maria.

Coração Saudosiano – Kelly Rosa / Kelly Rosa (Recife/PE)
25 de janeiro (sábado), 21h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Capiba (Sesc de Casa Amarela)

Sinopse – A paranaense Kelly Rosa declara com esse show o seu amor pela cultura do povo do Cariri e do Vale do Pajeú. A artista lança um olhar diferente, apaixonado e reconhecido sobre a poesia e a música dos poetas desses locais que, com simplicidade, interpretam e sentem intensamente o mundo. O show tem canções de Bia Marinho, Zeto, Maciel Melo, Anchieta Dali e Carlos Viela, Geraldo Azevedo, Xico Bizerra, Zeca Tocantins, Jorge Simas e Lamartine Passos, entre outros.

São Paulo Companhia de Dança (São Paulo/SP)
25 de janeiro (sábado), 21h, R$ 20 e R$ 10
26 de janeiro (domingo), 20h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)

Sinopse – Criada em janeiro de 2008 pelo Governo do Estado de São Paulo, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) é dirigida por Inês Bogéa, doutora em Artes, bailarina, documentarista e escritora. Ao longo desse período, já foi assistida por mais de 340 mil pessoas em seis diferentes países, passando por aproximadamente 55 cidades, num total de mais de 360 apresentações. A grandiosa equipe apresenta um repertório variado, marca de inovação e tradição que vai do clássico ao contemporâneo, com estreias constantes. Criou ainda a série de documentários Figuras da Dança, com 25 episódios que trazem a arte da dança narrada por quem a viveu, além da série de documentários Canteiro de Obras e livros de ensaios, todos dentro do seu programa de Registro e Memória da Dança.

Suas ações se complementam com Programas Educativos e de Formação de Plateia Para a Dança, além das constantes Palestras Para os Educadores, oportunizando o diálogo sobre os bastidores desta arte; Oficinas de Dança, um encontro entre estudantes de dança e professores da SPCD; o Espetáculo Aberto Para Estudantes, cuja proposta é ver, ouvir e perceber o mundo do dançar; e a Dança em Rede, uma enciclopédia online disponível no site da Companhia, que procura mapear a dança de cada cidade visitada. Ou seja, a São Paulo Companhia de Dança é um lugar de encontro dos mais diversos artistas para se pensar um projeto brasileiro de dança.

Repertório a ser apresentado:

1h30 (com intervalo de 15 minutos).

Por Vos Muero (1996)
26 min.

Coreografia que usa a dança clássica e contemporânea para sugerir uma atemporalidade nas relações humanas. A partir da poesia fantasmagórica de Garcilaso de la Vega e da guitarra espanhola, a obra captura a essência do espírito artístico da Espanha da época, traduzindo a coreografia como uma expressão do povo e uma homenagem ao papel fundamental que a dança ocupa naquele país. A fusão de músicas antigas espanholas, dos séculos XV e XVI, favorece a diversidade de dinâmicas exploradas pelo coreógrafo e revela uma dança fluída e ritmada que remete há outros tempos, mas é atemporal.

Ficha técnica – Coreografia: Nacho Duato. Músicas: Jordi Savall. Desenho de luz: Nicolás Fischtel. Poema: Garcilaso de la Veja. Voz: Miguel Bosé. Remontagem: Thomas Klein e Tony Fabre. Organização: Carlos Iturrioz Mediart Producciones SL (Spain). Execução de cenário e figurino: FCR/Fábio Brando. Direção artística: Inês Bogéa.

Mamihlapinatapai (2012)
12 min.

Um olhar compartilhado por duas pessoas, cada uma desejando que a outra tome uma iniciativa para que algo aconteça, porém, nenhuma delas age. Este é significado de Mamihlapinatapai, palavra originária da língua indígena yaghan, de uma tribo da Terra do Fogo, que dá nome a esta obra, que mergulha na relação de desejo entre homem e mulher, agregada ao significado do título do trabalho, usando elementos desconstruídos da dança de salão.

Ficha técnica – Coreografia: Jomar Mesquita, com colaboração de Rodrigo de Castro. Músicas: Marina de La Riva, composição de Silvio Rodrígues (Te Amaré Y Después); Rodrigo Leão (No Se Nada); e Cris Scabello (Tema final). Figurino: Cláudia Schapira. Iluminação: Joyce Drummond. Direção artística: Inês Bogéa.

In The Middle, Somewhat Elevated (1987)
25 min.

A obra de William Forsythe, cuja estreia aconteceu 1987, pelo Ballet de L’Opéra de Paris, é baseada na percepção da velocidade – rapidez e lentidão. O coreógrafo se vale da linguagem da dança clássica para “escrever histórias de hoje” e utiliza a forma tradicional de composição de um tema e suas variações, ou seja, cria uma frase que se desenvolve, evolui e se transforma no corpo de cada bailarino. No cenário síntese, duas cerejas que ganham um significado simbólico: dois pequenos espelhos que refletem a sala de espetáculos.

Ficha técnica – Coreografia, cenografia, figurino e iluminação: William Forsythe. Música: Thom Willems. Remontagem: Agnès Noltenius. Direção artística: Inês Bogéa.

Grand Pas de Deux de O Cisne Negro (1876) – Estreia/Remontagem
10 min.

O Grand Pas de Deux de O Cisne Negro faz parte do 3º ato deste que é um dos mais famosos balés de repertório do mundo: O Lago dos Cisnes. A obra conta a história de amor entre o Príncipe Siegfried e Odette, que foi transformada em um cisne branco pelo mago Rothbart. O feitiço só pode ser quebrado por um homem que a ame. O trecho em cena narra a saga de Rothbart, que disfarçado de nobre cavalheiro dirige-se até a corte da rainha em companhia de sua filha, Odile. Siegfried julga reconhecer na filha do cavalheiro sua amada Odette e enfeitiçado pela beleza da jovem, a escolhe para ser sua esposa.

Ficha técnica – Coreografia original: Marius Petipa. Remontagem: Mario Galizzi. Música: Pyotr Ilyich Tchaikovsky. Direção artística: Inês Bogéa.

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De Íris ao Arco-Íris / Andréa Veruska, Jorge de Paula e Karla Martins (Recife/PE)
26 de janeiro (domingo), 16h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Marco Camarotti (Sesc de Santo Amaro)

Sinopse – Através de sombras e bonecos, conta-se, sem palavras, a história da lagarta Íris, que sonha morar num lugar onde encontre respostas para seus questionamentos. Ao se transformar numa borboleta de cores exuberantes, ela aparece de surpresa na festa de aniversário do rei do Jardim Sereno de Manhãzinha, Muito Calor à Tardinha e, por não se submeter aos caprichos deste truculento soberano, é expulsa do jardim. Mesmo assim, não desiste de chegar ao reino encantado que tanto deseja. Além de propor uma reflexão sobre a morte, a encenação foi construída tendo como público alvo crianças surdas.

Ficha técnica – Texto dramático: criação coletiva a partir da obra De Íris ao Arco-Íris, de Jorge de Paula. Encenação: Jorge de Paula. Design de luz: Eron Villar. Criador das silhuetas: Luciano Félix. Cenário e figurinos: Marcondes Lima. Confecção de adereços: Henrique Celibi. Trilha sonora original: Júlio Moraes. Direção de produção: Karla Martins (Decanter Articulações Culturais). Assistência de produção: Andréa Veruska. Idealização: Andréa Veruska e Jorge de Paula. Elenco: Andréa Veruska, Iara Campos, Jorge de Paula e Lucélia Albuquerque.

Performance Jogo Coreográfico / Acupe Grupo de Dança (Recife/PE)
26 de janeiro (domingo), 17h, gratuito
Pátio do Parque Dona Lindu

Sinopse – A proposta reúne dança, improvisação e interatividade com base no ato de coreografar e ser coreografado. O resultado é uma performance interativa e divertida, sob estrutura e forma de jogo, em que público e intérpretes se juntam para construir danças, valorizando a experiência viva e a manifestação das singularidades. O jogo é iniciado com uma vinheta coreografada e explicativa, dividida em dois tempos. No primeiro, só joga a ficha técnica; e no segundo, o público joga como coreógrafo. A ideia surgiu como metodologia para a composição coreográfica.

Ficha técnica – Direção e concepção: Lígia Tourinho. Direção geral: Paulo Henrique Ferreira. Produção da vinheta: André Sonoda. Locução da vinheta: Fláira Ferro e Paulo Henrique Ferreira. Performers: Paulo Henrique Ferreira, Jadson Mendes, Mieja Chang, Dave Carvalho, Roberta Cunha e Fernanda Lobo.

Terra / Grupo Grial (Recife/PE)
26 de janeiro (domingo), 19h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Hermilo Borba Filho

Sinopse – Inspirado no universo indígena, este trabalho coreográfico coloca o corpo dançante de todos os folguedos de tradição já experienciados pelo Grupo Grial à disposição da contação de uma história mil vezes repetidas, mil vezes esquecida: a do direito de ser. A montagem finaliza a Trilogia Uma História, Duas ou Três e, através da vida de Rosa, uma amiga Tikuna, narra a saga de todos os índios brasileiros. A proposta é adentrar, reconstruir o destruído e construir novas possibilidades de manter viva nossa memória. Afinal, somos todos, sim, da mesma Nação.

Ficha técnica – Concepção e direção: Maria Paula Costa Rêgo e Eric Valença. Trilha sonora: Naná Vasconcelos. Figurinos: Gustavo Silvestre. Pintura: Dantas Suassuna. Textos: TT Catalão. Iluminação: Luciana Raposo. Produção executiva e interpretação: Maria Paula Costa Rêgo.

Tito Lívio – Gostar de Ser Tudo / Titolivio Produções (Recife/PE)
26 de janeiro (domingo), 19h, R$ 20 e R$ 10
Teatro Capiba (Sesc de Casa Amarela)

Sinopse – Tito Lívio apresenta sua trajetória artística dividindo-a em três etapas importantes de sua carreira. A primeira é um recorte na história da música pernambucana, enfocando a efervescente década de 80, e aí estão incluídas parcerias com Lula Côrtes que fazem parte do trabalho A Fala (1990). A segunda trata da volta ao estúdio com o álbum Feito Pra Tocar No Rádio (2009); e a última apresenta seu momento atual, com as músicas O Poder das Palavras e a inédita 15 Anos.

As Confrarias / Lúcia Machado e Companhia Teatro de Seraphim (Recife/PE)
26 de janeiro (domingo), 20h30, R$ 20 e R$ 10
Teatro Barreto Júnior
Indicação: a partir de 16 anos

Sinopse – No século XVIII, à época da Inconfidência Mineira, uma mulher carrega seu filho morto, um ator, para ser enterrado em solo sagrado, sob as bênçãos de alguma confraria. Como não havia cemitérios públicos, o morto deveria pertencer a uma confraria (dos brancos, dos negros puros, dos pardos – que aceita artistas – e a da mistura de negros, brancos e mulatos). É assim que a obra traz para o centro do palco o ator e suas metamorfoses, ampliando a discussão do papel da arte e, sobretudo, do teatro na contemporaneidade.

Ficha técnica – Texto: Jorge Andrade. Adaptação: Antonio Cadengue, Lúcia Machado e Igor de Almeida Silva. Encenação: Antonio Cadengue. Assistência de direção: Lúcia Machado e Diogo Testa. Cenografia: Doris Rollemberg. Figurinos, adereços e maquiagem: Aníbal Santiago e Manuel Carlos. Trilha sonora original: Eli-Eri Moura. Iluminação: Saulo Uchôa e Dado Sodi. Preparação vocal: Leila Freitas. Coreografia, direção de movimentos e preparação corporal: Paulo Henrique Ferreira. Produção executiva: Carlos Lira. Assistência de produção: Elias Vilar. Elenco: Alexsandro Marcos, Brenda Lígia, Carlos Lira, Gilson Paz, Ivo Barreto, Lúcia Machado, Marcelino Dias, Marinho Falcão, Mauro Monezi, Nilza Lisboa, Ricardo Angeiras, Roberto Brandão, Rudimar Constâncio e Taveira Júnior.

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CARUARU (Parceria com o SESC Pernambuco)
Teatro Rui Limeira Rosal – Sesc Caruaru (Av. Rui Limeira Rosal, s/n, Petrópolis. Tel. 3721 3967)

Indefinidamente Indivisível / Pulsar Cia. de Dança (Rio de Janeiro/RJ)
11 de janeiro (sábado), 20h, R$ 10 e R$ 5

Per Edith Piaf / Teatro Potlach (Itália/Suíça)
16 de janeiro (quinta), 20h, R$ 10 e R$ 5

O Tempo Perguntou ao Tempo / Grupo Acaso e Escola Bailado de Fafe (Recife/PE/Brasil e Fafe/Portugal)
17 de janeiro (sexta), 20h, R$ 10 e R$ 5

Na Terra dos Esquecidos – Geraldo Maia, Vinícius Sarmento e Clarisse Fernandes
Fafe Cidade das Artes e Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco – Apacepe (Fafe/Portugal e Recife/PE/Brasil)
18 de janeiro (sábado), 20h, R$ 10 e R$ 5

AbraCASAbra! – A Mágica Mora Aqui / Rapha Santacruz Produções Artísticas (Recife/PE)
19 de janeiro (domingo), 16h, R$ 10 e R$ 5

Haru – A Primavera do Aprendiz / Rapha Santacruz Produções Artísticas (Recife/PE)
19 de janeiro (domingo), 20h, R$ 10 e R$ 5

Haru - A primavera do Aprendiz. Foto: Silvio Barreto

Haru – A primavera do Aprendiz. Foto: Silvio Barreto

O Rei Lear No Meu Quintal / Pareia Produções (Recife/PE)
23 de janeiro (quinta), 20h, R$ 10 e R$ 5

A Lenda do Santo Fujão / Grupo Feira de Teatro Popular (Caruaru/PE)
24 de janeiro (sexta), 20h, R$ 10 e R$ 5

Para Josefina / Grupo Acaso (Recife/PE)
25 de janeiro, 16 e 20h, R$ 10 e R$ 5 em cada sessão

ON Lo Real de Lo Virtual / Fóramen M. Danza Que Invita a La Acción (Cuernavaca/Morelos/México)
26 de janeiro (domingo), 20h, R$ 10 e R$ 5

***

ARCOVERDE (Parceria com o SESC Pernambuco)
Teatro Geraldo Barros – Sesc Arcoverde (Rua Capitão Arlindo Pacheco, 364, Centro. Tel. 87 3821 0864)

“O MELHOR SHOW DO MUNDO, na minha opinião…” / Ritalino/Triolé Cultural (Londrina/PR)
16 de janeiro (quinta), 20h, R$ 10 e R$ 5

Na Terra dos Esquecidos – Geraldo Maia, Vinícius Sarmento e Clarisse Fernandes
Fafe Cidade das Artes e Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco – Apacepe (Fafe/Portugal e Recife/PE/Brasil)
17 de janeiro (sexta), 20h, R$ 10 e R$ 5 (excepcionalmente na Escadaria)

O Tempo Perguntou ao Tempo / Grupo Acaso e Escola Bailado de Fafe (Recife/PE/Brasil e Fafe/Portugal)
18 de janeiro (sábado), 20h, R$ 10 e R$ 5

Per Edith Piaf / Teatro Potlach (Itália/Suíça)
19 de janeiro (domingo), 20h, R$ 10 e R$ 5

AbraCASAbra! – A Mágica Mora Aqui / Rapha Santacruz Produções Artísticas (Recife/PE)
23 de janeiro (quinta), 16h, R$ 10 e R$ 5

Haru – A Primavera do Aprendiz / Rapha Santacruz Produções Artísticas (Recife/PE)
23 de janeiro (quinta), 20h, R$ 10 e R$ 5

O Espelho da Lua / Tropa do Balaco Baco (Arcoverde/PE)
24 de janeiro (sexta), 20h, R$ 10 e R$ 5
25 de janeiro (sábado), 16h, R$ 10 e R$ 5

Para Josefina / Grupo Acaso (Recife/PE)
26 de janeiro (domingo), 16 e 20h, R$ 10 e R$ 5 em cada sessão

*****

GOIANA (Parceria com o SESC Pernambuco)
Teatro do Centro Cultural Historiador Antônio Corrêa De Oliveira – Sesc Goiana (Rua do Arame, s/n, Centro. Tel. 3626 5961)

O Tempo Perguntou ao Tempo / Grupo Acaso e Escola Bailado de Fafe (Recife/PE/Brasil e Fafe/Portugal)
16 de janeiro (quinta), 20h, R$ 10 e R$ 5

Per Edith Piaf / Teatro Potlach (Itália/Suíça)
17 de janeiro (sexta), 20h, R$ 10 e R$ 5

Passaredo / Grupo Proscênio de Teatro e SESC LER Surubim (Surubim/PE)
18 de janeiro (sábado), 16h, R$ 10 e R$ 5

Na Terra dos Esquecidos – Geraldo Maia, Vinícius Sarmento e Clarisse Fernandes
Fafe Cidade das Artes e Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco – Apacepe (Fafe/Portugal e Recife/PE/Brasil)
19 de janeiro (domingo), 20h, R$ 10 e R$ 5

Para Josefina / Grupo Acaso (Recife/PE)
23 de janeiro (quinta), 16 e 20h, R$ 10 e R$ 5 em cada sessão

AbraCASAbra! – A Mágica Mora Aqui / Rapha Santacruz Produções Artísticas (Recife/PE)
24 de janeiro (sexta), 16h, R$ 10 e R$ 5

Haru – A Primavera do Aprendiz / Rapha Santacruz Produções Artísticas (Recife/PE)
24 de janeiro (sexta), 20h, R$ 10 e R$ 5

As Roupas do Rei / Centro de Criação Galpão das Artes (Limoeiro/PE)
25 de janeiro (sábado), 16h, R$ 10 e R$ 5

O Anjo Cangaceiro / Grupo de Teatro Deu Babau (Goiana/PE)
26 de janeiro (domingo), 20h, R$ 10 e R$ 5

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Mais informações: www.janeirodegrandesespetaculos.com
(81) 3082 2830 / 3421 8456.

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Rei Lear ao alcance de todos

Rei Lear no meu quintal maximiza beleza cênica com poucos elementos. Foto: Renata Pires

Shakespeare é uma fonte inesgotável de sabedoria. Até quando mira que a sabedoria enquanto vaidade é mais uma ilusão.

Já se fez praticamente tudo com as peças do bardo inglês. Leituras das mais diversas. Das mais pomposas a experimentações criativas inimagináveis.

Sabemos que Rei Lear trata de um velho rei, pai de três filhas, e que conclui que chegou o momento de dividir seu reino entre elas. Como parâmetro para a partilha ele quer saber o “tamanho” do amor que cada uma nutre por ele. Duas delas, Regana e Goneril, o bajulam com um palavreado para enganar os ouvidos do tolo. Cordélia não faz uso de exageros. O rei entendeu seu depoimento como demonstração de orgulho e ingratidão, a deserta e a expulsa do reino.

A ambição cega, a traição, também domina a relação de Edmundo, filho bastardo do conde Gloucester. Para tirar seu irmão da jogada da herança, convence o pai que seu filho legítimo, Edgar, o engana.

O Rei Lear no meu quintal traz a trama para bem mais perto de nós. A releitura do clássico, com dramaturgia de Luís Reis, e adaptação dele junto com a diretora Marianne Consentino se despoja das intrigas paralelas e foca no cruzamento desses dois núcleos: das três irmãs e dos dois irmãos numa disputa desleal pelo poder do pai.

Montagem tem direção de Marianne Consentino

A soberba produz alienação do rei que não soube identificar o amor verdadeiro. E aquele que parecia sábio se apresenta ingênuo, presunçoso, narcisista em seu orgulho ferido. Gloucester também se equivoca em seu julgamento. Por outro lado, Edmundo, o filho mau e as irmãs maquiavélicas estão dispostos a passar por cima de tudo para alcaçar seus objetivos de poder.

A ironia e o humor, armas poderosas do dramatugo, ganham saliência na encenção, que conta com elenco de jovens atores: Ana Ghandra, Durval Cristovão, Elilson Duarte, Júlia Fontes, Marina Duarte e Suenne Sotero.

Marianne trabalha com a tensão de crises do drama e sua superação ao perseguir um teatro à procura de si mesmo, que investe em outro diálogo com o público. Para isso, descomplicou a relação entre personagens. Depois, retirou toda a pompa da intrincada rede de sentimentos e emoções da vida humana. E com procedimentos aparentemente simples reforça a ilusão enquanto mecanismo fundamental da cena, enquanto acionamento da máquina mimética. E insiste em lembrar a ilusão de todas as formas de poder.

No palco, os atores e poucos elementos de cena. Algumas cadeiras, instrumentos musicais executados ao vivo pelo elenco. A máscara do rei revezada pelos dois atores do elenco. Esse despojamento permitiu que o espetáculo percorresse espaços alternativos (a maioria com poucas condições técnicas), antes de de fazer essa curta temporada no Teatro Hermilo Borba Filho, que terminou neste fim de semana.

A encenação tem um frescor pouco visto nos palcos. Uma vitalidade que não dispensa toda a riqueza da obra original. As demonstrações de ambiguidade, precariedade da vida humana, sabedoria e insensatez, alienação, concorrência desleal estão na cena concentradas, nas sutilezas das intenções dos personagens.

O elenco esbanja jovialidade e até mesmo a imaturidade ou imperfeições na atuação contam a favor, como precariedades das personagens. Destaco a atriz Suenne Sotero, que faz o bobo que insiste em dizer a verdade ao rei e ele não percebe. É com alegria, leveza, até mesmo o incômodo de dizer o que ninguém quer ouvir. E o ator Elilson Duarte, pelo carisma, pelo brilho, pela entrega aos personagens, pela ousadia de testar e erguer criaturas tão fascinantes.

Nessa reescritura cênica, o jogo proposto por Marianne investe que a ganância e essa busca desmedida pelo poder, depois da retirada dos véus, é pura ilusão.

Peça tem frescor e jovialidade

O Rei Lear no meu quintal faz a última apresentação do ano neste domingo (15), no Ponto de Cultura Maracatu Carnavalesco Almirante do Forte (Estrada Velha do Bongi, 1319). A entrada é gratuita.

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Festival Recife do Teatro Nacional – uma avaliação

“O tempo decidirá o sentido e o valor de nossas ações. O tempo, na verdade, são os outros que virão depois de nós. Isso é um paradoxo; o teatro é a arte do presente” (Eugenio Barba em A Canoa de Papel)

Os gigantes da montanha, do grupo Galpão. Foto: Pollyanna Diniz

Os gigantes da montanha, do grupo Galpão. Foto: Pollyanna Diniz

Nos últimos dias, a pergunta ecoa: qual a importância de se ter um festival nacional de teatro para uma cidade como o Recife? Qual a sua validade? De que forma ele pode fazer sentido para os habitantes dessa metrópole? São tantas perguntas que nos embaralham a mente e o coração, aguerridos que somos dessa arte restrita a tão poucas pessoas.

Chegamos – ou já estamos atrasados – ao momento de repensar o Festival Recife do Teatro Nacional. Em 16 anos, quantos espetáculos e companhias que passaram por esse festival não modificaram o nosso jeito de ver, de sentir, de refletir sobre algo? A primeira edição, lá em 1997, já trazia a Cia do Latão, o Teatro Oficina, o Grupo Tapa, o Galpão, o Imbuaça. E foi assim ao longo dos anos – vimos chegar ao Recife espetáculos que dificilmente seriam apreciados aqui de outra forma, que não através de um festival nacional, financiado pelo poder público, sendo assim, com possibilidades financeiras para tal.

Essa função continua tendo a sua importância. Atualizar o repertório estético e artístico de uma cidade não perdeu a sua validade. Embora tenhamos hoje vários outros festivais e eles tenham ganhado força, os seus perfis são completamente diferentes. O Janeiro de Grandes Espetáculos e o Palco Giratório, só para citar os dois maiores, não substituem o Festival Recife do Teatro Nacional.

Esse foi só o primeiro ano de uma nova gestão na Prefeitura do Recife, com a secretaria de Cultura sob o comando de Leda Alves e o festival, de Carlos Carvalho. Por isso mesmo, é tão urgente que as coisas sejam ditas, discutidas, maturadas realmente. Teremos, a priori, ao menos mais três anos para que essas mesmas pessoas, todas tão amantes do teatro quanto nós, possam realizar o festival.

O que se viu este ano foi a ausência de espetáculos que estivessem de acordo com essa premissa básica do festival: montagens que pudessem ofertar ao público um recorte (sim, será sempre um recorte, obviamente), do que de melhor é produzido no país. O que os grupos e companhias mais importantes têm desenvolvido, em que eles têm se debruçado, quais as pesquisas de linguagem que estão sendo realizadas, o que estão experimentando?

Não é que não nos interesse o teatro feito na tribo indígena, para citar Carlos Carvalho durante a coletiva de imprensa do festival. Mas tudo no seu tempo e lugar adequados. Um trabalho como As bufa, do Rio Grande do Sul, deveria estar na programação desse festival? Ou, para citar uma diretora próxima, o trabalho Homens e caranguejos, de Luciana Lyra, que já esteve no Recife noutras oportunidades, têm o perfil do festival? Em nada isso denigre os espetáculos, que fique bastante claro. Não é uma crítica aos seus criadores. Mas o que vimos este ano que realmente deixou marcas na cidade? Que contribuiu para acrescentar ao olhar dos espectadores e dos nossos artistas? Só para fazer uma comparação – este ano o Trema!, um festival particular, organizado por um grupo (o Magiluth), sem nenhum apoio da Secretaria de Cultura do Recife, realizado durante poucos dias, teve mais importância artística e estética para a cidade do que o Festival Recife do Teatro Nacional.

As bufa. Foto: Pollyanna Diniz

As bufa. Foto: Pollyanna Diniz

É uma incongruência com o próprio pensamento de Leda Alves, que nos disse durante a primeira entrevista realmente de peso que concedeu para um veículo de comunicação. “A pauta do Hermilo está aberta para ocupação do teatro, diferente do Santa Isabel. O espaço do Santa Isabel não pode ser para um teatro experimental. Não pode ser um teatro de comunidade que vem testar. Não se estreia espetáculo no Santa Isabel. Ele é um teatro municipal, que tem características, que tem peso, um custo altíssimo, cada vez que aquela cortininha se abre”.

Trata-se de falta de coerência que um espetáculo como Coisas do mar – e aqui não estamos discutindo os méritos estéticos da montagem – esteja na grade de um festival nacional. É uma peça que acabou de ganhar um festival estudantil. Que não fez nenhuma temporada na cidade, não participou, por exemplo, do Janeiro de Grandes Espetáculos, não foi maturada.

Ao optar por trazer apenas dois espetáculos de grupos já consagrados – Galpão e Armazém – a organização do festival fez o caminho mais fácil. Aliás, é bom que se diga: houve realmente um critério de escolha? Ou esses dois espetáculos já viriam ao Recife de qualquer forma e foram só incorporados à grade? É…ao menos garantiu a pauta nos teatros, uma dificuldade na cidade do Recife. Uma pena que a mesma coisa não tenha sido feita com o Ói Nóis Aqui Traveiz, que tinha passagens, hospedagem, enfim, toda a grana necessária para vir ao Recife apresentar Medeia vozes. Faltava somente o lugar de apresentação. O grupo acabou indo para Arcoverde.

Bem, a questão não é exatamente como os espetáculos são escolhidos – se através de edital ou de curadoria. De uma forma ou de outra, há o crivo de um grupo de pessoas. São as escolhas feitas; o edital é usado apenas para justificá-las. Afinal, é muito mais difícil manter um grupo de trabalho o ano inteiro discutindo a produção nacional. Pensando o teatro que é feito no país.

Não é mais fácil lançar um edital dois meses antes do festival e ver o que sai dali? É sim a escolha pelo mais fácil. Não pela democratização. Quer democratização? Vá aos festivais espalhados pelo país, conheça a produção, seja capaz de elencar o que tem movido o teatro brasileiro hoje. E, a partir daí, faça escolhas que estejam de acordo com o perfil do festival, com o recorte que interessa à cidade. Mas isso dá muito trabalho. É mais fácil convocar uma reunião às pressas e usar a classe para validar uma programação que não atrai o público, que não nos move. Sim – porque quando Gustavo Catalano, gerente Geral de Ações Culturais da Fundação de Cultura da Cidade do Recife, diz que a classe participou efetivamente da discussão desse festival, através de uma comissão, que fique bem claro e registrado, isso é mentira. Todos ouvimos isso. E todos sabemos que é mentira. O que faremos com isso, ah… é outra coisa.

——

Luiz Lua Gonzaga, do Magiluth, no Sítio da Trindade. Foto: Pollyanna Diniz

Luiz Lua Gonzaga, do Magiluth, no Sítio da Trindade. Foto: Pollyanna Diniz

Garantir 50% da programação de peças pernambucanas é valorizar o nosso artista? Ou simplesmente, mais uma vez, optar pelo mais fácil? Sim – porque os nossos cachês são mais baixos, os custos são muito menores – não há passagens, hospedagens, deslocamento de cenários.

E, além disso, de que adianta aos nossos artistas participar de um festival que não é relevante para a cidade? Sofrendo com a falta de público e de divulgação? De Íris ao arco-íris teve uma sessão com pouco mais de vinte pessoas. As Levianinhas em pocket show para crianças, que lota teatros, amargou públicos pequenos. As Confrarias e Vestígios tiveram o mesmo problema. Por favor, somente desta vez, não vão pelo caminho mais fácil. Não culpem os espetáculos ou o próprio público. Não vão para a rádio dizer que as pessoas do Recife não têm a cultura de ir ao teatro. Se esse é um dos papeis do governo – tornar esta arte mais acessível.

E aí, outras questões se colocam. Acessível a que público? Faz algum sentido colocar uma apresentação de um espetáculo infantil – no caso O menino da gaiola numa quarta e quinta-feira, no meio da tarde? Essas apresentações serviram à cidade? Ou cumpriram tabela? Porque festival nacional de teatro não é teatro para escola. Para isso deveria haver um projeto específico.

Democratizar o acesso? Levando o espetáculo de um grupo como o Magiluth, que lota sessões pelo país afora, para dentro de uma escola sem aula? Ou às 16h, com o sol a pino, no descampado da Joana Bezerra, Coque? Quem de nós gostaria de assistir a um espetáculo com sol no rosto? Quem de nós gostaria de estar no palco? Mas é difícil verificar o horário mais adequado, o local, levar água para o elenco, fazer um contato com os grupos culturais da área, traçar elos e parcerias. Sem falar na adequação do espetáculo ao festival, ver o elenco da peça Cafuringa, no meio do sol, circundados por cadeiras vazias, esperando que o sol baixasse, não é respeitar o artista pernambucano. Quanto mais valorizá-lo!

É inadmissível para o Festival Recife do Teatro Nacional um fato como o que aconteceu com o grupo Magiluth na Bomba do Hemetério. Um espetáculo cancelado por falta de público. Não – não por falta de público. Por falta de política, de produção, de planejamento, de visão. Não, não culpem o público, por favor. Ele não tem o que ver com isso.

Cafuringa, na Joana Bezerra/Coque. Foto: Pollyanna Diniz

Cafuringa, na Joana Bezerra/Coque. Foto: Pollyanna Diniz

E os equívocos seguem, por exemplo, pelas oficinas escolhidas. Alguém poderia desmerecer um homem de teatro como Antonio Cadengue? Um apaixonado não só pelo fazer, mas também pelo ensino? É uma enciclopédia. Sabe com propriedade os assuntos a que se dedica. Mas é no Festival Recife do Teatro Nacional o momento mais oportuno para termos uma oficina com ele? Foram seis alunos. Uma oficina com Candegue, sabedor que ele é da importância que tem para a cidade, poderia ser realizada durante o ano. Porque escolher justamente o festival? É nesse momento que deveríamos receber aqui os diretores que não podem chegar de outra forma. É como a Mimo promover uma master class com um professor do Conservatório Pernambucano de Música – usando um exemplo que me foi dado nas inúmeras conversas que tive sobre esse festival. É desmerecendo o professor? De forma alguma.

O momento, repetimos, é crucial. E não só para o Festival Recife do Teatro Nacional – mas é sim, muito importante discuti-lo. Precisamos de posicionamentos claros sobre o SIC, sobre o fomento, sobre os equipamentos culturais, sobre o Teatro do Parque, sobre formação. Isso sim é democratizar a cultura. É valorizar os artistas pernambucanos. É privilegiar o povo. E que a possibilidade de fazer novas reuniões com a classe não vire lenda, não se esvazie. Assim como virou fumaça a promessa de Gustavo Catalano, na reunião do Fórum de Artes Cênicas, no Mamam, em agosto, de que marcaria uma conversa entre a classe e Leda Alves para discutir o SIC.

Terminar com Chico Buarque parece apropriado: “precisamos nos ver por aí! Pra semana, prometo, talvez nos vejamos… Quem sabe?”.

Coisas do mar, do grupo Teatral Ariano Suassuna. Foto: Pollyanna Diniz

Coisas do mar, do grupo Teatral Ariano Suassuna. Foto: Pollyanna Diniz

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